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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Mitos x verdades: descubra os reais benefícios da biotina


O endocrinologista Marcelo Cidade Batista esclarece dúvidas comuns sobre essa vitamina amplamente consumida sem indicação médica


Apesar de a biotina ser indicada formalmente para o tratamento de algumas doenças raras, o uso de suplementos contendo essa vitamina tem sido cada vez mais adotado por leigos para o combate à queda de cabelos, o fortalecimento de unhas e o ganho de energia. “A dose mais frequentemente utilizada nesses casos é de 5 a 10 mg/dia, ou seja, 100 a 200 vezes maior que a ingestão dietética normal”, afirma o endocrinologista e patologista clínico Marcelo Cidade Batista.

No entanto, o especialista explica que uma alimentação variada e saudável pode ser suficiente para evitar a carência da biotina. “A substância está amplamente distribuída nos alimentos, sendo encontrada em maiores quantidades na gema de ovo, fígado, alguns vegetais e leite de vaca”, afirma Batista. Em função disso, Batista explica que a deficiência clássica da vitamina é rara, ocorrendo apenas em pacientes que apresentam algumas mutações congênitas, desnutrição severa ou ingestão de grandes quantidades de clara de ovo cru.

Segundo o Institute of Medicine e o Food and Nutrition Board of the National Research Council (USA), a ingestão adequada de biotina é de 30 mcg/dia em homens, gestantes e não gestantes e de 35 mcg/dia em lactantes. Em países ocidentais, a ingestão dietética varia de 30 a 75 mcg/dia.

Para esclarecer os mitos e verdades sobre essa substância que tem sido amplamente consumida sem indicações médicas, pedimos ajuda do especialista Marcelo Cidade Batista. Confira!

  1. A biotina é indicada para todas as pessoas
MITO:  Formalmente, o tratamento com biotina é indicado apenas para pacientes com algumas doenças raras, como deficiência da biotinidase, deficiência da holocarboxilase sintetase ou do transportador intestinal da biotina, doença de gânglios da base responsiva a biotina-tiamina, acidemia propiônica e alguns distúrbios do metabolismo energético mitocondrial, de acordo com o especialista. “A biotina também tem sido administrada a pacientes com esclerose múltipla progressiva (100-300 mg/dia), doenças desmielinizantes, síndrome de má-absorção e naqueles submetidos a hemodiálise ou nutrição parenteral”, ressalta.


  1. Consumo de suplementos de biotina contribui para unhas, cabelo e ganho de energia
MITO: Até o momento, não existem estudos científicos que comprovem os benefícios dessa substância para essas condições, afirma Batista. Apesar disso, segundo ele, muitos médicos consideram que a vitamina traz benefícios em alguns pacientes por conta das práticas clínicas. “A recomendação é que a suplementação com biotina seja sempre monitorada por um médico, que tem melhores condições de avaliar se o uso da vitamina deve ou não ser mantido”, alerta.

  1. A deficiência da biotina é rara
VERDADE: A deficiência clássica da biotina ocorre apenas em pacientes que apresentam algumas mutações congênitas, desnutrição severa ou ingestão de grandes quantidades de clara de ovo cru (devido à ligação da avidina do ovo à biotina), explica Batista. “Deficiências mais leves podem ocorrer em gestantes e lactantes (devido ao maior catabolismo da biotina) e em pacientes recebendo nutrição parenteral ou tomando anticonvulsivantes (principalmente primidona e carbamazepina) ou ácido lipoico”, afirma.

  1. Carência da biotina pode causar conjuntivite
VERDADE: Além da conjuntivite, o especialista explica que as manifestações clássicas da deficiência da substância incluem dermatite periorificial, alopecia (cabelos mais finos e descolorados), distúrbios neurológicos ou metabólicos, infecções cutâneas, convulsões e retardo do desenvolvimento neuropsicomotor em crianças.





