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sábado, 3 de julho de 2021

Memória humana pode ser treinada com exercícios simples

 O cérebro precisa de treino para manter as lembranças ao alcance

 

Ao longo do tempo, boa parte da memória armazenada em nossos cérebros pode se perder. A ciência, embora ainda não disponha de mecanismos capazes de recompor o que foi esquecido, sabe que é possível exercitar sua mente, para retardar e reduzir o processo de perda de memória, mesmo em casos de demência. É o que explica o neurologista Fernando Freua, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O treinamento para uma memória mais apurada, segundo Freua, requer disposição mental para toda atividade que demande planejamento, raciocínio lógico, matemática e evocação de palavras ou utilização da linguagem. Tudo isso ajuda no treino da memória e das demais funções cognitivas. Assim, passatempos como jogos, palavras cruzadas e leitura, são úteis no processo contra o esquecimento.

Quando utilizamos as diversas regiões do cérebro para a resolução de problemas, ajudamos a consolidar essas funções cognitivas e, de maneira repetitiva, essas funções melhoram. “Pense como uma academia para o cérebro. Os resultados não ocorrem de um momento para o outro, mas é a frequência e insistência que podem ajudar nesse processo que, às vezes, só é visto após muito tempo do início das atividades”, explica o neurologista.

Como regra geral, não existe uma recomendação global para uma faixa etária ou um tipo específico de doença (demência) mas esses exercícios são direcionados individualmente de acordo com cada domínio com maior prejuízo em cada paciente.


Idade

É fato, diz Freua, que quanto mais idoso, mais suscetível à demência está o indivíduo. Mas a idade é um fator de risco, que depende de outros, como hábitos e vícios (tabaco, álcool, etc) e comorbidades (doenças pré-existentes como diabetes, colesterol e hipertensão). “Não existe idade limite para se preocupar, mas sabemos que a leitura e o nível de escolaridade são, de certa forma, fatores protetores para o desenvolvimento de algumas demências. Sendo assim, sugiro que comecem a treinar o cérebro o quanto antes”.

A capacidade de prestar atenção participa ativamente na alocação e consolidação da memória, explica o médico da BP: “Tanto é fato, que quadros desatencionais graves, provocados por questões clinicas (como hormonais por exemplo), podem simular demências e se tornar um desafio diagnóstico para o neurologista. Então, a atenção é um dos domínios cognitivos que um neurologista deve avaliar numa consulta cuja queixa do paciente é a perda de memória”.


Quando procurar ajuda médica?

Qualquer perda de memória que interfira no bom funcionamento do dia-a-dia do indivíduo ou que tenha levado a algum prejuízo pessoal ou familiar deve ser investigado com mais detalhes, por um neurologista.

Em razão da natureza do problema, muitas vezes o próprio paciente não percebe que está sofrendo de esquecimento e precisa da atenção de quem está por perto.

Como existem várias causas de perda de memória, podemos evitar as mais comuns mantendo bons hábitos de vida e evitando fatores de risco, então, a prática de atividade física, boa noite de sono, boa alimentacâo (regular e evitar alimentos com muito carboidrato ou gordura) funcionam como auxiliares neste processo.


Tratamentos e avanços científicos

A doença mais frequentemente relacionada à perda progressiva da memória é a Demência de Alzheimer e, em segundo lugar, a Demência por Corpos de Lewy. Em termos gerais, os tratamentos dos pacientes acometidos por esses males são feitos com medicações que aumentam um neurotransmissor chamado acetilcolina. “Existem boas perspectivas de medicações sendo testadas com a finalidade de interromper a progressão dessas doenças, o que já seria excelente”, afirma o neurologista.

Apesar dos estudos e avanços buscados para o controle da demência, há um longo caminho científico pela frente. Recentemente o FDA aprovou uma droga para Alzheimer, mas os benefícios ainda são contraditórios, segundo o médico. “O ideal é que o tratamento seja individualizado e bem acompanhado, já que casos de demência têm curso natural relativamente previsível. Se o quadro do paciente estiver saindo desse curso esperado, talvez seja o caso de rever o diagnóstico ou o tratamento”.

 

 

BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo


ISTs e saúde bucal: a boca também pode ser infectada no ato sexual

Infecções sexualmente transmissíveis são contraídas pela boca no sexo desprotegido


Uma das preocupações atuais da Odontologia é com o risco de infecções adquiridas nas relações sexuais sem preservativos e que podem afetar a saúde bucal. Isso porque o sexo desprotegido tornou-se mais frequente, principalmente entre a população mais jovem. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde de 2017, quase metade dos jovens entre 15 e 24 anos não usam camisinha. Apenas 56,6% dos jovens dessa faixa de idade usam a proteção.

Doenças como AIDS, sífilis, herpes genitais, HPV, Hepatite (A, B e C) e gonorreia também são transmitidas pelo sexo oral sem uso de preservativo, representando as chamadas ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), uma terminologia recentemente adotada para substituir a anterior demonimada DST (doenças sexualmente transmissíveis). Esses males podem ser contraídos e se manifestarem na região da boca e não só isso: problemas como gengivite e cárie dentária profunda aumentam o risco de contágio, o que requer atenção de um cirurgião-dentista no diagnóstico e tratamento.

“Tivemos recentemente uma epidemia de sífilis em que diversos casos de manifestações bucais da doença foram diagnosticados. Os cirurgiões-dentistas estão recebendo esses indivíduos em seus consultórios e podem ajudar a diagnosticar e quebrar a cadeia de transmissão”, diz Desiree Rosa Cavalcanti, integrante da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia (CROSP).

