Pesquisar no Blog

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Laxante X Fibras, qual a diferença?

A diferença entre o consumo regular de fibras e o uso de laxantes para a saúde intestinal e o tratamento da prisão de ventre


Quem sofre com constipação intestinal pode já ter recorrido, alguma vez na vida, ao famigerado laxante. O que muitos não sabem é que esta não é uma solução que pode ser usada com frequência, sob risco de prejudicar ao invés de auxiliar a saúde intestinal. Entre os problemas que o uso recorrente de laxantes pode causar estão o agravamento da prisão de ventre, uma vez que o organismo acaba criando uma certa dependência para funcionar, além da dificuldade de absorção de outros medicamentos e eventuais problemas renais, pois seu uso leva à eliminação de sais minerais importantes.

Na prática, a utilização deste medicamento é feita de maneira errada. Uma pesquisa realizada pela Nestlé Heath Science, no Brasil, apontou que 56% das pessoas relataram já terem usado algum tipo de laxante para auxiliar na evacuação. Junto aos analgésicos, são os remédios mais utilizados sem prescrição médica.

"Os laxantes são uma classe de medicamentos utilizados frequentemente para constipação crônica, sendo que, alguns deles podem ocasionar efeitos adversos e prejuízos à saúde se usados de forma contínua, sem a devida necessidade", diz a gastroenterologista Dra. Maria do Carmo Friche Passos.

Entre os efeitos colaterais mais comuns, relacionados ao uso de laxantes, estão cólicas abdominais, diarreia, flatulência, vômitos e náuseas, queimação retal e fraqueza. Para se ter uma ideia, utilizar mais de 1 comprimido da substância por semana já pode causar problemas. Portanto, é fundamental a prescrição médica e ainda para tratar um problema pontual como, por exemplo, esvaziar o intestino para a realização de determinados exames.

No dia a dia o problema da constipação intestinal deve ser resolvido da maneira mais natural possível, por meio da adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física (preferencialmente aeróbicas), o consumo de fibras e a ingestão de bastante líquido, especialmente água.

"O primeiro passo para tratar a constipação é por meio da alimentação e do estilo de vida, com a adoção de medidas simples nos hábitos alimentares. A fibra alimentar é uma estratégia eficaz de longo prazo que deve ser introduzida lentamente para não causar flatulência, devendo ser sempre acompanhada de líquidos para não gerar compactação fecal, especialmente em idosos acamados", diz Maria do Carmo.

Entre os benefícios do consumo regular de fibras podemos citar: aumento de volume fecal, diminuição do tempo de trânsito intestinal, tornam as fezes mais macias pela retenção de água e mais fáceis de serem eliminadas, além de estimularem o crescimento de bactérias benéficas do cólon.

A questão é que nem sempre temos tempo para cuidar que os alimentos ingeridos possuam a quantidade de fibras necessárias. Há ainda casos de restrições alimentares. Uma solução é suplementar com produtos que contenham fibras. Um exemplo é o FiberMais®, mix de fibras exclusivo da Nestlé, composto de fibras 100% solúveis: Goma Guar parcialmente hidrolisada e inulina, que auxiliam o funcionamento do intestino de maneira regular e saudável. Além disso, por conter fibras prebióticas, pode favorecer o crescimento das bactérias boas no intestino, promovendo o equilíbrio da flora intestinal.

Uma pesquisa feita com consumidores que receberam amostras de FiberMais® indicou que 85% das pessoas sentiram a eficácia de FiberMais® em até 48h; 71% ficaram satisfeitos com a eficácia de FiberMais®para intestino preso e 90% recomendaria o produto. Aliás, quem quiser fazer o teste e usar FiberMais®, pode se se cadastrar no link: https://bit.ly/3waIuwV para receberem gratuitamente uma amostra, no endereço desejado.

 

 

Dra. Maria do Carmo Friche Passos - Gastroenterologista e Professora Associada da Faculdade de Medicina da UFMG. Pós-doutorado em Gastroenterologia pela Universidade de Harvard - USA. Ex-presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia. Vice-presidente do Núcleo Brasileiro para Estudo do H. pylori e Microbiota D.

Nestlé

Alimentos podem minimizar os efeitos do tempo seco

O tempo seco dos últimos dias favorecido pela combinação do ar quente e baixa umidade, atrapalha a saúde como um todo. Mas, a alimentação pode ajudar nesse combate.


Se o tempo seco e os dias frios já aumentam naturalmente os casos de gripes e resfriados, em época de pandemia os alertas ficam em nível máximo. Nos últimos dias o país todos registrou níveis de umidade baixas e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o ideal para a saúde humana é que a umidade do ar seja superior a 60%. Para driblar o problema, o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, de SP, ensina como minimizar os malefícios desse clima através da alimentação.

Engana-se quem acha que a regra de ingestão de dois litros por dia é a solução para tudo. "A real quantidade de consumo ao dia varia de acordo com alguns padrões individuais e não adianta encher a barriga de água junto com as refeições. O consumo deve ser feito entre os intervalos e nunca durante para não comprometer a absorção dos nutrientes e aumentam ainda o consumo de bons alimentos ricos em água na alimentação", alerta o médico.