Fonte: Marcelo Cidade Batista - graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fez residência médica no Hospital das Clínicas (São Paulo) e doutorado na Universidade de São Paulo. Possui título de especialista nas áreas de Endocrinologia e Patologia Clínica. Atualmente é médico consultor do Laboratório Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor médico dos Laboratórios Endoplus e Bio-Médico



ÁCIDO HIALURÔNICO E ENXERTO DE GORDURA PARA SUBSTITUIR O PMMA


Substâncias aderem ao organismo com risco mínimo de rejeição


O polimetilmetacrilato (PMMA), também conhecido como metacril ou bioplastia, ganhou novamente, as manchetes dos noticiários. Mais uma morte aconteceu, por conta da má aplicação do produto, pois embora ele seja perigoso, muitas mulheres ainda o utilizam na busca pelo corpo perfeito. Muito utilizado para preenchimento corporal, o PMMA já provocou deformidades e complicações em cerca de 17 mil pacientes de todo o país, segundo uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
O metacril é um produto sintético, composto por microesferas de acrílico, similar ao plástico, aplicado por meio de cânulas, com anestesia local. Além de ser usado como modelador para glúteos e coxas, o metacril tem sido aplicado no rosto para o preenchimento de rugas.
“É um corpo estranho e pode causar reações, além de nódulos e deformidades. O maior problema é para extrair o produto, no caso de complicações, pois também precisa retirar o tecido sadio em volta. É como se tentasse tirar algo que estivesse colado. No rosto, ele é contra indicado. Para o preenchimento nessa área, recomendamos o ácido hialurônico”, explica o cirurgião plástico Fernando Bianco.
O ácido hialurônico é um ativo produzido naturalmente pelo corpo, que possui propriedades estimulantes do colágeno. É uma molécula capaz de reter alta quantidade de água, mantendo a pele hidratada, firme e lisa. Por ser uma substância do próprio organismo, os riscos de rejeição são menores.
Já para o corpo, os cirurgiões apostam no enxerto de gordura, que é retirada de uma região por lipoaspiração e depois centrifugada, separando o óleo e o sangue da gordura e das células-tronco. Depois disso, as células-tronco e a gordura são reaplicadas no local que se deseja preencher. O procedimento é feito dentro de um centro cirúrgico, com pós-operatório de 40 dias.
“Quando há complicações, pelo menos duas cirurgias terão que ser feitas para minimizar o problema, sem contar que a região não volta a ser como era antes. Ainda existem casos de infecções graves ou reações alérgicas, que irão precisar de tratamento com corticoides para o resto da vida”, ressalta Bianco.
O PMMA não é absorvido pelo organismo. Geralmente, a infecção acontece como uma tentativa do corpo em retirar a substância estranha. O paciente deve sempre se consultar com um cirurgião plástico de sua preferência. É possível pesquisar no site da SBPC se o médico é especialista. Por fim, é importante que, antes de qualquer procedimento, o paciente forneça seu histórico médico detalhado.
“O paciente deve ser alertado dos perigos. A segurança para o paciente é a escolha do profissional, que por sua ética, vai usar produtos com literatura mais embasada. Isso traz segurança ao paciente, pois ele será atendido por um profissional, que adotará os procedimentos mais seguros”, finaliza.


Dermatologista do HCor orienta sobre riscos da exposição solar


Saiba como cuidar da pele e prevenir alguns dos problemas dermatológicos mais comuns nos meses mais quentes do ano 


Com a chegada dos meses mais quentes do ano, nada melhor do que aproveitar o sol. Contudo, essa época de temperaturas mais elevadas demanda cuidados redobrados com a pele, já que a exposição excessiva aos raios solares pode causar diversos problemas dermatológicos como desidratação, queimaduras, envelhecimento precoce, além de aumentar o risco de câncer. “Embora possam ser bastante graves, os problemas de pele causados pelo excesso de exposição ao sol podem ser evitados por meio de medidas simples”, alerta a Dra Keila Mitsunaga, dermatologista da Unidade Cidade Jardim do HCor. Para que as pessoas possam cuidar da pele sem deixar de aproveitar a chegada do calor, a Dra Keila tem algumas dicas: 


Utilize o protetor solar corretamente

Todos sabem que, no calor, o uso de protetor solar é fundamental. Porém, a aplicação correta deve ser feita de 20 a 30 minutos antes de colocar a pele em contato com os raios solares. A partir desse momento, é preciso renovar a proteção com aplicações realizadas de três em três horas, principalmente, em ambientes como praias e piscinas. Outro cuidado, é jamais usar protetor com fator abaixo de 30. “Pessoas que precisam ficar expostas ao sol durante o trabalho, como motoristas, guardas ou cobradores de ônibus, também devem adotar esses cuidados para evitar câncer de pele”, aconselha a Dra Keila. “O uso de loções pós-solares e hidratantes também é bastante benéfico, já que tais produtos evitam descamação, refrescam, hidratam, reparam e acalmam a pele que, geralmente, fica danificada após um dia inteiro de exposição solar”, acrescenta a médica.


