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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Soft skills guiam capacitação de jovens para o mercado de trabalho


Habilidades como inteligência emocional e pensamento crítico estão entre prioridades de recrutadores. Projeto de universidade oferece capacitação gratuita a adolescentes.



Hoje, as empresas cada vez mais usufruem dos recursos tecnológicos para a realização de tarefas repetitivas, o que faz com que as habilidades exigidas pelo mercado de trabalho vão além da técnica. Na linguagem dos negócios, essa diferenciação se encontra entre hard skills e soft skills. O professor Adeildo Nascimento, presidente da ABRH-PR e consultor do Sistema Positivo de Ensino, explica que hard skills são aquelas habilidades que qualquer robô pode ter, como tampar uma caixa ou carregar um objeto pesado. Já as soft skills são habilidades que apenas seres humanos têm, como o pensamento crítico e a capacidade de resolução de problemas.  

“São as soft skills que podem fazer você se destacar. O mercado de trabalho está em busca de profissionais que tenham mais do que a teoria e habilidades técnicas, os empregadores procuram funcionários com características atitudinais”, expõe Nascimento. Segundo ele, se antes era necessário entregar o currículo em mãos, em uma empresa próxima de casa, agora os novos profissionais precisam enfrentar complexos processos seletivos, ter formação profissional e ir além. "Hoje as empresas contratam jovens por aquilo em que eles acreditam. Em breve, elas irão perguntar a visão de lucro, de casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outras questões do mundo atual. Vivemos em um mundo cada vez mais cheio de demandas e diferentes visões", ressalta.

Um relatório sobre o futuro do trabalho, apresentado pelo Fórum Econômico Mundial, respalda as afirmações do professor. Os pesquisadores perguntaram aos diretores de Recursos Humanos das principais empresas globais quais habilidades serão necessárias para o recrutamento de funcionários até 2020. O resultado foi uma lista com 10 soft skills:
  1. Resolução de problemas complexos;
  2. Pensamento crítico;
  3. Criatividade;
  4. Gestão de pessoas;
  5. Inteligência emocional;
  6. Julgamento e tomada de decisão;
  7. Orientação para serviços;
  8. Habilidade para trabalhar com diferentes pessoas;
  9. Negociação;
  10. Flexibilidade cognitiva.
A partir desse cenário, a professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo, Janete Knapik, resolveu ajudar alunos da rede pública de ensino a se capacitarem para o mercado de trabalho. Para isso, ela criou o projeto TurnUP, que tem como objetivo o desenvolvimento das soft skills e vai oferecer, durante quatro meses, workshops quinzenais a 40 estudantes de Ensino Médio de colégios estaduais de Curitiba.

“Queremos levar a esses jovens uma formação empreendedora e inovadora, para que, quando chegarem ao mercado de trabalho, tenham as competências e atitudes necessárias para se estabelecerem”, explana Janete. Juntamente com os alunos do 5º ano de Psicologia da Universidade Positivo, a professora trabalhará as competências de resolução de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade e inovação, negociação, habilidade para trabalhar com diferentes culturas, habilidade para comunicação oral e escrita, flexibilidade cognitiva, atitude empreendedora, trabalho em equipe, raciocínio lógico, pesquisa e cultura digital.

No total, serão realizados oito workshops, com oito horas de duração cada, no Câmpus Ecoville da Universidade Positivo. O projeto tem início previsto para 29 de junho. Mais informações podem ser solicitadas no e-mail centrodepsicologia@universidadepositivo.com.br.


Multicloud: problema ou tendência?



Especialista diz que investir em vários serviços de nuvem garante
às empresas agilidade e eficiência sem precedentes



A hospedagem tradicional de TI está cedendo cada vez mais espaço para a multicloud, que implica no uso de múltiplos serviços de nuvem. Ou seja, a empresa deixa de depender apenas de um fornecedor de nuvem, onde seus dados e serviços são armazenados e gerenciados, e passa a contar com uma gama maior de fornecedores. Esse é um passo enorme e de relativamente baixo custo para as empresas – que podem contar com uma nuvem para cada especificidade de serviço, com resolução mais rápida de problemas e maior segurança.  Embora essa seja uma tendência irrefreável, traz alguns problemas.

