Pesquisa revela impactos profundos da presença de mulheres em cargos de liderança sobre o desempenho dos negócios
Presentes em 39% dos cargos de liderança no Brasil, de acordo com a pesquisa CNI de 2023 com dados da PNAD Contínua do IBGE, as mulheres aportam competências essenciais para a consolidação de ambientes corporativos mais sustentáveis e inovadores e para atrair talentos e engajar. Mesmo demonstrando dificuldade em se perceber em cargos de liderança, estas profissionais são agentes de mudança nas organizações e podem ser determinantes para o melhor desempenho dos negócios. Por isso, a pesquisa O modelo feminino de liderar negócios traz os cinco passos para aceleração da liderança feminina nas empresas e indica por onde começar esta mudança.
Elaborado pela MIT Sloan Management Review Brasil, marca licenciada no Brasil pelo CNEX, uma das empresas do ecossistema Atitus Educação, o estudo mapeou os pontos em que o modelo de liderança feminina e masculina se diferenciam. Entre as descobertas está a de que as líderes mulheres apresentam competências muito alinhadas a algumas das principais demandas do mundo corporativo atual, como resolução de problemas complexos e desenvolvimento de pessoas. Inovadoras e colaborativas, elas rompem com a liderança culturalmente uniforme, seja nas áreas de negócios ou de apoio, contribuindo com a criação de um ambiente mais plural, voltado ao bem-estar e sustentável.
“Cruzando nossos dados com os de outros estudos, ficou comprovado
que as empresas com maior presença de mulheres na liderança têm desempenho
melhor em receita presente e em inovação, que é a receita futura. As líderes
mulheres têm foco especial nos resultados do negócio”, pontua Lara Silbiger,
coordenadora da pesquisa e head editoral da MIT Sloan Management Review Brasil.
Além disso, Lara destaca que equipes com maior presença feminina também se
mostram mais aptas e ágeis para superar desafios, segundo pesquisas globais do
MIT Center for Collective Intelligence.
Busca por qualificação e aprendizado
contínuo são aliados do crescimento profissional feminino
Os obstáculos ao desenvolvimento da carreira das mulheres têm
origem em um não reconhecimento histórico e estrutural do valor do modelo de
liderança feminina. Um fato atribuído à postura de colegas e também comum entre
as mulheres, aponta a pesquisa.
Para Lara Silbiger, coordenadora da pesquisa e head editoral da MIT Sloan Management Review Brasil, este é um sistema confrontado pelas mulheres por meio da busca por qualificação e aprendizado contínuo. A disciplina de aprendizado delas faz com que oportunidades de educação sejam o maior impulsionador da liderança feminina e, em paralelo, o ambiente de transformação digital - onde as habilidades são cruciais - impulsiona a mudança de mentalidade de todos em relação à liderança feminina, aponta o estudo.
Para driblar a dificuldade em ascender na carreira, o estudo
aponta um conjunto de ações intencionais das empresas empregadoras que podem
mudar essa realidade e determina que é preciso dar um passo além da criação de
programas de diversidade - nem sempre efetivos. “Houve um boom em relação a
programas de diversidade e inclusão nas empresas. Isso, em algum momento, deu a
sensação para o mercado de que a lição de casa estava feita e, na verdade, não
estava”, comenta Ana Fontes, CEO e fundadora da RME (Rede Mulher Empreendedora)
e do Instituto RME, e uma das cinco especialistas em liderança feminina
responsáveis pelo estudo qualitativo.
Cinco passos para acelerar a liderança
feminina:
- Identificar (e derrubar) obstáculos
Preferência por homens em postos estratégicos, estereótipos de
gênero, ausência de políticas de equidade e pressão cultural para assumir
responsabilidades familiares são algumas das barreiras à ascensão profissional
das mulheres.
- Combater a síndrome da impostora
Ainda que muitas reconheçam seus pontos fortes, as líderes
subestimam suas habilidades – por falta de informação ou de formação contínua.
Mentorias, empoderamento e reconhecimento melhoram essa autoavaliação.
- Preparar-se para um novo modelo de liderança
A liderança feminina combina adaptabilidade e colaboração e
prioriza inclusão, escuta ativa e sustentabilidade para melhorar a coesão da
equipe e inovar mais – e deve ser conciliado com cumprimento de metas em ambientes
competitivos.
- Apoiar o crescimento das profissionais
Mulheres em posições de liderança enfrentam um caminho de
superação de discriminação e se destacam pela resiliência e capacidade de
adaptação. Um caminho para o sucesso é a oferta de mentoria e capacitação,
reconhecimento, equidade salarial e acesso a papéis estratégicos.
- Elevar as condições de trabalho
Ambientes flexíveis, com trabalho remoto e políticas inclusivas,
facilitam o desenvolvimento de líderes empáticas e colaborativas. Na liderança,
mulheres promovem o bem-estar e o desenvolvimento do capital humano e se tornam
agentes de mudança nas organizações.
A pesquisa na íntegra está disponível no site do MIT Sloan Review Brasil através do link.
Atitus Educação
CNEX
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