Os sintomas mais comuns de ISTs na boca são:

  • Manchas ou placas brancas;
  • Feridas na boca, dolorosas ou não;
  • Feridas na pele ao redor da boca;
  • Orofaringe avermelhada;
  • Dor ao engolir;
  • Placas brancas nas amígdalas, semelhantes à amigdalite;
  • Secreções branco-amareladas.

“Depende do tipo de IST contraída. A sífilis, por exemplo, pode se manifestar na boca em qualquer uma de suas fases (primária, secundária ou terciária), sendo que a fase secundária é a mais encontrada e se caracteriza por manchas ou placas branco-pálidas, que podem ser dolorosas e acometer qualquer parte da boca, mas principalmente língua, mucosa labial e gengivas”, explica Denise. “Já no caso do HIV (vírus da AIDS), a presença de lesões na boca pode estar relacionada a um estágio de descontrole da doença ou ocorrer antes do diagnóstico e tratamento, enquanto a gonorreia e a clamídia oral podem afetar a orofaringe, gerando eritema, dor e desconforto ao engolir”, detalha.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, o não uso de preservativos impactou diretamente no aumento de casos de HIV entre jovens. Na faixa etária de 20 a 24 anos, a taxa de detecção subiu de 14,9 casos por 100 mil habitantes, em 2006, para o patamar de 22,2 casos em 2016. Entre os jovens de 15 a 19 anos, aumentou de 3,0 para 5,4 no mesmo período.

Diante desse cenário, ressalta-se a importância do preservativo, que ainda é a melhor forma de prevenção contra uma IST, seja de transmissão oral ou não. Mas, para deixar a saúde bucal longe dos riscos também é preciso manter uma boa higiene da boca para evitar problemas bucais como úlceras, gengivite ou doenças periodontais, que podem servir como meio de entrada de vírus e de bactérias causadores das infecções sexualmente transmissíveis.

Além disso, é essencial a realização de testes diagnósticos e a busca pelo tratamento rápido e adequado para o caso de suspeita de IST por contágio oral. “É importante que o cirurgião-dentista seja assertivo em sua comunicação com o paciente. Ele deve ser sincero, discreto e transmitir confiança. Um ambiente adequado e reservado em que ele possa estar a sós com o paciente facilita muito a comunicação para explicar o que o faz suspeitar de uma IST e recomendar a realização de testes diagnósticos, como os testes rápidos e a citologia esfoliativa. Sífilis, HIV, hepatites B e C já possuem testes rápidos eficazes e a maioria dos pacientes aceita a realização dos testes, especialmente diante de um profissional que lhe traz segurança”, completa a cirurgiã-dentista.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP)

www.crosp.org.br


Possibilidade de ter um infarto é maior no inverno, saiba como se cuidar

 O clima mais frio do ano requer uma série de cuidados com a saúde. Por isso, o coração não deve ser deixado de lado. Especialista mostra como reduzir estes riscos.

 

O inverno chegou com tudo no Brasil. Basta observar a queda acentuada das temperaturas em grande parte do país nos últimos dias. E juntamente com o frio, uma série de cuidados devem ser tomados para evitar problemas à saúde. O coração também deve ser alvo destes cuidados. Basta observar que dados do Instituto Nacional de Cardiologia revelam que o número de infartos nesta época do ano pode aumentar em até 30%. As razões disso, explica o médico cardiologista Dr. Roberto Yano, “em temperaturas mais frias o corpo entra em vasoconstrição, reduzindo o calibre das nossas artérias e com isso pode ocorrer a elevação da pressão arterial”. 

Segundo o cardiologista, uma atenção especial deve ser dada para quem já possui doenças prévias do coração, e principalmente doença das coronárias. “A passagem de sangue pelos vasos já está sendo parcialmente bloqueada por placas de aterosclerose. No inverno essa condição pode piorar. Afinal, no frio, a constrição das artérias reduz mais ainda o fluxo sanguíneo pelo corpo e pela coronária, e o que pode ocorrer? Aumento do risco de Infarto”. 

Outra questão a ser observada nesta época do ano é na má alimentação, orienta o cardiologista. “O corpo precisa de mais energia para manter a temperatura ideal, e por isso o organismo pede mais comida. O problema é que para suprir esta vontade a pessoa acaba ingerindo alimentos mais calóricos e gordurosos. Se por um lado a comida gordurosa parece ser uma fonte mais eficiente para fornecer energia, alimentar-se mal, pode acelerar ainda mais o processo de aterosclerose, entupindo as artérias do coração, e levando ao infarto”, acrescenta. E um grave problema também que precisa ser destacado é a redução de exercício físico: “as pessoas tendem a se exercitar ainda menos no frio, e sabemos que pessoas sedentárias estão mais propensas a terem doenças cardiovasculares. Além disso, o exercício provoca uma vasodilatação arterial, garantindo o fluxo adequado para os nossos órgãos”, explica. 

Por fim, o mais importante de tudo, reforça Dr. Yano, é manter o acompanhamento clínico de forma periódica: “Mantendo a saúde em dia e controlando os fatores de risco, certamente futuras complicações serão evitadas. Diante de um cenário de pandemia, mantenha o equilíbrio emocional e siga sempre as orientações do seu médico. Assim poderá evitar que enfermidades, como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, obesidade, ou até mesmo um infarto atrapalhem a sua vida”, completa.

 


MF Press Global


Artrose pode dificultar a vida sexual de mulheres

A doença, mais frequente em idosas, tem atingido cada vez mais jovens entre 30 e 50 anos

 

Mais comum em pessoas com idade acima dos 65 anos, a artrose vem atingindo também os mais jovens, exigindo uma atenção especial daqueles que não conhecem os incômodos efeitos do problema que pode atingir diversas articulações do corpo humano. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), 10% da população na faixa etária entre 30 e 50 anos apresenta problemas relacionados a artrose. Desse número, a maioria são mulheres.

