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sexta-feira, 8 de março de 2019

Infertilidade e depressão: quais as ligações, os sintomas e como enfrentá-las


A infertilidade pode ser angustiante e muitas pessoas experimentam crises de estresse, tristeza ou sentimentos de desesperança. Algumas, porém, chegam a ficar deprimidas. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, em 2015, encontrou uma alta prevalência de transtorno depressivo maior em pessoas que estavam recebendo tratamento para infertilidade.

Como a infertilidade está ligada à depressão?




Enquanto os médicos há muito entendem que a infertilidade é um problema de saúde, a vergonha e o sigilo continuam prevalentes entre as pessoas com infertilidade. Isso pode dificultar a busca de ajuda de amigos e familiares. Não engravidar depois de tentar por um período prolongado pode ser profundamente decepcionante e frustrante, especialmente sem o apoio dos entes queridos. Uma pesquisa de 2010 descobriu que a depressão pode impedir as pessoas de procurar tratamento para a infertilidade.

Embora muitas pessoas com problemas de fertilidade possam ter um filho após o tratamento, como a fertilização in vitro (FIV), a ansiedade sobre se o tratamento irá funcionar também pode prejudicar a saúde mental de uma pessoa.

“A infertilidade, do ponto de vista emocional, é vivida como uma perda, e toda perda pressupõe um luto. Esta perda pode ser vivida em diferentes momentos: quando se descobre que a gravidez muito provavelmente não acontecerá sem tratamento; quando há insucessos nos tratamentos e quando a gravidez é seguida pelo aborto”, afirma o médico Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO.

“Os sentimentos depressivos indicam o fim da fase de raiva e revolta, comuns do primeiro momento, e o início de uma nova fase na qual há a possibilidade de suportar as frustrações sem ressentimentos e com menos hostilidade, e as projeções da raiva no mundo externo diminuem”, completa o médico.

Cambiaghi lembra que, apesar de ser uma fase necessária ao processo de elaboração emocional, é extremamente importante que o médico esteja atento para a intensidade e a permanência da paciente neste quadro. Caso os sintomas depressivos se intensifiquem, um aspecto mais severo de depressão pode se configurar. A indicação fármica e psicoterápica é extremamente benéfica e se faz necessária em tais situações.
 


Algumas das razões pelas quais as pessoas com infertilidade lutam contra a depressão incluem:

=Estresse: a infertilidade pode ser uma experiência estressante, particularmente quando há muita pressão sobre alguém para engravidar.


=Condições médicas: vários problemas médicos podem causar infertilidade, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) e também podem aumentar o risco de depressão. Um estudo de 2010 encontrou taxas mais altas de depressão e ansiedade em mulheres com SOP.


=Os desafios emocionais e físicos do tratamento: um pequeno estudo de 2014 com mulheres que procuraram tratamento de infertilidade ou serviços de preservação de fertilidade descobriu que a ansiedade e a depressão pioravam à medida que o tratamento progredia.


=Efeitos colaterais do tratamento: muitos medicamentos para fertilidade envolvem o uso de hormônios. Às vezes, esses podem afetar o humor de uma pessoa, aumentando o risco de depressão.

Qualquer um pode experimentar depressão por causa da infertilidade.



Sintomas

Não é incomum sentir-se triste ou deprimido ocasionalmente. No entanto, quando esses sentimentos persistem com o tempo e afetam a qualidade de vida de uma pessoa, ela pode estar sofrendo de depressão. Uma pessoa pode receber um diagnóstico de depressão quando tiver cinco ou mais dos seguintes sintomas:

=humor deprimido durante a maior parte do dia na maioria dos dias;

=perda de interesse na maioria das atividades, mesmo aquelas que aprecia;

=perda de peso ou ganho, não devido à dieta deliberada ou condição de saúde;

=dormindo muito ou pouco;

=sentindo-se fisicamente agitado ou lento na maioria dos dias;

=tendo baixa energia na maioria dos dias;

=sentindo-se sem valor, culpado ou envergonhado;

=dificuldade para pensar claramente ou se concentrar;

=pensamentos frequentes de morte ou suicídio.


Para um médico diagnosticar a depressão, os sintomas de uma pessoa não devem ser causados ​​por medicação ou abuso de substâncias. Ele também deve pedir avaliação para outras condições de saúde mental. Se outra condição explicar com mais precisão os sintomas, o médico pode diagnosticá-la com essa condição e não com a depressão.



Quando procurar ajuda



Pessoas com infertilidade que sofrem de depressão devem procurar tratamento para ambas as condições. Embora a infertilidade possa ser a causa da depressão, é essencial tratar também os problemas de saúde mental.

Casais incapazes de engravidar depois de tentar por 12 meses ou mais devem considerar conversar com um médico sobre a infertilidade. No entanto, mulheres com mais de 35 anos devem consultar um médico caso não tenham conseguido engravidar após 6 meses de tentativas. Casais com história de infertilidade, mulheres com períodos irregulares e pessoas com problemas médicos crônicos, como diabetes, devem procurar um médico antes de tentar engravidar.

