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quinta-feira, 20 de março de 2025

Procedimentos menos invasivos e tratamentos inovadores ajudam a combater novos casos de câncer de mama e do colo do úter

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Quase 100 mil novos casos devem ser diagnosticados até final de 2025;

Diagnósticos precisos associados a tratamentos avançados e eficazes contribuem para aumentar as chances de cura 


Até o final deste ano, o Brasil deve registrar mais de 73 mil novos casos de câncer de mama e cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo do útero, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Esses são os tipos de tumores que mais matam mulheres em todos os anos, porém a evolução no diagnóstico e no tratamento dessas neoplasias têm garantido mais qualidade de vida, aumentado a taxa de sobrevida e ampliado as chances de cura.

 

Câncer de mama

O autoexame é uma das alternativas para identificar alterações na mama, porém é necessário fazer a mamografia anualmente. Esse exame é insubstituível porque pode identificar o câncer antes mesmo de se tornar palpável. Quando identificado no início as chances de cura são altas. Após a identificação de lesão na mama, a paciente será encaminhada pelo serviço de saúde para investigar se o nódulo tem potencial para ser uma neoplasia, precisando fazer uma biópsia. 

“Esse procedimento complementa os exames de imagem e é essencial para confirmar se há presença de células cancerígenas no tecido mamário, determinar o tipo específico do câncer de mama, o estágio da doença e definir estratégias mais adequadas para o tratamento”, afirma Glais Libanori, Gerente de Medical Affairs da BD. A biópsia a vácuo, por exemplo, é bastante eficiente para extrair uma pequena parte do tecido de forma menos invasiva, além de reduzir o tempo do procedimento.
 

Câncer do colo do útero

O principal fator para o desenvolvimento do câncer do colo do útero são as infecções causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV), um vírus sexualmente transmissível e que pode ocasionar lesões precursoras do câncer do colo uterino. Este é o terceiro tipo de tumor mais comum em mulheres e a quarta neoplasia que mais mata no Brasil. 

O câncer cervical pode ser erradicado pela vacina contra o HPV disponível gratuitamente para meninos e meninas de nove a 14 anos, em dose única. Além da vacinação, mulheres que iniciaram sua vida sexual devem realizar anualmente exames ginecológicos de alta precisão para rastreamento e diagnóstico precoce de infecções do HPV. 

“É necessário realizar o exame de Papanicolau para identificar alterações nas células do colo do útero, além de infecções sexualmente transmissíveis e vaginais. É recomendado que as duas primeiras coletas do exame sejam feitas anualmente e, se não houver alterações, o exame pode ser realizado de três em três anos. Entretanto, muitas mulheres têm deixado de realizar esse exame por não terem tempo de ir ao posto de saúde ou até mesmo por sentir vergonha de realizar a coleta”, afirma Neila Speck, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e vice-presidente da Comissão Nacional Especializada no Trato Genital Inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). 

Uma alternativa para democratizar o rastreamento do vírus HPV é a autocoleta vaginal com a genotipagem estendida para detecção do DNA do vírus e da infecção persistente pelo HPV. Esta solução detecta a infecção por HPV antes do vírus transformar as células em pré-cancerígenas, sendo possível diagnosticar de maneira precoce se a paciente está em risco ou não de desenvolver o câncer. 

O procedimento é menos invasivo e tão preciso quanto o realizado no consultório médico. A autocoleta é um dispositivo prático e seguro que pode ser manuseado em casa pelas mulheres e homens transgêneros, não sendo necessário o auxílio de um profissional de saúde para realizar a coleta. “Este método facilita o acesso ao exame preventivo, especialmente para mulheres que enfrentam dificuldades em realizar exames ginecológicos regulares, democratizando a detecção precoce de lesões precursoras do câncer do colo do útero”, comenta Glais Libanori.
 

Novas opções terapêuticas

Os biomedicamentos despontam como terapias avançadas e inovadoras para o combate de diferentes tipos de câncer, incluindo o de mama e do colo do útero. Os produtos biológicos têm segurança e eficácia cientificamente comprovadas e atuam de maneira precisa, inibindo a multiplicação das células tumorais enquanto preservam os tecidos saudáveis ao redor, o que contribui significativamente para a qualidade de vida das pacientes.

"Os biossimilares vêm ganhando espaço por ampliar o acesso da população a terapias de ponta e por oferecer resultados muito positivos a custos inferiores aos medicamentos originadores. Isso representa um avanço crucial para a democratização do tratamento de cânceres", conclui Katia Beltrão, Gerente Nacional de Marketing e Demanda Hospitalar da Biomm.


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