Na opinião de Adriano Filadoro, diretor da Online Data Cloud, a capacidade exigida para acompanhar as mudanças tecnológicas tem deixado muito empresário ansioso. Se, por um lado, a multicloud desponta como uma ótima oportunidade de inovar e se destacar nos negócios, por outro lado a infinidade de opções de serviços na nuvem constitui um grande problema para quem não tem na TI seu core business. “O uso de múltiplas nuvens representa maior flexibilidade, inovação e inclusive conformidade regulatória. Trata-se de uma nova era de inovação nos negócios e que tem muito ainda que se desenvolver. Mas é um caminho sem volta, já que a multicloud tem uma habilidade de desbloquear agilidade, eficiência e economia de custos sem precedentes. Apesar dos desafios, o fato de poder utilizar nuvens com tecnologias e características diferentes garante ótimas perspectivas para os próximos anos”.

Tecnologias como inteligência artificial (IA) e machine learning (aprendizado de máquina) são fundamentais para impulsionar níveis cada vez mais altos de automação, eliminando obstáculos significativos à adoção de várias nuvens. “Com o aprimoramento dessas tecnologias, novos dados vão sendo gerados e transformados em informações que faltavam.  Isso certamente gera impacto positivo no desempenho da empresa, que passa a ter resultados muito mais próximos do nível de excelência desejado. Apesar de a complexidade ser encarada como um problema por muitos, cada vez mais o custo-benefício da multicloud se prova favorável, garantindo maior fluidez nas operações e maior segurança. Afinal, ainda que haja um problema de qualquer natureza em uma das nuvens, por determinado período, as informações da empresa podem estar a salvo em outros sites”, diz Filadoro.

Na opinião do especialista, uma das principais dúvidas que se impõe às empresas diante do multicloud é quem vai fazer o gerenciamento. “Não se trata de uma tarefa que seja fácil de realizar e simples de gerenciar resultados. É preciso ter planejamento estratégico e estar altamente comprometido com o processo. Sendo assim, normalmente a supervisão desses diferentes recursos e serviços é realizada por empresas especializadas em nuvem – capazes de eleger, com base em necessidades específicas dos clientes, a nuvem adequada para cada aplicabilidade, desenhando um esquema de recursos e nuvens personalizado, organizado, gerenciável e seguro. Somente assim é possível criar serviços de TI de ponta a ponta, dentro de um contexto com maior controle e visibilidade do cenário e de possíveis ameaças”.






Fonte: Adriano Filadoro - diretor da Online Data Cloud – empresa com 25 anos no mercado da tecnologia da informação. Mais informações: www.onlinedatacloud.com.br

Responsabilidade do estabelecimento por furtos ocorridos em seus estacionamentos


Desde a publicação da Súmula nº 130, em 1995, o STJ tem mantido o entendimento de que a empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento”. Mencionada Súmula foi editada com base nas relações consumeristas estabelecidas entre shoppings centers, supermercados e bancos (por exemplo), pois entendeu que o espaço ofertado para os clientes estacionarem seus veículos corresponderia a um instrumento para a captação de clientela, por criar uma expectativa de ambiente seguro.

Contudo, embora sumulado, o entendimento sobre o assunto não é pacífico - REsp 1.606.360/SC, julgado em 19/10/17.

Na década de 90, as decisões do STJ que reconheciam a existência de responsabilidade da empresa se baseavam na existência de um contrato de depósito voluntário tácito entre as partes., aplicando-se os artigos 627 e seguintes do Código Civil que regem tal espécie de contratação - passando a existir o dever de guarda e vigilância da empresa, previsto no art. 629. 

A controvérsia começou a surgir com a seguinte questão: quando o contrato de depósito se aperfeiçoaria nesse caso? Isso porque, muito embora a legislação exija que esta modalidade de contrato seja realizada na forma escrita para fins de prova, vide o art. 646 do Código Civil, o STJ dispensou tal exigência em casos de estacionamento disponibilizado por empresas, conforme acordão proferido no REsp 4.582/SP, julgado em 16/10/1990.

Na tentativa de contornar a questão, a jurisprudência passou a fundamentar a teoria do risco-proveito. De acordo com essa teoria, aquele que lucra com uma situação deve responder pelos riscos e prejuízos dela resultantes.

Defende a Ministra Nancy Andrighi que esta linha de entendimento merece ponderação, pois “sob o ponto de vista econômico, a sistemática atribuição de responsabilidade ao estabelecimento pelos veículos subtraídos ou danificados em seu estacionamento tem por consequência o aumento dos preços dos produtos ou serviços oferecidos, na medida em que a empresa ou instituição, naturalmente, distribuirá o prejuízo em seus próprios custos operacionais, conforme voto proferido no REsp 1426598/PR, julgado em 19/10/2017. Além disso, trata-se de imputação desmedida e irrestrita da responsabilidade, o que se entendeu não ser razoável.

