Os diferentes tipos
de corrimento feminino e alerta para sinais que podem indicar infecções ou
desequilíbrios na saúde íntima da mulher
É comum que mulheres em idade fértil percebam secreções vaginais
no dia a dia. Mas afinal, como saber se o corrimento é normal ou se é sinal de
que algo está errado? De acordo com a ginecologista e obstetra Dra. Renata
Moedim, entender os tipos de corrimento pode evitar atrasos no diagnóstico de
infecções e até ajudar na prevenção de complicações ginecológicas.
“O corrimento vaginal é uma resposta natural do corpo. Ele pode
variar ao longo do ciclo menstrual por influência hormonal. No entanto, quando
há mudança no odor, cor, consistência ou surgem sintomas associados como
coceira, ardência ou dor, é preciso ficar atenta”, explica a médica.
Os tipos mais comuns de corrimento e o que significam:
1. Corrimento branco transparente e sem cheiro: Normal e saudável.
Geralmente ocorre durante a ovulação ou como resposta à excitação sexual.
2. Corrimento branco pastoso, com coceira intensa: Pode indicar
candidíase, uma infecção fúngica comum, especialmente em períodos de estresse,
baixa imunidade ou após uso de antibióticos.
3. Corrimento amarelado ou esverdeado, com odor forte: É um sinal
de alerta. Pode indicar infecções como tricomoníase, gonorreia ou vaginose
bacteriana.
4. Corrimento acinzentado com odor desagradável (semelhante a
peixe): Característico da vaginose bacteriana, causada por um desequilíbrio da
flora vaginal.
5. Corrimento com sangue fora do período menstrual: Pode estar
relacionado a lesões no colo do útero, infecções, pólipos ou outras condições
mais graves. Deve ser investigado.
Segundo a Dra. Renata, é hora de buscar atendimento médico quando
o corrimento tem cheiro forte ou desagradável, quando há alteração na cor ou
textura (muito espesso, espumoso, esverdeado ou com sangue) ou quando surgem
sintomas associados, como coceira, dor ao urinar, ardência ou desconforto
durante a relação sexual e se há frequência recorrente de episódios, mesmo com
tratamento prévio.
“Nem todo corrimento é infecção, mas toda mulher deve conhecer seu corpo e entender o que é diferente do habitual. O autoconhecimento é a chave para a prevenção”, reforça a médica.
Além disso, manter a higiene íntima adequada (sem exageros), usar roupas leves e de algodão e evitar duchas vaginais são cuidados essenciais para manter o equilíbrio da flora vaginal.
Dra. Renata Moedim – ginecologista. Residência médica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de 2001 a 2003. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Oncologia Pélvica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de 2004 a 2005. Membro da Sociedade Europeia de Estética Íntima
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