Mantenha a pele limpa e hidratada

O excesso de areia, suor ou componentes químicos presentes nas piscinas, por exemplo, resseca a pele e favorece a ocorrência de fissuras por onde entram microorganismos que podem causar doenças como micose e frieira e infecções de pele. Por isso, caso vá à praia ou a algum clube, é importante tomar uma ducha de água fria para tirar o acúmulo de sujeira, ao final do passeio, ou um banho assim que chegar em casa. “Nesses casos, o melhor é usar somente água e evitar sabonete, já que ele resseca a pele. Após o banho, remova todo o excesso de água e utilize creme hidratante, principalmente em locais onde a pele é mais seca, como nos cotovelos, pés, joelhos e mãos”, recomenda a Dra Keila.


Evite pegar sol logo depois de se depilar

Depilar o corpo ou o rosto pouco antes de ir à praia ou à piscina é um erro grave. Embora muitas mulheres ainda cometam esse descuido, ele pode provocar o surgimento de manchas escuras na pele. “O ideal é que a depilação seja realizada com, pelo menos, 72 horas de antecedência. No período de férias, por exemplo, uma boa alternativa é recorrer à depilação com cera, já que, ao retirar os pelos pela raiz, é mais prolongada e evita que as mulheres deixem de pegar sol porque precisam voltar a se depilar”, sugere a dermatologista do HCor. 


Use sandálias e seque-se bem depois de sair da água

Hoje em dia, muitos locais frequentados por banhistas são poluídos. Por isso, é imprescindível procurar manter a pele sempre seca depois de sair da água para evitar a proliferação de bactérias ou o surgimento de fungos que também provocam micose. ”É importante usar sandálias ou chinelos para arejar e proteger os pés de poças d’água repletas de fungos e bactérias que se formam na areia, por exemplo. Também é bom evitar o compartilhamento de toalhas, já que isso favorece a transmissão de microrganismos”, recomenda. 


Invista no betacaroteno

Uma alternativa natural para deixar a pele morena e com um bronzeado que dura mais tempo está nos alimentos que possuem carotenoides como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba. “Estes alimentos conferem algum grau de proteção da pele e a deixam mais bonita e hidratada”, afirma a médica.


Tome bastante líquido

Um problema bem comum nos períodos mais quentes do ano é a desidratação. Ela pode provocar dor de cabeça, tontura, desmaios, entre outras intercorrências. Por isso, merece total atenção. “O ideal é que possamos consumir de dois a três litros de líquidos por dia para manter nosso corpo hidratado. Sucos naturais, bebidas isotônicas e chás gelados cumprem com essa função. Porém, contém mais calorias que a água pura, por exemplo, o que requer cautela”, explica a Dra Keila.


Cuidado com a exposição direta ao sol

As maiores temperaturas do dia são registradas entre às 10 e às 15 horas. Por isso, é preciso ter cuidado com a exposição solar direta, já que, neste período do dia, o risco de queimaduras é muito maior. Nessa faixa de horário, o melhor é ficar protegido em locais cobertos, como quiosques, bares ou mesmo os guarda-sóis, o que evita também quadros de insolação. “É importante ressaltar que mesmo nessas situações - em que se está indiretamente exposto ao sol - o uso do protetor solar é necessário, já que até 80% da radiação solar é refletida da água e da areia. Isso pode provocar queimaduras mesmo em quem está sob o guarda sol, por exemplo”, diz a médica. “Contudo, se tomarmos todas estas precauções, podemos aproveitar o calor com muito menos riscos à pele!”, conclui a dermatologista do HCor.  



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