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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Especialista alerta sobre problemas que podem causar cegueira

 Muitas doenças oculares parecem inofensivas e, muitas vezes, não recebem a devida atenção. No entanto, é preciso ficar atento porque algumas podem levar à cegueira.

 

No Dia Mundial da Saúde Ocular (10 de julho) o oftalmologista Fernando Eiji Naves, do hospital Santa Casa de Mauá, lembrou que algumas doenças são bastante agressivas e estão relacionadas à idade, à genética ou até a outros fatores. “As consultas de rotina devem ter início ainda na infância e depois seguir regularmente. Após os 40 anos de idade, o ideal é que a visita ao oftalmologista seja anual”, recomenda Naves. 

Segundo dados de 2020 da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 39 milhões de pessoas no mundo são cegas e 246 milhões possuem patologias que causam a perda moderada ou grave da visão. Entre os brasileiros, 1,5 milhão são cegos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Entre as doenças mais comuns que podem levar à perda da visão estão catarata, ceratocone e glaucoma. Já entre algumas das doenças mais recorrentes e de má formação, que podem ser corrigidas com óculos ou outros tratamentos, estão as conjuntivites – bacteriana e viral, alergias oculares, a miopia, o astigmatismo, a blefarite, o estrabismo, a hipermetropia, a síndrome do olho seco, o terçol, entre outras.  

Os cuidados com a visão são importantes e devem fazer parte do dia a dia. Além das visitas periódicas ao oftalmologista, também vale não coçar ou esfregar os olhos; utilizar proteção contra os raios UV – óculos de boa qualidade; controlar doenças como diabetes e hipertensão; utilizar maquiagem de boa qualidade, evitar seu compartilhamento e fazer a remoção antes de dormir; não utilizar colírios sem orientação médica; descansar a vista durante o uso prolongado de celular ou computadores; inserir na dieta alimentos ricos em ômega 3 e vitaminas A,B,D e E e redobrar os cuidados de higiene ao usar lentes de contato.

 

Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.

https://santacasamaua.org.br/


Inteligência Artificial pode otimizar em até 40% o tempo de realização de exames de imagem

 

Com a evolução da Tecnologia da Informação (TI) principalmente na última década, a Inteligência Artificial (IA) vem se tornando uma verdadeira aliada da medicina. Seja utilizada em pesquisas acadêmicas ou em atividades práticas, a IA aplicada à saúde representa avanços científicos de extrema relevância para a comunidade médica. No setor da radiologia, não é diferente: embora existam receios por parte dos médicos radiologistas, é importante reforçar que o objetivo de seu uso não é, de forma alguma, a substituição da atividade humana. 

A pesquisa acerca do uso de Inteligência Artificial como suporte da atividade médica, entretanto, não é recente. Em 1959, Robert Ledley e Lee Lusted já sugeriam que o desenvolvimento da tecnologia tivesse o poder de auxiliar os médicos em decisões. A partir deste momento, a computação passou a ser de fato utilizada na área médica. Contudo, foi em 1968 que teve início o armazenamento de dados, com o registro de pacientes inscritos em programas de Saúde Ocupacional. No Brasil, a partir do início da década de 1970, segundo pesquisa do Dr. Renato Sabbatini (1998), a informática aplicada à medicina teve sua introdução. O prontuário eletrônico, por sua vez, foi adotado somente em 1990. 

Após o advento do microcomputador, que teve papel fundamental no processo de popularização da informática aplicada à medicina, o aprimoramento tecnológico permitiu que, ao longo das décadas, a construção de softwares e hardwares específicos pudessem não só auxiliar na otimização do trabalho médico, mas também na estruturação da própria inteligência do percurso. Desta forma, a otimização dos processos ocorre agilidade e excelência. Essa evolução se deu principalmente no campo da medicina diagnóstica.

Desta forma, com o passar dos anos, é mais do que esperado na área da saúde que a medicina acompanhe a modernização tecnológica. De acordo com um levantamento da Tractica divulgado pelo portal Business Wire, o mercado relacionado à IA no setor da saúde deve movimentar cerca de 34 bilhões de dólares até 2025, demonstrando o impacto não somente na tecnologia, mas também na economia mundial.

“Atualmente, uma série de ferramentas também é capaz de otimizar a gestão de dados, analisando desde o percurso do paciente em um hospital, o momento de sua entrada, até o acesso ao diagnóstico e à prescrição da medicação adequada. Essa evolução é gradativa e usa cada vez mais a IA ao longo do percurso, auxiliando resolução dos possíveis gargalos na cadeia, otimizando custo e retorno das operações, além de facilitar a trajetória do paciente”, afirma o Dr. Augusto Romão, CEO da One Laudos. “A Inteligência Artificial, portanto, tem se tornado cada vez mais importante para a medicina. Observamos sua atuação em diversos pontos da cadeia, seja no atendimento ao paciente dentro de um hospital, na realização de exames e em probabilidades diagnósticas”, complementa o médico radiologista e CEO.

A radiologia, como a área mais avançadas da medicina em relação à tecnologia, tem passado por inovações e mudanças de extrema importância nos últimos anos em relação à inteligência artificial. Sua utilização já é frequente, desde a realização do exame. “No caso das ressonâncias magnéticas, por exemplo, a IA é capaz de otimizar em até 40% o tempo de realização do exame, mantendo a qualidade. Quando se fala sobre diagnóstico, observa-se também um uso avançado no que diz respeito às mamografias, ressonâncias e tomografias para detecções precoces de lesões e sangramentos, respectivamente”, explica o Dr. Augusto Romão. 

Em relação à telerradiologia, que consiste na produção de laudos à distância, a inteligência artificial não somente agiliza o processo, mas reduz erros e prioriza os exames de maior urgência. “Ela, portanto, é uma excelente aliada do médico radiologista não somente no que diz respeito à velocidade, mas também em relação à qualidade”, ressalta o CEO da One Laudos. 

“Embora os últimos anos tenham sido difíceis para a humanidade, a pandemia da covid-19 trouxe uma série de inovações e benefícios para a área da medicina, na qual a distância se faz presente no cotidiano. São mudanças de extrema importância e que vieram para ficar, como a telemedicina e a telerradiologia. A inteligência artificial na saúde é, agora, uma pauta recorrente por sua importância”, finaliza o médico. 

