Pesquisar no Blog

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Com segundo ano de pandemia, medicamentos para ajudar no sono apresentam alta, aponta Farmácias APP

Vendas da categoria tiveram aumento de 15% nas farmácias, em comparação com o ano passado

 

O cenário de pandemia enfrentado pela população afetou hábitos cotidianos e contribuiu para que a rotina dos brasileiros fosse alterada, o que resultou em aumento na procura por medicamentos para tentar manter os horários de acordar e dormir. Segundo o Farmácias APP, aplicativo de vendas online de saúde e beleza, durante o período de janeiro a outubro deste ano, medicamentos para o sono, denominados Hipnóticos Sedativos, cresceram 15% em faturamento, quando comparado com o mesmo período no ano passado. 

Em uma análise mensal, entre os meses de julho, agosto e setembro de 2021, também em comparação com esse mesmo período em 2020, os medicamentos da classe cresceram 9% em faturamento. Enquanto em outubro deste ano, apesar de ser em menor escala, houve um crescimento de 5%, se comparado ao mesmo mês no ano passado. No top 3 dos meses em que a população apresentou maior índice de compra desses medicamentos, julho desponta em primeiro lugar, sendo responsável por 11,5% do faturamento das farmácias. março aparece em segundo, com 10,9%, seguido de junho e agosto, que representam 10,4% cada.

 

Ao avaliar os resultados nacionalmente, São Paulo foi o campeão de vendas em medicamentos Hipnóticos Sedativos, representando 24,9% do faturamento da categoria. Em seguida, Minas Gerais com 11,9%, Rio de Janeiro com 9,2%, Paraná com 7,7% e, por último, o Rio Grande do Sul, que aparece com 6,3%. Por região, o Sudeste é o local com maior número de compras, com 47,7% do faturamento de medicamentos da categoria. O Sul aparece em segundo lugar com 19,3%, seguido do Nordeste com 17,3%, Centro-Oeste com 10,4% e, em último lugar, a região norte com 5,3%. Vale ressaltar que esses medicamentos podem necessitar de prescrição ou serem isentos.

 

“É notável que a pandemia do coronavírus teve efeitos nocivos na saúde dos brasileiros, inclusive, na saúde do sono. O repouso é um elemento muito importante e auxilia na redução do estresse, prevenção de doenças e, claro, melhora a qualidade de vida. No entanto, o uso indevido de medicamentos para corrigir a disfunção durante o sono, como a insônia, pode agravar o problema e afetar ainda mais a saúde do indivíduo. Por isso, é importante consultar um médico e passar por acompanhamento durante o tratamento”, comenta Renata Morais, coordenadora de marketing do Farmácias APP.

 

https://www.farmaciasapp.com.br/


quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

E-Escola e o futuro da sala de aula conectada

Opinião

Sistemas, games educativos e aplicativos do ensino remoto permanecem com retorno às aulas presenciais. É o que estamos constatando. Com a retomada das aulas presenciais nas escolas e universidades brasileiras, muitos mecanismos adotados durante o ensino remoto - ampliado pela pandemia - já passam a incorporar o currículo escolar. Como diretor de educação e tecnologia da Universidade americana - Ambra University - acredito que será impossível frear o hibridismo da educação a partir de agora.

Instituições de ensino brasileiras estão seguindo a lógica adotada em outros países e passaram a implementar atividades em modelo híbrido de ensino (junção de ferramentas do ensino online e presencial) no currículo escolar. Plataformas digitais, aplicativos e games educacionais que foram incorporados pelas escolas e universidades com o ensino remoto seguem sendo utilizados mesmo com a volta das aulas presenciais.

Com mais de 15 anos de experiência e à frente da Ambra University - universidade totalmente online - acredito que a pandemia forçou o uso da tecnologia e acelerou transformações nas salas de aula e nas metodologias do ensino em todo o mundo. O que é irreversível e já trouxe no curto prazo o perfil mais híbrido à educação mundial. Há mais de 10 anos formamos em português e online brasileiros interessados em obter o diploma americano remotamente.

Ao longo desse tempo pudemos experimentar diversas ferramentas digitais para aprimorar o processo metodológico e de aprendizagem. É muito bom observar que as escolas e universidades presenciais estão perdendo o antigo preconceito e aderindo às novas tecnologias para melhorar o ensino.

Pesquisa recente com Dirigentes Municipais de Educação em todo Brasil, em mais de 4.472 municípios do país mostrou que 96% destes municípios (77% do total), já aplicam recursos do ensino remoto para ajudar na recomposição pedagógica do ensino durante a Pandemia. O ensino online salvou o ano letivo de 2020 e está ajudando a salvar o ano letivo de 2021. O ensino via internet foi o responsável pela não perda do total do ano letivo durante a pandemia.

Recursos como videoaulas gravadas, plataformas online para interação, aulas online e ao vivo, além de outras ferramentas online estão ajudando as escolas e universidades brasileiras a manter a qualidade do ensino durante o período de pandemia quando não podíamos ter aulas presenciais. O ensino via internet é irreversível, inclusive por que já está se adaptando às salas de aula.