“A artrose é um processo degenerativo onde ocorre a perda da anatomia articular saudável. Os sintomas mais comuns são dor e perda da mobilidade articular. A doença, até o momento, não tem cura. Os locais mais comuns de serem diagnosticados com artrose são: quadril, coluna, joelho, mão e punho, pé e tornozelo, ombro e cotovelo”, comenta a ortopedista Soraya Melina Alves, membro da Sociedade Brasileira do Quadril.

Segundo a especialista, a doença é mais comum em mulheres. Por isso, durante a vida sexual ativa, são elas que podem sofrer ainda mais com a artrose, principalmente quando a articulação acometida é o quadril. ‘‘A dor traz limitação para o ato sexual tanto de homens como mulheres. Em alguns casos mais específicos, como artrose em coxas profundas ou otopelves (condições em que há um encarceramento da cabeça do fêmur), a mobilidade do quadril é muito restrita impedindo até mesmo a abertura dos membros inferiores ou mobilidade pélvica’’, afirma a médica.

Segundo Soraya, a artrose no quadril tem diferentes estágios. ‘‘Nos mais iniciais, o tratamento clínico é a melhor opção visando manter boa mobilidade e controle da dor’’, diz a especialista. Já sobre o tratamento, a médica afirma que a cirurgia, em casos mais graves, é o mais indicado. ‘‘Com a progressão dos sintomas e as limitações funcionais, o tratamento cirúrgico é o indicado. A artroplastia do quadril (procedimento cirúrgico) é a indicação padrão para os casos de coxartrose’’, conclui.

De acordo com a especialista, para as mulheres que têm a doença, mas ainda estão em idade de vida sexual ativa, a criatividade é essencial. ‘‘Se a paciente tem mobilidade no quadril, mas tem dor, o indicado é seguir um tratamento com medicação. Outro ponto é indicar para a paciente posições alternativas que não necessitem de abertura de perna para evitar o desconforto. Geralmente, as posições de lado são as que não trazem desconforto ou dor no quadril para a paciente, mas também, ela pode usar a criatividade nesse momento’’, completa Soraya.

D’Or Consultoria alerta para os riscos das hepatites virais

 Classificadas como doenças silenciosas, as hepatites podem trazer danos irreparáveis para o fígado e até afetar outros órgãos  

 

Por meio do seu calendário mensal de saúde, a D’Or Consultoria chama a atenção para o Julho Amarelo, mês de combate às hepatites virais, infecções que podem ser prevenidas com vacinação – nos tipos A, B e D da doença – e condições básicas de higiene e saneamento. 

As hepatites virais são infecções no fígado que, em estágios avançados, impactam gravemente o funcionamento do segundo maior órgão do corpo humano, resultando em complicações como insuficiência hepática, fibrose avançada e cirrose. Alguns desses impactos podem ser irreparáveis, levando à necessidade de transplante ou ao desenvolvimento de câncer hepático. Todos os anos, as hepatites fazem mais de 1,4 milhão de vítimas fatais no mundo, e seu caráter silencioso – em muitos casos, as pessoas passam décadas sem descobrir a infecção – pode confundir quem se atenta somente aos sintomas mais clássicos. 

“No Brasil, os tipos C, B e A são, respectivamente, os mais comuns. Quase nunca apresentam sintomas e costumam ser confundidos com outras doenças. Por isso, o tema da nossa campanha é ‘Descuidar da saúde dói no fígado’, alertando sobre os riscos e as formas de prevenir essas infecções”, explica Ricardo Freiesleben, gerente de Marketing da D’Or Consultoria. 

Por meio de informações confiáveis e de qualidade, as campanhas têm o objetivo de conscientizar sobre a necessidade de não descuidar da saúde e adotar hábitos saudáveis. Os materiais, 100% digitais, serão utilizados nas redes sociais e trazem conscientização sobre os danos que as hepatites causam à saúde. 

 

Tipos de hepatite 

• A hepatite C tem como sintomas cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, constipação, pele e olhos amarelados, dores musculares, urina escura e diarreia. Provocada pelo vírus HCV, a campeã de casos no Brasil  é considerada uma epidemia global, com taxa de mortalidade comparada às do HIV e da tuberculose. A maior parte dos infectados desconhece seu diagnóstico: em 2016, estimava-se que cerca de 657 mil pessoas possuíam a doença no Brasil. 

 

• Causada pelo vírus HBV, a hepatite B é o segundo tipo mais comum da doença no Brasil. Classificada como uma infecção sexualmente transmissível, normalmente, se resolve espontaneamente em até seis meses. Mas atenção, assim como a hepatite C, pode se manifestar de forma crônica.

 

• O vírus HAV é o responsável pela hepatite tipo A, também conhecida como hepatite infecciosa. Terceiro tipo mais comum no país, essa hepatite evolui, habitualmente, como uma doença de caráter benigno.

  

• As hepatites D (ou Delta) e E apresentam recorrência mais discreta. Suas formas de transmissão são idênticas às da hepatite B, assim como a prevenção – a vacina do tipo B imuniza também contra o tipo D. Existe ainda o tipo E, encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. Com formas transmissão muito semelhantes às do vírus A, o E é mais comumente transmitido pela via fecal-oral e pelo consumo de água contaminada.

 

 

 Campanha “Descuidar da saúde dói no fígado”

https://dorconsultoria.com.br/portfolio/hepatites-virais/


Baixa reserva ovariana e sua relação com a infertilidade

 Médico ginecologista da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, dr. Marcos Sampaio esclarece as principais dúvidas sobre o assunto 

 

Quando o casal apresenta dificuldades para engravidar, a reserva ovariana é um dos primeiros fatores avaliados. Isso porque a sua importância para a fertilidade feminina é enorme, já que representa a quantidade de folículos da mulher. “Os óvulos estão localizados dentro desses folículos, assim, quando o seu número cai, o que chamamos de baixa reserva ovariana, as chances de uma gestação com tratamento podem diminuir consideravelmente”, explica o ginecologista da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, Marcos Sampaio.