Um médico de família pode encaminhar homens a um urologista e mulheres a um ginecologista.  Se os sintomas da depressão dificultarem a atuação de uma pessoa em casa, no trabalho ou na escola, elas devem procurar ajuda.

O desespero da depressão pode fazer as pessoas pensarem que o tratamento não funcionará. No entanto, isso também pode ser um sintoma de depressão. O tratamento pode, e muitas vezes alivia, os sintomas da depressão e melhora a qualidade de vida de uma pessoa.



Tratamento

Existem muitos medicamentos disponíveis que podem tratar a depressão. Os antidepressivos vêm em muitas formas, incluindo os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), os antidepressivos tricíclicos, os moduladores da serotonina e os inibidores da monoamina oxidase.

Algumas pessoas podem precisar experimentar vários medicamentos antes de encontrar um que funcione bem para elas. Ser honesto com um médico sobre quaisquer efeitos colaterais é essencial, pois o profissional pode alterar a dose ou o tipo de medicação.

A terapia também é uma maneira eficaz de tratar a depressão. Quando uma pessoa está em terapia, ela pode discutir seus sentimentos sobre a infertilidade, estabelecer metas e identificar estratégias para melhorar seu relacionamento. Alguns casais acham que a infertilidade prejudica seu relacionamento, portanto, participar de um aconselhamento em conjunto também pode ajudar.

Para a maioria das pessoas, a medicação e a terapia juntas oferecem os melhores resultados de tratamento. Um estilo de vida saudável, como manter uma dieta nutritiva e fazer exercícios regularmente, também é importante.

Alguns casais acham que um novo hobby ou atividade compartilhada pode ajudar. Ao lidar com problemas de fertilidade, é fácil se concentrar apenas em engravidar e negligenciar outros aspectos do relacionamento. Experimentar novas atividades, ter novas coisas para esperar e construir interesses compartilhados pode ajudar a reequilibrar a vida de um casal.

“A resistência em procurar um psicólogo ainda é muito grande pelos casais. Colocar o sofrimento em palavras, reviver sentimentos dolorosos é visto como algo muito penoso em um primeiro momento. É comum subestimar o impacto emocional ao longo do tratamento, principalmente quando há causas orgânicas absolutamente esclarecidas. Muitas pacientes ficam meses, às vezes anos com o número de telefone do psicólogo guardado em algum lugar até tomarem coragem para ligar”, explica Cambiaghi, que atende casais nessa situação há mais de 30 anos .

Ele enfatiza que a forma com que os profissionais da equipe de saúde encaminham os pacientes ao psicólogo pode facilitar ou dificultar essa procura. Quando os pacientes sentem que estão sendo encaminhados por estarem “problemáticos”, “dando trabalho”, isso só aumenta o estigma e o preconceito em relação às dificuldades mentais e a resistência na busca de apoio psicológico especializado. Sentem-se mais uma vez “incompetentes”, até para lidarem com suas emoções, e essa procura é dificultada.

“Porém, se o médico encaminha o paciente ao psicólogo de forma acolhedora, acreditando de fato que esse tratamento emocional terá eficácia em aliviar as angústias e ansiedades, aumentando o bem-estar e a qualidade de vida das pacientes, o caminho para a aceitação e procura de apoio psicológico especializado fica extremamente facilitado”, ensina o especialista.



Apoio



Embora a infertilidade seja comum, ela pode fazer com que uma pessoa se isole. Segundo pesquisa norte-americana, cerca de 6% das mulheres entre 15 e 44 anos não engravidam depois de um ano de tentativas. No entanto, a infertilidade não precisa durar para sempre, e o tratamento permite que muitas pessoas tenham bebês saudáveis.

Encontrar apoio de outras pessoas com experiências semelhantes pode ser útil. Elas podem oferecer recursos para controlar o estresse, manter um bom relacionamento e mostrar que ninguém está sozinho. Grupos on-line, como alguns privados do Facebook e fóruns de mensagens de fertilidade, também podem oferecer suporte.

“Não queremos que as pacientes deixem aspectos psicológicos implícitos na infertilidade tomarem conta da vida delas ou tirarem a energia e a esperança não só de continuar tentando a gravidez, mas, também, de viverem a vida em toda a sua plenitude”, afirma Cambiaghi, completando: “É preciso lembrar que não há apenas sofrimento e dor nos obstáculos que a vida impõe, mas também a possibilidade de encontrar força, saúde e resistência para enfrentar com coragem os novos desafios. Quanto maior o bem-estar, quanto maior a compreensão dos conflitos emocionais íntimos e profundos que a infertilidade provoca, menor a angústia e a ansiedade e maiores são as chances de o corpo encontrar um caminho ‘livre’ para a realização do desejo”.