Estamos de fato contemplando o hibridismo da educação mundial e devemos atentar para esse momento. É preciso investir em internet, em acessibilidade e treinamentos para garantir que o futuro da educação chegue também para todos os brasileiros. Não há mais espaço para antigos preconceitos com relação aos benefícios do ensino remoto na formação de pessoas.
 

 

Alfredo Freitas - pós-graduado em 'Project Management' pela Sheridan College no Canadá, graduado em Engenharia de Controle e Automação e Mestre em Ciências, Automação e Sistemas, pela Universidade de Brasília. O renomado profissional tem mais de 15 anos de experiência em Tecnologia e Educação. É atualmente Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University. A Universidade americana é credenciada e tem cursos reconhecidos pelo Florida Department of Education (Departamento de Educação da Flórida) sob o registro CIE-4001. Além disso, a universidade conta com histórico de revalidação de diplomas no Brasil.


Taxa de desemprego recua para 12,1%, aponta IBGE

A população desocupada chegou a 12,9 milhões de pessoas no trimestre móvel de agosto a outubro, uma redução de 10,4% na comparado com o trimestre encerrado em julho

 

O desemprego no Brasil atingiu 12,1% no trimestre móvel de agosto a outubro de 2021, o que representa queda de 1,6 ponto percentual (p.p.) na comparação com o trimestre de maio a julho de 2021, quando ficou em 13,7%. Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6%), o recuo é de 2,5 pontos percentuais.

A população desocupada chegou a 12,9 milhões de pessoas, uma redução de 10,4% ou menos 1,5 milhão, se comparado ao trimestre encerrado em julho, quando eram 14,4 milhões de pessoas. Frente ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6 milhões de desocupados), caiu 11,3% ou menos 1,7 milhão.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 28/12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


OCUPAÇÃO

De acordo com a pesquisa, a população ocupada atingiu 94,0 milhões de pessoas, com crescimento de 3,6%, ou 3,3 milhões de pessoas, ante o trimestre anterior, e avançou 10,2%, ou 8,7 milhões de pessoas, em relação ao mesmo trimestre de 2020.

O nível da ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,6%, segundo o IBGE, o maior desde o trimestre encerrado em abril do ano passado. O resultado representa também uma alta de 1,8 p.p. na comparação com o trimestre de maio a julho de 2021.

Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o aumento na ocupação teve influência do número de empregados com carteira de trabalho no setor privado, que alcançou 33,9 milhões, um avanço de 4,1% se comparado ao trimestre anterior. O percentual equivale a 1,3 milhão de pessoas a mais.

“Do aumento de 3,3 milhões de pessoas na ocupação, 40% são trabalhadores com carteira assinada no setor privado. Essa recuperação do trabalho formal já vem ocorrendo nos meses anteriores, desde o trimestre encerrado em julho. Então, embora o emprego com carteira no setor privado ainda esteja em um nível abaixo do que era antes da pandemia, vem traçando uma trajetória de crescimento”, apontou a coordenadora.

Ainda no setor privado, o total de empregados sem carteira cresceu 9,5%, ou 1,0 milhão de pessoas. No trimestre encerrado em outubro, a categoria somava 12 milhões de trabalhadores. Em igual período, o número de trabalhadores domésticos sem carteira cresceu 8,0%, e o de empregadores sem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) aumentou 7,4%. Com isso, a taxa de informalidade atingiu 40,7%, o que significa 38,2 milhões de trabalhadores informais no país.


RENDIMENTO

O crescimento da ocupação influenciado pelo trabalho informal resultou na queda de 4,6% no rendimento real habitual e atingiu R$ 2.449. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o recuo é de 11,1%. Já a massa de rendimento, com R$ 225 bilhões, permaneceu estável frente aos dois trimestres.

“Apesar de haver um crescimento significativo da ocupação, a massa de rendimento permanece estável. Isso acontece porque o rendimento do trabalhador tem sido cada vez menor, seja porque a expansão do trabalho ocorre em ocupações de menor rendimento, seja pelo avanço da inflação nos últimos meses”, comentou Adriana.


CONTA PRÓPRIA

O contingente de trabalhadores por conta própria subiu 2,6%, somando 25,6 milhões. Conforme a pesquisa, são 638 mil pessoas a mais nesta categoria. O aumento dos trabalhadores domésticos ficou em 7,8% também na comparação com o trimestre terminado em julho, o que representa mais 400 mil pessoas. A maior parte desse aumento também veio do trabalho informal. Foram contratadas 308 mil sem carteira de trabalho assinada.

A população fora da força de trabalho registrou queda de 2,1% em relação ao último trimestre. Essas pessoas que não estavam nem ocupadas nem desocupadas na semana de referência somaram 65,2 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, apresentou recuo de 5,4 milhões de pessoas.

Segundo a pesquisa, ante o último trimestre, 436 mil pessoas saíram da força de trabalho potencial. Aí estão as pessoas em idade de trabalhar, nem ocupadas, nem desocupadas, mas que tinham potencial para estar na força de trabalho.