O médico relembra que a reserva ovariana está diretamente relacionada à idade da mulher, e começa a diminuir a partir do nascimento, afetando a quantidade dos óvulos. “A partir dos 35 anos a chance de gravidez começa a diminuir pela piora na qualidade dos óvulos e, quando a mulher chega aos 40, esse estoque de folículos ovarianos fica ainda menor”, ressalta o ginecologista.

 

A relação entre a baixa reserva ovariana e a infertilidade

O médico destaca que, antes de mais nada, é preciso entender o ciclo menstrual. “A mulher nasce com uma quantidade pré-determinada de folículos ovarianos e, a partir da puberdade, uma parte do seu estoque é utilizado a cada mês”.
Ele lembra que é durante o ciclo menstrual que o corpo se prepara para a gestação. “Entre as suas diversas funções, os hormônios atuam em uma parcela dos folículos ovarianos para que eles cresçam. No entanto, apenas um se desenvolve, liberando o óvulo para ser fecundado. Os folículos que não desenvolveram são naturalmente eliminados. Esse processo se repete a cada ciclo até a chegada da menopausa”, diz.

Além da quantidade, a qualidade dos óvulos também é afetada com o tempo, diminuindo a chance de gravidez e aumentando o risco de abortamento espontâneo e alterações genéticas. Mas, além da idade, outros fatores podem resultar em uma baixa reserva ovariana, como doenças que afetam os ovários, por exemplo. Entre as quais destaca-se a endometriose. “Os tratamentos oncológicos, tabagismo também diminuem a reserva. A falência ovariana prematura (FOP), também é conhecida como menopausa precoce, ocorre quando o funcionamento dos ovários é interrompido antes de a mulher completar 40 anos”, destaca Sampaio.

A avaliação da reserva ovariana é um dos exames solicitados durante a investigação da infertilidade feminina e antes de se iniciar tratamento com reprodução assistida. A partir das informações coletadas, o médico consegue avaliar os níveis da paciente e orientar o casal sobre os próximos passos para engravidar. Ela pode ser feita por 3 tipos de exames, são eles: a ultrassonografia transvaginal; as dosagens do hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio antimülleriano.

“A ultrassonografia transvaginal é utilizada para contar o número de folículos antrais da paciente. Quanto maior a quantidade de folículos, maior será a resposta ovariana à estimulação quando houver a necessidade de tratamento. As dosagens hormonais medem os níveis de FSH e estrogênio. Eles atuam diretamente no ciclo menstrual, por isso, o desequilíbrio na produção desses hormônios pode indicar uma baixa reserva ovariana. De forma parecida, medir a produção do hormônio antimülleriano ajuda a estimar quantos óvulos a mulher ainda pode produzir”, explica o ginecologista.

 

O auxílio da reprodução assistida

As técnicas de reprodução assistida podem ser eficazes mesmo em casos de baixa reserva ovariana, dependendo do nível da paciente. Segundo Sampaio, a técnica mais indicada é a fertilização in vitro (FIV), por ser a mais eficaz e com a maior taxa de sucesso para os casos de infertilidade conjugal. “Ela começa com uma estimulação ovariana para desenvolver mais folículos e aumentar o número de óvulos maduros usados na fecundação. Para isso, a paciente recebe medicamentos hormonais semelhantes aos que são produzidos durante o ciclo menstrual. Quando atingem o tamanho ideal, os folículos são coletados por punção folicular, os óvulos extraídos, selecionados e fecundados em laboratório com os espermatozoides do parceiro. Após alguns dias, os embriões mais saudáveis são transferidos para o útero da paciente”, finaliza o especialista.


A confusão mental é um sinal de alerta precoce de covid-19 grave

 Pacientes com covid-19 com confusão mental apresentam risco aumentado de uma forma grave da doença, concluiu um novo estudo.



Os pesquisadores analisaram os registros eletrônicos de saúde de mais de 36.000 pacientes em cinco hospitais da Flórida. Destes, 12% desenvolveram covid-19 grave.

Pacientes com confusão mental eram três vezes mais propensos a desenvolver doenças graves do que aqueles sem esses sintomas, de acordo com o estudo publicado na edição de junho da Critical Care Explorations.

"Um dos pontos principais no tratamento do novo coronavírus é procurar por sinais de que você pode ter um curso agressivo ou grave da doença", disse o autor do estudo David Marra.

"O que descobrimos foi que certos sintomas cerebrais, especificamente uma condição conhecida como encefalopatia, podem ser um marcador precoce de covid-19 mais grave", disse Marra em um comunicado da universidade. "Esperamos que isso possa ajudar os trabalhadores da linha de frente e outros provedores de saúde com informações para ajudá-los em casos de doença mais grave."

A encefalopatia é caracterizada por desorientação geral e confusão, explicou marra.

"Eles podem não saber onde estão ou ficar confusos sobre as pessoas ao seu redor", disse ele. "Eles podem não saber a data ou os eventos recentes. Se houver muita confusão, isso seria sugestivo de algum tipo de disfunção cerebral aguda."

Os sintomas da encefalopatia geralmente surgiram alguns dias antes ou simultaneamente à progressão do covid-19 para um estágio grave que requer tratamento intensivo, como internação em unidade de terapia intensiva ou ventilação, concluiu o estudo.

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.