Por isso que alguns cuidados são fundamentais para atravessar o clima e essa fase de contágio sem esquecer da dieta e da saúde. "A melancia e o melão, por exemplo, apresentam cerca de 90% de concentração de água, além de serem ricas em vitaminas e minerais, que colaboram para manter a hidratação, inclusive a da pele", diz.

Para Dr. Rodrigo, alguns alimentos ricos em enxofre ajudam a descongestionar as vias respiratórias nesses dias secos do ano, pois evitam o muco provocado pela poluição. "O enxofre, junto com o consumo de água, torna mais fácil a eliminação desse muco nas vias respiratórias. São eles: gengibre, cebola, alho, batata doce, salinha e cebolinha", finaliza.

 

Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP .

https://www.drrodrigobarbosa.med.br/

Jogar bituca de cigarro pela janela, se maquiar ao volante, buzinar sem parar... Detran.SP lista 10 multas incomuns

Saiba como evitar ser autuado por conta de infrações desconhecidas pelos condutores, mas que estão incluídas no Código de Trânsito Brasileiro 

 

Após uma rápida refeição ao volante, eis que surge em casa a tão indesejada notificação de multa. Na descrição da infração, consta a informação: “dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança”. E aquele hambúrguer em uma mão apoiada na direção e o sachê de ketchup segurando a outra no volante se transformam em uma infração de trânsito e o lanche se torna muito mais caro.

“No trânsito, todo cuidado é pouco. Além de ter a atenção voltada para a via, o motorista deve sempre adotar uma conduta de educação e ética, para que tenhamos uma situação mais segura para condutores e pedestres. E algumas atitudes atípicas podem se tornar uma infração que em muitas ocasiões são desconhecidas pelos motoristas”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

O Departamento de Trânsito listou 10 situações que muitos condutores desconhecem, mas são passíveis de multa com base no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Confira a relação abaixo: 

 

1 - Jogar bituca de cigarro da janela do carro:

Além de ser um ato de mau gosto e que prejudica o meio ambiente, o hábito de jogar o fim do cigarro pela janela do veículo é uma infração de trânsito. Se enquadra no artigo 172 do CTB: Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias.

Infração – média (4 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 130,16

Competência da infração: municipal

 

 

2 - Passar por cima de poças d’água e molhar pedestres na rua:  

Ninguém merece ser molhado na rua por um veículo que esteja passando por uma poça d’agua e o motorista pode ser multado por isso com base no artigo 171: usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos, água ou detritos.

Infração – média (4 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 130,16

Competência da infração: municipal


 

3 – Usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto:

Seu time foi campeão e você foi para a rua comemorar? Cuidado! Buzinar sem parar pode fazer com que você receba uma multa na sua casa. O mesmo vale para os motoristas impacientes no trânsito. É o que mostra o artigo 227.

Infração – leve (3 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 88,38

Competência da infração: municipal

 

 

4 – Se maquiar ou comer apoiando o volante com o braço:  

A pressa é inimiga da perfeição – e pode doer no bolso também. Os condutores que realizam certas atividades dentro do veículo precisam estar atentos, pois podem receber uma multa. Se maquiar ou comer apoiando o volante com o braço pode ser interpretado como dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança, com base no artigo 169 do CTB.

Infração – leve (3 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 88,38

Competência da infração: estadual e municipal

 

 

5 - Trafegar abaixo do limite permitido para a via:  

Sabemos que dirigir acima da velocidade máxima permitida além de ser um risco no trânsito em provocar acidentes pode gerar uma multa. E dirigir muito devagar, também! Segundo o artigo 219, não é permitido transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita.

Infração – média (4 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 130,16

Competência da infração: municipal

 

 

6 - Trafegar com o pisca-alerta ligado:

É preciso ter cuidado ao utilizar o pisca-alerta no veículo. Com base no artigo 251 do CTB, o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de emergência pode se tornar uma multa de trânsito. Portanto, nada de andar com o pisca-alerta do carro ligado que não seja em caso de urgência.  

Infração – média (4 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 130,16

Competência da infração: municipal 

 

 

7 – Transporte de pet à esquerda, entre braços e pernas:

O artigo 252 mostra que o transporte de animais (e de pessoas) à esquerda ou entre os braços e pernas é uma infração de trânsito. Por isso, é recomendável que os bichinhos sejam levados de maneira adequada nos veículos, seja por uma caixa de transporte, cadeirinha para pet ou cinto de segurança especial.

Infração – média (4 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 130,16

Competência da infração: estadual

 

 

8 – Dirigir de salto alto:   

Atenção com o salto alto! O chique acessório não deve ser utilizado para dirigir. Trata-se de mais uma infração que consta no artigo 252. O inciso IV indica que usar calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pedais é uma infração de trânsito.

Infração – média (4 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 130,16

Competência da infração: estadual

 

 

9 – Fumar ao volante:  

Informamos que jogar a bituca de cigarro para fora da janela pode gerar multa, certo? E o ato de fumar por si só também. O artigo 252 também informa que dirigir com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo é uma infração de trânsito

Infração – média (4 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 130,16

Competência da infração: estadual

 

 

10 – Adesivar completamente o para-brisa traseiro

Cuidado com os adesivos que possam comprometer a visão do motorista! Segundo o artigo 230, conduzir o veículo com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter publicitário afixados ou pintados no para-brisa e em toda a extensão da parte traseira do veículo é uma infração grave e o veículo é retido para regularização.

