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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Estágio: fim de ano é momento propício para conseguir uma oportunidade




Nesse período muitas empresas abrem vagas, porém os indicadores revelam que a concorrência é bem menor em relação a outras épocas


O cenário conturbado que o mercado de trabalho vem enfrentando nos últimos anos, em decorrência da crise econômica, faz com que cada vez mais jovens busquem uma colocação profissional, seja para auxiliar na renda familiar, custear os estudos ou mesmo para aprender um ofício. O fato é que com o encolhimento do mercado a faixa etária até os 24 anos é a mais afetada, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualmente a taxa de desemprego já atinge 12 milhões de pessoas e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do trabalho afirma que mais de 4,5 milhões são jovens com menos de 25 anos.

Em vista disso, muitos recorrem às vagas de estágio, que tem se mostrado à margem da crise e apresentado números positivos nesse período turbulento. Um levantamento da Associação Brasileira de Estágios (Abres) mostra que há mais de um milhão de estagiários no país atualmente e, mesmo diante dos percalços da economia, muitas empresas se interessam por esses programas e investem no treinamento de estudantes visando ter uma equipe preparada quando a economia nacional aquecer novamente.

Programa educativo também promove o desenvolvimento profissional

Os programas de estágio têm se tornado tão atrativos para os jovens quanto para as empresas. Sua regulamentação aconteceu em 2008 através da homologação da Lei nº 11.788 e, desde então, agregou uma série de melhorias nesse processo de aprendizagem e experiência profissional. Para muitas empresas os jovens colaboradores representam muito mais do que custos reduzidos com a folha de pagamento, se trata de uma mão-de-obra qualificada que pode ser treinada e moldada de acordo com a cultura e os objetivos da organização.

Para o estudante o programa representa uma oportunidade de colocar em prática toda a teoria que se aprende na sala de aula. Mesmo quando a universidade não exige o estágio como atividade obrigatória, a maioria dos alunos ainda opta por fazê-lo, pois, o programa oferece uma chance real de ingressar no mercado de trabalho e começar a projetar a carreira profissional, especialmente nesse momento de crise, no qual as vagas de emprego para os trabalhadores celetistas vem caindo progressivamente.


Maiores chances: concorrência diminui nos últimos meses do ano

A expectativa do programa de estágio para o jovem que está entrando no mercado de trabalho se mantém otimista. Um levantamento recente, realizado pela Companhia de Estágios – assessoria especializada no recrutamento e seleção de estagiários – aponta que no último triênio a oferta de vagas, no período do segundo semestre do ano, teve uma média constante de crescimento em torno de 7%, e, as previsões se mantém positivas para o fechamento de 2016. “Mesmo com a crise as empresas continuaram renovando os contratos vigentes e abrindo novas vagas em seus programas de estágio” – explica Tiago Mavichian, diretor da recrutadora.

Segundo o especialista, essas oportunidades se estendem até os últimos meses do ano, porém, Mavichian alerta que é justamente nesse período que o número de candidatos inscritos vem apresentando uma constante tendência de queda. “Muitas empresas têm dificuldades em contratar estagiários entre dezembro e janeiro justamente por causa das férias escolares. Nesse período os estudantes não estão nas escolas e faculdades, portanto o retorno às vagas costuma ser menor. Muitos estudantes acreditam que na época de férias não existem processos seletivos abertos e por isso não procuram, então as vagas demoram mais para serem preenchidas”.


Período de transição

De acordo com Mavichian, nos meses em que começam as férias nas escolas e faculdades surgem muitas vagas de estágio em razão do término de contratos, pois, vários alunos concluem o curso ou graduação, alguns são efetivados e outros ingressam em diversas oportunidades novas no mercado de trabalho. Isso se repete a cada início e fim de semestre letivo. “Recentemente grandes empresas de diversos setores como a DOW, Leo Pharma, Midea Carrier, LG, Sanofi entre outras, estavam com as inscrições abertas para o processo seletivo de final de ano. Foram mais de 500 vagas que ofereciam uma bolsa auxilio de cerca de R$1.700 mais os benefícios” – acrescenta o especialista.

Rafael Pinheiro, gerente do departamento de Recursos Humanos da recrutadora também afirma que todos os anos muitas organizações tendem a ter dificuldades na contratação de novos estagiários no último trimestre devido à baixa nas inscrições. Para se ter uma ideia, no segundo semestre de 2015 a concorrência foi 50% menor em comparação com os 6 primeiros meses de 2016, quando a disputa chegou a 79 candidatos por vaga.

