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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Médica alerta sobre importância da avaliação oftalmológica na infância



Depois do teste do olhinho, feito logo após o nascimento, acompanhamento oftalmológico deve ser semestral até os 2 anos da criança, segundo consenso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica

Perceber alteração de visão em crianças em fase pré-escolar não é tarefa fácil e muitos problemas visuais podem passar despercebidos pelos pais. O importante é torná-los cientes de que a criança não nasce sabendo enxergar, ela vai aprendendo a enxergar. Cerca de 90% da visão se desenvolve até os 2 anos de vida e o restante ocorre até os 6-7 anos. Segundo a Dra. Tania Schaefer, médica oftalmologista da Clínica Schaefer, de Curitiba, "o cérebro necessita de um estímulo visual perfeito para que o olho da criança aprenda a enxergar corretamente", afirma.

Em função disso, a avaliação oftalmológica deve ser iniciada logo nos primeiros dias de nascimento com o "teste do olhinho". Segundo o consenso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o acompanhamento oftalmológico deve ser semestral até os 2 anos e, a partir daí, anualmente até os 10 anos de vida, época em que já se completou o desenvolvimento visual.

Além dos erros refracionais (miopia, astigmatismo e hipermetropia), o exame com o oftalmologista avalia a presença de ambliopia (olho fraco), estrabismos, catarata, malformações congênitas e tumores, como o retinoblastoma. "Mais que prevenir a cegueira, essa avaliação precoce também pode salvar uma vida", alerta a especialista.

Se houver indicação de óculos, eles devem ser adequados à faixa etária da criança, com armações confortáveis, lentes resistentes à quebra e riscos. As crianças que necessitam da correção óptica precisam ser avaliadas periodicamente a cada 6 meses e as lentes trocadas por alteração do grau e do crescimento da face.

Um problema relativamente comum na infância, o estrabismo, necessita ser investigado logo ao seu início, pois pode levar à ambliopia ou mesmo à cegueira legal (quando uma pessoa tem visão menor que 0,1 ou 20/200 no olho com melhor acuidade). Por conta do estrabismo, o cérebro infantil não se desenvolve corretamente (córtex visual) devido às imagens remetidas pelo olho estrábico serem bloqueadas.

"Existem vários tipos de estrabismos e somente o médico oftalmologista poderá prescrever o tratamento adequado. Na presença da ambliopia, o uso de oclusores deverá ser orientado para garantir o desenvolvimento visual do olho mais fraco. Não é tarefa fácil para a criança, nem para os pais, que precisam ser devidamente alertados sobre a importância do tratamento", diz a médica.

A conscientização dos pais e pediatras é a melhor forma de prevenir a baixa de visão irreversível no adulto. Muitos pacientes chegam ao nosso consultório tardiamente e nada pode ser feito para recuperar o tempo perdido na sua formação visual.


Oftalmologista Tania Schaefer (CRM-PR 5416/CRM-RJ 17335)
http://www.schaefer.com.br
Clínica Schaefer Oftalmologia e Neurologia
Avenida Getulio Vargas, 2932, Água Verde, Curitiba/PR
Fone: (41) 3027-3807


Carcinomatose peritoneal: tratamentos de alta complexidade trazem maior sobrevida e até mesmo a cura



Doença geralmente originária de um câncer requer especialistas capacitados e hospitais de referência para oferecer melhor prognóstico a pacientes

A carcinomatose peritonial é a disseminação intra-abdominal de um câncer, que sai de seu órgão de origem e se espalha pelo peritônio, membrana de revestimento interno do abdome. 

As causas de carcinomatose peritonial são câncer de intestino, câncer do apêndice,  pseudomixoma - que é um acúmulo de mucina no abdômen, mesotelioma peritonial, câncer de ovário, câncer de pâncreas, câncer de estômago, câncer de mama e também o câncer primário de peritônio.

De acordo com o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz,  titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e médico cirurgião oncológico dos hospitais São José e São Joaquim da Real e Benemérita Beneficência Portuguesa de São Paulo, antigamente não havia qualquer expectativa de cura para o paciente com carcinomatose peritonial. Hoje em dia, o prognóstico é bem diferente. 

"Com o advento da cirurgia denominada peritoniectomia e a técnica de quimioterapia quente no abdômen no intra-operatório, chamada quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), alguns pacientes chegam à cura da carcinomatose. Outros, são beneficiados com sobrevidas muito longas", afirma. 