Fonte: Arnaldo Schizzi Cambiaghi - diretor do Centro de reprodução humana do IPGO, ginecologista-obstetra especialista em medicina reprodutiva. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros. 

Quanto tempo uma vida em risco pode esperar?



Conviver com o diagnóstico de câncer não é tarefa fácil. Assim que uma pessoa descobre a doença, o ponteiro do relógio dispara: a busca por tratamentos e medicações que possam salvá-la torna-se uma prioridade e uma corrida contra o tempo.

O acesso a medicamentos essenciais para a assistência às pacientes com câncer de mama sempre foi pauta de reivindicações constantes da FEMAMA. Uma das nossas conquistas é a incorporação do trastuzumabe e pertuzumabe aos sistemas público e privado de saúde para tratamento do câncer de mama metastático HER2+, estágio mais avançado da doença. Após terem sidos disponibilizados, a FEMAMA – junto às ONGs associadas – fiscaliza e pressiona para que seja feita a correta distribuição aos pacientes, o que ainda não está acontecendo.

A burocracia por trás da incorporação de medicamentos também é uma discussão antiga. Mesmo após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as drogas e terapias percorrem um longo e demorado caminho até que sejam efetivamente disponibilizadas tanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), quanto pela rede privada, regulada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Atualmente, o rol de procedimentos e medicações da ANS, que define a oferta obrigatória dos planos de saúde, é publicado de dois em dois anos. São 24 meses de extensas reuniões e reivindicações até que os pacientes possam ter acesso a terapias capazes de mudar seu prognóstico, mesmo que já tenham sido aprovadas pela ANVISA há muito tempo.

Encontramos, recentemente, mais um entrave: em dezembro de 2018, foi publicada a resolução normativa nº 439 da ANS, que aprimora o processo de incorporação de procedimentos. Por conta da atualização, o cronograma foi alterado e o próximo rol entrará em vigor, em caráter de exceção, apenas em 2021. Ou seja: pacientes que estão vivendo agora a dura realidade do câncer de mama vão esperar três anos desde a publicação do último rol para que tratamentos mais assertivos passem a ser oferecidos pelos planos de saúde.

As pessoas mais afetadas pela demora na inclusão de medicações são aquelas que estão no estágio mais avançado da doença, conhecido como metastático, para quem a maioria dos tratamentos inovadores se destinam. Essas vidas lutam contra o relógio: elas não têm tempo para esperar. O atraso mobilizado por conta da publicação da normativa atualizada é uma questão burocrática, que prejudica mais do que beneficia pessoas que estão enfrentando a doença.

É consenso entre entidades médicas e pacientes que este prazo é inaceitável. Temos que nos mobilizar para assegurar que todos tenham acesso àquilo que é um direito básico, garantido pela Constituição Federal: a saúde. Tratamentos mais efetivos dão às pessoas uma chance de viver mais, com maior qualidade.

O câncer não aguarda, pacientemente, até que essas medicações ultrapassem tantas barreiras. A batalha contra a doença já é complicada o suficiente para que entraves meramente burocráticos impeçam que vidas sejam salvas.





Maira Caleffi - presidente voluntária da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) e Chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento.


8 perguntas e respostas sobre câncer de testículo


 Embora os casos possam ser subestimados no Brasil, doença pode atingir até 5% dos homens entre 15 e 50 anos e há chances de 90% de cura

Você já ouviu falar em câncer de testículo ou sabe qual a gravidade da doença? Embora raro e responsável por 5% do total de casos de câncer entre os homens, segundo o Instituto Nacional de Câncer, ele merece atenção.

Em meio a vários questionamentos sobre o assunto, o professor do setor de uro-oncologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e responsável pelo setor de cirurgia robótica urológica no Hospital Brasil e rede D’Or, Dr. Marcos Tobias Machado, esclarece os principais pontos dos sintomas, diagnósticos e tratamentos sobre a doença.

Veja a seguir:


1)    O que é câncer de testículo?   

É uma neoplasia maligna (proliferação de células aberrantes) que acomete o testículo.


2)    Quais são os principais sintomas iniciais e quais são os mais avançados?

Os sintomas inicias são indolores, mas há aumento de volume escrotal, inchaço e endurecimento dos testículos. Em casos raros o quadro inicial é acompanhado de massa abdominal ou doenças metastáticas no fígado, pulmão, ossos ou cérebro, que se refere a formação de uma nova lesão a partir de outra.


3)    Existe alguma causa do câncer de testículo? Qual?  

Os tumores de células germinativa são os mais comuns. Existem alguns fatores predisponentes ao desenvolvimento desta neoplasia como a criptorquidia (nascer com o testículo fora da bolsa testicular), a infertilidade masculina (não conseguir gerar um filho por via natural) e o uso crônico de drogas (esteroides e maconha)


4)    É mais frequente em algum tipo de etnia ou a partir de qual idade?

Considerada uma doença com maior incidência em jovens e adultos de etnia branca entre 15 e 50 anos.