 

 One Laudos


5G na saúde trará diagnósticos mais rápidos e precisos

Ao contrário do que muitos acreditam, você não tem a tecnologia móvel de quinta geração (5G) em sua casa na rede wireless chamada 5G. 

 

Seu Wi-Fi 5G é apenas uma faixa de wireless na qual funciona a frequência de 5 GHz (gigahertz). Da mesma forma, a rede 2G do wi-fi não é mais antiga, mas opera na frequência de 2,4 GHz. A grande diferença entre as duas frequências é a estabilidade, melhor na de 5 GHz por oferecer banda maior. Contudo, a frequência 2,4 GHz tem um maior alcance, chegando mais longe, com maior cobertura e menos estabilidade.

Já a tecnologia 5G que falamos que vai revolucionar todos os setores é a quinta geração de internet móvel sem fio. Da mesma forma que notamos diferenças importantes com a mudança do 2G para o 3G, que nos possibilitou usar os smartphones, e com a chegada do 4G fazer downloads mais rápidos, o 5G vai revolucionar a nossa forma de relacionamento utilizando a internet, com um aumento de até 100 vezes na velocidade de navegação e download, sem a necessidade de fibra.

Essa será nossa realidade por pelo menos mais oito anos, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), que prevê que apenas em dezembro de 2029 100% dos municípios com menos de 30 mil habitantes serão cobertos pelo 5G.

Logo, o primeiro verdadeiro impacto da tecnologia 5G para a população será o que alguns brasileiros que já utilizam a tecnologia em outros países relataram, que é o maior uso das telas e a falta de paciência. Estamos caminhando para um mundo cada vez mais conectado, globalizado e ocupado. Enquanto os especialistas defendem a diminuição das jornadas de trabalho, caminhamos cada vez mais rápido para o aumento do tempo no meio virtual e a diminuição das relações interpessoais presenciais. E ainda não vamos levantar a discussão sobre o Metaverso.

Muito provavelmente o setor da saúde será o maior beneficiado pela cobertura móvel 5G, não apenas pelo aumento da velocidade das videochamadas de telemedicina, mas também pela necessidade de adaptação das redes de transmissão. As cidades se prepararão para receber a nova tecnologia, levando maior acesso à internet para as regiões mais remotas. Ninguém vai querer ficar de fora da novidade e existe um plano nacional para ampliação da rede para todo o Brasil.

As telecirurgias, ainda pouco realizadas no Brasil e no mundo devido ao risco pela latência do sinal, serão cada vez mais vistas, com uma equipe médica dividida em mais de um centro de saúde. Um paciente poderá ser operado por uma equipe presencialmente em um hospital brasileiro, com apoio técnico em tempo real de um médico americano, que poderá inclusive operar à distância um dispositivo cirúrgico como uma câmera ou um foco cirúrgico.

A maior velocidade na captação, no armazenamento e na análise dos dados permitirá diagnósticos cada vez mais precisos e rápidos, sem contar a possibilidade de avanço da inteligência artificial. Terapias para tratamento de condições neurológicas e de saúde mental poderão ser aperfeiçoadas com a realidade virtual e a realidade aumentada.

E o maior benefício para o paciente é no aperfeiçoamento da sua jornada, integrado à internet das coisas, que na medicina também é chamada de IoMT (Internet of Medical Things). Através de dispositivos integrados, como os smartwatches, assistentes virtuais e demais wearables, conectaremos milhares de dispositivos, sem que isso interfira na qualidade da transmissão, possibilitando uma análise rápida e integrada dos dados do paciente para o entendimento da sua jornada e um delineamento do seu cuidado com o paciente no foco de toda decisão.

O fato é que a tecnologia impactará diretamente o setor da saúde, possibilitando diagnósticos e acompanhamentos cada vez mais precisos, integrados e rápidos, mas, quando falamos em velocidade, esbarramos na demora da implantação da rede móvel de quinta geração no Brasil, que caminhará a passos mais lentos que o esperado devido à necessidade de adaptação necessária para receber a tecnologia.

 

Rafael Kenji Hamada - CEO da FHE Ventures uma Corporate Venture Builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação - fheventures@nbpress.com


Entenda o Que é a Soroterapia e Seus Benefícios.

 

A soroterapia é uma técnica que tem como objetivo suplementar vitaminas, minerais, antioxidantes e aminoácidos por meio de aplicação direta na veia. Isso ocorre através de um soro, que também pode ser aplicado de forma intramuscular. 

Segundo a médica nutróloga Dra. Marianna Magri, um dos grandes benefícios da soroterapia é a absorção mais rápida dessas substâncias. "Quando a gente toma um remédio pela via oral, não absorvemos tudo, e tanta gente que tem gastrite, refluxo ou problemas no intestino que absorvem muito pouco. Por meio do soro ou de forma intramuscular, você alcança uma absorção de 100% desses nutrientes", explica.

 

Tipos de soroterapia

São dos mais variados. Pode ser detox, para a limpeza do organismo; os soros mais focados no fortalecimento de cabelo e unhas; há aquelas que auxiliam no emagrecimento, com substâncias que aceleram o metabolismo. E também os que ajudam a tratar ansiedade e depressão. "Neste último exemplo, o soro leva o aminoácido triptofano, um indutor natural da serotonina, hormônio da felicidade. Algumas vezes, não conseguimos absorver pela alimentação, como no chocolate, quem tem doses em pequena quantidade". 

Mas mesmo sendo um indutor da serotonina, só o soro com triptofano não seria suficiente. O organismo precisa de estímulos para produzir um neurotransmissor, como a prática de exercícios físicos, alimentação equilibrada e principalmente com atividades prazerosas.
 

O que tem nos soros?

Existem algumas combinações mais comuns de nutrientes e vitaminas para realizar o soro das aplicações injetáveis. 

Aminoácidos (essenciais e não-essenciais): São os constituintes fundamentais das proteínas. Eles reforçam a imunidade, auxiliam na perda de gordura, aumentam a massa muscular, melhoram o sono e combatem a perda da massa causada pelo envelhecimento. 