Logo, para evitar que se transferisse integralmente a responsabilidade da guarda e vigilância do bem do proprietário para o estabelecimento comercial, estabeleceu-se na jurisprudência que a existência de responsabilidade da empresa somente se concretizaria se verificados alguns critérios: a relação existente entre a empresa que fornece estacionamento e aquele que ali estaciona – consumerista, comercial/empresarial ou meramente fática - ; as condições físicas do estacionamento; e a existência de excludentes de responsabilidade.

Com relação as condições do estacionamento, a Ministra, no julgamento do RESP nº 1.606.360/SC, ocorrido  em 19/10/2017, e do RESP nº 1.431.606/SP,  ocorrido em 15/08/2017, numerou (de forma exemplificativa) os seguintes: (a) pagamento direto pelo uso do espaço para estacionamento; (b) natureza da atividade exercida (se empresarial, de interesse social, o ramo do negócio, etc); (c) porte do estabelecimento; (d) nível de acesso ao estacionamento (fato de o estacionamento ser ou não exclusivo para clientes ou usuários do serviço); (e) controle de entrada e saída por meio de cancelas ou entrega de tickets; (f) aparatos físicos de segurança na área de parqueamento, tais como muros, cercas, grades, guaritas e sistema de vídeo-vigilância; (g) presença de guardas ou vigilantes no local; e (h) nível de iluminação.

Não há como se assegurar que a ausência desses critérios, em um eventual litígio, seria suficiente para afastar integralmente a responsabilidade da empresa, mas mostram-se como elementos acautelatórios.
Quanto à culpa exclusiva da vítima, os Tribunais afastam totalmente a responsabilidade do estabelecimento comercial. Exemplos desses casos são quando a vítima: (a) deixa o veículo no estacionamento, de forma espontânea, após o seu período de funcionamento; (b) deixa o veículo aberto; e/ou (c) sai do estacionamento, não se utilizando, visitando ou consumindo no estabelecimento.

É importante que o empresário consiga identificar quais são as peculiaridades de seu estacionamento e qual o tipo de relação que estabelece com aqueles que ali estacionam, para que seja possível mensurar os riscos aos quais está exposto e, a partir disso, adotar as medidas preventivas que julgue como as mais adequadas.





Lorena Fadel e André Enrique S. Lubascher  - são integrantes da Área Corporativa do Marins Bertoldi Advogados.

Campanha do Governo de SP intensifica ações em defesa da mulher


Combate à violência doméstica e identificação de agressores são prioridades para coibir feminicídios, que chegam a 54 no Estado, no 1º quadrimestre deste ano


O Governo de São Paulo intensifica as ações integradas de diversas secretarias estaduais para aumentar a defesa da mulher e fortalecer o combate à violência doméstica. Nesta quinta-feira (13), o Governador João Doria reforçou a necessidade de direcionar políticas públicas para evitar feminicídios, que chegaram a 54 casos no Estado, entre janeiro e abril deste ano.

“Defender a vida e a integridade física das mulheres é prioridade do nosso Governo desde o primeiro dia de gestão. As autoridades públicas não podem permitir que mulheres continuem a ser espancadas ou mortas, dentro ou fora de casa, por seus atuais ou ex-companheiros”, afirmou Doria. “Proteger as mulheres e prender os agressores são metas permanentes”, acrescentou.

No âmbito da Segurança Pública, o Governo paulista já inaugurou, em 2019, dez Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) que atuam em sistema 24 horas. O serviço funciona em Sorocaba, Santos, Campinas e na capital.

Também foi lançado o aplicativo SOS Mulher, em que mulheres que já contam com medidas protetivas podem acionar a polícia com um simples toque na tela do celular em caso de risco iminente. "As mulheres devem denunciar qualquer ameaça que recebam, dentro ou fora de suas casas, em qualquer circunstância", afirmou o Governador.

Das 133 DDMs de todo o Estado, 16 ficam na Grande São Paulo e 108 estão no interior e litoral. Todas seguem o Protocolo Único de Atendimento, de forma a padronizar e humanizar o tratamento a mulheres vítimas de violência. Outra meta é que o acolhimento seja feito, prioritariamente, por delegadas e escrivãs.

