Habilidades como
inteligência emocional e pensamento crítico estão entre prioridades de
recrutadores. Projeto de universidade oferece capacitação gratuita a
adolescentes.
Hoje, as empresas cada vez mais usufruem dos
recursos tecnológicos para a realização de tarefas repetitivas, o que faz com
que as habilidades exigidas pelo mercado de trabalho vão além da técnica. Na
linguagem dos negócios, essa diferenciação se encontra entre hard skills
e soft
skills. O professor Adeildo Nascimento, presidente da ABRH-PR e consultor do
Sistema Positivo de Ensino, explica que hard skills são aquelas habilidades que
qualquer robô pode ter, como tampar uma caixa ou carregar um objeto pesado. Já
as soft
skills são habilidades que apenas seres humanos têm, como o
pensamento crítico e a capacidade de resolução de problemas.
“São as soft skills que podem fazer você se
destacar. O mercado de trabalho está em busca de profissionais que tenham mais
do que a teoria e habilidades técnicas, os empregadores procuram funcionários
com características atitudinais”, expõe Nascimento. Segundo ele, se antes era
necessário entregar o currículo em mãos, em uma empresa próxima de casa, agora
os novos profissionais precisam enfrentar complexos processos seletivos, ter
formação profissional e ir além. "Hoje as empresas contratam jovens por
aquilo em que eles acreditam. Em breve, elas irão perguntar a visão de lucro,
de casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outras questões do mundo atual.
Vivemos em um mundo cada vez mais cheio de demandas e diferentes visões",
ressalta.
Um relatório sobre o futuro do trabalho,
apresentado pelo Fórum Econômico Mundial, respalda as afirmações do professor.
Os pesquisadores perguntaram aos diretores de Recursos Humanos das principais
empresas globais quais habilidades serão necessárias para o recrutamento de
funcionários até 2020. O resultado foi uma lista com 10 soft skills:
- Resolução de problemas complexos;
- Pensamento crítico;
- Criatividade;
- Gestão de pessoas;
- Inteligência emocional;
- Julgamento e tomada de decisão;
- Orientação para serviços;
- Habilidade para trabalhar com diferentes
pessoas;
- Negociação;
- Flexibilidade cognitiva.
A partir desse cenário, a professora do curso de
Psicologia da Universidade Positivo, Janete Knapik, resolveu ajudar alunos da
rede pública de ensino a se capacitarem para o mercado de trabalho. Para isso,
ela criou o projeto TurnUP, que tem como objetivo o desenvolvimento das soft skills
e vai oferecer, durante quatro meses, workshops quinzenais a 40 estudantes de
Ensino Médio de colégios estaduais de Curitiba.
“Queremos levar a esses jovens uma formação
empreendedora e inovadora, para que, quando chegarem ao mercado de trabalho,
tenham as competências e atitudes necessárias para se estabelecerem”, explana
Janete. Juntamente com os alunos do 5º ano de Psicologia da Universidade
Positivo, a professora trabalhará as competências de resolução de problemas
complexos, pensamento crítico, criatividade e inovação, negociação, habilidade
para trabalhar com diferentes culturas, habilidade para comunicação oral e
escrita, flexibilidade cognitiva, atitude empreendedora, trabalho em equipe,
raciocínio lógico, pesquisa e cultura digital.
No total, serão realizados oito workshops, com oito
horas de duração cada, no Câmpus Ecoville da Universidade Positivo. O projeto tem
início previsto para 29 de junho. Mais informações podem ser solicitadas no
e-mail centrodepsicologia@universidadepositivo.com.br.
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