O IBGE estimou o contingente em 9,3 milhões de pessoas. Fazem parte do grupo os desalentados, que são pessoas que não buscaram trabalho, mas que gostariam de conseguir uma vaga e estavam disponíveis para trabalhar. Esse grupo caiu 3,8% e foi estimado em 5,1 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando eram Brasil 5,8 milhões de pessoas desalentadas no Brasil, houve queda de 11,9%.


COMÉRCIO

O número de ocupados no comércio subiu 6,4%, isso equivale a 1,1 milhão de pessoas a mais trabalhando no setor. Na indústria a alta ficou em 4,6%, ou mais 535 mil pessoas. Conforme a pesquisa, em igual período, mais 500 mil pessoas passaram a trabalhar no segmento de alojamento e alimentação (11,0%). Na construção, foi registrada uma elevação de 6,5% na ocupação ou 456 mil pessoas.

Adriana Beringuy informou que na comparação com o trimestre anterior, dos dez grupamentos de atividades, seis tiveram crescimento na ocupação e os demais ficaram estáveis. “Quando comparamos com o mesmo trimestre do ano anterior, nove apontaram crescimento significativo. Isso indica que a conjuntura econômica do trimestre encerrado em outubro é muito diferente do mesmo período do ano passado. A recuperação já mostra um cenário muito mais favorável para a ocupação”, completou.

 


IMAGEM: Sebastião Moreira/AE

 

Agência de notícias da Empresa Brasileira de Comunicação

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/economia/taxa-de-desemprego-recua-para-12-1-aponta-ibge


Mulheres mudam a cara do networking em 2022


As mulheres já são maioria quando o assunto é empreendedorismo no Brasil, pelo menos em um segmento, o de iniciantes. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2016, realizada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade – IBQP, a taxa de empreendedorismo feminino entre novatos – aqueles que possuem um negócio com até 3,5 anos – é de 15,4%, enquanto a masculina é de 12,6%.

 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, as empreendedoras brasileiras foram mais rápidas e eficientes ao implementar inovações em seus negócios durante a pandemia do que os homens. São 71% das mulheres que fazem uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos, quando apenas 63% dos homens usam as ferramentas. Além disso, 11% das mulheres inovam na oferta de produtos e serviços, contra 7% dos homens.

 

É sabido que uma das coisas mais importantes, e ao mesmo tempo difíceis, para quem está iniciando um empreendimento é fazer contatos, conhecer as pessoas certas, o famoso networking. E isso é mais desafiante para as mulheres, já que os grupos profissionais e de negócios ainda são espaços predominantemente masculinos, o que causa uma certa intimidação.

 

As dificuldades não param por aí, já que muitas empreendedoras são também mães e têm jornada dupla de trabalho. A falta de tempo para ir a happy hours, clubes sociais e eventos em geral soma-se à falta de abertura para a participação feminina nesses ambientes e o resultado é negativo para todo o ecossistema empreendedor.

 

Dentro deste cenário, muitos grupos de networking exclusivos para mulheres têm surgido nos últimos anos no Brasil, o que é positivo. No entanto, esta separação traz também perdas, já que quanto mais íntegro e diverso é um ambiente, maiores são as suas possibilidades de expansão. Prova disso é o BNI – Business Network International, uma rede de relacionamentos mundial, com mais de 280 mil profissionais em mais de 80 países. 

 

No Brasil, já está presente em 13 estados, são 7,8 mil membros locais, além de 213 unidades (grupos) e 461 mil referências de membros nos últimos doze meses.Sua visão é justamente em busca de construir um mundo onde a confiança colaborativa é a moeda mais valiosa nos negócios, nos relacionamentos e na vida. Em meio a esse cenário, o empreendedorismo feminino ganha ainda mais força. 

 

Isto porque as mulheres, seja por questões naturais ou culturais, costumam colocar a serviço do sistema características muito importantes para o desenvolvimento de negócios. Vale ressaltar sua maior habilidade para estabelecer conexões, se comunicar e criar vínculos, bem como para acolher, harmonizar conflitos e colaborar.

 

Um ambiente de networking onde há espaço para que o feminino se manifeste de maneira mais livre, como o proporcionado pelo BNI, é radicalmente transformado e gera transformações positivas em todos os seus integrantes, tornando-os mais potentes e prósperos em todos os sentidos.

 

Mara Leme Martins - PhD e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.



Resiliência e luta na defesa da agropecuária paulista


Em 2021, embora tenha registrado uma produção de grãos de quase 255 milhões de toneladas, sustentado o superávit da balança comercial brasileira e as exportações de alimentos, biocombustíveis e commodities, constituindo-se em forte pilar da economia nacional em meio à crise pandêmica, a agropecuária vivenciou um ano de grande dificuldade. O Estado de São Paulo, que representa cerca de 20% do setor no País, foi um dos principais polos de resistência da atividade. 