Embora o atendimento inicial fique a cargo da Secretaria da Segurança Pública, outras quatro pastas atuam no combate à violência contra mulheres. As pastas da Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Habitação têm programas específicos e integrados para proteger vítimas e levar agressores à Justiça.

Em todo o Estado, existem 1.408 centros de referência de assistência social para identificar e amparar vítimas de violência. Destes centros, 291 são especializados no combate à violência doméstica. Há ainda 23 abrigos para mulheres e seus filhos, cada um com capacidade para atender até 20 mulheres durante seis meses.

Na capital, o Novo Hospital Pérola Byington vai ampliar os serviços de saúde da mulher. A meta é ampliar em 50% a capacidade de atendimento em comparação ao atual Centro de Referência de Saúde da Mulher – no ano passado, foram cerca de 4.200 atendimentos. As obras devem começar em agosto.

Outro serviço em fase de implantação é a Casa da Mulher Brasileira. O centro especializado vai oferecer serviços como acolhimento 24h, delegacia e juizado de violência doméstica, cela de detenção para agressores e equipe multidisciplinar de apoio a vítimas.


Conscientização

O Governo de São Paulo também lançou, hoje, uma campanha publicitária de conscientização em defesa das mulheres. O objetivo é despertar o engajamento de toda a sociedade no combate à violência doméstica, inclusive com denúncias de agressores à polícia e à Justiça.

A campanha terá três etapas. A primeira segue até o fim deste mês; a segunda e a terceira serão lançadas em agosto e novembro, respectivamente.


No site da campanha é possível obter mais informações e acessar todos os endereços das Delegacias de Defesa da Mulher 24 horas no Estado: http://saopaulo.sp.gov.br/feminicidionao/


Portal do Governo: saopaulo.sp.gov.br
Flickr: flickr.com/governosp
SoundCloud: soundcloud.com/governosp
Vimeo: vimeo.com/governos


O que precisa saber para doar sangue

Com o objetivo de reforçar a importância da doação, no contexto do Dia Mundial do Doador Voluntário de Sangue, especialista do IFF/Fiocruz esclarece informações para motivar a doar


Desde 2004, todos os anos o Dia do Doador Voluntário de Sangue é celebrado no mundo inteiro em 14 de junho, e serve para agradecer os doadores que por razões altruístas fazem uma ação que salva vidas. A data também visa conscientizar sobre a necessidade de aumentar o número de doadores e de fazer doações regulares para quem precisa tenha acesso oportuno ao sangue e produtos sanguíneos seguros e de qualidade, como componente fundamental dos sistemas de saúde.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) o ideal é que o percentual de doadores de sangue em um país corresponda de 3,5% a 5% de sua população total

Transfusões de sangue e seus produtos salvam milhões de vidas por ano. O sangue e seus derivados são elementos vitais para o tratamento de mulheres com hemorragias associadas à gravidez e ao parto; pacientes com situações hematológicos ou da medula óssea, problemas hereditários da hemoglobina e de imunodeficiência; vítimas de traumas, emergências, acidentes e catástrofes, bem como pacientes submetidos às intervenções cirúrgicas. O sangue não pode ser substituído e é vital para o funcionamento dos organismos, por isso a extrema importância em ser consciente de que a doação é um presente que salva a vida.

Com o intuito de incentivar o público a se tornar doador voluntário de sangue, a cocoordenadora de Hemoterapia do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Maria Cristina Pessoa dos Santos, esclarece tudo o que uma pessoa precisa saber em torno da doação de sangue.


Qual é a função do sangue no corpo?

MCP: O sangue tem como função a manutenção da vida do organismo, pois realiza o transporte de oxigênio e gás carbônico além de nutrientes, excretas, hormônios e anticorpos.


Qual é a importância de doar sangue? Por que escolher se tornar um doador voluntário?

MCP: Se tornar doador de sangue é fazer parte de um grupo de voluntários altruístas saudáveis que contribuem para salvar vidas de pessoas doentes. HEMORIO distribui sangue para mais de 200 hospitais públicos e conveniados com o SUS do Estado do Rio de Janeiro.


O que é feito com o sangue doado?

MCP: 1 -Fracionamento: A bolsa de sangue total é centrifugada e separada em 03 componentes:

- Concentrado de hemácias;

- Concentrado de plaquetas;

- Plasma.