Infração – grave (5 pontos na CNH)

Penalidade – multa de R$ 195,23

Competência da infração: estadual

Medida administrativa - retenção do veículo para regularização

 

Mais de 330 mil empresas foram abertas em maio no Brasil, mostra Serasa Experian

Alta foi de 53,7% com relação ao mesmo mês do ano anterior; companhias de menor porte do setor de serviços puxaram o crescimento

 

O Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian mostra que maio de 2021 teve 337.750 companhias abertas. O aumento foi de 53,7% com relação ao quinto mês do ano passado, quando foram registrados 219.749 novos negócios no país. Este crescimento foi impulsionado principalmente pelos Microempreendedores Individuais (MEI) que atuam no setor de serviços, as duas frentes que apresentaram maior volume na quantidade absoluta do mês. Apesar disso, foram as Sociedades Anônimas que apresentaram maior variação interanual, com aumento de 108,6%, veja abaixo:


Na análise por setores, Serviços apresentou alta de 56,2%, seguido pelo Comércio (51,6%) e Indústria (47,9%) no comparativo de maio/21 com maior/20. O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que “as expressivas altas anuais de maio/21 são um reflexo do impacto negativo que o início da pandemia de Covid-19 e o período de lockdown teve na abertura de empresas, muito por conta das incertezas econômicas da época. Assim, a base de comparação de maio/21 está fragilizada, mas tal distorção tende a se corrigir ao longo dos próximos meses, já que a partir do segundo semestre do ano passado a economia já estava em rota de recuperação”.

O Nordeste teve a maior variação interanual, 88,3%, com 56.738 novos empreendimentos abertos na região em maio/21. O Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste aparecem na sequência, confira os dados completos aqui.

Utilizando o poder dos dados para trazer mais assertividade e segurança na tomada de decisão dos negócios, a Serasa Experian possui uma área voltada exclusivamente para atender as necessidades das micro, pequenas e médias empresas brasileiras. São soluções adequadas para quem precisa crescer a carteira de clientes, proteger o negócio, monitorar clientes e fornecedores e recuperar dívidas. Além disso, a área promove uma série de conteúdos e webinars gratuitos, auxiliando os empresários a encontrarem oportunidades e a enfrentarem os desafios do mercado.

 


Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


A triste realidade que une as mulheres de Brasil-Angola

Inspirado em fatos reais, livro da escritora angolana Ercídia Correia "O Fardo de Amar" retrata como a violência doméstica é cruel e silenciosa


Recomeço, ameaças, agressões verbais, físicas e violência sexual.  O livro O Fardo de Amar da estudante de medicina e escritora, Ercídia Correia, conecta Brasil-Angola em um retrato cruel e silencioso: a violência doméstica

A personagem principal Elena, foi vendida com 16 anos de idade por sua mãe. Agredida e abusada pelo marido diariamente, a protagonista fica sem opções para seguir adiante senão obedecer e ser submissa. 

“Éramos só nós dois em casa. Ele ia trabalhar, voltava, eu cozinhava e ele abusava do meu corpo. A rotina não mudava muito. Quando precisasse viajar me trancava em casa e colocava um segurança para certificar que eu não sairia. Ninguém me tiraria dele, como dizia diversas vezes. Ele me isolou totalmente do mundo e não havia nada que eu pudesse fazer.”
(O Fardo de Amar, p. 37)

As marcas de Elena vão desde às expostas em sua pele, até as emoções mais profundas. Vítima de uma vida de abusos, tanto pela mãe, rígida, severa, sem afeto, bem como pelo marido, 20 anos mais velho, que a obriga a manter um relacionamento violento, abusivo e em silêncio.

Elena, que tem sua história inspirada em fatos reais, precisa aprender a lidar com o caminho desde a dor até a reconciliação com a vida, as pessoas, o amor, e redescobrir que a única maneira de superar a dor é enfrentando o passado. Parte dessa jornada de autoconhecimento e superação se passa na Angola mas é no Brasil que Elena encontra apoio e respeito.

O Fardo de Amar é escrito pela angolana Ercídia Correia sob o pseudônimo de Lady Book. É o seu terceiro livro e também a sua estreia nos mercados literários português e brasileiro.

Ficha técnica:
Livro: 
O Fardo de Amar
Autora: Ercídia Correia
ISBN-10:
9895263155
Páginas:  452
Formato: 14 x  22 cm
Preço e-book: R$ 09,00

Link de venda: Amazon


Sobre a autora:

Lady Book, pseudônimo de Ercídia Correia. Nascida e criada em Angola. Estudante do 5º ano do curso de Medicina.  Escreveu o seu primeiro romance aos 15 anos. É em 2017 que estréia-se em Angola com o seu ousado Império (Editorial Eco7), livro que aborda a temáticas juvenis forrado pela luta territorial entre dois irmãos. Lança a tão esperada sequência do seu primeiro livro em 2018, Império vs Irmandade (Yossu Editora), com um estilo romancista novo e tão diferente do estilo angolano, mas sempre muito espirituosa... Ercídia deleita-se a brincar com as regras literárias que ela considera não existirem. O ‘Fardo de amar’ é o seu terceiro livro e é também a sua estreia nos mercados literários português e brasileiro. Seus passatempos favoritos são escrever, comprar livros e assistir séries. 

