As férias escolares são aguardadas ansiosamente pelas crianças, mas para os pais divorciados ou separados, o período pode trazer desafios no planejamento da convivência com os filhos. A guarda compartilhada, modelo mais comum atualmente, requer organização e diálogo para que o período seja desfrutado de forma harmoniosa, priorizando o bem-estar do menor.
A
falta de acordos prévios ou a má comunicação entre os genitores pode
transformar as férias em um momento de atritos. Para evitar conflitos e
garantir que as crianças aproveitem ao máximo esse tempo com seus genitores, é
essencial entender os aspectos legais e as melhores práticas para organizar as
férias dentro do regime de guarda compartilhada.
Para evitar problemas, é fundamental que os pais definam os períodos de convivência com antecedência. Segundo a Dra. Monica, os acordos devem ser claros e respeitados: “O genitor que estiver com a criança deve se organizar para garantir alimentação, segurança e entretenimento. Além disso, é importante manter o outro informado sobre viagens planejadas, incluindo destino, meio de transporte e hospedagem”.
Quando não há acordo entre os genitores, o Judiciário vai intervir. “Na ausência de consenso, o juiz divide o período de forma igualitária, salvo situações excepcionais, como necessidades especiais da criança ou restrições de visita por um dos genitores”, detalha Monica. Ela também ressalta que o descumprimento de acordos pode levar a consequências legais, sendo recomendável evitar brigas para preservar o bem-estar do menor.
A questão financeira também pode ser um ponto sensível. Durante o período de convivência, o genitor que está com a criança geralmente arca com os gastos das atividades de lazer. Contudo, a Dra. Monica sugere que o diálogo pode ser uma solução eficaz: “Nada impede que o genitor com maior capacidade financeira contribua para gastos extraordinários, desde que ambos estejam dispostos a colaborar”.
Por
fim, a advogada orienta que o planejamento das férias seja baseado no amor,
respeito e empatia, sempre considerando os interesses da criança. “O filho é um
empreendimento conjunto dos pais e sua criação deve ser planejada diariamente,
lembrando que criança não é uma coisa e por isso, às vezes, o plano inicial
terá que mudar, seja porque a criança ficou doente, seja porque tem um evento
importante em família com o outro genitor ou, ainda, porque um dos genitores
tem um compromisso inadiável. É
imprescindível que os genitores ajam em parceria e lembrem-se sempre que ambos
são importantes para que esta criança cresça psicologicamente saudável e se
torne um adulto íntegro e independente”, conclui a especialista.
Com
diálogo, organização e foco no bem-estar das crianças, é possível transformar
as férias em um período de união e memórias felizes para toda a família.
Furno Petraglia e Pérez Advocacia
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