2- Exames laboratoriais: são realizados exames para determinação do 
Grupo Sanguíneo e para detecção de doenças transmissíveis pelo sangue.


3- Liberação da bolsa: após a realização dos exames laboratoriais, a bolsa de sangue é liberada para transfusão.


4- Transfusão: o sangue é utilizado principalmente nas grandes emergências (acidentes de trânsito, por armas, hemorragias agudas etc), nas cirurgias e em pacientes com doenças oncológicas e hematológicas.

 
Quanto sangue é extraído?

MCP: Spode retirar no máximo 9ml de sangue por quilo de peso. O mínimo de peso é 50 kg, para uma doação de uma bolsa com 450 ml sem nenhuma repercussão negativa para o organismo. O máximo de volume é 495ml.


Doar é um processo seguro?

MCP: Sim. O material utilizado é estéril, descartável e de uso individual. Além disso, o doador passa por uma consulta, antes de doar, onde são avaliadas suas condições clínicas.


Quanto tempo o organismo leva para repor o sangue doado?

MCP: O organismo repõe o volume de sangue doado no mesmo dia. É importante beber bastante líquido (suco, água).


Doar sangue é doloroso?

MCP: Não tem resposta sim ou não, depende, as vezes doar dói um pouco, mas vale a pena passar por esta pequena dor para ajudar.


Com que frequência uma pessoa pode doar?

MCP: Os homens podem doar a cada dois meses e as mulheres a cada três meses. Essa diferença é porque as mulheres demoram mais a recuperar o ferro devido as perdas no período menstrual.


Quem já teve hepatite não pode doar?

MCP: Depende do tipo de hepatite.


Quem não pode doar sangue? Quais são os impedimentos para doar?

MCP: Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue, que são determinados por Normas Técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue. Entre esses critérios estão:

- Febre (acima de 37°C);

- Gripe ou resfriado;

- Gravidez atual (90 dias após o parto normal, e de 180 dias após a cesariana);

- Amamentação (até 1 ano após o parto);

- Uso de alguns medicamentos;

- Anemia;

- Cirurgias;

- Extração dentária 7 dias;

- Tatuagem: 1 ano sem doar.
Só é preciso esperar um ano entre a data da tatuagem até a doação. Esse tempo serve como uma medida de segurança para as pessoas que vão receber o sangue, já que durante uma tatuagem, o possível doador pode ficar exposto a alguns tipos de doenças;

- Piercing: 1 ano sem doar. Localizado na cavidade oral e/ou região genital: 1 ano sem doar após a retirada);

- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
- Transfusão de sangue: impedimento por 1 ano.

Importante: Mais esclarecimentos são fornecidos durante a entrevista clínica que precede a doação.


Quais são os requisitos básicos para doar sangue? 

MCP
: - Portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista ou carteira do conselho profissional);

- Estar bem de saúde;

- Pesar no mínimo 50 Kg; 

- Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação;

- Ter entre 16 (*) e 69 anos, 11 meses e 29 dias;

(*) jovens com 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais e / ou responsáveis legais e um documento de identidade original desse responsável.  Modelo de autorização


Quais são os cuidados pós-doação que o doador deve seguir?

MCP: Após a doação, descanse durante 5 ou 10 minutos. Tome o lanche oferecido pelo HEMORIO. Não fume pelo durante uma hora e nem tome nenhuma bebida alcoólica durante cinco horas. É importante que você não realize nenhum esforço físico até o dia seguinte ao da doação usando o braço do qual foi retirado sangue. E o mais importante, compartilhe sua experiência com seus amigos para que estes também se sintam motivados a doar sangue.


Se uma pessoa quer se tornar doador, qual é o procedimento a seguir? O que deve fazer?

MCP: Procurar um serviço de Hemoterapia licenciado pela Vigilância Sanitária. No IFF/Fiocruz recebemos sangue do HEMORIO e temos o compromisso de repor o estoque que nos é entregue para atender os nossos pacientes.


Para terminar, sobre o número de doadores, como está o Brasil?

MCP: No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 1,8% da população doa sangue com regularidade. Esse número fica um pouco abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Ou seja, por aqui, os bancos de sangue operam no limite. Quando falamos dos números mundiais, apenas uma fração dos 7 bilhões de pessoas elegíveis para doar sangue no mundo efetivamente o fazem.
  



Contato para interessados em se tornar doadores voluntários no Rio de Janeiro:
Disque: Sangue 0800-2820708





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