Num cenário ainda marcado pela Covid-19 e seus impactos, os produtores rurais enfrentaram a dura crise hídrica, majoração tarifária da energia elétrica, geadas, frio intenso e incêndios provocados pela seca. Diante de tantos obstáculos, que chegaram a provocar perdas de até 100% em algumas fazendas, é notável sua resiliência, coragem e eficácia para seguir trabalhando e provendo, sem interrupção, as distintas cadeias de valores dependentes da produção do campo. Tal conjuntura também exigiu mobilização firme, incansável e dedicada da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), em múltiplas frentes de defesa setorial. 

Uma das vitórias nessa luta refere-se ao atendimento, pelo Governo Federal, do pedido de nossa entidade para estender até 31 de dezembro o prazo para vacinação dos rebanhos bovinos e bubalinos paulistas contra a febre aftosa, dando mais fôlego e tranquilidade aos produtores, ante a dificuldade de compra dos imunizantes. Ainda na cadeia produtiva da pecuária, comemoramos outra medida pela qual batalhamos muito: aprovação, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, da lei que reduz a burocracia para a produção de queijos artesanais, para os quais também pedimos a isenção do ICMS. 

A Federação também se posicionou com muita firmeza frente aos ataques internacionais à agropecuária brasileira, a começar pelo embargo chinês à importação da carne, devido a dois casos atípicos isolados de vaca louca, que acometeram animais velhos e não destinados à produção e que, conforme atestou a Organização Mundial da Saúde Animal, não representam qualquer risco. Por isso, solicitamos ao nosso governo a intensificação dos esforços diplomáticos para a reversão da medida. 

Repudiamos a forte pressão nos Estados Unidos, marcada pelo projeto de um senador e pelo lobby da National Cattlemen Beef Association (NCBA), pela paralisação das importações da carne brasileira, bem como a absurda proposta da União Europeia de restringir a importação de nossos produtos agropecuários, sob alegação de supostos problemas ambientais em nosso país. Ora, temos uma das mais avançadas legislações ambientais do mundo e produtores rurais exemplares em termos de sustentabilidade e proteção das reservas florestais e de mananciais. Temos demonstrado que, além de injustificáveis, esses ataques podem ser prejudiciais aos próprios países detratores e seus povos, que não podem esquecer algo crucial: o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de exportadores de carne bovina e de aves e o quarto lugar nas vendas mundiais de carne suína. 

Em outra frente relevante de defesa da agropecuária, considerando que os recursos do Plano Safra deste ano, embora substantivos, não atendem totalmente à demanda do crédito rural, os impactos das geadas, incêndios e crise hidroenergética e os juros mais elevados, encaminhamos uma série de reivindicações e sugestões ao governo e ao mercado bancário, relativas ao maior acesso dos produtores a linhas facilitadas de financiamento. Às instituições financeiras e cooperativas, pedimos a prorrogação de contratos realizados por parte dos produtores paulistas e que estejam próximos do vencimento e/ou ampliação dos prazos e do parcelamento de pagamento e entrega dos produtos. 

Ao Governo Federal, preconizamos linha de crédito de recuperação de cafezais danificados, disponibilizada com recursos do Funcafé, e criação de outra, com prazo de reembolso e condições facilitadas, para viabilizar a recuperação da estrutura produtiva e manutenção das atividades agropecuárias atingidas pelas intempéries. Ao Executivo paulista, reiteramos a necessidade de suplementação da subvenção ao prêmio do seguro rural. O número almejado é de R 100 milhões, praticamente o dobro do que obtivemos em 2020. 

Também ao governo paulista, solicitamos duas providências contingenciais: prorrogação das parcelas dos financiamentos vigentes com recursos do Fundo de Expansão do Agronegócio, com a transferência de prestações vincendas para um ano após a última prestação prevista em contrato; e criação de linha de crédito emergencial, com verbas do mesmo órgão, para recuperação da estrutura produtiva e manutenção das atividades agropecuárias atingidas pelas geadas. 

Estamos trabalhando para ampliar a adesão do produtor rural à Nota Fiscal Eletrônica e a utilização dos créditos do ICMS. Demandamos também aprimoramento na forma de aproveitamento dos créditos e melhorias operacionais no sistema E-credRural, o que certamente será uma conquista importante de nosso setor. 

O ano que chega ao fim foi realmente difícil, mas, em contrapartida, referendou a capacidade de resistência, superação, trabalho e luta do meio rural. São mulheres e homens corajosos, que jamais esmorecem ante as adversidades e obstáculos. Por isso, é sempre muito gratificante a atuação e mobilização permanente de uma entidade de classe dedicada à representatividade e defesa dessa brava gente e do agronegócio.

 

Fábio de Salles Meirelles - presidente do Sistema FAESP-SENAR/SP
  

Inovação a bordo. E agora?


Hoje, inovar não soa mais como uma opção, mas como um dever de quem está a bordo deste século. A aceleração mental, física e emocional tem tomado conta do nosso dia a dia e o relógio está correndo na mesma velocidade. Contudo, a nossa percepção é outra. Durante esse caminho, algumas frases permeiam o nosso dia a dia: “Precisamos nos reinventar, criar coisas novas”, “É preciso fazer diferente, sair da zona de conforto”, “É preciso olhar para fora da caixa”, “Reprogramar nossos hábitos”, “Desenvolver mais nossas habilidades”, “Conhecer mais, transformar” e por aí vai. É uma avalanche de conceitos que nos cercam e nos fazem pensar nessa aceleração, nessa percepção de que temos desenvolvido sobre a vida, sobre o tempo, sobre o passado, presente e o futuro.

O tempo é cada vez mais escasso ou será que é a gente que não está conseguindo organizá-lo? Como inovar utilizando o tempo que temos? Pode até parecer que não, mas essa quantidade de demandas que nos são apresentadas e a necessidade urgente de inovar a cada manhã que nasce, nos faz refletir sobre a seguinte questão: como fazer tudo isso de forma equilibrada, estruturada e eficiente? Essa é a grande questão que eu levanto e reflito todos os dias. E acredito que com você também não seja diferente.

Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI) e Fundação Dom Cabral (FDC), focada em entender os desafios e oportunidades, desenvolvimento e inovação em vários setores, com percepções de executivos e grandes empresas e startups, aponta que em 51% das empresas houve um impacto negativo nas atividades de inovação, devido à pandemia.

Segundo o professor de Inovação e Competividade e gerente do Núcleo de Inovação, da FDC, Carlos Arruda, algumas empresas chegaram até mesmo a paralisar seus projetos de inovação. Empresas de tecnologia e saúde, por exemplo, precisaram adotar novar soluções de forma muito rápida.

Por isso, podemos concluir que: “inovação não é ter aquilo que ninguém tem, é fazer aquilo que ninguém faz com o que todo mundo tem.” É preciso usar o que temos, e fazer o melhor, de forma ainda mais detalhada e customizada. A inovação começa quando olhamos para um propósito, um objetivo, uma dor, um problema.

Inovar não é inventar uma nova roda, criar um produto que não se pareça com nada. O novo pode estar bem diante dos nossos olhos. Como explicita Nick Balding, “Inovação é a exploração com sucesso de novas ideias”. Todo nós podemos olhar para a mesma coisa, no mesmo momento, mas cada um terá um olhar diferente sobre aquele mesmo objeto. E caberá a você a decisão sobre como enxergará isso.

Por isso, o processo de inovar é customizado para cada empresa, para cada segmento. Cada projeto inovador trará demandas especificas e é necessário ter o processo de inovação muito bem estruturado. Quando vejo esta necessidade de inovar versus os desafios do mercado, penso em um funil de inovação que começa com a definição do propósito e depois passa por traçar uma série de ações para atingir o objetivo.

Inovar é uma prática de olhar e fazer o que ninguém faz com as ferramentas que todo mundo tem.

É preciso trazer diversidade, vozes diferentes, pensamentos diferentes. O maior bloqueio da minha inovação chama-se eu mesma, porque é normal voltarmos para o paradigma, para o convencional. É errado fazer mais do mesmo? Manter o mesmo, do mesmo? Não!

Essa é uma inovação tímida, mais conservadora, porém o mundo nos pede a cada dia uma inovação disruptiva que nos coloca em outro patamar. Empresas que têm visão, têm aberto espaços e possibilidades para a experimentação, e buscam pessoas com este espírito inovador com a competência de conectar soluções com os problemas. Não esqueça de que inovar é uma prática insistente e contínua que o mundo nos apresentou e nos apresenta todos os dias.

Assim, eu deixo a seguinte reflexão: o que eu entendo efetivamente por inovar e o quanto eu tenho me permitido abrir as portas, para este mundo inovador?




Shirley Fernandes - sócia-diretora Comercial e de Marketing da N1 IT, empresa do Grupo Stefanini.


Telemedicina é realidade em 63% dos centros médicos do Brasil, aponta pesquisa da Doctoralia

91% das clínicas entrevistadas ainda usam o telefone como principal ferramenta de marcação de consultas


De 2020 para cá, muita coisa mudou no mundo por causa da pandemia e o cenário na área da saúde não foi diferente. A consulta online passou a ser uma alternativa mais prática e rápida de fornecer orientação médica e atendimento à população visando a redução do contágio do vírus.

Confirmando a realidade de um modelo de atendimento híbrido, a pesquisa Panorama das Clínicas e Hospitais 2022, realizada pela Doctoralia em parceria com TuoTempo, apontou que 63% dos centros médicos entrevistados estão oferecendo atendimento por telemedicina. Já 28% dos centros médicos afirmaram que nunca testaram a modalidade por possuírem especialidades que não se adaptam à telemedicina e 9% chegaram a testar, mas decidiram não continuar.

