Mulheres que passaram por
tratamento contra o câncer ou estão na menopausa podem ter atrofia vaginal e
não saber. Terapias inovadoras para esse problema serão apresentadas no
Congresso da SOGESP
Mais de 50% das mulheres que passaram por cirurgia
de remoção de mamas, de ovários e de.útero ou que estão na menopausa sofrem com
sensações de desconforto durante a atividade sexual, como dor, ardência e
sangramento.
Esses sintomas são causados pela atrofia
vaginal, que é uma alteração na mucosa que recobre a vagina, provocada pela
diminuição dos níveis de hormônios femininos, como o estrogênio.
No entanto, pesquisas indicam que 70%
dessas mulheres não relatam esses fatos ao seu ginecologista, por vergonha ou
por desconhecimento das causas do problema.
As que estão na menopausa não se queixam
porque acreditam que o desconforto sentido durante a relação sexual faz parte
do processo de envelhecimento e, por isso, não buscam ajuda.
Por outro lado, durante as consultas de
rotina, muitos dos próprios ginecologistas não costumam perguntar às pacientes
se elas sentem sintomas relacionados à atrofia vaginal.
Como resultado, um contingente
expressivo de mulheres tem sua vida sexual comprometida, sendo que muitas
reduzem ou evitam a atividade sexual, por medo de sentir os sintomas.
Isso acaba por agravar ainda mais a
situação, já que uma vida sexual ativa e regular ajuda na manutenção da saúde
da região íntima.
O tratamento de atrofia vaginal
tradicionalmente era feito apenas com o uso de reposição hormonal via oral ou
aplicação tópica de pomadas ou lubrificantes.
Mas, recentemente, novas tecnologias
surgiram, como a radiofrequência e o laser, para tratamento da doença.
Essas tecnologias inovadoras trazem uma
solução especialmente para mulheres que sofrem com o problema e não podem
utilizar terapias hormonais.
Durante o XXI Congresso Paulista de
Obstetrícia e Ginecologia da SOGESP – Associação de Obstetrícia e Ginecologia
do Estado de São Paulo, um grupo de especialistas discutirá as diversas opções
atualmente disponíveis para o tratamento da atrofia vaginal.
O evento (Top Tema 60 – Recuperação da
fisiologia vaginal) acontecerá no último dia do congresso (27 de agosto –
sábado), das 14 h às 15h30, na sala G – Salim Wehba.
A aplicação dessas novas técnicas, feita
de maneira isolada ou associada às formas convencionais de tratamento hormonal,
pode ajudar a trazer de volta o prazer sexual para um número expressivo de
mulheres que hoje sofrem sem ter consciência de que essa doença existe e de que
já estão disponíveis diferentes possibilidades de tratamentos a serem decididos
em conversa com seu médico.
Dra Márcia - especialista em
Ginecologia e Obstetrícia, com qualificação em Genitoscopia pela Associação
Brasileira de Genitoscopia e Diretora Vice-Presidente do Capítulo de São Paulo
da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário