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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Transplantes de medula óssea crescem 40% no Rio de Janeiro



Especialista do Americas Centro de Oncologia Integrado explica as principais indicações para a realização do procedimento


No último ano, houve um aumento de 40% na realização de transplantes de medula óssea no Rio de Janeiro. A constatação é da Associação Brasileira de Transplantes de Medula Óssea (ABTO). Ricardo Bigni, hematologista clínico do Americas Centro de Oncologia Integrado – instituição que atua há mais de uma década na especialidade e contabiliza mais de 300 transplantes de medula óssea – esclarece os principais aspectos relacionados à indicação e realização do procedimento.

Em primeiro lugar, é importante saber o que é a medula óssea. Segundo o especialista, trata-se de um tecido líquido-gelatinoso, que ocupa o interior de vários ossos do corpo e atua como ‘fábrica do sangue’. “É na medula que os componentes do sangue, como as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas, são produzidos”, informa.

Quando se fala em transplante de medula óssea, geralmente as pessoas o associam a algum tipo de câncer. Mas o que nem todo mundo sabe é que o procedimento também é indicado para o tratamento de outras doenças, como a anemia aplástica severa (aplasia medular) e a anemia falciforme, bem como enfermidades menos comuns, como as síndromes de imunodeficiência congênitas. “O transplante de medula óssea é uma terapia utilizada no tratamento de inúmeras alterações hematológicas, benignas ou não, hereditárias e adquiridas”, ressalta Ricardo.

Para cada tipo de doença com indicação para a realização do procedimento, é recomendada uma forma de transplante, que poderá ser autólogo (no qual as células-tronco vêm do próprio paciente) ou alogênico (que envolve a infusão de células-tronco de um parente ou não). “Nesse último, o doador poderá ser um irmão consanguíneo ou uma pessoa cadastrada no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), devidamente selecionada após testes de compatibilidade”, explica o médico. A indicação mais comum desse tipo de transplante é para o tratamento de leucemias agudas, dos tipos mieloide ou linfoide.

Ricardo Bigni observa que todos os pacientes precisam ser avaliados minuciosamente por um hematologista especializado em transplante, para que este defina se há ou não indicação para o procedimento. “No Brasil, os transplantes autólogos são permitidos até os 70 anos de idade. Já os indivíduos acima dessa faixa etária, em geral, apresentam condições clínicas que restringem a elegibilidade. Todo o processo dependerá do diagnóstico, da situação clínica e da avaliação das condições físicas, pois a presença de outras doenças pode aumentar os riscos de complicações durante e após o procedimento”, informa.

No caso do transplante alogênico, para os pacientes que não possuem doadores compatíveis na família o especialista evidencia a importância de o Brasil contar com o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, o REDOME, que reúne todos os dados dos cadastrados voluntários à doação. “Nosso país já contabiliza mais de 3,5 milhões de possíveis doadores cadastrados e, atualmente, a chance de se identificar um doador compatível é de até 88%. Esse percentual pode ser ainda maior, à medida que mais pessoas se tornem potenciais doadores, por meio de cadastro no REDOME”, finaliza.






Americas Centro de Oncologia Integrado (antigo Grupo COI)






Como cuidar da psoríase no verão?



Consultora científica de EctoPURE, da Biobalance, Dra. Maria Inês Harris comenta as vantagens da estação mais quente do ano para amenizar o quadro da doença e os cuidados a se tomar nesta época



Há um consenso no meio científico, que aponta diversos fatores relacionados ao verão como benéficos para amenizar os sintomas e, principalmente, as lesões causadas pela psoríase. Dois desses aspectos são a luz do sol e a umidade do ar. 

Segundo um artigo publicado no portal científico WebMed, a radiação solar auxilia na redução das manchas de pele características, enquanto a elevação da umidade do ar, trazida pelas chuvas, contribui para aliviar a pele ressecada pela patologia. 

Por tais motivos, para quase todos os tipos e graus de psoríase, os "banhos de Sol" fazem parte dos cuidados diários e fundamentais do tratamento. Mas também vale lembrar que são necessárias algumas precauções quanto à exposição do paciente à radiação solar. 

De acordo com a consultora científica da Biobalance, Dra. Maria Inês Harris, algumas regras servem para quase todos os casos. "O recomendado no tratamento geral da doença é de 5 a 15 minutos por dia de exposição ao sol, com a pele previamente hidratada, recomendando-se para tal o creme calmante sem corticoides EctoPURE", afirma a especialista.

