Especialista do CEJAM explica a importância da água para o corpo humano
Celebrado anualmente em 22 de março, o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da água para a vida no planeta e para a saúde humana.
Segundo Sidilene
Mudesto, nutricionista da UBS Jardim Comercial, gerenciada pelo CEJAM - Centro
de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal
da Saúde de São Paulo, a água é essencial para o funcionamento do nosso
organismo e desempenha funções vitais, como: regulação da temperatura corporal,
transporte de nutrientes, eliminação de toxinas, proteção à estrutura do corpo,
auxílio na digestão e melhora da circulação sanguínea.
“Estima-se que a
ingestão adequada de água pode reduzir em até 60% o risco de formação de
cálculos renais, por exemplo, pois o líquido elimina toxinas e auxilia os rins
no processo de filtragem. Além disso, atua nos intestinos, evitando a prisão de
ventre e previne o ressecamento da pele, contribuindo para um aspecto mais saudável
e hidratado”, completa.
Sinais de
desidratação e prevenção de doenças: um alerta para o dia a dia
É crucial estar
atento aos sinais de desidratação, que podem se manifestar de diversas formas e
impactar a qualidade de vida. Mal-estar, fraqueza, sonolência, irritabilidade,
dificuldade de atenção, sensação de fome (quando, na verdade, pode ser sede),
dores de cabeça, diminuição da função cognitiva, aumento da frequência cardíaca
e tontura ao levantar-se são alguns deles.
A desidratação
crônica, mesmo em níveis leves, pode comprometer o desempenho físico e mental,
bem como aumentar o risco de desenvolvimento de Doenças Crônicas Não
Transmissíveis como hipertensão, doenças cardiovasculares, obesidade e
diabetes.
“A manutenção do
volume sanguíneo com a hidratação adequada é essencial para o controle da
pressão arterial, reduzindo o risco de hipertensão”, explica a nutricionista.
Hidratação e
sistema digestivo: uma engrenagem perfeita
A água é essencial
para todas as etapas do processo digestivo, desde a mastigação e deglutição até
a absorção de nutrientes e a formação das fezes. A saliva, composta
principalmente por água, amolece os alimentos, facilitando a mastigação e a
deglutição. A água ajuda a lubrificar o esôfago, permitindo que os alimentos deslizem
suavemente até o estômago. No estômago, auxilia na produção de ácido
clorídrico, um componente essencial do suco gástrico que ajuda a quebrar os
alimentos. No intestino delgado, é fundamental para a dissolução dos
nutrientes, permitindo que sejam absorvidos pela corrente sanguínea. No
intestino grosso, facilita o processo e previne a constipação – contribuindo
para o equilíbrio da flora intestinal.
Consumo ideal
e dicas práticas: personalizando a hidratação
A quantidade ideal
de água a ser consumida diariamente varia de acordo com a idade, peso, nível de
atividade física e clima. A nutricionista Sidilene Mudesto recomenda:
- Gestantes:
45 ml por kg de peso corporal
- Jovens
até 17 anos: 40 ml por kg de peso corporal
- De
18 a 55 anos: 35 ml por kg de peso corporal
- De
55 a 65 anos: 30 ml por kg de peso corporal
- Acima
de 66 anos: 25 ml por kg de peso corporal
Para aumentar o
consumo diário de água, a nutricionista sugere:
- Usar
lembretes ou aplicativos no celular para reforçar a necessidade de
hidratação ao longo do dia.
- Ter
sempre uma garrafa de água por perto para facilitar o consumo regular.
- Beber
de 500ml a 600 ml de água ao acordar para ajudar a repor os líquidos
perdidos durante o sono.
- Adicionar
frutas, ervas ou especiarias à água pode facilitar a ingestão.
Outras fontes
de hidratação e horários ideais: variedade e estratégia
Além da água, chás
e sucos naturais (sem adição de açúcar), água de coco, frutas e vegetais também
contribuem para a hidratação. Em relação aos horários, a profissional orienta
que o ideal é consumir água pela manhã, 30 minutos antes das refeições ou após.
Beber até 200 ml durante as refeições não costuma ser um problema, mas o
excesso pode diluir o suco gástrico e dificultar a digestão.
Já pessoas com
restrições médicas, como problemas renais ou cardíacos, devem ter cuidados
específicos com a ingestão de água, seguindo as orientações de seus médicos. Em
casos de insuficiência renal, por exemplo, a restrição de líquidos pode ser
necessária para evitar sobrecarga nos rins.
"O mais
importante é ouvir o seu corpo e encontrar o que funciona melhor para você. A
hidratação é uma necessidade individual e deve ser adaptada às suas
características e necessidades específicas", finaliza.
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial
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