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Esportes de combate requerem maior cuidado com os olhos |
Em tempos de Jogos Olímpicos, em que acompanhamos
todo a capacidade e o potencial do corpo humano, dá até vontade de se dedicar
ainda mais ao esporte ou voltar a fazer as atividades físicas deixadas de lado
por conta da pandemia do novo coronavírus. No entanto, como cuidar da
saúde ocular para que problemas de visão não comprometam as práticas
esportivas?
Não enxergar bem pode ser um problema nas mais
variadas situações cotidianas, mas é um aspecto preponderante especialmente na
hora de praticar esportes, seja um atleta amador, um praticante de final de semana
ou, principalmente, um profissional. Para não perder de vista a bola, o alvo ou
a movimentação adversária e tudo que acontece ao redor na competição, os olhos
são muito exigidos. Imagine então para acompanhar aces de 263 km/h, caso do
saque mais rápido da história do tênis. É aí que entra a importância de um bom
acompanhamento oftalmológico.
Para cada caso, uma orientação – Se já é
recomendado para todas as pessoas, consultar o oftalmologista uma vez ao ano e
sempre que notar algum desconforto nos olhos é ainda mais indicado aos
praticantes de esportes, adultos ou crianças, como forma de prevenir lesões,
diagnosticar problemas de visão e tratar possíveis traumas causados pela
prática esportiva. Além disso, o especialista poderá indicar a melhor forma de
tratar questões oculares que podem prejudicar o rendimento nas atividades
físicas.
“Na maior parte das vezes, a lente de contato é a
melhor opção, em comparação aos óculos que, por conta das hastes, limitam a
visão periférica – importantíssima não somente para a estratégia do jogo, mas
para evitar colisões –, e podem quebrar diante de fortes impactos. Por outro
lado, há casos em que a cirurgia refrativa é a solução indicada, se o paciente
estiver apto ao procedimento”, afirma a Dra. Thais Vera Monteiro, oftalmologista
do HCLOE, empresa do Grupo Opty em São Paulo.
Representante do Brasil na Olimpíada de Tóquio, o
tenista Marcelo Demoliner é um exemplo de como a cirurgia refrativa pode virar
o jogo para quem não enxerga bem. Com miopia, astigmatismo e também os olhos
secos potencializados pelo uso de lentes de contato, o atleta já contou no Opty
Cast (ouça o podcast aqui) sobre as
suas dificuldades nas quadras antes da operação, além de se recordar do
pós-operatório e de como a cirurgia melhorou sua qualidade de vida e a
experiência em quadra.
O assunto ganha importância quando se estima que
cerca de 15 milhões de brasileiros têm alguma deficiência visual reversível em
função de erros refrativos, como miopia, astigmatismo, hipermetropia e
presbiopia, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, e muitos são
praticantes de esportes.
A visão é fator fundamental também para quem vive o
esporte de perto, mas fora das quadras e campos, e depende desse sentido para
melhor orientar os atletas. Pia Mariane Sundhage, ex-jogadora sueca e
treinadora da seleção brasileira de futebol feminino, também recorreu à
cirurgia refrativa, este ano, aqui no Brasil, para corrigir a visão. Ela
recorda que, ainda jovem, jogava usando óculos. Aos 15 anos, começou a usar
lentes de contato e sentiu uma grande diferença. Porém, muito ativa, o receio
era nunca poder esquecer as lentes. “Era bem estressante, para ser honesta”,
conta. E, ao mesmo tempo, ela considerava os óculos bem desconfortáveis. “Agora
que não tenho que pensar nisso é como uma nova vida”, afirma.
Óculos de proteção e cuidado com impactos – A médica
também lembra que algumas atividades esportivas requerem óculos de proteção,
normalmente de policarbonato, para maior segurança do atleta. Na natação, por
exemplo, os óculos têm a função, além de facilitar a visão do nadador, de
evitar o contato dos olhos com a água da piscina, evitando irritação e
contaminações. Já em esportes como o ciclismo, ele ajuda a impedir o contato com
ciscos e fragmentos em alta velocidade. E, no vôlei de praia, óculos com
proteção solar são fundamentais para resguardar os olhos do contato com a
areia, vento e raios ultravioletas.
Embora com níveis diferentes de risco,
independentemente do esporte, os praticantes estão sujeitos a impactos e
acidentes. Boladas, contato físico com o adversário e quedas podem resultar em
traumas oculares. Os esportes com bola, maior contato físico ou de combate
estão entre os que merecem maior atenção.
Você sabia que o basquete é a principal causa de
lesões oculares relacionadas a esportes nos Estados Unidos? Lesões nos olhos
custaram à NBA, a liga de basquete profissional norte-americana, US$ 2,4
milhões em uma única temporada!1 Mas fazer com que atletas de
qualquer idade ou nível de habilidade usem óculos de proteção é uma tarefa de
difícil convencimento. “Pode não ser bonito ou confortável para quem não está
acostumado, mas é a melhor proteção que os praticantes de esportes de maior
risco para os olhos podem ter, além de render aos atletas – profissionais ou
não – melhora no desempenho”, comenta a oftalmologista.
“O trauma resultante de uma contusão, uma batida ou
uma colisão contra o olho é o mais comum e pode gerar desde um simples arranhão
na córnea até um descolamento de retina, ou desencadear uma catarata precoce ou
glaucoma, dependendo da gravidade”, comenta a médica. A boa notícia, de acordo
com a Academia Americana de Oftalmologia, 90% das lesões oculares são evitáveis
através do uso de óculos de proteção.
Grupo Opty
www.opty.com.br
1. https://www.aao.org/eye-health/tips-prevention/cost-eye-injuries-nba-basketball-sports.