Na última
terça-feira 29 de agosto, foi celebrado o Dia Mundial de Combate ao Fumo, data
que alerta para os malefícios causados pelo cigarro, como o câncer de pulmão,
uma das consequências mais agressivas do hábito de fumar. Segundo dados do
INCA, 28 mil brasileiros devem ser acometidos anualmente pela doença no biênio
2016-2017, sendo que 90% de sua incidência está associada ao cigarro.
A seguir, veja
alguns mitos e verdades sobre a doença:
Apenas
fumantes podem desenvolver câncer de pulmão: mito
Ainda que,
segundo o INCA, consumo de derivados de tabaco esteja relacionado com 90% dos
casos de câncer de pulmão, esse não é o único fator determinante para a doença.
A exposição à poluição do ar, deficiência e excesso de vitamina A, DPOC (Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica), além de fatores genéticos e histórico familiar da
doença também são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão.
Ainda segundo dados do INCA, fumantes apresentam risco 20 a 30 vezes maior de
desenvolverem a doença.
O câncer de pulmão é o
mais letal e mata mais rapidamente: verdade
O câncer de pulmão é a
principal causa de morte por câncer entre homens e mulheres. A letalidade da
doença é tão alta que, segundo o American Cancer Society, mais pessoas morrem
de câncer de pulmão do que de câncer colorretal, mama e próstata juntos.
Existem dois tipos
principais de câncer que afetam o pulmão: os carcinomas de não-pequenas células
e os de pequenas células. Os primeiros são os mais comuns, correspondem a 85%
dos casos registrados no país e são divididos em três subtipos: adenocarcinoma, carcinoma epidermoide e carcinoma de
grandes células. Já os carcinomas de pequenas células são menos comuns
(cerca de 15%), e têm comportamento mais agressivo.
O câncer
de pulmão é uma doença assintomática: mito
Ainda que
em seu estágio inicial o câncer de pulmão seja uma doença silenciosa, em
estágios mais avançados os sintomas podem incluir tosse, dor no peito,
rouquidão, perda de apetite, falta de ar, fadiga e sangramento pelas vias
respiratórias. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse pode ser alterado e
podem surgir crises em horários incomuns para o paciente, por isso é importante
estar atento aos sintomas.
O câncer de pulmão acomete
principalmente pessoas mais velhas: verdade
Segundo o American Cancer
Society, cerca de 2 em cada 3 pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão têm
mais de 65 anos, e menos de 2% dos casos são diagnosticados em pessoas com
menos de 45 anos. Ainda segundo o Instituto, a idade média no momento do
diagnóstico é de 70 anos.
Parar de fumar reduz o
risco de câncer de pulmão: verdade
Os riscos
causados pelo cigarro podem ser irreversíveis, entretanto, abandonar o cigarro
pode reduzir consideravelmente o risco de morte por causas associadas ao
tabaco, incluindo o câncer de pulmão.
Fontes: INCA, Instituto
Oncoguia, American Cancer Society.