Podem ser
grandes, pequenos, rechonchudos, esbeltos, pretos, brancos ou com cores
misturadas. Quem tem, diz que são a alegria da casa. Os cães, considerados
companheiros leais dos seres humanos, são classificados por raças. Alguns
possuem peculiaridades tão distintas que são chamadas de exóticas,
principalmente as estrangeiras, que conquistam cada vez mais o coração e os
lares dos brasileiros.
E como saber se
uma raça é considerada exótica? Quando não se vê com muita frequência a circulação
delas nas ruas. Normalmente as raças exóticas são de fora do país e possuem
cuidados muito específicos. Como exemplo, podemos citar: American Bully, Cane
Corso, Whippet, Leão da Rodésia e o Scottish Terrier, mais conhecido como
Terrier escocês.
Mas antes de
adquirir um cão de raça exótica é importante fazer uma boa pesquisa sobre ela,
exatamente como fazemos também com cães de raças
consideradas comuns. Para todos os animais é preciso buscar saber qual o melhor
clima em que ele se adapta, se sente muito frio, muito calor, os cuidados com a
pelagem, se são caseiros ou precisam se exercitar com mais frequência.
Dos exemplos das
raças mencionadas aqui e que vemos com uma frequência mediana, podemos dizer
que o American Bully está cada vez mais popular no Brasil, sendo considerado o
Pitbull dos novos tempos. Ele é um cão de estatura baixa, pesado, robusto,
ativo, gosta de passear, totalmente dócil e companheiro. Temos o Whippet, que é
mais independente e late pouco. A aerodinâmica da estrutura do seu corpo, faz
com ele seja considerado um cão de corrida, que na fase adulta chega a atingir
até 56 quilômetros por hora. Como tem origem do Reino Unido, é uma raça que
sente muito frio e possui pelo curto.
Uma das raças
mais conhecidas é o Scottish Terrier, que já foi retratado em desenhos animados
e até como um famoso cachorrinho de histórias em quadrinhos. Desenvolvida
especialmente para a caça, o cão dessa classe tem um corpo robusto, patas curtas
e focinho alongado com uma pelagem que se assemelha a uma barba. É um cachorro
inteligente, dócil e tranquilo, o que acaba contribuindo para sua adaptação em
espaços menores como o de apartamentos.
Além dessas
raças, existem outras extremamente raras, como é o caso do Basenji,
que é um cachorro independente, inteligente, curioso e dócil. Necessita de
exercícios regulares e estímulos mentais para não ficar frustrado. Raramente
late e quando o faz, emite um ou dois de cada vez. É um cão de pelagem curta, com
pernas longas e sua calda forma uma espécie de anel. Podemos citar também o Cão
de Crista Chinês, que é uma raça brincalhona, de porte pequeno, se adapta bem
com outros animais e principalmente as pessoas. Ele não gosta de frio e as
variedades sem pelo, necessitam de roupinhas para sair de casa em dias mais
gelados, e estão sujeitos a ter problemas de pele como alergias, cravos e até
insolação.
Já o Komodor é um cão pastor
de origem húngara e grande porte. É forte, musculoso e sua principal
característica é o pelo que forma uma espécie de manta rústica encordoada que
se assemelha aos dreadlocks. É uma raça corajosa, inteligente, calmo e
silencioso, mas se necessário, pode tomar suas próprias decisões caso precise
agir com ferocidade se ameaçado.
E onde adquirir um
cão de raça exótica? Em canil. Visite e cheque a limpeza do local, a
forma como os cães são tratados, se os pais do filhote são e estão saudáveis. E
a dica mais importante: procure uma raça que combine com o seu estilo de vida.
Exótica ou não, ter um cão é felicidade garantida!
René Rodrigues Junior -
médico veterinário da Magnus, fabricante de alimentos para cães e gatos.