Na era
“Kardashian” ter um bumbum avantajado virou sonho entre as mulheres nos quatro
cantos do planeta. Apesar das diferenças culturais e dos diversos
biótipos, o bumbum se tornou sim, uma paixão mundial. Ele pode ser de
diferentes formatos, tamanhos e modelos, mas é indiscutível que atrai olhares e
elogios.
Mas ter o
chamado “bumbum na nuca” – empinado, redondo e avantajado- não é uma tarefa tão
simples. Em muitos casos não basta virar “rata de academia”, exagerar nos
suplementos e ter uma alimentação balanceada. Segundo o cirurgião plástico
Marcelo Olivan, a genética é um fator determinante. “Temos diferentes biótipos
e consequentemente diversos tipos de bumbuns. Cada etnia tem suas
particularidades e elas devem ser respeitadas. Quando a mulher se sente
incomodada com suas formas e não consegue de jeito nenhum ganhar volume, temos
que avaliar e utilizar o procedimento mais indicado. Se optamos por
lipoenxertia (aplicação de gordura na região glútea retirada de outra parte do
corpo da paciente) ou gluteoplastia (colocação de implante de silicone)”,
revela o cirurgião plástico.
Mas será
que existe um tipo de bumbum ideal? Será que existe alguma medida padrão?
Existem várias classificações e nomes para tentar padronizá-lo.
Bumbum
Maçã ou Coração: é mais redondinho, empinado e também mais estreito.
Bumbum
Pêra: com o quadril maior e a base mais larga.
Bumbum
com formato em ‘V’: sem muita projeção, é menor na base
Bumbum
Quadrado: pode ser ou não projetado e segue a mesma largura das coxas.
Qual a
melhor técnica?
A lipoescultura é uma
associação de duas técnicas em cirurgia plástica: lipoaspiração e lipoenxertia.
Em algumas pacientes, é possível realçar as curvas do corpo diminuindo a
gordura localizada na cintura através da lipoaspiração e aumentando o
quadril/glúteo com essa mesma gordura através da lipoenxertia, tudo em
uma mesma cirurgia.
Esta técnica tem limitações, pois
a gordura só pode ser injetada no plano subcutâneo do glúteo, nunca no plano
intramuscular, o que limita um pouco a projeção glútea. Ou seja, o bumbum nunca
ficará muito "avantajado". De todo modo, a paciente tem que ter gordura
suficiente "sobrando" para esta remodelação. Até mesmo porque, como
parte da gordura é reabsorvida pelo organismo, temos que levar em conta esta
"perda" na hora do procedimento. Quando a paciente não tem gordura
corporal suficiente para a lipoescultura, a enxertia de produtos
extremamente perigosos no glúteo, como o PMMA, não deve ser uma opção, pois
pode levar a graves sequelas e até mesmo ao óbito.
A solução para pacientes que não
têm gordura suficiente, ou que precisem de maior projeção no bumbum, é a lipoaspiração
onde há excesso de gordura e os implantes glúteos no lugar da lipoenxertia.
Um bom cirurgião plástico conhece técnicas seguras, com resultados bem
controlados e duradouros.
A cicatriz da cirurgia para a
inclusão de implantes glúteos fica escondida no sulco interglúteo (entre as
duas nádegas) e as próteses são colocadas no plano intramuscular, ou seja,
dentro do músculo glúteo, como se fossem o 'recheio de um sanduíche'. Como o
implante fica envolvido completamente pelo músculo 'gluteus maximus' das nádegas,
sua cobertura é bem espessa e por isto o resultado final da cirurgia é bem
natural, muitas vezes imperceptível. A desvantagem é que cortar o músculo faz
com que o pós-operatório precise de maior tempo de repouso e seja mais
doloroso; mas estas dores podem ser controladas com medicação.
Técnicas cirúrgicas menos
eficazes, como colocar os implantes no plano subcutâneo do glúteo, ou seja,
entre a camada de gordura e o músculo, conferem resultados muito artificiais. E
na maioria das vezes, não compensam.