Especialista explica a importância do procedimento e alerta
para a necessidade de promover essa atitude que salva vidas
Ninguém
está livre de sofrer um acidente ou uma doença grave, não é mesmo? Qualquer um de
nós pode precisar de transfusão de sangue a qualquer momento e com os pets não
é diferente. Porém, se os bancos de sangue para humanos já sofrem com a falta
de doadores, imagine a dificuldade de conseguir sangue para os animais.
Para
promover e divulgar sobre esse procedimento, a veterinária da Nutrire, Luana
Sartori, explica como funciona a doação e quais animais podem fazê-la. “O
processo de doação de sangue para os pets dura cerca de 15 minutos e não possui
contra-indicação. Um cão doador precisa ter mais de 30 kg, ser vacinado e ter
idade entre um e oito anos”, explica.
Dra.
Luana conta ainda que animais com histórico de doenças infecciosas ou que
tenham recebido transfusão não podem doar. Os felinos também podem salvar
vidas, conforme esclarece a especialista. “Gatos doadores precisam pesar no
mínimo 4kg e ter entre um e sete anos. Os animais devem ter temperamento calmo
e estar com controle de pulgas e dócil”, acrescenta.
Além
disso, todo animal possui uma tipagem e um fator tipo RH, ou seja, o processo
de transfusão precisa ser entre pets de mesma espécie, independente da raça.
“Enquanto nós temos sangues dos tipos A, B, AB e O, os gatos contam com três
tipos sanguíneos e os cães possuem 13. É essencial que o veterinário
responsável pelo procedimento avalie criteriosamente esses precedentes antes de
realizar a transfusão sanguínea”, esclarece.
As vítimas de atropelamentos, picadas de cobras,
intoxicações, problemas renais e no pâncreas são as que mais necessitam de
doação. “É fundamental que os tutores se informem sobre esse procedimento e
contribuem para que possamos salvar mais vidas”, alerta. Muitos têm medo porque
ainda desconhecem o procedimento. A ideia de dor e sofrimento para o doador é
comum, mas completamente equivocada, conforme explica a médica.
“Os bancos de armazenamento para animais praticamente estão
vazios por falta de doadores, infelizmente. Estamos falando de salvar vidas de
fato, visto que a falta de bolsas de sangue nos hospitais é fator decisivo na
vida ou morte de um animal que precisa de ajuda”, ressalta Dra. Luana.
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