Antioxidantes (ácido vitamina C e aminoácido glutationa): Antioxidantes são substâncias que evitam ou atrasam a oxidação, em especial os efeitos nocivos causados no organismo pelos radicais livres. Essa substância evita os danos às células provocadas pelo aumento do estresse oxidativo, promovendo a energia, bem-estar e controlando o equilíbrio do organismo.

Minerais (zinco, magnésio, selênio e cromo): Os minerais ajudam o organismo a se manter saudável, atuando do sistema imunológico até o desenvolvimento do nosso corpo. Também ajudam a fortalecer a pele, cabelos, unhas, melhora o humor e a imunidade. 

Vitaminas do complexo B (B1, B2, B12 e PQQ): “As vitaminas do complexo B ajudam a combater os radicais livres, aumentar a energia e são fundamentais para uma boa saúde mental, pele, cabelos, digestão e absorção dos nutrientes.” explica a nutróloga.
 

Cuidados com a soroterapia

A soroterapia possui diferenciais sobre como é feita e o tempo acelerado de absorção dos nutrientes.

Alguns pontos merecem cuidados e atenção: De acordo com a Dra. Marianna é importante ressaltar que a soroterapia deve ser feita sempre com acompanhamento médico profissional, que irá verificar através de exames quais nutrientes e vitaminas estão em baixa no organismo e dessa forma, fazer a suplementação.
 

A soroterapia pode ser utilizada em quais situações?

● No tratamento de depressão e ansiedade.

● Aumento de massa muscular.


● Auxilia no processo de emagrecimento por meio da injeção de substâncias que aceleram o metabolismo.


● Pode ajudar no fortalecimento de cabelos e unhas.


● Alguns soros têm a função detox, para eliminar as impurezas do organismo.

"A soroterapia precisa ser indicada e feita por uma equipe médica, em um ambiente adequado e seguro. Portanto, é preciso que o paciente tenha em mente que o melhor a se fazer é procurar um profissional qualificado." finaliza a Dra. Marianna Magri.

 


Marianna Magri - Médica Ecografista titulada pela Associação Médica Brasileira e Colégio Brasileiro de Radiologia. Médica Nutróloga - Formação Hospital Albert Einstein Food and Health (Stanford). Marianna é médica, Paranaense, atuando no mercado de saúde em São Paulo há mais de cinco anos, sempre foi uma entusiasta da culinária e alimentação saudável. Estuda sobre o tema, há mais de 20 anos, desde a sua infância. Hoje é referência em diagnóstico por imagem e emagrecimento, com mais de 8 mil horas de atendimento, com cases de sucesso quando o assunto é emagrecimento avançado.  Atuou com renomados nutrologistas do Brasil e do exterior, com os quais adquiriu enorme conhecimento e experiência clínica, principalmente nas áreas de diagnóstico por imagem, nutrologia, emagrecimento, acompanhamento de pacientes pré e pós cirúrgico (bariátrica) transformando vidas, com ênfase na medicina personalizada.


Varizes na adolescência conheça as causas e tratamentos

Prof. Dr. Kasuo Miyake comenta os cuidados com a circulação durante a puberdade

 

Quando o assunto é varizes, raramente ele é associado com adolescentes. Porém, essa condição pode estar presente principalmente em garotas após a primeira menstruação. “Cerca de 80% dos adolescentes que apresentam varizes são meninas, principalmente devido a alguns hormônios como estrógeno e progesterona. Se elas não doerem, nem apresentarem um problema estético, vale a pena observar”, explica o cirurgião vascular Prof. Dr. Kasuo Miyake. 

As varizes são veias doentes, dilatadas e superficiais que geralmente costumam aparecer nos membros inferiores, como pernas e coxas, podendo causar dor e inchaço, além comprometer a aparência. “A época mais comum de aparecer varizes é a partir da quarta década de vida. Para quem tem tendência, geralmente começam a aparecer na terceira década. Quem começa a apresentar varizes com menos de 20 anos geralmente tem tendência genética forte e deve procurar um cirurgião vascular com título de especialista pela SBACV (Associação Brasileira Angiologia e Circulação Vascular) ”, esclarece Miyake. 

Os principais sintomas acometidos pelas varizes estão no aparecimento de veias azuladas e muito visíveis, agrupamento de pequenos vasos avermelhados e podem trazer sensação de peso nas pernas, ocasionar câimbras e inchaços. Tem fatores desencadeantes como obesidade, sedentarismo, gestação e hormônios femininos. “O uso de anticoncepcional piora o caso e tem contraindicação em pessoas com familiares com história de trombose ou varizes grossas”, alerta Miyake. 

Na adolescência é mais comum o surgimento de veias atrás dos joelhos. “Mesmo nos casos mais simples, acho interessante fazer uma ultrassonografia e fazer toda a fotodocumentação da região para acompanhamento ao longo dos anos”, destaca o criador do tratamento chamado de Cryo Laser & Cryo Sclerotherapy (CLaCS). O CLaCS é guiado por realidade aumentada e é capaz de identificar vasos ao utilizar a sinergia entre o laser e a escleroterapia. “É um procedimento seguro feito durante a própria consulta que evita casos de cirurgia nesta faixa etária”. 

 

Prof. Dr. Kasuo Miyake - um dos principais cirurgiões vasculares do mundo sendo reconhecido internacionalmente por suas pesquisas e criações de técnicas para o tratamento de vasinhos e varizes. Entre elas estão o fato de ser o primeiro médico do mundo a utilizar realidade aumentada na Medicina (RA) (VeinViewerTM, 2005), a criação do método CLaCS que já é utilizado em mais de 40 países e aqui no Brasil por ter sido um dos pioneiros em laser endovenoso de fibra radial para o tratamento de safenas. O Prof. Miyake pertence ao seleto grupo de brasileiros entrevistados pela revista britânica The Economist (Augmented Reality in Medicine, Dezembro 2007).
 