Para o gerente de RH: “Diferente do recesso no mês de julho, as férias de final de ano são mais longas, por isso, muitos estudantes associam a pausa na rotina acadêmica a uma suspensão nos processos seletivos dos programas de estágios, e, na prática não é bem assim, atualmente o número de vagas abertas gira em torno de 1.800. Nessa época do ano sempre há muita demanda por estagiários, as empresas necessitam compor o quadro para o próximo ano por isso, geralmente, realizam a seleção entre novembro e dezembro”.


Férias: momento ideal para potencializar o desempenho profissional

Um dos momentos mais aguardados pelos estudantes é o período de férias. Em meio a correria do dia a dia em que muitos tentam equilibrar a rotina acadêmica com a vida profissional e pessoal, o recesso escolar representa aquele momento em que se pode respirar mais aliviado e renovar as forças para recomeçar o próximo ciclo. No entanto o que mais se vê atualmente são jovens que aproveitam a ocasião para agregar o currículo profissional, seja através de trabalhos voluntários, estágio de férias ou cursos complementares.

Um levantamento deste ano, realizado pela Companhia de Estágios mostra que atualmente o foco da maioria dos candidatos a uma vaga de estágio é o aprendizado. Boa parte já começa a procurar uma oportunidade desde os primeiros semestres do curso (42,4%) e mais de 37% deles procuram cursos complementares na área de formação. “Por isso ultimamente os empreendedores tem demonstrado muito interesse nos programas de estágio, que são compostos por jovens qualificados e cada vez mais engajados” – finaliza Pinheiro.












É possível ajudar a criança com TDAH a vencer os desafios diários, afirma especialista



Conviver com crianças que apresentam o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode ser cansativo e, muitas vezes, frustrante para os pais. Porém, há muitas ações que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a convivência familiar.

Segundo a neuropediatra, Dra. Karina Weinmann, é possível ajudar a criança a vencer os desafios diários, canalizar a energia de forma positiva, trazendo mais equilíbrio para a vida em família. “Quanto mais cedo a criança tiver a ajuda apropriada para gerenciar as consequências do TDAH, melhores serão as chances de ter uma vida bem sucedida no futuro e mais qualidade de vida no presente”, explica a médica.

Veja agora 10 dicas elaboradas pela equipe da NeuroKinder, clínica especializada em neurodesenvolvimento, que podem ser aplicadas no dia a dia pelos pais:
 
  1. Veja sempre o lado bom da vida: Lembre-se que o comportamento da criança está relacionado com o TDAH, por isso, na maioria das vezes, as atitudes não são intencionais. Mantenha o senso de humor. O que é embaraçoso hoje, pode se tornar uma história de família engraçada daqui a alguns anos.
  2. Celebre as conquistas- Uma tarefa não cumprida não deve ser encarada como um grande problema se a criança conseguiu completar outras. O excesso de críticas à criança é prejudicial, por isso procure elogiar mais quando a criança apresenta bons comportamentos.  
  3. Acredite na criança: Faça uma lista de tudo que é positivo e único no seu filho. Acredite que ele pode aprender, mudar, amadurecer e ser bem-sucedido. Faça desse pensamento um exercício diário.
  4. Cuide de você: Coma de forma saudável, pratique exercícios e gerencie seu estresse. Para cuidar de outra pessoa, você precisa cuidar de si em primeiro lugar. Se for o caso, procure fazer psicoterapia. Uma das coisas mais importantes para se lembrar é que você não está sozinho. Procure grupos de pais com crianças com TDAH, converse com a equipe que acompanha a criança. Leia sobre as experiências positivas em relação ao tratamento.
  5. Estabeleça uma rotina: É fundamental estabelecer hora e local para todas as atividades de uma criança com TDAH. Se possível, faça um quadro e deixe disponível em um local para que todos saibam o horário de comer, tomar banho, brincar, fazer a lição de casa, ver TV, etc. Além disso, ajude a organizar o material escolar e o uniforme para o dia seguinte. Use relógios com avisos sonoros para indicar o término das atividades.
  6. Simplifique: Crianças com TDAH podem se tornar ainda mais distraídas quando a agenda está “lotada” de atividades. Converse com a equipe que acompanha o seu filho para avaliar quais são as atividades essenciais e quais podem ser excluídas da agenda para não sobrecarregar a criança.
  7. Cada coisa em seu lugar: Crie um espaço dedicado aos estudos em casa, sem ruídos ou muito barulho. Assim, a criança irá conseguir se concentrar melhor nas atividades. O ideal é que não tenha nenhum aparelho eletrônico por perto, como TV, tablets, som, etc.
  8. Crie regras simples e claras: Toda criança precisa de limites e regras para crescer de forma saudável. Crianças com TDAH não são diferentes. Escreva as regras e fixe-as em um local de fácil acesso, mas explique como elas funcionam. Você pode usar um sistema de recompensa e consequências, ou seja, incentivos para quando ela cumpre os acordos e o que pode acontecer caso desobedeça. Use o bom senso e sempre que as normas forem cumpridas, reforce de maneira positiva. 
  9. Sono: Reduza o tempo que a criança passa na TV, computador, celulares e aumente o tempo de atividades ao ar livre durante o dia ou de esportes. Elimine alimentos que contêm cafeína da alimentação da criança, como chocolate, achocolatados, chás, etc. Encontre atividades mais calmas antes de dormir. Carinhos e afagos também são ótimos para desacelerar, além de oferecer à criança segurança e fortalecer o vínculo amoroso entre pais e filhos.
  10. Incentive seu filho a ter amigos: Para uma criança com TDAH, fazer e manter amigos pode ser uma tarefa difícil. É importante que você seja honesto com a criança, explicando seus desafios. Convide um amigo para brincar em casa e supervisione as brincadeiras. Observe os bons e os maus comportamentos, para que possa elogiar ou intervir, se for o caso.  
   