“A telemedicina trouxe uma mudança na forma de trabalhar dos médicos, que é a forma como eles dividem a agenda entre consulta e retorno. Vai ser possível concentrar uma parte do dia para fazer uma sequência de atendimentos, mas sem perder tempo com as fricções”, comenta Cadu Lopes, CEO da Doctoralia no Brasil, Chile e Peru.


Digitalização

Mesmo com a digitalização dos atendimentos, a pesquisa apontou que o telefone segue sendo um canal de agendamento extremamente relevante, disponibilizado por 91% dos centros médicos estudados.

Porém, o WhatsApp continua se destacando e já é um meio de agendamento oferecido por 75% das clínicas entrevistadas, mostrando o avanço da tecnologia também nas clínicas.

Em relação ao uso de formas digitais para melhorar a experiência do paciente, o agendamento de consultas é o principal serviço utilizado pelos médicos, sendo citado por 61% deles.


Expectativas para 2022

A pesquisa identificou que a humanização do atendimento, colocando o paciente no centro das estratégias, é um tema altamente discutido no setor da medicina.

Além disso, ferramentas tecnológicas contribuem com as duas próximas tendências: a automação de tarefas e o smartphone como peça essencial no acesso à saúde. O envio automático de lembretes por mensagem, a personalização de campanhas de marketing em massa e a criação de um aplicativo próprio são exemplos de como unir os dois pontos.

Em sua segunda edição, a pesquisa “Panorama de Clínicas e Hospitais” foi respondida por 387 representantes do setor ao redor do Brasil por meio de um questionário entre outubro e novembro deste ano.

 

Doctoralia


Foco no cliente: como o planejamento estratégico pode ajudar a cumprir metas

Uma das características comuns entre executivos, independente da área em que atuam, são metas e desafios. Se o olhar do executivo e da equipe estiverem voltados para o planejamento estratégico, isso pode ajudar toda a equipe a marcar muitos pontos. 

Vender mais, reduzir custos, e apresentar resultados e lucros é o que mais as empresas esperam de seus executivos.  

Embora nem todos tenham o domínio das técnicas e metodologias capazes de simplificar esse processo, aqueles que fazem uso de planejamento estratégico são comprovadamente mais assertivos. 

Se formos buscar a definição de planejamento estratégico em qualquer dicionário comum, encontraremos a explicação sobre um conjunto de mecanismos sistêmicos baseado em processos metodológicos para contextualizar e definir o estabelecimento de metas, a mobilização de recursos e a tomada de decisões.

E é claro, com o grande objetivo de apresentar os melhores resultados para a empresa.

 

O mercado hoje

Hoje em dia o que mais vemos são executivos pressionados no curto prazo para atingir resultados e metas que muitas vezes se realizam a médio e longo prazo.

No entanto, ao meu ver, o que falta mesmo é planejar estrategicamente as ações. É preciso evitar, por exemplo, a perda de tempo e o gasto de energia em tarefas que não trazem os resultados almejados.

 

Foco no cliente

Como posso, então, calcular o valor do cliente para a empresa? 

O cliente é visto como um investimento de longo prazo, assim como o retorno por ele gerado. 

Dessa forma, é preciso distinguir o que a empresa oferece como Valor para o Cliente (investimento) do que é o Valor do Cliente (retorno sobre o investimento).

E para ser mais pontual, é preciso definir o público alvo com clareza, além de saber a representatividade que ele tem para a empresa. 

Uma das mais ricas estratégias de mercado é acertar o público-alvo, e oferecer a ele a compra perfeita. E aqui se entende exatamente o produto que ele precisa e o que você tem para servir a ele. 

 

Mas afinal, como descobrir qual o perfil do cliente ideal - ICP?

Para chegar ao mais fiel perfil do cliente ideal, é preciso ter conhecimento da maior quantidade possível de variáveis que você conseguir.

Por exemplo: 

  • CNAE;
  • Porte da Empresa Faturamento ou quantidade de funcionários;
  • Filiais;
  • Tempo de existência;
  • Importadora ou Exportadora;
  • Multinacional
  • Nacional
  • LTDA
  • SA ... 

 

  • Região da Matriz e Filiais;
  • Poder aquisitivo da região;
  • Nível Sócio Econômico;
  • Mobilidade urbana;
  • Nível de escolaridade;
  • Idade da população…

 

E agora que você já sabe quem eles são, é preciso entender onde eles estão. 

Em outras palavras, onde estão os potenciais clientes e como podemos atingi-los?

Uma das maneiras mais simples é utilizar Big Data Analytics para isso. 

Por exemplo, se o ICP que você identificou é uma empresa, é preciso medir o market size do ICP no Brasil utilizando tecnologia de ponta.

Assim, têm-se o resultado da aplicação de modelagem à realidade nacional, justamente sabendo quantas empresas se adequam ao ICP modelado por você. 

É com o auxílio da tecnologia e Big Data que você identifica onde estão as empresas que ainda não se tornaram seus clientes e pode agir diretamente nelas, para inverter esse dado.

Ora, se existem clientes ideais para o seu negócio, porque as deixar de fora do hall?