 Clínica Miyake


Procura por medicamentos para tratamento da dor crônica mais que dobra em um ano

Segundo dados levantados pela InterPlayers, a alta nos últimos 12 meses foi de 109,53%. O bimestre fevereiro/março de 2022 registrou crescimento de 142,96% ante igual período de 2021

 

Muita dor 

Pesquisa realizada pela InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, mostra que houve uma explosão na procura por medicamentos para tratamento da dor crônica no último ano. Segundo o levantamento, no período entre fevereiro de 2021 e março de 2022, a demanda média por esse tipo de remédio aumentou 109,53% em comparação com os 12 meses anteriores. São Paulo e Rio de Janeiro lideram a venda desse tipo de medicamento.

Uma pesquisa realizada pela InterPlayers, o hub de negócios da saúde e bem-estar, com base em seu próprio banco de dados, mostra que houve uma explosão na procura por medicamentos para tratamento da dor crônica no último ano. Segundo o levantamento, no período entre fevereiro de 2021 e março de 2022, a demanda média por esse tipo de remédio aumentou 109,53% em comparação com os 12 meses anteriores. Considerando apenas o bimestre fevereiro/março de 2022 ante o mesmo período do ano anterior, a alta alcançou impressionantes 142,96%.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED) a dor crônica é aquela que persiste por mais de três meses. Ao menos 37% da população brasileira, cerca de 60 milhões, relatam dores de forma crônica. No mundo, dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que cerca de 30% da população é afetada por algum tipo de dor constante.

Entre os relatos mais comuns de dores crônicas estão a cefaleia (dor de cabeça), hérnia de disco lombar, lombalgias, reumatismo e fibromialgia. A dor crônica pode ser nociceptiva, quando é causada por alguma lesão ou inflamação, ou neuropática, resultado de alguma disfunção do sistema nervoso, seja no cérebro, seja na medula, seja nos nervos periféricos.

São Paulo e Rio de Janeiro são os estados que lideram as vendas desse tipo de medicamento. São Paulo registrou alta de 54,33% em 12 meses e de 49,91% no bimestre fevereiro/março. No Rio a demanda cresceu 39,43% em um ano e 63,39% no bimestre. 

Mas o que pode ter levado a esse aumento estrondoso da venda de remédios para dor crônica? Em entrevista à imprensa no início do mês, a médica brasileira especializada em fisiatria e radicada no Canadá, Andrea Furlan, afirma que a dor crônica é um dos principais desafios de saúde pública hoje. Para piorar, a pandemia de covid-19 contribuiu para a situação.

A especialista comentou que em janeiro deste ano houve a publicação de uma meta-análise realizada por um grupo internacional. O trabalho englobou 18 estudos, envolvendo 10.530 pacientes.  A conclusão é de que passados três meses ou mais da infecção por coronavírus essas pessoas apresentavam dor em geral (28% delas), dor muscular (18%), dor de cabeça (20%), depressão (15%), ansiedade (20%), síndrome do estresse pós-traumático (14%) e problemas de sono (30%).

“Os dados de crescimento das vendas de remédios para dor crônica realmente nos chamaram a atenção. O aumento foi muito expressivo. Mas as informações dessa fisiatra justificam a demanda impressionante. Possivelmente, a covid-19 seja de fato a grande razão para esse fenômeno”, comenta Ilo Aragão de Souza, Gerente de Inteligência Comercial, da InterPlayers.

Os remédios para dor crônica são indicados pelos médicos de acordo com a intensidade, variando do grau leve para moderado e dor intensa.

  

InterPlayers - hub de negócios da saúde e bem-estar.


Obesidade sarcopênica é ligada à demência em pacientes idosos


A obesidade, uma doença de estilo de vida cada vez mais prevalente, geralmente ocorre junto com uma perda de massa muscular. Essa condição, denominada obesidade sarcopênica, é avaliada com base no índice de massa corporal (IMC) e na força de preensão palmar dos pacientes. Curiosamente, a obesidade sarcopênica é conhecida por aumentar o risco de comprometimento cognitivo. A demência, uma condição cognitiva em que a memória, o pensamento e as habilidades sociais diminuem progressivamente, é conhecida por afetar significativamente a qualidade de vida dos idosos. 

Em um novo estudo publicado na Clinical Nutrition, um grupo de pesquisadores liderados pelo dr. Yoshifumi Tamura, da Juntendo University, Japão, explorou essa questão. "Se a associação entre obesidade sarcopênica e demência for estabelecida, medidas preventivas adequadas podem ser tomadas para reduzir a ocorrência desta condição e o risco de demência em pacientes idosos", diz o dr. Tamura, ressaltando a importância do estudo. 

No estudo, os pesquisadores recrutaram 1.615 idosos com idades entre 65 e 84 anos que participaram do Bunkyo Health Study. Os pesquisadores dividiram os indivíduos em quatro grupos com base em seu status de sarcopenia e obesidade: aqueles com obesidade, aqueles com sarcopenia, aqueles com obesidade sarcopênica e aqueles sem obesidade ou sarcopenia (controle). Eles estudaram a ligação entre vários processos mentais, sarcopenia e status de obesidade. Sarcopenia ou baixa força muscular foi determinada com base em uma força de preensão manual inferior a 28 kg em homens e 18 kg em mulheres, enquanto o status de obesidade foi dado a pacientes com IMC superior a 25 kg/m 2. Dois métodos de avaliação foram realizados para estabelecer a presença de comprometimento cognitivo leve (CCL) e demência. Uma pontuação de menos de 22 pontos na avaliação cognitiva de Montreal e menos de 23 pontos no mini exame do estado mental foram usados ​​para confirmar CCL e demência, respectivamente. 

Em um novo estudo, pesquisadores do Japão mostraram como a comorbidade com sarcopenia e obesidade está ligada ao comprometimento cognitivo em idosos japoneses. Descobriram que 59,4% da população não tinha obesidade nem sarcopenia, 21,2% tinha obesidade, 14,6% tinha sarcopenia e 4,7% da população tinha obesidade sarcopênica. Os participantes com obesidade sarcopênica apresentaram a maior taxa de CCL e demência, seguidos por aqueles com sarcopenia, obesidade e, finalmente, o grupo controle. Quando a equipe executou análises multivariadas para verificar associações estatisticamente relevantes, eles descobriram que a obesidade sarcopênica estava independentemente associada a um aumento da prevalência de CCL e demência em comparação com a ausência de sarcopenia e obesidade. O estudo também mostrou que a sarcopenia está significativamente associada à demência em mulheres, mas não em homens. 