Fonte: Marra, David E. PhD1; Busl, Katharina M. , MD, MS2,3; Robinson, Christopher P. DO, MS2,3; Bruzzone, Maria J. MD2; Miller, Amber H. MPH2; Chen, Zhaoyi PhD4; Guo, Yi PhD4; Lyu, Tianchen MS4; Bian, Jiang , PhD4; Smith, Glenn E. PhD, ABPP-CN1 Examination of Early CNS Symptoms and Severe Coronavirus Disease 2019: A Multicenter Observational Case Series, Critical Care Explorations: June 2021 - Volume 3 - Issue 6 - p e0456
doi: 10.1097/CCE.0000000000000456


Poluição indoor pode afetar a qualidade de vida dos alérgicos e ser tão nociva quanto a poluição externa

 Produtos de limpeza, ácaros, fungos, pelos de animais e resíduos de insetos estão entre os principais gatilhos da doença


Com a proximidade do inverno aumenta a preocupação de médicos e especialistas com a incidência de doenças respiratórias e alergias, principalmente no atual cenário em que o isolamento social, necessário para ajudar a conter a pandemia da Covid-19, tem mantido as pessoas mais tempo dentro de casa. É que a poluição doméstica, dependendo dos hábitos das famílias, pode ser tão prejudicial para os pacientes alérgicos quanto a poluição do ar no ambiente externo.

A pneumologista Angela Honda, líder de Programas Educacionais da Fundação ProAR, diz que em alguns países a poluição indoor pode ser até cinco vezes maior do que ao ar livre por causa do acúmulo de agentes biológicos. "Eles são representados por fungos, ácaros, pelos de animais e insetos e podem ser encontrados em carpetes, tapetes, cortinas, cobertores, almofadas e bichinhos de pelúcia, além de roupas que ficam guardadas muito tempo no armário", exemplifica a especialista. "A rinite é uma reação exagerada do organismo, mas não pode ser encarada como normal. Quem tem alergia não deve se conformar. Ela é uma doença e precisa ser tratada", destaca Honda.

O Brasil está entre os países que apresentam as maiores taxas de prevalência de asma e de rinite alérgica no mundo. Segundo o International Study of Asthma and Allergies (ISSAAC), a rinite compromete cerca de 26% das crianças e 30% dos adolescentes brasileiros. O mesmo estudo mostra a estreita relação da asma com a rinite: 80% dos pacientes asmáticos têm rinite alérgica e, por isso, os cuidados com a doença não podem ser desprezados. "O paciente alérgico geralmente respira pela boca e isso afeta o padrão de sono porque ele não entra na fase REM, que é quando ocorre o descanso profundo. A consequência disso é irritabilidade e sonolência ao longo do dia e, no caso das crianças, dificuldade de aprendizagem por falta de concentração", pontua a médica.


Como respirar melhor dentro de casa

Para evitar crise de rinite alérgica, a pneumologista Ângela Honda dá algumas dicas:

• Passar pano úmido na casa todos os dias

• Evitar o uso excessivo de produtos de limpeza

• Utilizar aspiradores de pó em substituição às vassouras - Quanto mais limpo o ambiente, melhor!

• Evitar tapetes, carpetes, cortinas, almofadas e bichos de pelúcia

• Evitar contato com livros antigos e nunca armazená-los no quarto

• Trocar as roupas de cama com regularidade

• Usar capas impermeáveis em travesseiros e colchões

• Evitar velas, incensos e outros tipos de aromatizantes de ambiente.


Proteção a mais

O uso de máscaras faciais nos espaços públicos durante a pandemia vem demonstrando a eficiência das barreiras físicas na redução dos casos de crises de asma e alergias. "O nariz tem a função de filtrar, aquecer e hidratar o ar que vai para os nossos pulmões. Mas quando os agentes alérgenos entram pelas vias aéreas, eles provocam uma reação inflamatória, irritando a mucosa do nariz e prejudicando todo esse processo", explica a pneumologista.

Existem alguns produtos que também funcionam como uma barreira mecânica, como o Filtrair® Prevent, que faz parte da linha respiratória da farmacêutica Zambon, Ele cria uma barreira protetora nasal contra alérgenos e antígenos presentes no ar, sendo eficaz contra os sintomas da rinite alérgica. Com tecnologia exclusiva e patenteada11-13, o produto tem formulação em spray e libera finas partículas de celulose inerte micronizada (hidroxipropilmetilcelulose - HPMC) e hortelã1-5.

Quando aplicada no nariz, a substância entra em contato com a umidade da parede nasal criando uma barreira protetora contra os efeitos clássicos da rinite (coriza, espirros, prurido e obstrução nasal), ocasionados por alérgenos como ácaros, poeira, fungos e pelos de animais. Filtrair® Prevent pode ser utilizado por adultos e crianças (acima de 18 meses), inclusive gestantes e lactantes.2-3-5

Aprovado pela Anvisa e com preço de R 46,90 a unidade, Filtrair® Prevent já está disponível nas principais redes de farmácias do país.

 



Zambon

 

Referências:

• Josling P, Steadman S. Use of Cellulose Powder for the Treatment of Seasonal Allergic Rhinitis. Advances in Therapy. 003; 20(4):p213-219.Folheto do Produto Filtrair Prevent®

• Emberlin JC, Lewis RA. A double blind, placebo controlled trial of inert cellulose powder for the relief of symptoms of hay fever in adults. Curr Med Res Opin. 2006 Feb;22(2):275-85. doi: 10.1185/030079906X80440.

• Emberlin JC, Lewis RA. A double blind, placebo-controlled cross over trial of cellulose powder by nasal provocation with Der p1 and Der f1. Curr Med Res Opin. 2007 Oct;23(10):2423-31. doi: 10.1185/030079907X231144.

