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Muitas mulheres com doenças autoimunes se perguntam
se a gravidez é segura ou até mesmo viável. A resposta não é simples, pois
depende de diversos fatores, como o tipo de doença, o estágio em que ela se
encontra e os medicamentos em uso. A reumatologista Cláudia Goldenstein
Schainberg esclarece que, em alguns casos, a gravidez pode ser contraindicada
temporariamente, mas isso não significa que a mulher nunca poderá engravidar.
"Algumas doenças autoimunes realmente tornam a
gravidez desaconselhável em determinado momento, especialmente se a doença
estiver em atividade. Mas isso não significa que a mulher nunca possa
engravidar. O ideal é que a concepção ocorra quando a doença estiver controlada
e em um momento propício", explica a reumatologista.
Outro fator crucial é a medicação utilizada no
tratamento da paciente. "É fundamental lembrar que o uso de alguns
medicamentos pode trazer riscos ao bebê, como má-formação fetal. Por isso,
antes de engravidar, é essencial conversar com o médico para avaliar quais
tratamentos são seguros e qual o melhor momento para a gestação", alerta
Goldenstein.
Entre as doenças autoimunes que exigem atenção
especial na gravidez estão o lúpus eritematoso sistêmico, a artrite reumatoide
e a síndrome do anticorpo antifosfolipídio. O acompanhamento de uma equipe
médica multidisciplinar, composta por reumatologistas e obstetras
especializados, é essencial para garantir uma gestação saudável para a mãe e o
bebê.
"Cada caso é único, e o planejamento adequado
pode fazer toda a diferença. O mais importante é que as pacientes saibam que a
gravidez pode ser possível, desde que aconteça no momento certo e com
segurança", reforça Schainberg.
A orientação médica é indispensável para que
mulheres com doenças autoimunes realizem o sonho da maternidade sem comprometer
a própria saúde ou a do bebê.
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