"Esta pesquisa demonstra claramente que a obesidade sarcopênica, definida pela combinação de IMC e força de preensão manual, está associada com CCL e demência entre os idosos do Japão", comenta o dr. Tamura. 

Mas quais são as implicações a longo prazo deste estudo? Dr. Tamura afirma que "já que agora sabemos que existe uma forte correlação entre obesidade sarcopênica e demência, podemos desenvolver novos métodos de tratamento para controlar a condição, reduzindo até mesmo a prevalência de demência".

 

Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). 

Fonte: Yuki Someya et al, Sarcopenic obesity is associated with cognitive impairment in community-dwelling older adults: The Bunkyo Health Study, Clinical Nutrition (2022). DOI: 10.1016/j.clnu.2022.03.017

 

Julho Turquesa alerta para doença do olho seco - 1 em cada 4 pessoas no mundo apresentam os sintomas

No Brasil são mais de 13%, na cidade de São Paulo são 24% e vêm crescendo entre os jovens são 23% - uso excessivo de telas está entre as principais causas

 

Entre 22 e 42 anos a prevalência de olho seco é maior entre as mulheres 53.2% do que nos homens 46.8% ficando em 29,3% dentro dessa faixa etária. Os fatores de riscos mais frequentes foram uso de aparelhos eletrônicos em 68,7% dos casos, menos de seis horas de sono em 40,6%, uso de lentes de contato, em 25,7%, uso de contraceptivo oral em 23,6% e antidepressivos em 11,7%. 

A prevalência de doenças oculares secas na cidade de São Paulo é maior em mulheres do que em homens.  Idade e hipertensão foram fatores de risco mais fortes de doença ocular seca para as mulheres, enquanto o uso de colírios foi um indicador significativo de doença ocular seca para ambos os sexos. A prevalência geral de sintomas graves da doença ocular seca e/ou prevalência de diagnósticos clínicos foi calculada em 24,4% para ambos os sexos.  As mulheres apresentaram maior frequência de sintomas graves de doença ocular seca  (16,07%) do que os homens (8,48%), bem como o composto de sintomas graves ou doença   ocular seca diagnosticada, apresentado por 26,86% das mulheres e 18,18% dos homens.  Nas mulheres, idades entre 55 e 75 anos foram associadas a sintomas graves da doença ocular seca, a hipertensão arterial esteve significativamente associada aos sintomas da doença ocular seca. 

Julho Turquesa alerta - Milhões1 de pessoas no mundo têm Olho Seco, mas não sabem disso 

Sensação de visão cansada, coceira ou corpo estranho nos olhos? Isso pode ser a Doença do Olho Seco (DOS) 

Em 2017 foi instituído pela TFOS (Tear Film Ocular Surface Society), o Mês da Conscientização do Olho Seco, com o objetivo de divulgar e informar a população sobre a importância desta doença que acomete milhões de pessoas no mundo inteiro, interferindo com a sua qualidade de vida e visão. 

Estima-se que uma em cada quatro pessoas¹ no mundo apresente sintomas de Olho Seco: sensação de areia nos olhos, vermelhidão, lacrimejamento, coceira, ardência, visão embaçada, desconforto e olhos cansados. Apesar de algo comum, muita gente não sabe que essas sensações têm um nome, um diagnóstico e um tratamento. 

A Doença do Olho Seco (DOS) pode ser desencadeada pelo estilo de vida ou fatores ambientais, como tempo de tela, clima seco, exposição ao ar-condicionado e direção noturna, trazendo um impacto significativo no dia a dia dos pacientes. Outros fatores como envelhecimento, menopausa, cirurgia oftalmológica, uso de lentes de contato e uso de determinados medicamentos podem levar ao seu aparecimento. 

“A pandemia de Covid-19, modificou drasticamente nossos hábitos e rotina, introduzindo o confinamento social e uso rotineiro de máscaras e aumentando exponencialmente as horas na frente das telas de dispositivos eletrônicos em todas as dimensões de nossas vidas. O impacto no aumento de casos de olho seco e de outras doenças ligadas a essa nova realidade já começa a ser sentido pela sociedade e classe médica, justificando a necessidade de divulgarmos seus efeitos e do que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dos seus portadores”, alerta Dr. José Alvaro P Gomes, presidente APOS e diretor TFOS. 

Frequentemente confundida com infecções, inflamações ou alergias oculares, a DOS acontece quando a lágrima perde sua qualidade e quantidade – o que define os três tipos de Olho Seco (por evaporação, deficiência de lágrima aquosa ou olho seco misto): 

  • Olho Seco por evaporação: relacionado à disfunção das glândulas de Meibomius e ao uso de lentes de contato;
  • Olho Seco por deficiência de lágrima aquosa: ligado à diminuição da produção lacrimal associada às alterações hormonais e ao uso de medicamentos;
  • Olho Seco misto: acontece devido a uma mistura dos dois tipos anteriores. Nesse caso, a quantidade de lágrimas produzidas é reduzida e ao mesmo tempo elas são de baixa qualidade.

 

Em qualquer situação de desconforto nos olhos, o ideal é procurar um especialista. “Para trazer alívio dos sintomas, recomenda-se a procura pelo oftalmologista. É ele quem dará o diagnóstico corretamente e fará a indicação do produto adequado para cada caso. Lembrando que colírios não são todos iguais, por isso devem ser utilizados sob recomendação médica”, afirma António Mendes, Diretor da Unidade de negócios Vision Care da Alcon no Brasil.

 

  

Alcon

www.alcon.com

 

 

Referências

1.Vision Needs Monitor, 2020

Consumer Eye Drop Research, Global Path-To-Purchase; Alcon data on file, 2017.

2.Survey of Ophthalmologists and Optometrists, Harris Interactive®, December 2008.

3.Silvertein S. Yeu E, Tauber J. et al. Symptom Relief Following a Single Dose of Propylene Glycol-Hydroxypropyl Guar Nanoemulsion in Patients with Dry Eye Disease: A Phase IV. Multicenter Trial.Clin Ophthalmol.2020;14:3167-3177. m.