5)    Quais podem ser os tratamentos indicados? Há chances de cura?

O índice de cura dos pacientes gira em torno de 90%, através de tratamentos como, cirurgia, radioterapia e quimioterapia.


6)    O homem pode comprometer sua fertilidade?

É recomendado que antes de fazer qualquer tipo de tratamento, os pacientes procurem banco de sêmen para armazenamento, através do congelamento, como forma de prevenção, pois os tipos de tratamento podem afetar significativamente o potencial da fertilidade masculina.  A infertilidade secundária, devido a rádio ou quimioterapia, por exemplo, podem ser reversíveis com o passar dos anos.


 7)    Quais tipos de exames detectam o câncer de testículo?

O paciente pode obter o diagnóstico precoce pelo autoexame. Durante o banho é possível detectar pequenas alterações de tamanho e consistência do testículo. Quando feito no consultório, o médico realiza o exame físico observando possíveis sintomas, caso o resultado do exame de detecção precoce sugerir alterações voltadas ao câncer de testículo, é através da ultrassonografia que é gerada a confirmação.


 8)    Há algum número que registra a quantidade de casos no Brasil por ano?

Devido à baixa incidência do câncer de testículo no Brasil, não há nenhum programa de prevenção desta doença, pois o número de casos no país é subestimado. 






Dr. Marcos Tobias Machado - Formado em Medicina pela Santa Casa, Dr. Marcos Tobias Machado acumula experiência e conhecimento em diversas instituições, tendo destaque para residência médica no Hospital das Clínicas da USP, fellowship em uro-oncologia na Universidade de Miami, especialização em laparoscopia e robótica no H.Henri Mondor em Paris, desenvolvendo cirurgias minimamente invasivas mais complexas, além de atualmente ser chefe do setor de uro-oncologia e cirurgia robótica em urologia do Hospital Brasil e urologista dos Hospitais da rede D’Or – Bartira, Assunção e São Caetano do Sul.

Endometriose: a doença da mulher moderna


A doença afeta 176 milhões de mulheres no mundo, sendo responsável pela metade dos casos de pacientes que não conseguem engravidar


O mês de março foi escolhido por médicos e portadores de endometriose de todo o mundo, para levar informação e conscientização da doença que incapacita tantas mulheres para o trabalho, prejudicando muito a sua qualidade de vida. De caráter crônico e ainda sem causas definidas, a endometriose vem crescendo em números de casos na população feminina, sendo classificada como a doença da mulher moderna.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que no Brasil, 15% das mulheres ou sete milhões, sofrem com a endometriose.  A doença – que atinge uma a cada dez em idade reprodutiva, com idades entre 15 e 45 anos – afeta 176 milhões de mulheres no mundo, sendo responsável pela metade dos casos de pacientes que não conseguem engravidar.

Segundo o ginecologista e coordenador do Núcleo Integrado de Pesquisa e Tratamento da Endometriose do Hospital Felício Rocho, João Oscar de Almeida Falcão Junior, o endométrio é a parte interna do útero que cresce todo o mês, esperando uma gravidez e quando isso não acontece, esse local descama e a mulher menstrua. “Se o endométrio está dentro da cavidade, podemos identificar uma situação normal, mas se ele sai da cavidade uterina e infiltra em outros locais do corpo feminino, como as trompas, ovário, intestino e bexiga, isso pode ser nominado como endometriose”, esclarece.

Dentre seus principais sintomas estão as cólicas menstruais intensas; fluxo menstrual exacerbado ou irregular; dor crônica na região pélvica; fadiga e exaustão; dor no fundo da vagina, na bexiga ao urinar, e durante os movimentos intestinais; desconforto durante a relação sexual; inchaço; náuseas; vômito; constipação; diarreia; e dificuldade para engravidar ou a infertilidade.

João Oscar explica que ao serem diagnosticadas com a doença, muitas mulheres ficam perdidas na procura por tratamento, pois ela atinge várias partes da região pélvica e se comporta de maneira diferente em cada paciente, assim se torna necessário um atendimento multidisciplinar e especializado. “Por mais que o ginecologista seja a referência da mulher para as questões de saúde, em especial para a endometriose, é necessário muitas vezes uma abordagem que vai exigir a atuação de um proctologista, urologista ou de outros profissionais. 

Então, o objetivo do núcleo é oferecer um espaço em que as pacientes tenham fácil acesso a estes especialistas, sendo atendida em todas as suas necessidades para o tratamento da doença”, aponta.

De acordo com o ginecologista, os sintomas da dor nas mulheres com endometriose podem se manifestar de variadas maneiras e intensidades. Assim, mesmo que as lesões dentre as pacientes sejam parecidas, os sintomas costumam se apresentar de formas diferentes, e isso, dificulta muito o diagnóstico da doença. “Eu costumo falar, que existem pacientes que tem a endometriose mínima e super sintomática, apresentando desconforto nas relações sexuais e dificuldade para engravidar, mas ao mesmo tempo, também existem pacientes que possuem várias lesões da endometriose e não sentem nada, conseguem engravidar e ter uma vida completamente normal”, comenta.