 

Por que as empresas precisam prestar mais atenção para a diversidade na cadeia de valor?

Você já parou para pensar que a maioria dos esforços das empresas, sejam grandes ou pequenas, para aumentar a diversidade e inclusão - e, consequentemente, a representatividade - está focado no quadro de funcionários e nos espaços de tomadas de decisão? Garantir a empregabilidade interna é somente um dos caminhos para criar uma cultura organizacional mais inclusiva e potente. É preciso discutir a importância de incluir nessa estratégia toda a cadeia de valor da organização, afinal, essa lacuna acaba por reproduzir práticas de exclusão e iniquidade 

A mudança desse cenário começa pela inclusão de novas áreas na companhia para pensar a diversidade e inclusão, criar programas específicos e mudar diretrizes do sistema de compras e prestação de serviços. Como forma de qualificar o debate sobre a questão, sugerimos Simone Gallo (perfil completo abaixo), head de diversidade e inclusão da Condurú Consultoria

 

Para a especialista, é essencial que as empresas olhem para a diversidade na cadeia de valor não só na hora da crise, mas sim como uma estratégia de negócio. “Estas mesmas empresas geram milhares de empregos, contratam milhares de parceiros e fornecedores, impactam toda uma cadeira e as comunidades nas quais estão inseridas. Se mapearem suas cadeias e exigirem delas práticas de transparência, ética, diversidade e inclusão, o impacto produzido e por consequência o ganho social adquirido será imensamente maior do que se essas ações ficassem apenas no escritório ou na matriz”, afirma Gallo, membro da Condurú Consultoria.

 

 


Simone Gallo - Com experiência de  mais de 20 anos no mercado financeiro, liderou projetos de grande escala nacional em relações institucionais, diversidade, direitos humanos, negócios inclusivos e microcrédito. Atuou como conselheira Nacional do Idoso, no Steering Committee da Plataforma PNUD Brasil. Nas áreas de Negócios Inclusivos e Diversidade sempre atuou com foco em empregabilidade corporativa e empreendedorismo com foco especial em Inclusão racial, LGBTQ+ e Maturidade. Advogada de formação, mestranda em direito, com foco em direitos humanos, e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e Ohio University.


LGPD: multas ou adequação? O que sai mais barato?

Especialista em governança corporativa enfatiza que os negócios podem receber multas a partir deste mês.

 

Vigente desde setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), representa um importante passo no que diz respeito à coleta, tratamento e armazenamento de dados pessoais em território brasileiro. Porém, na prática, ainda é possível perceber que grande parte dos negócios não se adequou ou demonstrou pequeno esforço para se adequar as regras da LGPD, conforme informa Ivan Paiva, especialista em governança corporativa da Flowti, empresa especializada em soluções robustas para melhorar a performance no ambiente de TI dos negócios.

“A partir deste mês, passam a ser aplicadas as penalizações previstas na Lei. Apesar da possibilidade de serem efetivamente multadas, é possível perceber uma grande quantidade de empresas que ainda não compreendem a importância e os benefícios que a adequação à LGPD pode trazer para a companhia”.

Com a vigência da Lei, Paiva ressalta que para evitar multas e garantir a segurança e tratamento de dados pessoais, os negócios precisam buscar a adequação. “Não é da noite para o dia que alguém conseguirá se adequar à Lei. O processo, dependendo do porte da organização, pode levar meses e a partir deste mês, o risco de penalizações é iminente”, enfatiza.

 

Multas ou adequação? O que sai mais barato?

O especialista reforça que a adequação à LGPD é o melhor caminho. “Para os que descumprirem as regras que a normativa impõe, além da multa aplicada, que pode chegar até 2% do faturamento da empresa, limitada a R$ 50 milhões, a LGPD também coloca em risco e prejuízos a reputação e a imagem da empresa perante seus clientes, colaboradores, fornecedores, e dentre outros titulares de dados”.

Paiva orienta que a maneira mais eficaz de acelerar o processo de adesão à LGPD é implementar um programa de adequação. “O programa ajuda as empresas a organizarem, mapear e diagnosticar o uso dos dados. Desta forma, fica mais fácil implementar um aculturamento interno para a proteção e uso de dados dentro do propósito da Lei. A Flowti, por exemplo, já ajudou muitos negócios a alcançarem a conformidade à LGPD, conduzindo as organizações por meio de uma metodologia própria para a adequação. Como principais benefícios, podemos citar a conscientização de toda a empresa, o levantamento de vulnerabilidades de segurança da informação, sejam elas físicas ou digitais, mapeamento de  todos os processos onde são tratados dados pessoais, revisão do controle de acesso às informações vitais, conformidade documental e jurídica, resultando no aumento da credibilidade da empresa perante o mercado e diminuição do risco de multas e danos de imagem para o negócio”.

Entretanto, o programa precisa ser contínuo, mudando a cultura de uso de dados no negócio e mantendo a conformidade à LGPD ativa nas empresas, como comenta Paiva. “É necessário que a prática faça parte do dia a dia de funcionários e outras pessoas que tenham acesso a qualquer tipo de informação pessoal. Deve-se ter cuidado especial com a rotatividade de pessoal, treinando constantemente novos colaboradores, permitindo que a companhia mantenha, ao longo do tempo, sua conformidade com o que a LGPD determina”.

