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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Novas terapias para atrofia vaginal trazem de volta o prazer sexual da mulher




 Mulheres que passaram por tratamento contra o câncer ou estão na menopausa podem ter atrofia vaginal e não saber. Terapias inovadoras para esse problema serão apresentadas no Congresso da SOGESP


Mais de 50% das mulheres que passaram por cirurgia de remoção de mamas, de ovários e de.útero ou que estão na menopausa sofrem com sensações de desconforto durante a atividade sexual, como dor, ardência e sangramento.

Esses sintomas são causados pela atrofia vaginal, que é uma alteração na mucosa que recobre a vagina, provocada pela diminuição dos níveis de hormônios femininos, como o estrogênio.

No entanto, pesquisas indicam que 70% dessas mulheres não relatam esses fatos ao seu ginecologista, por vergonha ou por desconhecimento das causas do problema. 

As que estão na menopausa não se queixam porque acreditam que o desconforto sentido durante a relação sexual faz parte do processo de envelhecimento e, por isso, não buscam ajuda.

Por outro lado, durante as consultas de rotina, muitos dos próprios ginecologistas não costumam perguntar às pacientes se elas sentem sintomas relacionados à atrofia vaginal.
Como resultado, um contingente expressivo de mulheres tem sua vida sexual comprometida, sendo que muitas reduzem ou evitam a atividade sexual, por medo de sentir os sintomas.

Isso acaba por agravar ainda mais a situação, já que uma vida sexual ativa e regular ajuda na manutenção da saúde da região íntima.

O tratamento de atrofia vaginal tradicionalmente era feito apenas com o uso de reposição hormonal via oral ou aplicação tópica de pomadas ou lubrificantes.

Mas, recentemente, novas tecnologias surgiram, como a radiofrequência e o laser, para tratamento da doença.

Essas tecnologias inovadoras trazem uma solução especialmente para mulheres que sofrem com o problema e não podem utilizar terapias hormonais.

Durante o XXI Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia da SOGESP – Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, um grupo de especialistas discutirá as diversas opções atualmente disponíveis para o tratamento da atrofia vaginal.

O evento (Top Tema 60 – Recuperação da fisiologia vaginal) acontecerá no último dia do congresso (27 de agosto – sábado), das 14 h às 15h30, na sala G – Salim Wehba.

A aplicação dessas novas técnicas, feita de maneira isolada ou associada às formas convencionais de tratamento hormonal, pode ajudar a trazer de volta o prazer sexual para um número expressivo de mulheres que hoje sofrem sem ter consciência de que essa doença existe e de que já estão disponíveis diferentes possibilidades de tratamentos a serem decididos em conversa com seu médico.




Dra Márcia - especialista em Ginecologia e Obstetrícia, com qualificação em Genitoscopia pela Associação Brasileira de Genitoscopia e Diretora Vice-Presidente do Capítulo de São Paulo da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia.


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