Arquitetura que
traz a natureza para dentro dos espaços muda a forma de morar e trabalhar
Estar em contato com a natureza traz a sensação de
bem-estar, algo que está ganhando espaço até na arquitetura com o chamado
design biofílico. Essa tendência integra elementos naturais, como plantas, luz
do sol e materiais como madeira, aos ambientes do dia a dia. A novidade está
transformando prédios residenciais e comerciais, criando espaços mais
agradáveis e saudáveis para viver e trabalhar.
Não é de hoje que as plantas fazem parte da
paisagem interna dos ambientes, mas elas nunca foram tão populares. Com essa
nova filosofia de design, a flora passa a ser uma parte integral da
funcionalidade do imóvel. Não é por menos: um estudo da Universidade de Exeter,
na Inglaterra, mostrou que ambientes com mais natureza aumentam a produtividade
em até 15% e ajudam a reduzir o estresse. Isso explica por que tantas empresas
e construtoras estão apostando em projetos que colocam a natureza no centro.
Diogo Zambetta,
engenheiro civil e co-fundador da Zambetta
Empreendimentos, reforça que essa ideia vai além de deixar o espaço bonito.
“O design biofílico não é só uma moda, é uma necessidade. Com as cidades cada
vez mais cheias e cinzas, trazer elementos naturais faz uma diferença enorme na
saúde mental e até no bolso, já que economiza energia com iluminação e
ventilação natural”, explica.
Um jeito inteligente de
projetar
A ideia de incluir a natureza nos projetos vai
muito além de estética. Grandes janelas que deixam a luz natural entrar, áreas
com bastante verde e até telhados cobertos com plantas são soluções que
economizam energia, reduzem o calor e ajudam a evitar enchentes.
Nos apartamentos, varandas com jardins verticais e
espaços comuns cheios de plantas viraram um diferencial. “Esses projetos mexem
com o lado emocional das pessoas. Quem visita um lugar assim logo se imagina
morando ali, o que ajuda muito a vender os empreendimentos”, comenta Zambetta.
Isso também vale para empresas. Escritórios que
adotam o design biofílico relatam funcionários mais felizes e engajados. “É uma
mudança que traz benefícios para todos”, completa.
O que ainda falta melhorar
Apesar de todas essas vantagens, o design biofílico
ainda encontra alguns desafios na realidade brasileira. Um dos maiores é o
custo inicial, que pode ser visto como alto para quem não entende o impacto a
longo prazo. Outro problema é a falta de incentivos para projetos mais
sustentáveis.
“O que atrapalha é que muita gente ainda pensa só
no custo imediato. O que esquecem é que esses projetos reduzem gastos com
energia, manutenção e até ajudam na saúde das pessoas. É um investimento que se
paga com o tempo”, explica Zambetta.
Mesmo assim, cidades como São Paulo e Curitiba já
têm exemplos de prédios que mostram o potencial dessa ideia. Aos poucos, o
design biofílico está mudando o jeito de construir no Brasil.
O futuro do design biofílico
Com as pessoas cada vez mais preocupadas com o meio
ambiente e o bem-estar, o design biofílico tem tudo para continuar crescendo.
Novas tecnologias, como sistemas automáticos para cuidar das plantas, estão
deixando essa abordagem mais prática e acessível.
Para Zambetta, esse é o caminho certo para melhorar a vida nas cidades. “Trazer a natureza para dentro dos prédios é uma forma de criar lugares onde as pessoas realmente querem estar, seja para viver, trabalhar ou simplesmente relaxar. Isso transforma vidas e comunidades de uma forma palpável e real”, finaliza.
Diogo Zambetta - engenheiro civil com ampla experiência no desenvolvimento imobiliário. Co-fundador e Diretor Técnico da Zambetta Empreendimentos, o foco do especialista é na incorporação de empreendimentos residenciais e comerciais de alto padrão. Ao longo de sua trajetória, Diogo esteve à frente de projetos que combinam inovação tecnológica e arquitetura de excelência, destacando-se pela criação de espaços urbanos que promovem qualidade de vida e sustentabilidade.
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