• Zakharzhevskaya TV, Sidorenko IV, Treskunov VK, Karaulov AV. Efficacy and safety of medical device Nasaleze in prevention and treatment of persistent allergic rhinitis in adults and children. Poster apresentado no XVI Congress for Man and Drugs em Moscou, em abril de 2009.

• Joslin P, Church MK, Todor A. Popov TA. In vitro study of the adsorption of 2.5 μm particles (PM2.5) by hydroxy-propyl-methyl-cellulose powder (HPMC). Poster apresentado no Congresso AAAAI em São Francisco, Estados Unidos da America,Fevereiro de 2019.


Chegou o frio. Como cuidar dos filhos e protegê-los de doenças?

 

Freepik
Chegada do inverno traz, para os pais, uma preocupação a mais com os bebês e filhos pequenos

 

Proteger contra o frio é uma medida de conforto. No entanto, os cuidados vão além e medidas simples podem ajudar a reduzir o risco de doenças infecciosas e respiratórias, que comumente surgem nessa época do ano. O médico pediatra e associado da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), José Paulo Ferreira, alerta que o inverno não foi feito para criança ficar trancada dentro de casa, mas as condições de passeios pedem um pouco de cautela.

“Quando há uma condição climática boa, é bom promover passeios ao ar livre. Porém, no cenário de muito frio é importante avaliar. Hoje, não falamos só do frio, mas da preocupação com a pandemia do coronavírus que colocou um ingrediente a mais que é evitar locais fechados e com aglomeração de pessoas”, explica.

O banho no inverno para as crianças exige alguns cuidados adicionais para não causar desconforto e mais importante ainda, prevenir resfriados.

"Nossa cultura é tomar banho todos os dias, mas isso não deve ser uma regra. Especialmente. quando falamos de bebês ou crianças muito pequenas. O banho é para ser um momento de tranquilidade para o bebê. Se estivermos o submetendo a um estresse muito grande em um ambiente que não é adequado, não há necessidade", acrescenta.

A alimentação e a ingesta adequada de líquidos são passos fundamentais para manter a imunidade das crianças em alta. No frio é comum as crianças comerem um pouco mais de massas e carboidratos em geral, mas não pode se descuidar de tomar líquidos mesmo que não esteja calor. Para o recém-nascido, os pediatras indicam sempre o estímulo ao aleitamento materno que é completo e oferece tudo que o bebê precisa,

“Em relação a higiene das mãos é fundamental que seja uma rotina, não só nos tempos de pandemia, mas para vida toda uma vez que as crianças levam às mãos a boca com frequência”, disse.

O Rio Grande do Sul tem temperaturas que variam muito. No início da manhã é frio, esquenta ao meio dia e à noite esfria novamente. Por conta disso, a dica é vestir os filhos com camadas diferentes de roupas, permitindo que casacos e agasalhos sejam facilmente retirados e recolocados posteriormente. Lareiras e fogão a lenha exigem uma atenção especial quando há crianças no ambiente não só pelo aspecto de evitar acidentes, mas para evitar que inalem a fumaça.

A orientação final é manter sempre em dia a carteirinha de vacinação. A imunização contra a gripe é fundamental e fortemente recomendada para todas as crianças. Para a faixa etária dos seis meses aos cinco anos o Ministério da Saúde oferece a vacina gratuitamente bastando apenas se dirigir aos postos de saúde.



Marcelo Matusiak


Acidentes domésticos com idosos crescem 30% na pandemia; incidência pode aumentar no inverno

Punhos, quadril e ombro, seguidos de coluna vertebral, são os membros e articulações mais afetados nas quedas; ambiente seguro é fundamental


O isolamento social trouxe um aumento de 30% no número de acidentes domésticos com os idosos, sendo a grande maioria por queda. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, um terço da população acima dos 65 anos sofre, pelo menos, uma queda por ano, proporção que cresce com o envelhecimento e, principalmente, com a chegada do inverno.

"Neste período do ano, os riscos de queda de pessoas na terceira idade aumentam devido às noites serem mais longas e ao uso de agasalhos, o que faz com que os idosos urinem mais, ou seja, aumenta a possibilidade de acordarem sozinhos e irem ao banheiro, local de maior ocorrência de acidentes graves, por conta da umidade que torna o ambiente escorregadio. Diminuição da visão, da audição, do reflexo do corpo, da flexibilidade e da firmeza também são fatores que podem agravar os acidentes", explica o coordenador de ortopedia do Vera Cruz Hospital, José Luis Amim Zabeu. "Além disso, é preciso sempre estar atento se a queda está relacionada a alguma patologia, como labirintite, osteoporose, artrose, doenças cardíacas, pulmonares e neurológicas, entre outros. Por isso, ressalto a importância dos cuidados médicos mesmo na pandemia, principalmente para doenças crônicas", afirma.

Ainda de acordo com o especialista, punhos, quadril e ombros são os membros mais afetados nessas quedas. Em seguida, vem a coluna vertebral. "Nas fraturas do punho, quadril e ombro, frequentemente é necessária a cirurgia", explica Zabeu, que alerta ainda para os índices de mortalidade após acidentes. "Ocorre que, estatisticamente, 25% dos idosos que sofrem uma fratura no quadril falecem em até um ano, por vários motivos: complicações da cirurgia, novas quedas ou piora de outras doenças preexistentes", destaca o médico do Vera Cruz Hospital.


Ambiente seguro

Por isso, segundo o ortopedista, é fundamental, principalmente neste momento de isolamento social, que o ambiente doméstico seja totalmente seguro, livre de riscos que podem estar escondidos em pequenos detalhes, como um tapete solto, por exemplo. "Adaptar a casa para essas limitações ou mesmo evitar o uso de objetos que possam representar riscos ajuda a reduzir as chances de acidentes domésticos envolvendo idosos. Podemos citar exemplos importantes, como não deixar móveis fora do lugar habitual, além de garantir a área de passagem livre de obstáculos", afirma.

