Não é novidade que o turismo é um setor dinâmico e cheio de particularidades. Porém, o que talvez ainda passe despercebido para muitos empresários é a velocidade com que as necessidades dos viajantes e do mercado mudam, exigindo uma preparação constante das equipes. Com a expectativa de que o turismo continue em recuperação e expansão, segundo projeções do Boletim Focus, acredito que 2025 será um ano decisivo para quem deseja se destacar no setor. E, para isso, a capacitação prática não é apenas recomendada — é essencial.
Por que a prática importa tanto? Simples: o turismo
é uma indústria de experiências. Não se trata apenas de vender pacotes ou hospedagens, mas de garantir que todos tenha uma vivência memorável, do
atendimento inicial ao pós-venda. Isso só é possível quando as equipes estão
preparadas para lidar com diferentes situações e, mais importante, para
resolver problemas de forma eficaz. Um treinamento
teórico pode ensinar técnicas, mas é a prática que
desenvolve habilidades.
Nos últimos anos, vimos grandes mudanças no
comportamento do consumidor. Viajantes estão mais exigentes, valorizando
personalização e atendimento ágil. Não há espaço para erros frequentes,
especialmente em períodos de alta demanda, como feriados e grandes eventos.
Para atender a essas expectativas, a equipe precisa de mais do que informações,
e sim prática em situações reais.
Lembro de um caso de sucesso de uma empresa parceira
no setor hoteleiro, que investiu em treinamentos práticos com simulações de
atendimento em alta temporada. O resultado foi imediato: a taxa de reclamações
caiu 40% e o índice de avaliações positivas em plataformas digitais disparou.
Esse é o poder da capacitação prática. Quando os funcionários se sentem
preparados para agir com segurança, a experiência do cliente melhora, e os
resultados financeiros acompanham essa evolução.
Em um setor sujeito a crises e mudanças abruptas,
como a pandemia nos ensinou, a adaptação rápida é um diferencial competitivo. A
prática contínua ajuda as equipes a estarem prontas para lidar com imprevistos.
O treinamento pontual, aquele feito uma vez por ano, já não é suficiente. A
capacitação deve ser constante e envolver diferentes áreas, desde o atendimento
até a gestão operacional.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que empresas
que investem em treinamento contínuo registram até 22% mais eficiência em suas
operações. Isso acontece porque os funcionários não só adquirem conhecimento,
mas também desenvolvem confiança para aplicá-lo. No turismo, isso significa
conseguir reagir rapidamente a mudanças no roteiro de um cliente, atrasos em
voos ou imprevistos em reservas de hotéis.
Um dos grandes desafios do setor é entregar um
atendimento personalizado sem comprometer a agilidade. Aqui, a prática
novamente se torna uma aliada. Em um treinamento teórico, os colaboradores
aprendem que precisam oferecer um atendimento personalizado, mas, na prática, é
durante as interações reais que eles descobrem como interpretar os sinais do
cliente, entender suas preferências e agir de forma proativa.
Por exemplo, durante o treinamento prático em
agências de turismo, os colaboradores podem ser expostos a situações reais de
atendimento, como um cliente em busca de um pacote customizado de última hora.
Esse tipo de experiência prática prepara o profissional para oferecer não
apenas opções genéricas, mas sugestões ajustadas às expectativas do cliente,
criando um diferencial competitivo.
O impacto financeiro da
capacitação
Para aqueles que ainda encaram a capacitação como
um custo, é importante destacar o impacto financeiro positivo que ela pode
gerar. Não é coincidência que empresas com equipes bem preparadas tenham
maiores taxas de fidelização e recomendação. Aqueles que estão satisfeitos
retornam e recomendam o serviço, o que reduz os custos com aquisição de novos
clientes. Além disso, um funcionário bem treinado comete menos erros, o que
evita prejuízos operacionais.
Ainda de acordo com o Boletim, a previsão de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 é moderada, exigindo que
empresas busquem eficiência máxima. Isso significa fazer mais com menos, e a
capacitação prática é uma ferramenta fundamental para isso. Ao preparar suas
equipes para entregarem o melhor atendimento possível, você reduz desperdícios,
aumenta a satisfação do cliente e, por consequência, melhora a margem de lucro.
Investir em treinamento não traz resultados apenas
no curto prazo. Empresas que priorizam a capacitação contínua criam uma cultura
de aprendizado e inovação. Isso é essencial no turismo, onde tendências e
preferências mudam rapidamente. Se o foco for apenas no presente, a empresa
corre o risco de ficar para trás quando o mercado evoluir.
A capacitação também é uma forma de reter talentos.
Profissionais que se sentem valorizados e veem oportunidades de crescimento
tendem a permanecer na empresa, o que reduz a rotatividade e os custos relacionados
à contratação e treinamento de novos funcionários.
Para mim, o caminho é claro: quem investir em treinamento prático e contínuo estará um passo à frente. E não se trata apenas de sobreviver, mas de prosperar. Afinal, no turismo, não basta atender às expectativas. É preciso superá-las.
Cleib Filho - CEO da 100 Limites Expedições, onde liderou a expansão da empresa no turismo de aventura, consolidando-a como referência no setor. Com uma carreira dedicada ao turismo, Cleib também atua como mentor de agentes de viagens, compartilhando seu know-how em palestras que abordam estratégias de sucesso e desenvolvimento no mercado de aventura, inspirando profissionais a fortalecerem suas atuações no setor.
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FaturaTUR
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