A expert ainda reforça que exposições solares rotineiras e longas, ou em horários de pico, não são aconselháveis aos pacientes, mas caso não seja possível evitar, é indicado que eles utilizem "filtro solar adequado ao seu tipo de pele e ao índice UV local". Já nos casos de psoríase eritrodérmica, variação incomum da doença e que atinge 75% do corpo, os pacientes não podem se expor ao sol. "Isso porque, nesse quadro, as lesões encontram-se generalizadas e podem provocar comichão ou ardor intensos em qualquer reação adversa", explica a Dra. Harris.

Fora a umidade do ar e os banhos de sol, existem outros fatores e precauções, relativos ao verão, a serem observados pela pessoa com psoríase, que podem ajuda amenizar os sintomas da doença. Abaixo, a consultora de EctoPURE comenta alguns deles:


Água do mar: Também ajuda no processo de troca de pele e, por consequência, na redução dos efeitos da doença. "É preciso, porém, hidratar a pele, antes e depois da exposição, com cremes calmantes sem corticoides, em função do ressecamento causado pelo sal. O mesmo vale ao entrar em águas cloradas, como as de piscinas", orienta a consultora científica. Além disso, segundo informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, só se deve entrar no mar se a água estiver própria para banho.


Tecidos das roupas: O material das roupas influencia na temperatura corporal, e logo na transpiração, fator que piora o quadro de irritação das lesões. "Recomendam-se então os tecidos de algodão e peças mais soltas do corpo", declara a especialista.


Picadas de Insetos: As mordidas de insetos podem agravar a psoríase, mas os compostos presentes nos repelentes também. "Nesses casos, o paciente deve usar roupas compridas durante a noite e considerar opções possíveis para manter os mosquitos afastados", explica a especialista.


Diminuição do estresse: Esse fator, que também piora a doença, pode diminuir no verão, já nas férias ou recesso do trabalho. "Com isso, há mais tempo para fazer atividades relaxantes, como exercícios, meditação, passeios, etc", sugere a Dra. Harris, da Biobalance.


Vergonha da exposição – Há pacientes com psoríase que não usufruem dos benefícios do verão para amenizar a doença, em função de um possível constrangimento em expor as lesões. 

Segundo os especialistas que lidam com os casos da doença, principalmente psicólogos, nesse momento, a família e os amigos devem motivar essa pessoa a ignorar o preconceito, inclusive consigo mesma, e apoiá-la nas situações de frustração. "É preciso ficar claro para o paciente que o lazer e a vida social que ele leva não devem sofrer nenhuma alteração em função da psoríase", finaliza a Dra. Harris.






Biobalance Natural Immune Support
 SAC: sac@biobalance-nutraceuticals.com ou 0800-771-8438




Redução de estômago por endoscopia



 Liberada para uso fora do ambiente de pesquisa, a redução de estômago por endoscopia se mostra uma opção mais segura e menos invasiva


Apenas quatro meses após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a utilização do fio de sutura usado na gastroplastia endoscópica (GPE), cerca de 300 cirurgias já foram realizadas na rede privada com o novo procedimento para redução do estômago, conforme levantamento do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO). Em novembro de 2016, a agência havia aprovado a utilização do aparelho conhecido como Apollo Oversticth, principal componente para o procedimento, mas, sem a liberação do fio de sutura, somente agora a rede privada obteve condições para adotar a nova técnica. Em novembro de 2017, o procedimento foi também reconhecido pelo CRM-SP, pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica - SBCBM, e pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva SOBED.


Entre os principais ganhos

A GPE utiliza orifícios naturais, boca e esôfago, para chegar ao estômago do paciente, e emprega um endoscópio equipado com aparelho de sutura. O cirurgião sutura o estômago a partir de marcações padronizadas para diminuir o tamanho desse órgão. A volume total pode ser reduzido entre 70% a 80%.

Apesar de a GPE não ser indicada para tratamento de todos os tipos de obesidade, tem sido apontada por médicos especialistas como uma grande evolução no tratamento da doença, por ser muito menos invasiva que a cirurgia por videolaparoscopia, que já era considerada minimamente invasiva.

Nos Estados Unidos, onde o procedimento foi criado, um estudo desenvolvido por um grupo de médicos na Cornell University, acompanhou 248 pacientes de obesidade tratados com a gastroplastia endoscópica, entre 2013 e 2015. Os pesquisadores concluíram que a GPE efetivamente induz a perda de peso em até 24 meses em pacientes com obesidade moderada.