Já no ambiente mais preocupante, o banheiro, as dicas segundo Zabeu, são: utilizar tapete antiderrapante na área de banho, instalar barras de apoio nas paredes próximas ao sanitário e ao chuveiro e até o uso de cadeira de banho para ajudar quem tem equilíbrio mais comprometido. "Luzes acesas são essenciais. Mas, se nada disso funcionar, após um bom diálogo, sugerimos inserir o uso de penicos e até fradas, dependendo da situação de saúde do idoso. Reforçamos que todos os acidentes são evitáveis, desde que o ambiente seja seguro. Por isso, mesmo que o idoso resista, o ideal é usar métodos de apoio, como andadores, além de calçados seguros", explicou.

O especialista afirma também a importância do movimento para esses idosos, mesmo durante o isolamento social. "Programe um horário para fazer caminhadas leves. Faça tudo com segurança, uso de máscara, mas mexa-se. O corpo não foi feito para ficar parado. Um idoso pode perder até 3% de força e massa muscular a cada semana", afirma.

 


Hospital Vera Cruz


Idosos são as principais vítimas de qued

Cuidado para não cair. Esta é a frase que os idosos mais ouvem no dia a dia e o motivo é simples: desde o início do ano, as equipes do Corpo de Bombeiros atenderam mais de cinco mil ocorrências de queda em Curitiba. Do total, mais de 40% das vítimas eram pessoas idosas.

Em todo o Brasil, 30% das pessoas com mais de 65 anos caem, em média, uma vez ao ano, segundo dados do Ministério da Saúde. O médico especialista em ortopedia cooperado da Unimed Curitiba, Renato Raad, explica que as lesões mais frequentes são na coluna, quadril, ombro e punho, ocasionadas por quedas em casa, em ambientes como quarto, quintal, sala e banheiro.  “As vítimas idosas costumam levar um tempo maior para se recuperarem e, em muitos casos, é comum que não haja uma recuperação por completo”, explica.

Como prevenir é sempre melhor que remediar, Renato Raad apresenta algumas dicas que ajudarão a evitar as quedas com os idosos. Confira.

- Cuidado com os tapetes, pois são escorregadios. Se usar, opte por emborrachados e antiderrapantes.

- Não deixe pisos molhados ou encerados.

- Barras de apoio nos banheiros e corrimões são aliados para evitar as quedas dentro de casa.  

- Evite guardar objetos em locais altos ou que necessitem de recursos como cadeiras ou escadas.

- Deixe os ambientes livres e bem iluminados, pois a má iluminação pode facilitar as quedas.

- Opte por calçados confortáveis e com soldado antiderrapante.

Mesmo com estes cuidados, caso ocorra alguma queda, o especialista lembra que é importante buscar uma avaliação médica, mesmo que o idoso não tenha se machucado.

Não caia nessa

Pensando neste público, a cooperativa médica criou o programa “Não caia Nessa”. Desenvolvido por enfermeiros, nutricionistas e educadores físicos, que acompanham idosos por meio de visitas e orientações de saúde por telemonitoramento. Para participar, é preciso ser cliente da Unimed Curitiba, ter mais de 60 anos e já ter realizado intervenção cirúrgica por fratura de fêmur, ter diagnóstico comprovado de osteoporose e residir na área de abrangência do programa.


sexta-feira, 2 de julho de 2021

Maus-tratos aos animais é classificado como crime ambiental

Em 2020, com a publicação da Lei 14064/2020, houve um aumento razoável de pena para quem cometer atos de maus-tratos contra animais domésticos.

 

Os números sobre o abandono de animais domésticos no Brasil são lamentáveis. Existem mais de 30 milhões de cães abandonados nas ruas e em abrigos, esperando por um lar, de acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os animais de rua vivem em um contexto vulnerável a diversos tipos de maus-tratos, correndo risco de vida. "Os que vivem em abrigos, por sua vez, por mais que recebam cuidados, não têm o mesmo carinho e atenção igual ao de um tutor", salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

O abandono de animais domésticos causa sofrimento aos animais, traz prejuízos à saúde pública e é crime previsto pela legislação brasileira. Quando os cães e gatos são filhotes, as chances de sobrevivência são ainda menores. Estudos mostram que em média 75% dos animais abandonados nessa fase de vida morrem antes de completarem seis meses de idade.

Mesmo com todos os benefícios provenientes da convivência com os animais, muitos deles vêm sendo vítimas de diversas formas de agressão cometidas por seus tutores. A grande maioria dos cães e gatos em vias públicas é semi-domiciliada, ou seja, tem tutor e casa, mas, claramente, seus tutores negligenciam a guarda.

As autoridades pouco podem fazer para punir quem comete maus-tratos se não houver denúncia por parte da população. No Brasil, a Lei Federal 9.605/98 classifica como crime ambiental atos de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais, sejam eles silvestres, domésticos, domesticados, nativos ou exóticos. A pena é de detenção de três meses a um ano, além de multa.

"A penalidade consta no artigo 32 da legislação brasileira e, é aumentada, de um sexto a um terço, quando ocorre a morte do animal", enfatiza Vininha F. Carvalho.

Em 2020, com a publicação da Lei 14064/2020, houve um aumento razoável de pena para quem cometer atos de maus-tratos contra animais domésticos, pois estão indefesos em casa, inclusive diante da pena máxima de 5 anos, não pode ser concedida a fiança, conforme redação:
 

§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.

Denúncias requerem provas ou flagrante. Por isso, é indicado reunir registros em fotos e vídeos, além de recuperar imagens de circuitos de condomínios que possam ter filmado o ato. O material deve ser levado às autoridades policiais, que darão início às investigações.