Por fim, outro ponto que é de extrema importância para o especialista é eleger e treinar o encarregado de dados para ajudar a promover essa mudança. “O Data Protection Officer (DPO) é uma parte fundamental para que o processo tenha eficácia, já que é ele que será o responsável por zelar pela proteção dos dados da empresa e demais envolvidos a longo prazo”, conclui Ivan Paiva.

 


Flowti

flowti.com.br  


Transação tributária traz alívio aos contribuintes em processo de recuperação judicial

Com transação tributária individual concluída, escritório é o primeiro a estabelecer área específica de regularização tributária no Brasil, visando a negociação de dívidas fiscais federais 

Governo federal já viabilizou R$ 30,2 bilhões em descontos a empresas e pessoas físicas que renegociaram dívidas tributárias

 

Vista como alternativa para a resolução de conflitos entre os devedores em situação financeira crítica, principalmente diante do contexto de agravamento econômico, a transação tributária se tornou um mecanismo de auxílio a empresas a negociar a regularização dos débitos tributários perante a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional), em especial aquelas em processo de recuperação judicial, pela sua capacidade de adequar o valor da dívida e seu prazo de pagamento à realidade de cada contribuinte. Inspirada no modelo americano, a operação traz condições diferenciadas e atrativas, como reduções de até 70% sobre o valor total dos créditos transacionados e prazo para pagamento de até 120 prestações mensais (10 anos).

“A transação judicial é um importante instituto para somar ao processo de recuperação judicial, que até então se baseava apenas em um parcelamento da dívida. E com esta nova possibilidade, passa a ser realmente viável a negociação de dívidas tributárias. É positivo para o contribuinte e para os cofres públicos”, explica Flávia Bortoluzzo, advogada e sócia da LBZ Advocacia, primeiro escritório a criar uma área específica de transação tributária no Brasil e a concluir com êxito transação tributária individual, ou seja, estabelecendo condições especiais e específicas ao caso.

A nova área segue a tendência de especialização do escritório e irá tratar, além da transação tributária, de outras ferramentas eficientes para a solução de conflitos e regularização tributária, como é o caso do negócio jurídico processual, ferramenta em que o fisco e contribuinte podem dar fim a diversos tipos de litígios.

Segundo a PGFN, já foram celebrados mais de 340 mil acordos, tendo sido regularizados cerca de R$100 bilhões de créditos por meio de transações tributárias nos últimos meses. Um marco relevante para o fisco e para os contribuintes. Ainda que prevista no Código Tributário Nacional há anos, a regulamentação da transação tributária se deu apenas em 2019 por meio da Medida Provisória nº 899, convertida na Lei nº 13.988/2020.

O valor de pagamento da dívida depende da realidade de cada contribuinte. "Diferentemente dos parcelamentos especiais, os descontos na transação tributária variam de acordo com a capacidade financeira e o grau de recuperabilidade da dívida, ou seja, quanto pior a capacidade financeira, menor será o grau de recuperabilidade da dívida e maior o desconto concedido, a fim de adequar o valor dentro do que cada um pode pagar", explica Flávia.

Desde o início da pandemia, o governo federal concedeu desconto de R$30,2 bilhões a empresas e pessoas físicas que renegociaram dívidas tributárias. De abril de 2020 a maio deste ano, foram concluídos 308 mil acordos abrangendo um débito total de R$95,3 bilhões. Cada devedor conseguiu, em média, uma redução de aproximadamente R$100 mil para a quitação de dívidas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Boa Vista SCPC, houve um avanço de 12,7% nos pedidos de falência e 13,4% nos pedidos de recuperação judicial em 2020, em comparação com 2019. “É evidente que há necessidade de tantas outras medidas tributárias para tentar minimizar os impactos negativos causados pela pandemia na economia, especialmente a almejada reforma tributária. Contudo, a possibilidade de os contribuintes em processo de recuperação judicial negociarem os débitos fiscais federais por meio da transação tributária representa um verdadeiro avanço legislativo e deve ser comemorada”, finaliza a advogada.

 



LBZ Advocacia

http://lbzadvocacia.com.br/.

https://www.linkedin.com/company/lbzadvocacia/

https://www.instagram.com/lbzadvocacia/

https://www.facebook.com/lbzadvocacia

https://www.youtube.com/lbzadvocacia

 

A Engenharia também luta contra as irregularidades de seus dirigentes

Enquanto se apuram sérias denúncias sobre corrupção na compra de vacinas em Brasília, outras frentes de batalha na Justiça estão felizmente caminhando, a favor da ética na administração pública, e em defesa do interesse e dos recursos patrimoniais que pertencem à sociedade.

Uma decisão cautelar publicada pelo Tribunal de Contas da União no último dia 13 de julho suspendeu um chamamento público que tem gerado enorme controvérsia entre a categoria de engenheiros.

Por meio desse chamamento, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo pretendia realizar a toque de caixa – sem estudo de viabilidade econômica, sem licitação e sem projeto – uma permuta de seis imóveis, patrimônio público sob sua gestão, em troca da construção de uma nova sede unificada no terreno que o Conselho possui no bairro da Barra Funda, zona oeste da capital paulista.

