Veterinária
explica sobre técnicas simples e efetivas para acalmar o bichinho
Sem dúvida, uma das características das festas de final de
ano é a queima de fogos de artifício. Apesar de tradicional para as pessoas,
ela é extremamente estressante e até mortal para os pets. “Os animais têm uma
capacidade auditiva que chega a 40.000 hertz, enquanto a dos seres humanos é de
20.000 hertz. Isso faz com que os ruídos sejam mais intensos, detectando sons
quatro vezes mais distantes”, explica a veterinária da Pet de TODOS, Nathali Braz
Vieira dos Santos (CRMV 60757).
Nesse sentido, a profissional alerta que as consequências
para os animais podem ser graves. Segundo ela, o estresse gerado pelo estampido
pode ocasionar várias reações adversas, sendo que todas representam um risco de
vida para o bichinho.
O perigo dos fogos
As consequências dos fogos de artifício para a vida dos pets
são variadas. “O barulho produz estresse e, com isso, muitos animais podem
querer fugir, correndo o risco de serem atropelados. Logo, é importante que os donos
se previnam e se preparem. Colocar identificação na coleira do pet é essencial,
para o caso de fugas”, alerta a veterinária.
Outros tipos de sofrimentos são apontados pela profissional.
“Há relatos de bichinhos que se machucam gravemente dentro de casa,
desesperados por conta dos fogos. Muitos se ferem tentando fugir”, detalha
Nathali.
A veterinária ainda cita que a parada cardíaca é outra
consequência da queima de fogos, levando muitos animais a óbito. Os tremores,
agitação e convulsões também podem afetá-los. Além disso, no caso de filhotes,
os barulhos podem levar ao desenvolvimento de fobias.
“É preciso conscientizar as pessoas sobre esses ruídos.
Hoje, existem alternativas para que se possa aproveitar o visual da queima de
fogos, mas sem prejudicar a saúde dos pets, como a silenciosa. Algumas cidades
já aderiram a ela”, salienta. Entretanto, ela reforça que, nos locais onde os
fogos ainda geram barulho excessivo, os tutores devem incorporar técnicas para
acalmar os bichos.
Tellington touch e locais adaptados
De acordo com a profissional, uma das técnicas que pode ser
utilizada consiste em passar uma faixa no corpo do animal. “A técnica do
Tellington touch ajuda principalmente os cães, que são os que mais se assustam.
O contato com a faixa permite que eles se sintam mais seguros”, aponta.
Ainda, colocar o pet em um ambiente escuro, fechado e
confortável, de preferência com janelas fechadas para evitar fugas, é outra
estratégia efetiva para acalmá-lo. O tutor pode colocar sons calmantes no
ambiente, para atenuar o barulho externo dos rojões.
Protetores auditivos
Os protetores podem ser facilmente achados, com várias
formas e tamanhos. Eles ajudam diretamente os cães, por exemplo, abafando os
ruídos dos fogos e diminuindo sua intensidade. “Um cuidado que os tutores devem
ter na escolha do protetor é o seu tamanho. Ele não pode ficar muito solto,
pois facilita a retirada pelo animal, mas também não pode ficar justo, para não
incomodar”, reitera a profissional da Pet de TODOS.
Nesse sentido, Nathali reitera que o uso de algodão não é
tão efetivo, já que não terá a mesma capacidade de reduzir o barulho como a de
um abafador de ouvidos. “O tutor deve fazer essa introdução aos poucos, para
que o pet se acostume com aquele acessório e não o retire. Colocar o abafador
um pouco todos os dias e associando aquele momento com um petisco, por exemplo,
é uma estratégia que ajuda na adaptação”, afirma.
Florais e petiscos calmantes
A fitoterapia é uma aliada e os tutores podem acrescentar
essa técnica na hora de acalmar os bichinhos. Conforme explica a profissional,
hoje existem uma gama de produtos calmantes desenvolvidos especialmente para
esse nicho.
Existem florais líquidos que podem ser colocados na água, bem como petiscos com ingredientes naturais que ajudam o animal a passar pelo momento dos fogos de artifício. “Um alerta aos tutores é, de forma nenhuma, ministrar qualquer tipo de medicação. Isso pode trazer consequências negativas para o animal quando utilizado sem indicação de um profissional. Se for o caso, o uso deve ser acompanhado por um médico veterinário”, frisa.
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