"Campanhas de adoção de animais abandonados e incentivo para ser realizada a castração, entre outras iniciativas têm formado uma consciência de cuidado e respeito aos animais", conclui Vininha F. Carvalho.


Setor pet é um dos mais promissores para investir em 2021

Especialista em negócios pets explica como empreender nesta área; Padaria Pet cresce 200% em 2020 e projeta duplicar número de franquias ainda em 2021

 

O Brasil conta com quase 140 milhões de animais de estimação, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Animais de Estimação (Abinpet). Destes quase 140 milhões, 54,2 milhões são cães, 23,9 milhões são gatos, 19,1 milhões são peixes, além de 39,8 milhões de aves. Em 2020, ano marcado pela pandemia, enquanto alguns nichos perderam mercado, o pet foi um dos mais promissores para investir. 

Um case que retrata este cenário é um crescimento expressivo de 200% de uma rede de padaria para pets, a Padaria Pet que, não só triplicou seu tamanho, como também encontrou novas maneiras de inovar num mercado que só expande. Em 2020, a rede fechou o ano com 18 novas franquias no Brasil, chegando também no Nordeste do país.

Para crescer, a marca optou por implantar novos formatos de negócios. Se antes a rede contava com lojas físicas, desde 2020 os quiosques passaram a integrar o portfólio de novos formatos de negócios para empreendedores. O novo formato foi uma das contribuições para a expansão da rede no país. “O setor pet é um dos mais promissores pelo crescimento no número de animais nos lares durante a pandemia e os tutores passaram a conviver mais tempo com os seus pets, o que resultou no aumento do consumo de alimentos, artigos e acessórios pet. Além disso, visto que foi elencada como serviço essencial em muitas cidades, o impacto não foi tão grande se comparado a outros setores do varejo.”, explica o diretor de expansão da Padaria Pet, Arquelau So. 

Atualmente, as lojas físicas e quiosques da rede pet têm o valor inicial de R$ 85 mil no formato de quiosques e podem chegar até R$ 300 mil no formato de lojas, com lucros entre 13% a 17%. Para quem quer empreender e deseja entender melhor sobre o mercado pet, Arquelau explica mais detalhes abaixo:


Conheça seu propósito de vida

A conexão entre o propósito de vida de uma pessoa e a maneira que ela deseja transmitir isso no segmento pet é essencial, até porque o empreendedor enfrentará muitos desafios e sabemos que aliar o propósito da marca com o objetivo pessoal dele é fundamental para o sucesso do negócio.


Identifique soluções para problemas atuais

A identificação de uma dor e/ou necessidade de um dono de pet é a porta de entrada para conquistar a empatia do cliente. 


Busque conhecimento e referência

A pesquisa é extremamente importante, procurar por fontes confiáveis que possam oferecer informações sobre o mercado, como: instituições, associações e entidades do nicho além da expertise de outros empreendedores da área. 


Procure o ponto ideal 

A escolha certa do ponto comercial corresponde a 75% do sucesso do negócio, principalmente se o local depender da comercialização de produtos como fonte de receita principal.

Além das dicas acima, Arquelau destaca ainda que a gestão de um negócio no setor pet requer cuidados, seja na administração ou na forma de conduzi-lo, ressaltando ainda a busca constante por inovação para superar as expectativas dos clientes, bem como acompanhar os competidores e ter planejamento para lidar com as incertezas do mercado.

“Um dos maiores desafios é a gestão do negócio, porque muitos empreendedores se preocupam apenas em realizar as tarefas que mais gostam, deixando de lado o gerenciamento financeiro, gestão de pessoas e controle de estoque, setores importantes para o bom funcionamento da empresa”, explica Arquelau. 

Arquelau explica ainda que para compor uma boa equipe, o empreendedor deve aliar dois aspectos importantes: adquirir conhecimento e contratar pessoas que o complementem: “Muitas vezes os empreendedores tendem a contratar pessoas que tenham as mesmas habilidades que ele, mas na realidade, você deve contratar pessoas com outras habilidades, com características diferentes, para ter diversidade de ideias e conhecimentos, contribuindo para o desenvolvimento do negócio”. 

Ele cita outros pontos importantes que podem ser realizados dentro de um treinamento de novos empreendedores. O trecho abaixo faz parte do treinamento aplicado a novos franqueados da rede: 


  1. Constante inovação e diferenciação dos produtos: Faz parte do DNA da Padaria Pet investir na inovação de produtos de fabricação própria e avaliação crítica da coleção dos produtos dos fornecedores de outras marcas, os quais são revendidas nas franquias. Faz parte da rotina da marca estar atenta às oportunidades e tendências do exterior e ouvir os franqueados.
  2. Qualidade no atendimento: treinar os colaboradores para que eles tenham a real percepção de valor no que ele está oferecendo ao cliente e saibam o qual a importância do seu papel para a empresa.
  3. Exposição dos produtos: cada detalhe do local pode proporcionar experiências de compras diferentes ao cliente. Hoje, é preciso focar em trazer vivências novas para os consumidores.
  4. Análise de indicadores de performance: esteja sempre atento e analise periodicamente os indicadores de performance do seu negócio pet, número de vendas, ticket médio, taxa de conversão de venda, recorrência entre outros indicadores.  


Projeções para o futuro

Apesar do impacto causado pela pandemia, a Padaria Pet tem como objetivo duplicar o número de franquias até o final de 2021, além de aumentar a capilaridade de vendas de produtos de alimentos e outros acessórios. 

Recentemente a Padaria Pet desenvolveu uma ração 100% natural e, em breve, lançarão uma refeição natural para cães e gatos sem a necessidade de congelamento.  

 

 

Arquelau So - diretor de expansão da Padaria Pet


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