De 14 a 21 de dezembro, o Brasil se engaja na
Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea, uma iniciativa que
busca conscientizar a população sobre a importância de se tornar um doador e
ampliar o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Trata-se de um ato simples, mas que pode ser a única chance de cura para
milhares de pacientes diagnosticados com doenças graves, como leucemias, linfomas
e outras desordens sanguíneas.
Melissa Bosi, hematologista da Oncoclínicas
Espírito Santo, reforça a relevância dessa mobilização. “Em alguns casos, o
transplante é indicado logo no início. Em outros, essa opção só será aplicada
se os primeiros tratamentos não apresentarem resultado. O especialista é quem
saberá orientar o melhor caminho. Contudo, manter os bancos atualizados é
essencial”, explica.
Como doar medula óssea?
O primeiro passo para se tornar um doador é fazer o
cadastro no Redome. Para isso, basta procurar um hemocentro, preencher um
formulário com informações pessoais e realizar a coleta de uma pequena amostra
de sangue ou saliva.
“Esse material é utilizado para análise de
características genéticas fundamentais para verificar a compatibilidade com
pacientes que aguardam transplante. Todo o processo é rápido, simples e
indolor”, esclarece Melissa.
Caso o doador seja compatível com algum paciente,
ele será chamado para realizar exames complementares e confirmar a
possibilidade da doação, que pode ser feita de duas maneiras:
● Coleta de células-tronco do sangue periférico: método mais comum e semelhante a uma doação de
sangue, onde o doador recebe medicação para estimular a produção de
células-tronco que serão retiradas do sangue.
● Aspiração direta da medula óssea: realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia,
com retirada de uma quantidade mínima da medula do osso da bacia.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA),
apenas 25% dos pacientes encontram doadores compatíveis entre familiares. Para
os demais, a compatibilidade precisa ser encontrada em bancos de medula óssea.
“Apesar de o Redome ser o terceiro maior banco de doadores do mundo, o número
ainda é insuficiente para atender a toda a demanda, especialmente considerando
a diversidade genética do Brasil”, destaca a hematologista.
Ainda há muitos mitos e receios sobre o processo de
doação de medula óssea. “O procedimento é seguro, tanto na coleta quanto na
recuperação do doador, que não sofre nenhum prejuízo à saúde. A doação não
afeta a medula do doador, pois ela se regenera rapidamente”, completa.
A solidariedade que transforma vidas
A Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula
Óssea é uma oportunidade para refletir sobre o impacto de pequenos gestos. “A
cada novo doador cadastrado, aumentam as chances de pacientes encontrarem a
compatibilidade necessária para o transplante. É um ato de amor ao próximo que
pode salvar vidas”, conclui Melissa.
Serviço: onde doar
No Espírito Santo, os interessados podem procurar o Hemoes (Centro Estadual de Hemoterapia e Hematologia), que realiza o cadastro de doadores para o Redome. Basta ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e apresentar um documento oficial com foto.
Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com
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