João Oscar, explica que a endometriose, ainda que apresente o comportamento infiltrativo, é benigna e não tem possibilidade de se desenvolver como um tumor maligno. “Assim como o câncer, a endometriose pode começar de um determinado ponto e invadir outras áreas do corpo, mas diferente do câncer, a endometriose não é maligna. O diagnóstico precoce da doença aumenta as chances de se evitar as complicações do desenvolvimento dessa infiltração”.

O tratamento da doença pode ser medicamentoso – por meio do uso de analgésicos, anti-inflamatórios, progestágenos, pílulas de baixa dose, análogos de GNRH ou DIU Mirena – ou cirúrgico de forma aberta, videolaparoscópica ou robótica. Conforme o ginecologista, a cirurgia consiste basicamente na retirada das lesões de endometriose, e isso pode implicar na retirada parcial ou integral de um órgão. “O tratamento da endometriose depende extremamente dos anseios das pacientes e de seus sintomas. “Existem mulheres que querem muito engravidar, mas como não aguentam as dores, optam pela cirurgia. No entanto, dependendo da área afetada, a cirurgia pode danificar ou retirar órgãos essenciais para uma possível gravidez”, afirma.


Ginecologista alerta sobre incidência de candidíase nesta época do ano

 Dias muito quentes trazem perigos à saúde íntima da mulher 



Praia, piscina, cachoeiras, sol e calor... ingredientes ideais para muita diversão e badalação, mas também época de redobrar a atenção quando se trata da saúde íntima da mulher. É nestes dias de calor mais intenso que aumenta a incidência de candidíase, uma infecção na região vaginal causada por um fungo, a candida albicans, que atinge três em cada quatro mulheres pelo menos uma vez ao longo da vida, alerta a ginecologista Juliana Pierobon, da Altacasa Clínica Médica, na capital paulista.

As mulheres, então, precisam redobrar os cuidados com a higiene, pois o fungo se manifesta quando há variação da acidez vaginal. "A vagina é habitada por vários microorganismos, dentre eles, bactérias e fungos, que compõem a flora vaginal. Se houver algum desequilíbrio, tanto na flora quanto no sistema imune da mulher, pode ocorrer uma proliferação dos fungos causando a candidíase", esclarece a médica.

Os principais sintomas da doença, segundo a especialista, são ardor e coceira na região vaginal e um corrimento de cor esbranquiçada. Para prevenir a doença, alguns cuidados básicos devem ser tomados. 

"As mulheres devem evitar manter o biquíni molhado no corpo por muito tempo, assim como evitar o uso de roupas em tecido sintético, principalmente nos dias mais quentes. O ideal é usar roupas leves, de tecidos naturais, que facilitem a ventilação nesta região. O fungo também pode se proliferar na flora vaginal devido ao uso de antibióticos ou corticóides sistêmicos, que podem desbalancear a flora", orienta a ginecologista da clínica Altacasa.

Entre as opções para tratar a doença está o uso de antifúngicos à base de clotrimazol ou fluconazol, disponível na forma de creme vaginal, comprimido vaginal de dose única ou comprimido via oral. Os antifúngicos eliminam o fungo causador da candidíase e contribuem para restabelecer o frágil equilíbrio da flora da região íntima feminina. A posologia varia em cada caso, dependendo da paciente e da quantidade de sintomas. Não é necessário fazer qualquer tipo de tratamento dos parceiros, pois não se trata de uma DST.

"Os medicamentos restabelecem o equilíbrio da flora vaginal, diminuindo a quantidade de agressores. Além de utilizá-los, é importante também localizar a causa da candidíase para evitar que ela se manifeste novamente. Quando a doença é recorrente, deve-se investigar a possibilidade de diabetes, que pode tornar o ambiente vaginal mais ácido e, com isto, mais propício à presença da Candida albicans", ressalta a ginecologista Juliana Pierobon.

Para prevenir a contaminação, a médica recomenda também o uso de sabonete neutro, além de evitar o uso de amaciantes e sabão em pó para lavar as peças íntimas femininas.
 


08 de março, dia da mulher: a importância da amamentação na vida de uma mulher que decidiu ser mãe


É preciso obter o máximo de informações para se preparar para esse momento tão mágico e ao mesmo tempo tão sofrido para muitas mulheres.


A fonoaudióloga Flávia Puccini, em conjunto com a Universidade de São Paulo, desenvolveu um estudo para mostrar como o bebê retira o leite da mama, e como esses movimentos ocorrem e fazem com que a amamentação seja efetiva.


Chegou o mês de março e com ele o especial dia das mulheres, despertando o debate e interesse por temas delicados, como a importância da mulher na nossa sociedade e seu poder sob o próprio corpo. Dentro desses temas temos um, em especial, que não diz respeito à todas as mulheres, mas que faz parte de pensamentos, sonhos ou temores da grande maioria: a maternidade.

