A
biomédica Jéssica Magalhães, especialista com mais de 10 anos de experiência em
pele preta, recomenda o cuidado regular com a saúde cutânea.
Com a
maior exposição solar devido a primavera e chegada do verão, torna-se
necessário tomar algumas medidas de proteção para evitar lesões na pele e
outras condições. Esses cuidados, inclusive, devem ser redobrados em pessoas
de pele negra, em que a maior produção de melanina aumenta as chances de hiperpigmentação
e melasma.
Além
da radiação ultravioleta (UV), que estimula a produção de melanina, outros
fatores que contribuem para o desencadeamento dessas condições são as alterações
hormonais e lesões na pele, como acne e picadas de insetos, deixando
marcas devido à tendência de hiperpigmentação pós-inflamatória.
Nesse
contexto, a biomédica esteta Jéssica Magalhães, especialista em pele
preta com mais de 10 anos de experiência, destaca a necessidade da adoção
de cuidados regulares da pele. “A hiperpigmentação é uma preocupação comum
em peles negras, pois qualquer lesão pode deixar manchas escuras que demoram a
desaparecer. Então, é preciso seguir uma rotina de cuidados que ajude a
proteger a pele, principalmente de radiações”, destaca.
Ela
também reforça a necessidade de estar atento tanto à radiação solar quanto a de
luz visível, emitida por luzes artificiais. Assim, para lidar com os raios UV,
o ideal seria optar por um protetor com FPS 50 ou mais, assegurando
maior tempo de proteção. Em relação a iluminação artificial, a recomendação
passa pelo uso de protetores com cor e indicação de proteção contra essa
radiação, principalmente para quem trabalha em ambientes fechados. Além
disso, o uso de produtos antioxidantes como vitamina C ou niacinamida também
são úteis, ajudando a combater o estresse oxidativo causado pela exposição à
luz.
Jéssica
pontua quais elementos precisam ser considerados na escolha do protetor ideal
para peles negras. “Apesar da pele negra ter proteção natural maior contra
os danos do sol devido à quantidade e ao tipo de melanina, ainda não é o suficiente.
Por isso o protetor solar é indispensável para prevenir hiperpigmentação,
melasma, queimaduras solares e até mesmo o câncer de pele. Em relação ao
protetor solar ideal, além do FPS 50 ou superior, é importante que o produto
tenha uma textura leve, uma vez que a pele negra tende a produzir maior
oleosidade no centro do rosto, e transparente, evitando a marcação
esbranquiçada”, explica a Jéssica.
Contudo,
quando a hiperpigmentação e melasma já estão visíveis no corpo, os cuidados
precisam ser adaptados. A esteta ressalta que procedimentos como o peeling
químico, o microagulhamento drug delivery, o Laser Lavitan e a
aplicação de boosters com ativos clareadores tem excelentes resultados,
podendo até ser utilizados em conjunto.
Para
realizar o tratamento dessas condições, entretanto, é essencial o
acompanhamento especializado, principalmente para o correto manejo dos
materiais e procedimentos. “Sem dúvidas, o acompanhamento com especialista é
indispensável até para uma avaliação mais precisa dos danos existentes na pele.
Eu reforço que os danos são muito mais causados pela falta de conhecimento do
que pelo procedimento em si. Por exemplo, o peeling químico pode ser um
excelente aliado na redução da mancha existente e controle da produção de
melanina, mas, se mal utilizado, também pode ter uma ação tão intensa que cause
uma mancha ainda maior. Então, se uma pessoa apresenta condições como
hiperpigmentação e manchas, ela deve procurar auxílio”, conclui Jéssica
Magalhães.
Desse
modo, cuidar regularmente da pele evita o desenvolvimento de danos que demandam
cuidados mais intensos e longos. O ideal, então, para não chegar a necessidade
de uma intervenção com procedimentos, é promover uma manutenção da saúde
cutânea, em especial por meio de protetores, capazes de manter a pele negra
uniforme, luminosa e saudável.
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