Além de imunidade, colostro tem outras funções no organismo do bebê. Entenda

Enfermeira obstetra, consultora de amamentação explica um pouco sobre esse leite tão especial


O nascimento de um bebê traz consigo diversos sentimentos: felicidade, alívio, insegurança, medo e muitas dúvidas. Totalmente normal, não é mesmo? Afinal, trata-se uma nova vida e uma rotina também repleta de novidades. Uma das principais dificuldades das mães de primeira viagem é identificar a presença do colostro. Muitas acham até que ele não é leite!

“É importante destacar que o colostro é leite, mas ajustado às necessidades do momento”, conta Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra pela UNIFESP e Consultora Internacional de Amamentação, “mais concentrado, ele é adequado à capacidade do estômago daquele momento, que é bastante limitada”, explica.

E o colostro pode surgir antes mesmo de o bebê nascer. Sua principal função é imunizar o recém-nascido, mas também tem efeito laxativo para expulsar o mecônio que está presente no intestino, além de prevenir icterícia, alergias, diarreias e infecções intestinais, favorecendo o equilíbrio da flora intestinal.

Esse leite especial é composto por proteína, lactose, gordura, leucócitos, vitaminas A, E e K, imunoglobulinas e outros nutrientes essenciais para o desenvolvimento infantil. “Nosso corpo é tão incrível! Quando o bebê nasce prematuro, há uma diferenciação no colostro, que passa a ser chamado de leite precoce e sua composição ganha mais proteínas e gorduras e menos lactose, para proteger ainda mais esse neném. E, diferente do que ocorre com o colostro comum, que dura cerca de três dias, este se faz presente por semanas”, destaca Cinthia.

Para ajudar a estimular a descida do colostro, as mamães devem oferecer o seio em livre demanda e ter paciência. Somente com a pega correta e respeitando o tempo do bebê é que todos esses benefícios serão passados para o pequeno. 

 

 Cinthia Calsinski - Enfermeira Obstetra. Enfermeira Graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp.  Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp. Enfermeira Obstetra pelo Centro Universitário São Camilo. Consultora do Sono Materno-Infantil formada pelo International Maternity e Parenting Institute (IMPI)


Médico vascular Dr. Gustavo Marcado explica as causas e tratamentos indicados para as varizes masculinas



   A data de 15 de julho é marcada no Brasil como o Dia Nacional do Homem, instituída desde 1992 com o objetivo de chamar a atenção, principalmente, para os cuidados com a saúde masculina e prevenção de doenças.

         Apesar das mulheres ainda serem mais cuidadosas com as questões da própria saúde, de alguns anos para cá os homens também estão ficando cada vez mais atenciosos e querendo se cuidar mais.

         Um problema muito comum entre as mulheres, mas que também afetam seriamente os homens são as varizes. E disso pouca gente sabe ou se dá conta. E até mesmo eles acabam deixando passar uma coisa que pode se transformar em algo mais sério, muito além da estética.

         As varizes são veias superficiais dilatadas e tortuosas, mais comuns nos membros inferiores, que indicam problemas na circulação de retorno. Como a doença é progressiva e gera sintomas leves, o indivíduo pode demorar anos para descobri-la e tratá-la corretamente. Por isso é muito importante observar sempre.

Essa doença ainda é um tabu, e muitas pessoas não buscam tratamento por medo, vergonha ou falta de informação. “As varizes também podem afetar os homens, sim. E muitos deles têm medo de tratar por achar que só cirurgia resolve o problema. Quanto mais demora o cuidado, mas complicado pode ficar o quadro,” explica Dr. Gustavo Marcatto, médico vascular e referência no tratamento com laser para varizes.

Os homens são menos propensos às varizes pela questão dos hormônios, por não engravidarem e por terem uma musculatura dos membros inferiores, naturalmente mais desenvolvidas do que as mulheres.

“A principal causa das varizes masculinas, então, é a hereditariedade, além de fatores comuns ao problema como sedentarismo, obesidade ou o fato de permanecer muito tempo em pé ou sentados”, explica Dr. Gustavo.

Os principais sintomas são: aparecimento de veias azuladas e muito visíveis, agrupamento de pequenos vasos avermelhados, sensação de peso nas pernas; câimbras, inchaço nas pernas, em especial ao final do dia, sensação de pernas ardendo, “Além de afetar a aparência, a doença causa inchaço, dor, cansaço e pode levar a feridas e até trombose”, detalha o vascular.

Tratamento

O que poucos homens sabem, e muitas mulheres já descobriram há algum tempo, é que é possível tratar varizes sem ter que recorrer à cirurgia, repousos ou pós-operatórios longos. O Dr. Gustavo Marcatto conta que o tratamento de varizes pode ser feito com laser usando técnicas modernas, não invasivas e que necessitam de poucas sessões. 

“As técnicas de tratamento para as varizes dos homens e das mulheres são as mesmas. Cada um com sua particularidade, mas, em geral mantêm os mesmos princípios”, conta Dr. Gustavo.

Ele destaca duas técnicas mais efetivas: a primeira, CLaCS (Cryo Laser & Cryo Sclerotherapy) criada pelo Dr Kasuo Miyake que, guiada pela realidade aumentada, identifica os vasos e utiliza a sinergia entre o laser e a escleroterapia. “É um método seguro que evita em 85% os casos de cirurgia eliminando as varizes e os vasinhos e sem necessidade de internação ou repouso”, pontua Dr. Marcatto.

         A segunda é mais específica para varizes grossas e a veia safena. “Antigamente para tratá-la era preciso fazer cortes na perna e ficar mais de 30 dias de repouso. Hoje, com o Endolaser não há necessidade. O paciente realiza o procedimento na própria clínica e volta.

 

Salto Alto pode causar riscos à saúde da coluna?


Sonho de consumo de muitas mulheres e sinônimo de elegância, o salto alto também já foi traduzido como símbolo de resistência e emancipação feminina. Acessório indispensável em eventos sociais e em situações de trabalho que exigem mais formalidade, o salto alto pode ocasionar problemas à saúde da coluna e deve ser utilizado com moderação.