A afoiteza com que o CREA-SP levou adiante essa iniciativa causou enorme estranheza entre os engenheiros. O valor total do projeto, estimado pelo próprio CREA, alcança R$ 200 milhões, mas essa cifra que pode ser ainda maior, uma vez que perícias independentes apontam para um preço de mercado superior ao estipulado pelo Conselho para os imóveis que deseja "negociar”.

No despacho assinado pelo ministro Marcos Bemquerer, do TCU, o tribunal atende a uma medida cautelar no âmbito de denúncia impetrada contra o prosseguimento do certame, que fere totalmente os princípios da administração pública.

A contratação milionária de obra pelo CREA sem licitação, contrariando obrigação de que a obra de engenharia para construção de nova sede requer obrigatoriamente a realização de uma concorrência pública, foi apontada no texto do ministro, que ainda alertou para outras irregularidades.

Ficou evidenciada para o TCU a inexistência de projeto básico para a contratação de obra de engenharia de construção de nova sede, bem como a ofensa à proibição legal de que a mesma empresa que faça o projeto básico também seja responsável pela execução da obra. Também é nítida a contrariedade às normas previstas para a permuta de imóveis, nas quais está claro que tal troca por edificações a construir não pode ser realizada por inexigibilidade de licitação.

Esse não é o único questionamento enfrentado na Justiça pela atual gestão do CREA-SP, eleita no ano passado em meio a várias denúncias de irregularidades no processo eleitoral, realizado inclusive de forma exclusivamente presencial em plena pandemia, apesar dos apelos dos profissionais para que pudessem votar pela internet e evitar o risco de contágio do coronavírus.

Há ações em curso que pedem a investigação de seus dirigentes em esquemas de rachadinha e gastos exorbitantes com publicidade e pagamento de diárias aos inspetores que têm a responsabilidade de fiscalizar o exercício da profissão no estado.    

A decisão do TCU é uma luz nesse caminho de trevas em que o CREA-SP se embrenhou, para desgosto da categoria de engenheiros e de todos os que defendem a ética e a democracia.

 


José Manoel Ferreira Gonçalves - engenheiro, jornalista, advogado, professor doutor, pós-graduado em Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, integrante do Engenheiros pela Democracia e presidente da Ferrofrente e da Aguaviva, Associação Guaruja Viva.


Investimentos e moedas digitais: da atração inicial ao duradouro caso de amor

Em todo relacionamento há uma aproximação inicial – a atração – e, claro, o casamento que consuma o amor. É assim em nossas relações e é assim também na forma como lidamos com nosso dinheiro. Quando as pessoas vão fazer um investimento, seja em ativos financeiros ou em bens, elas pesquisam, encontram o que melhor atenda a seus objetivos e, depois de muito namoro, finalmente dão o passo seguinte. Atualmente, estamos observando a mesma coisa com um novo tipo de ativo, que atrai mais e mais investidores: as moedas digitais. Elas estão em alta e, ao que tudo indica, certamente proporcionarão um final feliz para todos que entrarem nessa relação.

No Reino Unido, por exemplo, essa já é uma realidade consolidada. Levantamento do Financial Conduct Authority (FCA) mostra que o investimento em criptoativos cresceu 21% nos últimos 12 meses na região. Isso ocorre porque o termo passou a ser mais conhecido entre as pessoas: 78% da população já ouviram falar sobre criptomoedas (alta de 73%) e apenas 38% deles consideram essa aplicação uma aposta arriscada (era 47% no ano anterior). São números vantajosos que certamente já se espalham em todo o mundo. No Brasil, o cenário tende a ser semelhante em um futuro próximo. Afinal, o país já é o 11º em uso de tecnologia blockchain, segundo um estudo da Criptomoeda.org.

Antes de chegarmos a esse cenário de atração, é necessário retroceder um pouco e entender por que as moedas digitais como um todo se tornaram tão “bonitas” aos olhos dos investidores atualmente. Elas são ativos ainda recentes no cenário financeiro. O bitcoin, por exemplo, foi a primeira moeda do tipo e surgiu em 2008. Ou seja, estamos falando de algo que não tem nem 15 anos de existência. Evidentemente, os anos iniciais foram mais de preocupação do que realmente de atração. Não foram poucos os alertas que surgiram na internet sobre supostos perigos da desregulação e descentralização, além de até rotular como algo restrito a hackers.

Entretanto, houve bastante pesquisa e o que antes dava medo passou a ser visto em suas qualidades, como transparência, agilidade e segurança nas transações – tudo o que o cenário de transformação digital tanto preza. Era o momento de investidores e moedas digitais se conhecerem e essa aproximação fez a cotação desses ativos disparar. O bitcoin saiu de US$ 0,39 (menos de um dólar) em 2010 para cerca de US$ 30 mil uma década depois. São números que atraem até mesmo os investidores mais conservadores e tradicionais e colocam esses ativos em evidência no mercado. Quem não quer ver seu dinheiro se valorizar tanto assim, não é mesmo?

Ainda que seja cedo para falar em casamento, alguns sinais mostram que a relação entre investidores e moedas digitais não será uma paixão casual. Primeiro porque o número de pessoas dispostas a aplicar nesse ativo não para de crescer, mesmo com a oscilação natural que esse mercado apresenta. Hoje, as principais criptomoedas já são vistas como elementos importantes em uma carteira de investimento, diversificando as opções e promovendo ganhos maiores. Além disso, é necessário reconhecer que as blue chips (justamente as moedas mais reconhecidas no setor) sempre demonstram tendência de alta – o que as deixarão bastante atraentes por muito tempo.

O cenário é totalmente positivo para as moedas digitais como ativos financeiros. Contudo, mais importante do que realçar seus poderes de atração, deve-se salientar sua influência em uma carteira. Quando se fala em investimentos, é preciso compreender que se trata de algo a longo prazo, ou seja, é uma iniciativa duradoura que exige dedicação e planejamento para colher os frutos no futuro. Com as moedas digitais não é diferente. Basta montar a melhor estratégia, definir os objetivos e viver feliz para sempre.

 


Cássio Rosas - Diretor de Contas Enterprise e Estratégia da Wiboo, plataforma com utility token que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais – e-mail: wiboo@nbpress.com

 

Wiboo Company

https://www.wiboo.com.br

 

Novo Ensino Médio: o que pais e estudantes podem esperar dessa mudança

Divulgação
Itinerários Formativos são grande desafio para escolas e vão dar a estudantes a chance de aprofundar conteúdos que fazem mais sentido para a trajetória do aluno

 

A flexibilidade curricular proposta com as mudanças do Ensino Médio prevê que as escolas passem a oferecer para os alunos novos caminhos que poderão ser trilhados com mais liberdade e com base no que o próprio estudante entende que faz sentido para a sua trajetória. Esses caminhos são os Itinerários Formativos, uma das grandes novidades dessa reforma, com uma oferta maior de opções em relação ao currículo escolar que o estudante terá ao longo dos três anos finais da Educação Básica.  

O Novo Ensino Médio traz uma grade curricular dividida em Formação Geral Básica (FGB) e Itinerários Formativos (IFs). Na Formação Geral Básica, os componentes curriculares estão organizados pelas áreas do conhecimento. Essa é a parte fixa do currículo que contempla as habilidades e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e compõe 60% da carga horária, com um máximo de 1.800 horas. Já os Itinerários Formativos são o conjunto de temáticas que poderão ser oferecidas aos estudantes por meio de projetos, oficinas e núcleos de estudo e que vão aprofundar e ampliar os conteúdos da Formação Geral Básica. Eles são compostos de unidades curriculares obrigatórias e eletivas e compõem 40% da carga horária, com mínimo de 1.200 horas. São cinco Itinerários Formativos possíveis: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Técnica e Profissional. Apesar da liberdade para a elaboração dos currículos dos itinerários, todos devem ser estruturados a partir de quatro eixos estruturantes: Investigação Científica, Mediação e Intervenção Sociocultural, Processos Criativos e Empreendedorismo. As escolas não são obrigadas a oferecer todos os percursos, nem disponibilizar a escolha de aprofundamento logo no primeiro ano.

Além do status de novidade, os Itinerários Formativos já se tornaram um dos grandes desafios de gestores de educadores que têm pela frente a missão de implantar essas mudanças. "Sabemos que a decisão sobre o que oferecer como Itinerário Formativo para nossos alunos nos impõe uma enorme responsabilidade. Nossas escolhas e definições podem impactar na trajetória de nossos jovens, influenciando até mesmo as futuras escolhas profissionais deles", destaca Elieser Balieiro, diretor administrativo do Colégio Horizonte, em Viradouro (SP). A instituição, que está se preparando para oferecer o Novo Ensino Médio para o 1º ano em 2022, está em fase de definição sobre quais serão os Itinerários Formativos ofertados para os estudantes no próximo ano. "Estamos recebendo a ajuda de nosso principal parceiro, o Sistema Positivo de Ensino, que está nos apontando o caminho. Queremos que os Itinerários Formativos tenham real utilidade para nossos alunos e, para isso, precisamos decidir considerando o contexto econômico, social e cultural da comunidade e região em que nossa escola está inserida", explica o diretor.

A flexibilização do currículo escolar por meio dos Itinerários Formativos implica também na ampliação da carga horária de uma instituição. Isso gera um impacto importante na estrutura da escola, que precisa ocupar mais espaços e disponibilizar mais professores para garantir uma oferta maior aos alunos. "Essa tem sido também uma das principais preocupações das escolas na formação dos seus Itinerários Formativos", explica a coordenadora editorial do Sistema Positivo de Ensino, Milena Santiago Passos Lima. Para ela, o que precisa ficar claro é que os Itinerários Formativos permitem que a escola olhe para o estudante valorizando a sua trajetória de forma individual. "Isso não quer dizer, necessariamente, que a escola tenha que oferecer ao aluno muitos caminhos, muitas escolhas. Na verdade, ela tem que oportunizar diferentes vivências. Uma escola que hoje já trabalha com diferentes projetos, que permite a ocupação de diferentes espaços, já está praticando a proposta dos Itinerários Formativos, que é realizar um trabalho de conduzir o aluno de forma personalizada", explica.

Segundo a coordenadora, o que acontece é que muitas vezes esse trabalho não está evidenciado no histórico escolar. "Então, o Novo Ensino Médio desafia as escolas a olharem para aquilo que já fazem e entender o que, entre tudo o que a escola já realiza e que representa a sua identidade, poderá fazer parte deste currículo de forma definitiva. Existem projetos, iniciativas valorosas dentro das escolas que hoje não fazem parte do histórico escolar de cada aluno. E isso tudo precisa ser considerado para que as escolas entendam que não precisam inchar seu currículo e nem sobrecarregar sua estrutura para oferecer esses novos caminhos".

