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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Varizes na adolescência: os cuidados para prevenir


As varizes são uma doença considerada multifatorial, ou seja, causada por vários fatores. Um dos mais conhecidos é a idade avançada. Conforme a pessoa envelhece, maior é o risco de problemas vasculares. No entanto, essa condição também pode afetar os mais jovens. 

Segundo a regional de São Paulo, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), alguns estudos populacionais têm demonstrado um aumento na incidência de varizes em crianças e adolescentes, que acometem aproximadamente de 10 a 15% dos estudantes que cursam o ensino médio. 

O cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha explica que, na maioria das vezes, isso não costuma causar maiores problemas na saúde do adolescente, mas pode afetar significativamente a sua autoestima.
 

Por que as varizes podem ocorrer na adolescência?

“A idade não é o único fator de risco para as varizes. Quando se fala em adolescentes, a maioria dos casos estão relacionados ao histórico familiar da doença”, explica Fábio Rocha. 

De acordo com a SBACV, o risco de desenvolver varizes em uma pessoa se ambos os pais tiverem a doença chega a 90%. Caso apenas a mãe tenha tido, o risco é de 62% e se o pai tiver sido portador, o índice é de 25%. 

Além da carga genética, pode acontecer que os hormônios das primeiras menstruações propicionem a formação de vasinhos. Outro motivo é o uso de anticoncepcionais combinados que possuem estrógeno e progesterona, hormônios que podem prejudicar o sistema circulatório. 

“A formação de varizes ainda pode ser influenciada por fatores, como: gravidez na adolescência, tabagismo, sobrepeso e sedentarismo”, diz o médico.
 

Tem como prevenir?

A resposta é sim! “A prevenção de varizes pode começar desde cedo, com a adoção de alguns hábitos simples no dia a dia”, orienta Fábio Rocha. 

Veja alguns hábitos de prevenção:

  • Manter o peso saudável;
  • Praticar exercícios físicos regularmente, como: caminhada, corrida, natação ou ciclismo;
  • Ter uma alimentação equilibrada;
  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Evitar o uso de saltos muito altos por longos períodos;
  • Evitar usar roupas muito justas, principalmente nas pernas;
  • Alternar entre estar em pé e sentado para manter o fluxo sanguíneo;
  • Usar meias elásticas, quando indicadas pelo médico.


Sintomas das varizes na adolescência

Os sintomas das varizes na adolescência são semelhantes aos que os adultos experimentam, afirma o cirurgião vascular. “O mais frequente deles é a sensação de pernas pesadas. Isso acontece porque os vasos sanguíneos da perna apresentam algum grau de dificuldade em bombear o sangue de volta para o coração”, completa. 

Outros sintomas associados a varizes durante a adolescência são queimação nas pernas, sensação de formigamento, inchaço e coceira.
 

Diagnóstico e riscos

Fábio Rocha diz que se as varizes surgirem durante a adolescência, não há motivo para pânico. A medicina pode ajudar. 

“Existem várias modalidades de tratamento para essa doença e o cirurgião vascular poderá indicar a que for mais adequada para o seu caso. Para isso, é imprescindível agendar uma consulta médica que fará o diagnóstico completo”, conta o cirurgião vascular. 

Uma vez realizado o diagnóstico, o médico elaborará um plano individualizado de tratamento, considerando todas as variáveis do caso. Além disso, ele pode indicar o uso de paliativos como a meia de compressão para aliviar as dores e melhorar a circulação. 

“As varizes, se não forem tratadas, podem provocar outros problemas de saúde, como inchaço, dor, cansaço, feridas, sangramentos, manchas escurecidas e até trombose em casos mais extremos”, diz Fábio Rocha. 

Ele finaliza orientando: “A doença também afeta a autoestima, principalmente em adolescentes, já que é uma fase em que os jovens se preocupam bastante com a aparência. Tratar as varizes pode representar não só uma recuperação da saúde física, mas também do aspecto emocional”. 


Doutor Fábio Rocha - cirurgião vascular, oferece um atendimento humanizado, eficaz e altamente especializado. Ele se formou em Medicina, em 2002, na USP (Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto) e, posteriormente, fez a residência médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em 2005, ingressou na especialidade que exerce até hoje: Angiologia e Cirurgia Vascular. Após o término da especialização, em 2009, quando já atuava como cirurgião vascular em Ribeirão Preto, desenvolveu um modelo experimental inédito de "Aneurisma de Aorta Abdominal" e recebeu um importante reconhecimento durante o "Congresso Brasileiro de Angiologia e Cirurgia Vascular". Junto ao Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, conquistou o primeiro lugar na principal categoria de trabalhos apresentados.



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