Muitas se preparam desde pequenas para esse momento, algumas são pegas de surpresa, outras têm medo, ou simplesmente esperam acontecer. Cada mulher tem uma maneira única de lidar com a maternidade.

Depois das 40 semanas de gestação e os preparativos para o parto e a chegada do bebê, um dos momentos mais importantes e especiais na vida de uma mãe é a amamentação, mas nem sempre essa trajetória é tão simples quanto imaginamos.

Amamentar pode ser difícil e doloroso, inclusive, algumas mães apresentam dificuldades logo nos primeiros dias de vida do recém-nascido. Ao saber o quanto o leite materno é importante para o pequeno e o tanto de benefícios que traz, não conseguir amamentar acaba sendo frustrante para muitas mulheres, que se sentem culpadas e incapazes de produzir leite ou alimentar o próprio filho.

A boa notícia é que é possível sim se preparar para esse momento. “Em primeiro lugar é preciso entender que a pega estar correta nem sempre é sinal de que está tudo bem. É importante analisar a sucção do bebê. Se ele estiver sugando errado pode machucar muito, fazer fissuras e trazer muita dor e angústia para aquela mãe. Além de não ganhar peso, ficar irritado e não dormir direito” afirma Flávia Puccini, fonoaudióloga especialista em motricidade orofacial, consultora em amamentação e laserterapeuta.

Em seu estudo realizado na Faculdade de Odontologia de Bauru, em parceria com a Telemedicina da Universidade de São Paulo, foi desenvolvido um bebê em computação gráfica em 3D para demonstrar como funciona a anatomia e fisiologia da sucção e deglutição durante a amamentação.

Por meio da reprodução fiel dos sistemas orofaríngeo de um recém-nascido, foi desenvolvido o “Bebê Virtual”, material didático, original e dinâmico, que permitiu analisar o organismo do bebê no momento em que suga o leite da mama e o movimento que faz para engolir, e permitiu quebrar alguns antigos paradigmas e facilitar a solução de problemas e mudar, de uma vez por todas, o momento mais importante entre a mãe e seu bebê.

De acordo com o estudo, o leite é extraído pelo vácuo criado na boca do neném através dos movimentos feitos pela língua, fazendo com que o leite seja transferido da mama para a sua boquinha. Para Flávia, a correção e prevenção de problemas dolorosos na amamentação, como os traumas mamilares, por exemplo, acontece pela avaliação e análise dos movimentos da linguinha do bebê e pela reeducação dessa movimentação.

Falar sobre amamentação é importante para que as mulheres saibam os problemas que podem ser encontrados e como podem ser corrigidos, além de saber para quem e o quanto antes pedir a ajuda correta. Dessa forma é possível deixar que o momento da amamentação continue mágico e um dos mais valiosos vínculos entre uma mulher e seu bebê.






Flávia Puccini - Fonoaudióloga formada pela Puc Campinas, a Flávia Puccini é mestre em processos e distúrbios da comunicação (voz, fala e funções orofaciais) pela USP, especialista em motricidade orofacial pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. A profissional é consultora de amamentação e laserterapeuta e se coloca à disposição para ser fonte de informação de temas como amamentação, problemas alimentares, fala, disfagia e teste da linguinha.



10 dicas para o pós-carnaval



1. Inicie com atividades leves:

Quantas vezes você iniciou um programa de treinamento físico e após uns dias, ficou resfriado, com gripe ou dor de garganta? Esse efeito é devido ao impacto negativo que a intensidade alta do exercício físico exerce sobre o sistema imunológico, exercícios de alta intensidade deprimem o sistema imunológico. Inicie com exercícios leves e moderados, que ao contrário do exercício de alta intensidade, eles melhoram o sistema imunológico. Por isso, comece após o carnaval literalmente de leve.



2. Mantenha o foco na hidratação:


Estou falando sobre o elemento mais abundante em nosso corpo, água. Uma pessoa pode ter de 60 a 75% de água pelo corpo, que exerce funções primordiais em nosso corpo. Vamos para o extremo, a desidratação pode levar a graves efeitos sobre o corpo, como o mau funcionamento dos órgãos, principalmente do rim. E se tratando de uma desidratação leve, comprometemos o sistema circulatório, a queda de desempenho físico e até o aumento de risco de lesões musculares.



3. Evite o consumo de bebidas alcoólicas:

Bom, é muito provável que o consumo de muitas pessoas em relação ao álcool, foi alto. O corpo precisa se recuperar desse desgaste, o álcool afeta o funcionamento pleno do organismo, também atrapalhando muito a hidratação, além das toxinas que exigem o funcionamento saudável do fígado.



4. Escolhas alimentares saudáveis:

Os músculo precisa de energia e suas células de nutrientes que são fornecidos pelos alimentos, assim sendo, calorias vazias, alimentos sem nutrientes construtores, prejudicam a desempenho e execução durante o exercício.