Para tentar se aproximar ao máximo do que os próprios estudantes esperam, o Colégio Augusto Comte, de Salvador (BA), fez uma consulta junto aos alunos e pais. "Decidimos ouvir nosso público para identificar os reais anseios de nossa comunidade e o resultado apontou para uma tendência significativa em relação à área de Ciências da Natureza, o que nos deixou bastante tranquilos porque esse já era um dos caminhos considerados pela escola", afirma Marcelo Silva Borges, gestor pedagógico do colégio. "Entendemos que o importante nessa fase de implantação dos Itinerários Formativos é a escola ter a autonomia na hora de definir o que será ofertado, tendo em vista a leitura que a própria escola faz - melhor do que ninguém - do seu público e do contexto em que está inserida", ressalta.

Uma dúvida crescente entre os estudantes e seus pais é sobre como escolher os Itinerários Formativos, o que levar em conta, quase como quem escolhe o curso superior. Para decidir qual caminho seguir, é fundamental que o aluno esteja bem informado sobre o assunto. Segundo Milena Santiago Passos Lima, a escola deve apresentar, de maneira detalhada, as explicações sobre os itinerários, quais deles a instituição oferece e o que cada um envolve. "Isso pode ser feito inicialmente em rodas de conversa e, posteriormente, em caso de necessidade, em conversas individuais agendadas com o aluno e seus responsáveis", destaca a coordenadora.

Ciente das informações, os estudantes devem refletir sobre seus interesses, aptidões e objetivos. "A proposta do Novo Ensino Médio é fazer com que as escolas olhem para o aluno que está construindo a sua identidade e o ajude a encontrar o melhor caminho, de modo que se reflita na trajetória que ele tem ou terá dentro da escola e no futuro. Então o aluno, a partir de agora, tem a oportunidade de olhar para si, de desenvolver as suas potencialidades e consolidar uma proposta que esteja de acordo com a sua trajetória. A mesma coisa vale para a escola que, ao se deparar com as escolhas que ela precisa fazer para os Itinerários Formativos, ela também deve fazer essa caminhada. De olhar para si, olhar para a sua identidade, para a sua trajetória, para o seu contexto e, a partir daí, definir os Itinerários Formativos que mais lhe convém, construindo um currículo coeso e consistente para os seus alunos", completa Milena.

Para ela, pais e estudantes podem esperar um novo currículo e uma renovação necessária do ponto de vista de vivências e de desenvolver as potencialidades de cada um. "Pode-se esperar uma mudança gradativa na cultura escolar, em que o aluno terá mais voz e vez e terá também mais espaço para atuar, produzir, criar e aprender", finaliza.

 

 

Sistema Positivo de Ensino


Varejo paulista fecha semestre com aumento de 22% nas vendas

Flexibilização e avanço da vacinação são os principais fatores que contribuíram para um cenário positivo, segundo dados da FCDLESP

 

No primeiro semestre deste ano, o varejo paulista apresentou um aumento de 22% nas vendas, de acordo com a FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo). O balanço realizado pela entidade, com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo, aponta que o setor varejista mostra sinais de recuperação e segue otimista para o segundo semestre. 

Segundo os lojistas, no mesmo período no ano passado, os principais desafios dos varejistas foram causados pelas fases mais restritivas do Plano São Paulo - redução no horário de funcionamento e capacidade do local, que impactaram diretamente o volume de vendas que, consequentemente, apresentaram um baixo índice. Já neste ano, a maior flexibilização do estado nas medidas possibilitou um cenário mais confiante.  

Mesmo com boas perspectivas, a entidade alerta que o setor ainda enfrenta dificuldades para se recuperar e tentar equilibrar o volume de vendas em comparação ao ano de 2019. A insegurança do consumidor na hora de comprar, aumento da inflação e incerteza no cenário da pandemia foram os principais entraves para o varejo. 

De modo geral, segundo o levantamento da FCDLESP, o segmento que ainda enfrenta mais dificuldades na recuperação são os bares e restaurantes - duramente afetados pelas medidas do Plano SP. Em paralelo, o setor que mais mostrou avanços é o de vestuário e calçados. 

“O atual momento que o varejo vive foi refletido no percentual de vendas do Dia dos Pais. Com menos restrições, o comércio gerou mais possibilidades de venda, e a data, considerada uma das mais importantes do segundo semestre, demonstrou bons resultados, o que gera um sentimento otimista nos lojistas”, explica o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.  


Expectativas 

Para um segundo semestre positivo, as CDLs da região metropolitana da cidade, interior e litoral relatam que manter os estabelecimentos abertos é essencial para que as datas comemorativas voltem a apresentar um bom desempenho de vendas e possam ajudar o varejo na possível retomada da economia.

“O varejo tem apresentado bons índices, o que ajuda na recuperação. Com maior flexibilização e avanço na vacinação, esperamos que até o final do ano, as vendas se equilibrem com 2019. Neste momento de retomada, os estabelecimentos devem continuar seguindo os protocolos de segurança e garantindo a confiança do consumidor, para que a retomada aconteça, na prática, de maneira efetiva”, finaliza Stainoff. 

 

Posts mais acessados