Nascemos de um ato de amor e
vivemos para ser profundamente felizes por meio do amor. O “amor compartilhado”
com os que nos cercam nos aproxima de Deus e faz de nossa vida uma caminhada
segura para o mundo celestial, assim como o amor que une um casal de namorados,
muitas vezes nascido de um olhar, é a expressão máxima desse sentimento humano
que foi colocado no coração de cada um.
Nosso país e o mundo vivem
tempos difíceis. A radicalização parece dominar as mentes da maioria das
pessoas. Problemas econômicos, divergências políticas e injustiças sociais
estão dividindo países, polarizando os brasileiros, roubando a paz de nossas
famílias e dificultando relacionamentos. O amor está dando lugar ao ódio e à
inveja. “Quando o individualismo predomina demais, faz com que as pessoas
desenvolvam, em excesso, inveja, ciúme, possessividade e, no final das contas,
ódio”, alerta o líder espiritual japonês Ryuho Okawa em seu livro Mude sua
Vida, Mude o Mundo.
Estamos em pleno Mês dos
Namorados – um mês festivo por si só e ainda mais este ano, com a Copa do Mundo
de Futebol. Tudo isso reaviva lembranças e deveria fazer nossos corações
vibrarem. Quem consegue se esquecer do “correio elegante”, aqueles bilhetinhos
de amor que os jovens casais trocavam durante a festa junina? Será que em tempos
de mídias sociais ainda há espaço para esse tipo de romantismo?
Será que no mundo em que
vivemos nossos adolescentes têm as oportunidades que merecem para amadurecer no
amor e por meio dele ser felizes? O início do namoro é um tempo maravilhoso de
descobertas, uma experiência inédita que deixa marcas eternas no coração de
cada um. É triste perceber que ódios e paixões, injustiças, corrupção,
carências e sensualidade sem freios estão destruindo os sonhos de muitos de
nossos jovens – que precisam com urgência voltar a sonhar e a acreditar.
O
amor, em todas as suas dimensões, é um dos temas prediletos de Okawa. Em
vários de seus livros, como Trabalho e Amor e Convite à Felicidade,
entre outros, o líder espiritual ensina que uma pessoa somente pode ser feliz se
conseguir contribuir para a felicidade dos que a cercam. Para ele, “amor
compartilhado” é o que nada espera em troca. Construir a felicidade dos outros
é construir a própria felicidade. É o caminho mais fácil de abrir as portas do
céu. Okawa aconselha os namorados a se
empenharem para ser um par perfeito e a agir para se libertar do “amor
possessivo”.
A
capacidade de amar e de nos apaixonarmos é parte de nossa natureza. É raro
encontrar uma pessoa que não sinta necessidade de se completar em companhia de
outra e com ela compartilhar suas alegrias e tristezas. O amor nasce em
qualquer tempo e lugar, livre de preconceitos de cor e raça, de riqueza ou
pobreza, de cultura ou ideologia. Ele simplesmente chega, envolve e transforma.
É vida e fonte de vida. Mas é fundamental que toda pessoa, de modo especial
quem namora, tenha em mente que “o amor desaparece quando se espera
algo em troca por aquilo que se faz, pois não se trata de amor de verdade. O
verdadeiro amor é desprendido, deixa as pessoas livres”, conforme diz Okawa em Convite
à Felicidade.
Não importa qual seja nossa
religião, todas – sem exceção – pregam o verdadeiro amor como caminho para a
felicidade em nossa caminhada neste mundo e para chegar à Verdade, a Deus, ao
mundo celestial. Que até mesmo os casais que se uniram há muitos anos possam
sentir novamente a ternura dos namorados neste mês tão especial.
Milton Nonaka
-
consultor de novos negócios da editora IRH Press do Brasil, que publica em
português as obras de Ryuho Okawa. Um dos autores mais prestigiados no Japão,
Okawa tem mais de 2.300 livros publicados, ultrapassando 100 milhões de cópias
vendidas, em 30 idiomas. (www.okawalivros.com.br)