Mais tempo em dispositivos digitais significa menos chances de terminar a lição de casa




Estudo descobre relação dose-dependente entre o tempo gasto assistindo TV, jogando videogames ou usando um smartphone e tablet e as chances de uma criança não terminar o dever de casa


Em conclusões que não surpreenderão os pais de qualquer criança em idade escolar, uma nova pesquisa descobre que quanto mais tempo as crianças passam usando dispositivos digitais, menos provável é que elas terminem o dever de casa. No entanto, as consequências vão além do rendimento escolar...

Crianças que passam de duas a quatro horas por dia usando dispositivos digitais, sem contar o uso escolar, têm 23% menos chances de sempre ou geralmente não terminar a lição de casa, em comparação com as crianças que passam menos de duas horas consumindo mídia digital. As conclusões são de um trabalho - Exposição à mídia digital em crianças em idade escolar diminui a frequência de trabalhos de casa -  apresentado durante  a Conferência Nacional da Academia Americana de Pediatria de 2016, em San Francisco, EUA.

Para realizar o estudo, os pediatras da Brown University School of Public Health analisaram o uso das mídias digitais pelas crianças para entender melhor como ele se relaciona com o bem-estar positivo global, que pode ser medido por comportamentos e características, incluindo diligência, a conclusão de tarefas e relacionamentos interpessoais. Eles usaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde da Criança 2011-2012 para analisar o uso de mídias e hábitos de casa de mais de 64.000 crianças, de 6 a 17 anos, conforme relatado por seus pais ou responsáveis.

Os pesquisadores descobriram que 31% dos entrevistados estavam expostos a menos de duas horas de mídias digitais, incluindo assistir televisão, usar computadores, jogar videogames, usar tablets e smartphones ou usar outros dispositivos para outros fins que não o trabalho escolar por dia. Outros 36% usavam mídias digitais por duas a quatro horas por dia; 17% eram expostos a quatro ou seis horas; e 17% eram expostos a seis ou mais horas de mídias digitais por dia.

“Para cada duas horas adicionais de uso de mídia digital combinada, por dia, houve uma diminuição estatisticamente significativa na probabilidade de sempre ou geralmente não completar o dever de casa”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Crianças que passavam de quatro a seis horas usando mídias digitais apresentavam 49% menos chances de nunca terminar sua lição de casa do que aqueles com menos de 2 horas por dia. Aqueles com seis ou mais horas de uso de mídia tinham probabilidades 63% menores de nunca  terminar sua lição de casa em comparação com as crianças que passavam menos de duas horas por dia usando mídia.

Outras consequências...

“Os autores também encontraram uma relação semelhante entre a exposição à mídia digital e outras ações medidas na infância, como completar tarefas que são iniciadas, mostrar interesse em aprender coisas novas e manter a calma quando confrontado com desafios. As tendências permaneceram significativas independentemente da faixa etária, do sexo ou do nível de renda familiar da criança”, destaca o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Estudos anteriores mostraram uma grande variedade de consequências negativas para a saúde e para os comportamentos em decorrência da exposição à mídia digital. Este estudo acrescenta evidências ao que já é conhecido:  mostra que a exposição à mídia digital está associada à diminuição das medidas de bem-estar geral da criança.

Moises Chencinski destaca que “é importante que pais e cuidadores compreendam que, quando seus filhos estão expostos às várias formas diferentes de mídia digital, a exposição combinada total está associada a diminuições em uma variedade de medidas de bem-estar. A conclusão? O interesse em aprender coisas novas e manter a calma quando desafiado ficam comprometidos. Os pais devem considerar esses efeitos combinados ao estabelecer limites para os dispositivos de mídia digital”.





Moises Chencinski





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