5. Defina uma meta:

Definir uma meta, alcançável, ajustada a sua vida pessoal e de trabalho, contribui para o seu sucesso diário, principalmente nos momentos decisivos que envolvem os hábitos de autocontrole alimentar e autogestão de estresse e ansiedade, pois com uma meta clara em mente, aumentamos de ter escolhas mais saudáveis.



6. Fique de olho na qualidade do seu sono:

Em meu trabalho, com meus alunos, monitoro diariamente a qualidade do sono. Como você acorda interfere diretamente em seu desempenho diário, tanto no esforço físico, como também na redução do estresse e ansiedade.



7. Monitore a sua disposição física:

Ao final do dia, verifique como está a sua disposição física. Se você finaliza o dia esgotado, é importante verificar seu nível de aptidão física, se suas escolhas alimentares promovem disposição, se você está com um programa de treino compatível com o seu estilo de vida permitindo uma recuperação completa entre as sessões de treino.



8. Mensure a sua circunferência abdominal:

A obesidade abdominal, é um promotor de um estado de inflamação crônica de baixo, traduzindo, é berço praticamente de todas as doenças. Para homens, a cintura abdominal deve estar abaixo de 102 cm e mulheres abaixo de 88 cm. Mais importante que o peso corporal, é reduzir a gordura abdominal, indicador fiel de resultado em relação ao emagrecimento.


9. Desafie-se:

Escolha uma roupa que você sonha usar, mas que não está servindo, algo que está ao seu alcance e que agora não está nem um pouco confortável.
O desconforto é um ponto importante de mudança, afinal nada é pior que a sensação de colocar uma roupa e não ficar legal, é uma dor emocional que vai lá na alma. Uma dica: Quando ficar em dúvida e sem força para treinar, lembre desse momento e dessa roupa.



10.É um excelente momento para agendar um check-up:

Realmente aqui no Brasil, o ano começa após o carnaval, então é hora de blindar a nossa saúde. É o momento de preparar o planejamento pessoal para agendar as consultas preventivas, cardiologista, urologistas, ginecologista, endócrino, dentista e especialistas que fazem parte da sua necessidade para construir uma saúde 100%.





Giulliano Esperança - Professional Trainer | Diretor Técnico da Sociedade Brasileira de Personal Trainers, Personal Trainer e Diretor Executivo do Instituto do Bem-Estar em Rio Claro/SP, Bacharel em Educação Física UNESP/Rio Claro, Especialistas em Fisiologia do Exercício Unifesp/SP, Especialista em Marketing - Madia Marketing School, Master Coach Sociedade Latino Americana de Coaching, Conselheiro Executivo da Sociedade Brasileira de Personal Trainers, Premiado pela Sociedade Brasileira de Personal Trainers em Excelência pelos serviços prestados como Personal Trainer, Homenageado pelo CREF4/SP pelo Comprometimento e Ética Profissional em 2016. Eleito do Profissional do Ano na Categoria Emagrecimento pela USP de Ribeirão Preto em 2016, Criador do Método Storm12 com mais de 6000 alunos espalhados pelo Brasil e Exterior, Mestrando do Laboratório de Nutrição e cirurgia metabólica da FMUSP, na área de oncologia.


A importância da prática de atividade física por idosos


Como ortopedista, recebo muitos pacientes idosos com queixas de dores musculoesqueléticas generalizadas. Elas ocorrem pelo fato de o envelhecimento celular ocasionar uma desordem da homeostenose (perda de reservas orgânicas e funcionais que é uma característica inerente do avançar dos anos), 
promovendo declínio estimado de algumas funções e maior vulnerabilidade a doenças em todo o corpo como as cardiovasculares, infecções, neoplasias e no caso da minha especialidade: as artropatias e doenças degenerativas osteomusculares.

Na terceira idade (estabelecida a partir dos 65 anos pela Organização Mundial da Saúde) as dores articulares e degenerativas aumentam e ocorre a redução da capacidade funcional, por isso é importante manter a independência e prevenir a incapacidade, reabilitando esses pacientes e garantindo qualidade de vida. A atividade esportiva ajuda a prevenir e melhorar as condições físicas e mentais do paciente geriátrico, desde que bem orientado e medicado (quando necessário).

Muitos adultos com idades entre 65 anos ou mais, gastam em média, 10 horas ou mais por dia sentado ou deitado, tornando-os o grupo etário mais sedentário. Eles estão pagando um alto preço por sua inatividade, com maiores taxas de quedas, obesidade, doenças cardíacas.

Por isso, conforme envelhecemos, torna-se ainda mais importante permanecermos ativos, pois nossos corpos declinam a função e a atividade física ajuda a retardar essa degeneração, inclusive podemos falar até em progressão, ou seja, com o passar dos meses o condicionamento melhora e podem até ser intensificados. Atividade física nos ajuda a permanecer saudável, com energia e independente à medida que envelhecemos.

