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As pessoas necessitam de um período para reavaliar as escolhas, explorar novos interesses e adquirir experiências inovadoras. O termo sabático, oriundo do hebraico Shabat, está relacionado à tradição judaica de descansar a terra a cada seis anos de cultivo ininterrupto. Na terceira idade, um momento de pausa pode ser especial. Não é uma decisão fácil ou imediata, mas sim fruto de um processo de autoconhecimento e de estar disposto a sair da zona de conforto (ou desconforto), enfrentando medos e desafios. Para que o projeto se torne exitoso, há três palavras fundamentais: antecedência, organização e planejamento.
Compartilho aqui a experiência que tive com meu
marido, Paulo, de nosso período de pausa, após eu pedir afastamento do cargo de
gestão que exercia há mais de 10 anos. Apesar de gostar imensamente do que
fazia, não vinculava o cansaço e o estresse que sentia a esse trabalho. Essa
constatação me fez refletir e ver que era hora de “passar o bastão”, não sem
antes praticar o desapego. O que fazer? O mundo tinha aberto as portas e o céu
seria o limite! Quantas possibilidades! Depois de várias “tempestades de
ideias”, decidimos viajar por aproximadamente seis meses para a
Europa em 2018, guiados por interesses comuns em história, cultura e arte do
velho mundo.
Iniciamos a jornada pela Inglaterra e tivemos a
oportunidade de conhecer e interagir com pessoas de várias partes do mundo.
Todo o roteiro da foi em função do desejo de conhecermos as grandes obras de
arte, como as contidas no British Museum na capital inglesa, no
Museu do Prado, em Madri, e no Louvre, de Paris, além de patrimônios históricos
e culturais da humanidade em lugares como Portugal e Alemanha. As vivências
espirituais foram outro ponto alto do passeio em espaço como a Sacré-Coeur,
de Paris, o Self Realization Fellowship, de Dublin, e o templo de
Neasden, em Londres.
Ao término de nossa viagem, voltamos com uma
bagagem extraordinária de vivências e conhecimentos que gostaríamos de passar
para outras pessoas. Descobri o prazer de escrever e publiquei dois livros
sobre a experiência e Paulo entrou para o ramo do turismo. Valeu a pena? Muito!
Essa decisão precisa ter uma razão e um propósito, um plano de ação muito bem
estruturado, com definição do tempo da pausa, destino, custos e preparação para
o retorno, garantindo que essa experiência se reverta em crescimento pessoal ou
profissional.
Desperte sua criatividade e explore potencialidades
que talvez nunca tenha imaginado, permitindo-se um período de pausa
transformador!
Maria Leopoldina de Castro - 60+, médica e autora de “168
dias viajando pelo mundo: o prazer de viver a arte, cultura e espiritualidade”
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