 

Dicas para conquistar o cliente ideal - ICP

Aposte em uma comunicação interativa e direcionada

Permita que seu cliente o encontre no Google, Yahoo, Bing, blogs, e redes sociais como LinkedIn, Instagram, Facebook.

Entretenha e eduque por meio da produção de conteúdos direcionados.

Disponibilize artigos, vídeos, eBooks, Webinars, e-mail marketing, blog posts.

Tenha sempre a clara a premissa de acrescentar valor à venda.

E faça negócios com propósito. O cliente precisa, além disso tudo, entender que fez o melhor negócio economicamente falando e em relação ao tempo gasto na negociação. 

  

Valêncio Garcia - Engenheiro e Mestre Poli USP | MBA em Engenharia de Software | Gerenciamento de Projetos | CSO wconnect | Michigan University | Eficient Consumer Response | Estratégias de Negociação | FGV.


Analista financeiro dá 5 dicas para entrar em 2022 no azul

Analista e educador financeiro há mais de 16 anos, Uesley Lima lista cinco dicas para equilibrar as contas em 2022 

 

A crise econômica tem afetado a vida de milhões de brasileiros. Não à toa, o País acumula cerca de 62 milhões de inadimplentes. Segundo o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro, divulgado este ano pelo Banco Central do Brasil, cerca da metade dos brasileiros estão em situação de baixa saúde financeira e 58,4% afirmam que as finanças causam estresse e refletem na vida familiar.

 

Os bancos e cartões de crédito seguem sendo os maiores credores dos cidadãos inadimplentes no Brasil, representando 28,7% das dívidas. Em seguida, estão as dívidas de contas básicas, como água e eletricidade, que correspondem a 23% dos devedores. As empresas de comércio varejista aparecem em terceiro lugar, com 13% das dívidas registradas no Serasa.

 

De acordo com o analista e educador financeiro Uesley Lima, com mais de 16 anos de atuação, é necessário que as pessoas tenham um controle cada vez mais minucioso sobre suas finanças: “Basicamente, é preciso tratar as nossas finanças pessoais como uma empresa, com controle total do quanto entra, e sai da sua conta. Hoje em dia, existem diversos recursos que podem te ajudar”, afirma.

 

Neste momento de fragilidade da economia brasileira, alguns cuidados com as contas pessoais são imprescindíveis. Pensando nisso, Uesley Lima listou cinco passos para ajudar as pessoas a organizarem as suas finanças, e conquistarem uma perspectiva financeira melhor em 2022.

 

Faça o seu diagnóstico financeiro

 

Comece fazendo uma análise categórica das suas finanças. A recomendação é organizar em uma planilha de controle as suas fontes de renda - do salário até outras receitas que você possa ter, e os seus gastos fixos. Assim, você terá uma ideia do seu balanço mensal, isto é, se você está fechando os meses no vermelho, ou com um saldo positivo.

 

Evite fazer novas dívidas

 

Evitar o acúmulo de novas dívidas é outro ponto fundamental para colocar sua saúde financeira nos trilhos. Neste caso, recomenda-se fugir do uso exacerbado de cartões de crédito e, principalmente, do cheque especial. O ideal é priorizar as compras à vista, para assim, impedir o efeito bola de neve do endividamento.

 

Elimine ou diminua as despesas supérfluas

 

Para sair da crise, é essencial diminuir as despesas não necessárias. O importante é se manter focado nas suas prioridades atuais. O pensamento a longo prazo será o seu maior aliado. À medida em que suas contas estiverem mais balanceadas, será possível melhorar o seu padrão de vida, e logo você poderá comprar o que tanto deseja.

 

Renegocie suas dívidas

 

Feito o seu diagnóstico financeiro e o enxugamento das suas despesas, é hora de organizar-se a respeito do quanto você deve aos credores, e como pagá-los. Neste ponto, é fundamental que você tenha consciência plena dos valores viáveis dentro do seu orçamento mensal, e é preciso deixar clara a sua real situação financeira. Assumir parcelas mais altas do que o previsto nos gastos mensais é um erro que pode comprometer tudo o que você havia organizado até então. 

 

Pense a longo prazo

 

Priorizar o pensamento a longo prazo dentro do seu plano de ação para enfrentamento da crise só irá te proporcionar vantagens posteriormente. Sempre que puder, lembre-se de poupar um pouco mais, ou quem sabe até investir esse dinheiro. Planejar o seu futuro é um investimento para melhorar a sua qualidade de vida, e este planejamento prévio irá te proporcionar benefícios não somente financeiros, mas um bem-estar pessoal impagável.

 

Para o analista e educador financeiro, evitar a contração de novas dívidas é um ponto fundamental para não comprometer o planejamento de um novo ciclo: “Normalmente, o que deixa o brasileiro no “fundo do poço” das finanças é o cartão de crédito e o cheque especial. O principal problema do brasileiro é comprar sem ter o dinheiro”, explica o especialista.

