HCor ressalta
importância da alimentação saudável na prevenção dos tumores de intestino
Em prol da campanha Setembro
Verde, voltada a prevenção do câncer colorretal, coordenador do Serviço de
Cirurgia Oncológica do hospital afirma que uma dieta rica em gorduras animais,
carnes processadas e baixa ingestão de fibras, frutas frescas e vegetais pode
impulsionar o surgimento da doença, principalmente, no aparelho digestivo
A alimentação
inadequada é responsável por cerca de 20% dos casos de câncer no país, segundo
o INCA (Instituto Nacional do Câncer). De acordo com a instituição, um em cada
três casos poderia ser evitado com a adoção de dieta saudável, controle de peso
e prática de atividade física. "Principalmente os casos de colorretal ou
do intestino grosso, já que são os tumores malignos que mais acometem o
aparelho digestivo. Problemas desse tipo, correspondem a 8% de todas as mortes
por câncer no país e está no 3º lugar em incidência no mundo", afirma o
Dr. Ulysses Ribeiro, coordenador do Serviço de Cirurgia Oncológica do HCor.
Em prol da
campanha Setembro Verde, voltada à prevenção do câncer colorretal, o médico acrescenta
que os tumores de intestino contavam com maior prevalência nas regiões Sudeste
e Sul. Em São Paulo, especificamente, o problema ganhou maiores proporções no
ano de 2016 com cerca de 28 a 36 homens por 100 mil habitantes e 25 a 33
mulheres por 100 mil habitantes.
Embora as
estatísticas sejam preocupantes, a boa notícia é que há como prevenir a doença,
na grande maioria dos casos. "A prevenção primária se baseia numa dieta rica em fibras,
composta de alimentos como frutas frescas, cereais (preferencialmente os
integrais), verduras, legumes, grãos e sementes, além da prática de atividade
física regular e diminuição da obesidade", explica o cirurgião oncológico
do aparelho digestivo. "Além disso, deve-se parar de fumar, evitar ou
diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e de
quantidades acima de 300 gramas de carne vermelha por semana".
Já a prevenção
secundária ocorre por meio da busca ativa dos pólipos e tumores pequenos, como
o teste de sangue oculto nas fezes, e a colonoscopia que é o exame endoscópico
do intestino grosso. Este método permite além do diagnóstico, o tratamento com
a retirada dos pólipos e/ou tumores pequenos e não profundos.
Inicialmente, este
tipo de câncer pode não apresentar sintomas, fase denominada assintomática.
Muitas vezes as pessoas já podem apresentar pequenas lesões na parede interna
do intestino, que se parecem com elevações ou verrugas, chamadas de pólipos, e
não tem quaisquer queixas. Na maior parte dos indivíduos, os tumores ocorrem a
partir destes pólipos. "Se retirarmos os pólipos, o risco de evolução para
tumor diminui. Quando os tumores progridem e invadem os tecidos podem ocasionar
alterações do hábito intestinal, sangramento ou dor abdominal", alerta Dr.
Ribeiro.
O rastreamento na
fase assintomática deve começar a partir dos 50 anos para a população geral. O
procedimento cirúrgico ainda é o principal recurso para os tumores do intestino
e pode ser indicado no início do tratamento, pós-quimioterapia, ou
pós-radio/quimioterapia. O método laparoscópico veio trazer as vantagens da
cirurgia minimamente invasiva ao tratamento, incluindo-se menores incisões
abdominais, menor tempo de recuperação, menor dor pós-operatória, maior rapidez
de início da quimioterapia para pacientes que precisem e retorno mais rápido ao
trabalho. "Faça os exames de rastreamento para o câncer do
intestino de acordo com as orientações de seu médico. O tumor de intestino é
passível de prevenção, não tenham medo", orienta o cirurgião oncológico do
HCor.
INCIDÊNCIA DE CÂNCER
O Instituto Nacional do Câncer (INCA)
divulgou no início de fevereiro novos dados de incidência da doença para o
biênio 2018-2019. O levantamento apontou que serão cerca de 600 mil novos
casos, em cada ano.
Tipos de câncer de maior incidência no
país e novos casos
Pele não melanoma – 165.580
Próstata – 68.220
Mama feminina – 59.700
Cólon e reto (câncer de intestino) –
36.360
Pulmão – 31.270
Entre
as mulheres
Mama – 59.700
Intestino – 18.980
Colo do útero – 16.370
Pulmão – 12.530
Glândula tireoide – 8.040
Entre
os homens
Próstata – 68.220
Pulmão – 18.740
Intestino – 17.380
Estômago – 13.540
Cavidade oral – 11.200