 

Ainda há controvérsias científicas em relação o uso do salto alto - se pode ou não alterar as curvaturas da coluna, no entanto, diferentes tipos de problemas, dentre eles, dor cervical, dor lombar e dor nos joelhos podem estar associados ao uso do calçado.” Parece que as mulheres se adaptam à mudança do centro de gravidade provocada pelo salto alto de formas diferentes. Algumas tendem a realizar esses ajustes através das extremidades inferiores e outras utilizam a curvatura cervical para essa adaptação”, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna.


 

Mas, quais os principais problemas que o uso diário de salto alto pode acarretar?

 

Além das dores cervicais, lombares e nos joelhos, como o salto altera a pisada natural, fazendo com que o peso seja concentrado nos dedos, pode causar dor nos pés e, também, o encurtamento dos músculos da panturrilha, fazendo com que a circulação de sangue nesta área seja limitada.  “Exercícios para a panturrilha no decorrer do dia podem ajudar a ativar a circulação, evitar o encurtamento e dores nessa região”, afirma o Dr. Amato.

 

Outra alteração causada pelo salto alto é a posição do corpo: com os ombros para trás e a cabeça para frente, o que pode trazer desconforto nos ombros e parte superior das costas. Exercícios de alongamento e relaxamento dessa região podem prevenir tais problemas. Para as mulheres que costumam apresentar dor lombar, exercícios específicos de fortalecimento de core e alongamento de cadeia posterior podem ajudar no controle das dores. Mas é sempre importante pensar no corpo como um todo, pois ajustes articulares na coluna cervical podem estar vindo por uma adaptação incorreta dos joelhos ou dos quadris.

 

Além do salto alto, as rasteirinhas e as sapatilhas também podem ocasionar problemas à saúde da coluna e não são a melhor indicação para uso. Os calçados sem salto, não proporcionam apoio aos calcanhares, forçam os joelhos e podem desencadear dor lombar, tendinite e fascite plantar. “Tanto o salto alto quanto as sandálias e rasteirinhas aumentam a possibilidade do surgimento de entorses nos tornozelos”, revela o especialista.

 

Calçados com saltos baixos e médios, tais como o modelo plataforma e meia pata, são os mais indicados e seguros para quem sofre de dores articulares. Além disso, também podem ser uma alternativa viável para quem deseja aumento de estatura com um pouco mais de estabilidade. 


O uso frequente de salto alto requer a prática de exercícios físicos, sem esquecer de alongamento e relaxamento nos grupos musculares mais impactados durante as caminhadas. Nestes casos, é indicado utilizar sapato mais baixo em situações que exijam mais esforços ou até mesmo andar em superfícies irregulares.  


O recomendável para quem precisa ficar muito tempo com salto alto é fazer períodos de descanso durante o trabalho ou atividade de lazer.

 

 

Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010.  Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/


Dia Mundial Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), chama a atenção para o impacto da pandemia de Covid-19

Estudo espanhol mostrou que a falta de acompanhamento médico multidisciplinar levou 70% da população entre 7 e 12 anos, a apresentar distúrbios do sono; 54% ficaram mais ansiosas e 9% tiveram sintomas depressivos

 

esta data é celebrada no mundo todo como o Dia Mundial do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ela foi criada para conscientizar e desmistificar a população sobre o transtorno que atinge entre 2% e 7% das crianças e adolescentes no mundo. Aqui no Brasil, estima-se que 5,8% dessa população sofra os efeitos do transtorno neurobiológico como desatenção, hiperatividade e impulsividade. “O TDAH é um transtorno multifatorial, de alta frequência e grande impacto sobre o portador, sua família e a sociedade. É caracterizado por dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade que podem combinar-se em graus variáveis, tendo início na primeira infância e podendo persistir até a vida adulta”, afirma Rubens Wajnsztejn, médico neurologista da Infância e da Adolescência, Ex-Presidente e atual Diretor da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI), presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC), coordenador da residência médica em Neurologia Infantil da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e membro do Núcleo de Avaliação Interdisciplinar da FMABC.

Não podemos generalizar que todas as crianças que são agitadas tenham o diagnóstico de TDAH. Afinal, aproximadamente 90% das crianças entre três e cinco anos podem apresentar uma agitação psicomotora, que tende a desaparecer com a maturação do sistema nervoso, normalizando-se, portanto, estes aspectos comportamentais, que muitas vezes são confundidos com distúrbios.

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), o TDAH faz parte do grupo de transtornos hipercinéticos caracterizados por início precoce (habitualmente durante os cinco primeiros anos de vida), com a falta de perseverança nas atividades que exigem um envolvimento cognitivo e uma tendência a passar de uma atividade para outra sem finalizar nenhuma. Tudo isso associado a uma atividade global desorganizada, incoordenada e excessiva. Os transtornos podem ser acompanhados de outros sintomas. “As crianças chamadas hipercinéticas são frequentemente imprudentes e impulsivas, sujeitas a acidentes e incorrem em problemas disciplinares, mais por infrações não premeditadas de regras, que por desafio deliberado. Suas relações com os adultos são habitualmente marcadas por uma ausência de inibição social, com falta de cautela e reserva normais. São impopulares com as outras crianças e podem se tornar isoladas socialmente”, alerta a professora Alessandra Bernardes Caturani, psicóloga, psicopedagoga e neuropsicóloga, coordenadora do Núcleo de Avaliação Interdisciplinar da FMABC, preceptora na residência em Neurologia Infantil da FMABC e idealizadora do Movimento Dislexia TDAH GABCD.

Segundo a OMS, esses transtornos podem ser acompanhados, em determinados casos, de um déficit cognitivo e de um atraso específico do desenvolvimento da motricidade e da linguagem.