 

“Se você começar a planejar seu futuro baseando-se em grandes sonhos, como comprar uma casa, ou um carro melhor, você precisa deixar de gastar de imediato, e economizar para gastar melhor no futuro, em alguma coisa que vá gerar muito mais prazer para você e sua família. Então, é preciso se programar”, completa Uesley Lima.

 

Uesley Lima - nalista, educador financeiro e trader da Bolsa de Valores, Uesley Lima dedica seu tempo ao desenvolvimento de conteúdos com o intuito de instruir tanto iniciantes como experientes no mundo dos investimentos e finanças. Co-fundador da empresa THEO3 Investimentos, o especialista dispõe de mais de 6 mil clientes, e já prestou auxílio à mais de 5 mil pessoas em seus cursos, palestras e workshops em todo território nacional. 


Vendas de Natal nos shopping centers crescem de 10,7%

Levantamento da Abrasce aponta que compras de fim de ano movimentaram R 5,3 bilhões no setor  


As vendas no período de Natal (19 a 25 de dezembro) apresentaram crescimento de 10,7% nos shopping centers de todo o Brasil, em comparação com o mesmo período de 2020. Os dados têm como base o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), utilizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) para acompanhar a evolução das vendas dos shoppings em datas comemorativas, contemplando desde pequenos lojistas a grandes varejistas. No período, o comércio nos shoppings movimentou R 5,3 bilhões.

O ticket médio registrado neste Natal foi de R 189,00 contra R 197,00 registrado em 2020. O varejo de rua, por sua vez, registrou um ticket médio de R 102,00 em 2021, apresentando também uma leve queda em relação a 2020 (R 104,00).

Na avaliação do presidente da Abrasce, Glauco Humai, o cenário pandêmico é semelhante ao de 2020, do ponto de vista do funcionamento dos shoppings, pois nesse mesmo período do ano passado havia sido registrada redução do número de novos casos. No entanto, as pressões inflacionárias crescentes sobre o orçamento familiar e a deterioração do mercado de trabalho, prejudicaram a confiança dos consumidores, o que limitou a melhora das vendas no final de 2021.

“Mesmo em condições macroeconômicos adversas, ao longo do ano, o setor de shoppings centers mostrou uma retomada gradual, especialmente a partir do 2º semestre, com os avanços da vacinação e normalização das atividades possibilitando a maior mobilidade das pessoas. Esta recuperação de um dos setores mais prejudicados pela pandemia, denota a resiliência e a capacidade dos empreendedores em se reinventar e ultrapassar barreiras”, destaca.

 

A geração Z e os millennials querem um gestor que os inspire e lhes dê segurança psicológica

O estudo revelou que, quando se trata de personalidades e interesses, nossas pré-concepções não correspondem necessariamente à realidade. Também revelou que esses dois grupos têm diferenças e similaridades -- mas ambos buscam o mesmo de um gestor. Vejamos o que diz minha pesquisa.  

Tanto a geração Z quanto os millennials foram específicos ao descreverem os comportamentos que procuram em um líder. Todos os pesquisados, inclusive líderes, concordam que é importante que o líder seja atencioso e que valorize o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. “Atencioso e equilibrado”, “relacionável e autêntico” e “honesto e confiável” são as características que as duas gerações mais valorizam em um gestor.  

Curiosamente, essas gerações mais jovens não dão tanta importância à diversão, embora os líderes achem que sim e deem mais valor a um ambiente de trabalho divertido do que a geração Z e os millennials. Na verdade, a maior preocupação da geração Z e dos millennials é que os gestores sejam sérios, respeitosos e confiantes. Além disso, eles querem ser liderados pelo exemplo e buscam um líder protetor que os oriente, apoie, ensine e dê feedback.  

Essas descobertas ressaltam que, para a geração Z e os millennials, o ambiente de trabalho é, até certo ponto, uma continuação da vida que têm em casa -- um local onde buscam segurança psicológica. 

Outra área em que nossas concepções divergem das descobertas de minha pesquisa: os líderes acham que a geração Z e os millennials querem um líder motivador. Entretanto, os pesquisados deixaram claro que querem um líder inspirador. A diferença é tênue, mas é o que distingue aquele que inspira, ou seja, que estimula seus instintos e os empolga, do que motiva com razões e incentivos para agir. Outra área de discrepância e que guarda certa relação com a anterior é que os líderes imaginam que a geração Z e os millennials querem exposição e autoridade para tomar decisões, uma aspiração comum na maioria dos círculos gerenciais. Mas isso não foi um ponto enfatizado por essas duas gerações.  

Esses conceitos nos permitem entender o que os millennials e a geração Z querem de um gestor e, muitas vezes, vão na contramão dos modelos de gestão a que estamos habituados. Assim, precisamos repensar nossa abordagem e os perfis dos nossos gestores.  

Por fim, além do perfil do gestor buscado pelas novas gerações, o estudo nos proporcionou insights importantes de como gerenciar, engajar e reter esses talentos. Fique ligado -- voltaremos a falar disso em breve!



Maribel Diz - head de Recursos Humanos da Visa América Latina e Caribe.



Posts mais acessados