Em Belo Horizonte, o cirurgião Dr. Leonardo Salles, especializado em tratamentos contra obesidade, acredita que a gastroplastia dará maior acesso a esse tipo de terapêutica contra obesidade: “A cirurgia bariátrica é excelente, mas não consegue tratar a obesidade em nível populacional. Menos de 1% da população obesa consegue acesso à cirurgia”. De acordo com ele, o procedimento já é mais barato que a cirurgia bariátrica quando criada: “Esse 1% de pacientes atendidos pode chegar a 20%”, acredita.


Recuperação quase imediata

O que tem mais chamado a atenção sobre a GPE – que para muitos médicos nem deveria ser considerada uma cirurgia por não haver cortes – é a rápida recuperação e menor risco de complicações, “uma verdadeira evolução”, segundo especialistas da área. Nos primórdios da cirurgia bariátrica, com o primeiro tipo de cirurgia, era necessário um corte de até 20 centímetros no paciente, resultando em grande possibilidade de infecção, com tempo de recuperação entre 30 e 60 dias. “O pós-operatório era tão difícil que víamos na cara do paciente o arrependimento. A dor era intensa, sendo imprescindível muita morfina”, conta.  

Já na cirurgia por videolaparoscopia reduziu-se o tempo para cerca de 15 dias com a substituição do corte por pequenos furos na região abdominal. Já na nova técnica, realizada entre 50 e 60 minutos, o paciente volta às atividades mais rapidamente: “É uma plástica no estômago feita de dentro para fora, ao invés de fora para dentro. O paciente toma medicação para dor no primeiro dia e volta às atividades normalmente. De 3 a 5 dias já volta a fazer atividades físicas. É um novo salto em termos de qualidade pós-operatório”, explica o médico.

Em relação à alimentação, é igual aos outros procedimentos:15 dias com dieta líquida, 15 dias com a pastosa; e depois a dieta de reeducação alimentar indicada por um nutricionista. Como resultado, segundo o cirurgião, o paciente deverá perder cerca de 6 a 8% do peso no primeiro mês, de 4 a 6% no segundo mês, e de 20 a 30% em um ano.

Em quatro meses o médico operou 15 pacientes, o que corresponde a 90% do total de cirurgias realizadas no local. A maior parte são mulheres, apenas dois são homens, com média de faixa etária nos 40 anos. Ele conta que os pacientes operados com a técnica no IMO têm conseguido excelentes resultados. “Um dos pacientes, com 107 kg, apresentou já no primeiro mês 17% de emagrecimento”, e uma média entre os pacientes de 9,37% já no primeiro mês, diz.


Menor perda de nutrientes

Embora ainda não existam estudos que comprovem, os especialistas da área acreditam que na nova técnica a perda de nutrientes e vitaminas pode ser muito menor, por não haver perda efetiva do tecido do estômago. “Apesar de não mais receber alimentos para digestão, a parte suturada não é retirada e, por isso, continua em funcionamento produzindo suco gástrico. Só reduz o tamanho do espaço para armazenamento do alimento ingerido, ao contrário da laparoscopia em que a parte excedente do estômago é retirada. 

Como a produção de suco gástrico continua, esse suco migra para onde o alimento está, contribuindo com a digestão e, possivelmente, reduzindo a deficiência de ferro e de cálcio”, explica.


Apenas uma ponte para tratamento da obesidade

Apesar de todos os benefícios, o médico alerta que o novo procedimento é apenas um passo no tratamento da obesidade, ao contribuir com uma janela terapêutica de perda de peso. “A gente deixa muito claro que qualquer procedimento é uma ponte para tratamento da obesidade. Tratar peso é tratar o sintoma, mas é o tratamento multidisciplinar que irá tratar a base do problema. Gosto muito de comparar ao tratamento de uma pneumonia, onde o paciente vai ter como sintoma a febre; você pode usar uma dipirona e tratar o “sintoma” febre dele, se não der um antibiótico para tratar a “causa”, o problema vai continuar. É o mesmo quando tratamos a obesidade, com o procedimento tratamos o “sintoma” peso, mas é com o tratamento multidisciplinar que tratamos a “causa” do problema, trabalhando sedentarismo, má educação alimentar, distúrbios psicológicos que levam ao descontrole do peso, assim como causa metabólicas. A gastroplastia dá uma janela terapêutica de emagrecimento, que vai deixar o paciente magro por um tempo, funcionando como catalizador para o tratamento multidisciplinar da obesidade. Se tratou a base ótimo, se não, o peso vai voltar”, enfatiza.





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