 

Crianças e adolescentes com TDAH e as implicações da pandemia de Covid-19

As medidas de isolamento social durante a pandemia de Covid-19 fizeram com que crianças e adolescentes diagnosticados com TDAH sofressem mais os impactos de distanciamento físico e apresentassem mais problemas de comportamento. De acordo com um estudo de coorte transversal feito entre 20 e 30 de julho de 2020, na Espanha, para avaliar o impacto da Covid sobre as crianças e adolescentes com TDAH durante a primeira onda de isolamento social, 70% das crianças e adolescentes de 7 a 12 anos com TDAH apresentaram distúrbios do sono. 54% apresentaram sintomas de ansiedade e 9% sintomas depressivos. Isso mostrou que tanto as crianças como os adolescentes com o transtorno são uma população mais vulnerável aos efeitos da Covid, em especial para distúrbios neuropsiquiátricos. Outro estudo publicado este ano na Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, que entrevistou 40 cuidadores de crianças com TDAH, demonstrou um maior agravamento de ansiedade e na tolerância à frustração. Esses aspectos mostram o quanto o acompanhamento dos serviços de saúde mental é importante para o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes. “Nesse período de pandemia, notamos que muitos pais ou responsáveis perderam seus postos de trabalho e sentiram dificuldade em manter o acompanhamento interdisciplinar dos pacientes. Seja porque não havia na rede pública um acompanhamento online ou porque os responsáveis não tinham condições financeiras para dar continuidade ao tratamento (como ter recursos financeiros para prover o meio de transporte para levar as crianças às consultas), tão importante para o seu desenvolvimento”, observa a neuropsicóloga Alessandra Bernardes Caturani.

 

Como é feito o diagnóstico e tratamento do TDAH?

Tanto o processo para diagnóstico quanto o tratamento do TDAH são complexos e merecem muita atenção, não só pelo caráter dimensional dos sintomas de desatenção e/ou hiperatividade, mas também pela alta frequência de comorbidades apresentadas pelos pacientes. São utilizados critérios diagnósticos publicados nos dois manuais referidos, DSM-5 e CID-11, juntamente com uma avaliação de uma equipe com multiprofissionais, com protocolo interdisciplinar. “Diante de um quadro de TDAH é muito bem-vinda a indicação de acompanhamento psicológico. Quando o aluno apresenta prejuízos ou comorbidades como, por exemplo, dificuldades motoras e de aprendizagem, se faz muito necessário atendimento em terapia multidisciplinar, envolvendo psicologia, psicopedagogia fonoaudiologia e em determinados casos, a terapia ocupacional”, afirma Alessandra. “Vale ressaltar que é de suma importância que seja realizado um acompanhamento médico com neurologista e/ou psiquiatra infantil e da adolescência, visando o monitoramento do desenvolvimento e da maturação e da medicação, quando essa se fizer necessária”, afirma o médico.

E é fundamental, segundo os especialistas, que essa equipe multidisciplinar trabalhe em conjunto para análise da evolução do prognóstico que poderá apontar melhoras significativas. Ou, no caso de não demonstrar evolução positiva, redirecionar com as áreas novas orientações e procedimentos.

 

Medicamento é sempre recomendado? Por quê?

De acordo com os especialistas, os medicamentos utilizados para crianças e adolescentes com TDAH atuam no aumento da disponibilidade de neurotransmissores envolvidos no transtorno, como a dopamina e a noradrenalina. Os psicoestimulantes, tais como o metilfenidato e a dextroanfetamina, são mais eficazes no tratamento de sintomas de TDAH centrais e têm perfis de efeitos adversos geralmente aceitáveis. Com tamanho de efeito menor seguem-se atomoxetina, tricíclicos, bupropiona, modafinila, guanfacina e clonidina. Altura, peso, frequência cardíaca, pressão arterial e a adesão ao tratamento devem ser registrados nas visitas de acompanhamento. “Nos casos leves, a psicoeducação associada à terapia comportamental pode controlar os sintomas, sem necessidade de medicação. Porém, nos casos moderados e graves, a indicação de tratamento medicamentoso associado às orientações e terapias se torna fundamental”, assegura Dr. Rubens .

 

Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor será o seu desenvolvimento

A identificação precoce de um transtorno de neurodesenvolvimento é apontada por diferentes estudos como a situação ideal de diagnóstico, pois o processo de reabilitação depende da neuroplasticidade que está ligada à idade da criança e segue uma cronologia de maturação das estruturas cerebrais. O TDAH pode ser identificado a partir de fatores de risco, genéticos e ambientais e de acordo com o Consenso de especialistas, pode ser tratado com medicação, a partir do terceiro ano de vida em função da intensidade dos sintomas.

O TDAH, segundo especialistas, é um transtorno ainda subdiagnosticado em nosso país e isso seguramente desencadeia prejuízos significativos na vida do paciente, bem como na sua saúde física e mental, gerando impactos na família, no desempenho escolar, social, acadêmico e profissional.

Mas, de acordo com a nova Lei 14.254/21, sancionada em novembro de 2021, o poder público terá de desenvolver e manter programa de acompanhamento integral de educandos da educação básica com Dislexia e TDAH ou outro transtorno de aprendizagem. E isso se refere tanto a um programa de acompanhamento precoce como o encaminhamento do educando para o diagnóstico, o apoio educacional na rede de ensino, bem como o apoio terapêutico especializado na rede de saúde. “Dessa forma, a presença e a execução da lei asseguram a possibilidade de vida digna e próspera aos indivíduos com esses transtornos”, comemora a neuropsicóloga e professora da FMABC.

 

O jovem portador de TDAH que hoje é mestre em empreendedorismo

Formado em Relações Internacionais e mestre em empreendedorismo, Giovanni Furlani, 29 anos, financeiro global de uma empresa de distribuição de música, teve o diagnóstico de TDAH e dislexia nos anos iniciais do ensino fundamental. Foi a mãe quem percebeu que ele até entendia os conceitos aprendidos em sala de aula, mas tinha dificuldade de descrevê-los. Ela sentia que ali havia alguma dificuldade a mais. “Eu dava muitas voltas para escrever um conceito muito simples. Eu meio que viajava no conteúdo e o que escrevia não tinha nada a ver com o que de fato havia assimilado”, lembra. Com essas percepções, a mãe levou o filho para acompanhamento, primeiro com neuropediatra e neuropsicóloga. Depois se estendeu para fonoaudiologia e psicopedagogia. O trabalho multidisciplinar com os profissionais durou cerca de 15 anos. “Com o tempo, o amadurecimento, a prática das terapias comportamentais, de esportes e o uso de medicamentos, fui notando os mecanismos que me levavam à agitação e falta de atenção e fui aprendendo a administrá-las”, lembra. Atualmente, o jovem professor não faz mais uso de medicamentos e nem de terapias, mas afirma que toda a sua evolução profissional e pessoal só foi possível através de todas essas técnicas.  

 

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