Há fortes evidências de que as pessoas que estão ativas têm um menor risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, depressão e demência. Do ponto de vista ortopédico melhora a mobilidade articular, alongamento e flexibilidade, isso sem falar na resistência física e muscular que melhora com a prática esportiva.

Se você não tem dor e pratica esporte, irá reduzir o risco de doença mental, ser capaz de sair e ficar bem independente na velhice. É aconselhado a manter-se sempre em movimento. Pode começar com uma simples caminhada diária de 15 minutos, ou 3 vezes por semana de 20 minutos. Obviamente, esses valores terão que ser adequados a cada perfil.

Consideramos atividade física o que faz seu corpo se manter em movimento com aumento da frequência cardíaca em pelo menos acima de 10% da basal. 

Pode incluir desde uma simples caminhada até a prática de esportes coletivos. 

Idealmente, podemos tentar alguma coisa todos os dias, de preferência em episódios de 10 minutos ou mais. Uma forma de atingir o que a OMS considera ideal (150 minutos de atividade moderada)  é fazer 30 minutos em pelo menos cinco dias por semana, sendo que 75 minutos de atividade rigorosa mais de uma vez por semana é tão benéfico quanto 150 minutos de atividade moderada.

Exemplos de atividades aeróbicas de intensidade moderada incluem andar rápido, dançar, hidroginástica ou natação, andar de bicicleta em terreno plano ou com poucas colinas, jogar tênis ou peteca de duplas. Além da parte aeróbica tente orientar fazer algumas atividades que trabalham os músculos. Isso pode incluir musculação, pilates, yoga, tai chi ou outras artes márcias.

Tarefas diárias, como fazer compras, cozinhar ou trabalho doméstico, não contam para seus 150 minutos, porque o esforço não é forte o suficiente para aumentar a sua frequência cardíaca, embora eles ajudem a quebrar o tempo de sedentarismo.

Nunca é tarde demais para adotar um estilo de vida mais ativo. Adultos mais velhos que estão ativos irão reduzir risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral a um nível semelhante como as pessoas mais jovens que estão ativos. Se por outro lado esteve inativo por um tempo, você pode construir sua atividade gradualmente até atingir os níveis recomendados. Você ainda vai ver melhorar a sua saúde no processo, e vai ver reduzir o risco de quedas e de outras doenças.

Vamos começar?




Ana Paula Simões - Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.


Amamentei e agora estou com os seios caídos! O que fazer?


Cirurgião plástico explica como funciona o procedimento conhecido como mastopexia 



Imagem retirada da internet


A amamentação é muito importante para a saúde da mãe e do bebê e, principalmente para o desenvolvimento do vínculo entre eles. Porém, muitas mulheres se queixam que o aleitamento as deixou com as mamas caídas e flácidas. O problema, que pode realmente acontecer, pode ser corrigido com uma cirurgia plástica conhecida como mastopexia, que tem como objetivo levantar as mamas e devolver a autoestima das mamães.

Segundo o médico e cirurgião plástico, doutor Marco Cassol, o procedimento pode ser feito com segurança depois que acabar o período de aleitamento. “A mastopexia é uma cirurgia para remover a pele extra dos seios, erguê-los e remodelá-los, tornando-os mais jovens. Além disso, pode ser feita com ou sem implantação de prótese de silicone”, explica.

Quando o procedimento é realizado com implante, o objetivo é dar volume à mama. “Nesse caso, removemos o excesso de pele, reposicionamos o tecido mamário e colocamos o silicone para dar forma aos seios”, esclarece o doutor.
A cirurgia é feita sob sedação e pode durar entre três e quatro horas.  As cicatrizes podem ser em forma de T invertido, que é a mais comum; L invertido; cicatriz vertical ou ao redor das aréolas. Segundo Cassol, o que define a escolha é a quantidade de pele e o grau da queda da aréola.

Em relação ao pós-operatório, é preciso tomar cuidado ao levantar o braço durante duas semanas; evitar esforços, como caminhadas longas ou subir escadas; não fumar durante a recuperação, pois o tabagismo prejudica a cicatrização; dormir de barriga pra cima nos primeiros 30 dias; evitar exposição solar nos três primeiros meses após a cirurgia e usar o sutiã cirúrgico 24 horas por um mês.

Além disso, o cirurgião explica que essa mudança nas mamas acontece porque há uma atrofia mamária pós-gestacional, ou seja, uma regressão de toda a estrutura glandular da mama, totalmente natural e esperada, mas que pode causar alterações estéticas como a flacidez, que incomodam muitas mulheres.






Dr. Marco Cassol - cirurgião plástico especialista em face feminina - membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) com mais de 15 anos de experiência. É formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG) e conta com especializações em cirurgia para a redução de mamas, criolipólise, microlipoaspiração, cirurgia íntima, entre outras. www.marcocassol.com.br


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