Infelizmente, nem todos os pacientes se beneficiam da cirurgia. 

"A carcinomatose peritonial de origem gástrica ou pancreática normalmente é acompanhada de prognóstico muito ruim, sem benefício do tratamento. Por outro lado, casos originários de pseudomixoma, câncer de ovário, câncer primário de peritônio, câncer de apêndice, de intestino e do mesotelioma abdominal são os que melhor respondem à cirurgia." 

Origem e prognóstico
O peritônio é a membrana que reveste a parte interna da cavidade abdominal e recobre órgãos como estômago, intestinos, reto, bexiga e útero. Toda esta camada é rica em vasos do sistema linfático, que integram o sistema de defesa do organismo.

Embora haja a possibilidade da carcinomatose peritonial começar no próprio peritônio, esta origem é bastante rara. Os mais comuns são os casos que começam no ovário, no intestino ou no apêndice, explica o especialista.

Tratamento
O tratamento do carcinomatose peritonial, embora já exista há muitos anos no Brasil, requer médicos especialistas, com ampla experiência em cirurgia de carcinomatose e hospitais de referência, com excelente infraestrutura de UTI. 

A cirurgia consiste em retirar todo o peritônio doente e também alguns órgãos, quando necessário, para em seguida aplicar a quimioterapia quente.

"São cirurgias de alta complexidade, que só podem ser realizadas em centros com experiência neste procedimento. A utilização de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) também é imprescindível."



Novas terapias para atrofia vaginal trazem de volta o prazer sexual da mulher




 Mulheres que passaram por tratamento contra o câncer ou estão na menopausa podem ter atrofia vaginal e não saber. Terapias inovadoras para esse problema serão apresentadas no Congresso da SOGESP


Mais de 50% das mulheres que passaram por cirurgia de remoção de mamas, de ovários e de.útero ou que estão na menopausa sofrem com sensações de desconforto durante a atividade sexual, como dor, ardência e sangramento.

Esses sintomas são causados pela atrofia vaginal, que é uma alteração na mucosa que recobre a vagina, provocada pela diminuição dos níveis de hormônios femininos, como o estrogênio.

No entanto, pesquisas indicam que 70% dessas mulheres não relatam esses fatos ao seu ginecologista, por vergonha ou por desconhecimento das causas do problema. 

As que estão na menopausa não se queixam porque acreditam que o desconforto sentido durante a relação sexual faz parte do processo de envelhecimento e, por isso, não buscam ajuda.

Por outro lado, durante as consultas de rotina, muitos dos próprios ginecologistas não costumam perguntar às pacientes se elas sentem sintomas relacionados à atrofia vaginal.
Como resultado, um contingente expressivo de mulheres tem sua vida sexual comprometida, sendo que muitas reduzem ou evitam a atividade sexual, por medo de sentir os sintomas.

Isso acaba por agravar ainda mais a situação, já que uma vida sexual ativa e regular ajuda na manutenção da saúde da região íntima.

O tratamento de atrofia vaginal tradicionalmente era feito apenas com o uso de reposição hormonal via oral ou aplicação tópica de pomadas ou lubrificantes.

Mas, recentemente, novas tecnologias surgiram, como a radiofrequência e o laser, para tratamento da doença.

Essas tecnologias inovadoras trazem uma solução especialmente para mulheres que sofrem com o problema e não podem utilizar terapias hormonais.

Durante o XXI Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia da SOGESP – Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, um grupo de especialistas discutirá as diversas opções atualmente disponíveis para o tratamento da atrofia vaginal.

O evento (Top Tema 60 – Recuperação da fisiologia vaginal) acontecerá no último dia do congresso (27 de agosto – sábado), das 14 h às 15h30, na sala G – Salim Wehba.

A aplicação dessas novas técnicas, feita de maneira isolada ou associada às formas convencionais de tratamento hormonal, pode ajudar a trazer de volta o prazer sexual para um número expressivo de mulheres que hoje sofrem sem ter consciência de que essa doença existe e de que já estão disponíveis diferentes possibilidades de tratamentos a serem decididos em conversa com seu médico.




Dra Márcia - especialista em Ginecologia e Obstetrícia, com qualificação em Genitoscopia pela Associação Brasileira de Genitoscopia e Diretora Vice-Presidente do Capítulo de São Paulo da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia.


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