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Para Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, o cenário de aumento de 1% está bem precificado muito em função da última reunião do Copom em que isso já foi sinalizado em comunicado. "Os dados mais recentes de inflação estão vindo piores na margem, o núcleo de serviços também. Estamos vendo piora das expectativas de inflação e, com isso, todo mundo está precificando juros mais altos lá na frente. Em março, devemos ter um aumento de mais 1 ponto percentual e depois mais dois aumentos de 0,5% cada, chegando em 15,25% e ficando estável", explica o especialista.
Nesse cenário, Ana Paula Carvalho, planejadora financeira e sócia da AVG Capital, acredita que ativos ligados ao IPCA ainda são interessantes, especialmente para prazos mais longos. “A proteção contra a inflação continua sendo um atrativo, na minha visão, principalmente quando as taxas oferecidas nos títulos do governo estão em níveis acima de 7% ao ano. Isso proporciona ao investidor não só a proteção da variação da inflação, mas também um retorno real consistente ao longo do tempo. Para quem busca mais segurança, títulos atrelados ao IPCA tendem a ser uma escolha mais coerente”, diz.
Já os ativos prefixados, nesse momento, segundo a especialista, são uma escolha mais arriscada. “A expectativa de alta da Selic e o cenário de inflação ainda elevado tornam esses ativos mais vulneráveis. Minha recomendação seria limitar a exposição a 2,5% da carteira para clientes com perfil arrojado e evitar para perfis conservadores, dada a volatilidade que esse tipo de ativo pode apresentar”, comenta.
Carolina Bohnert, especialista em investimentos e sócia da The Hill Capital, acredita que vale o investidor alocar em investimentos pós-fixados. “Com a tendência de elevação de juros, os ativos que mais se beneficiam neste cenário, na minha visão, são os ativos pós-fixados. Os investidores podem acessar esses ativos através do Tesouro Selic, CDB LCA , fundos de investimentos de renda fixa e outros títulos emitidos por empresas”, comenta.
Já se o objetivo é investir nos EUA, Jeff Patzlaff, Planejador Financeiro CFP®, indica aos investidores considerarem ativos internacionais que ofereçam proteção contra a volatilidade e oportunidades de crescimento, como os ETFs que replicam o desempenho de mercados desenvolvidos, como o S&P 500 nos EUA ou o STOXX Europe 600 na Europa. “Além disso, setores como tecnologia, saúde e energias renováveis têm mostrado resiliência e potencial de crescimento. Investimentos em títulos de dívida de países com boa classificação de crédito também proporcionam estabilidade e retornos consistentes em moeda forte”, destaca Jeff.
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