As
festas de final de ano estão chegando e, para muitos, também o período de
férias, momento ideal para juntar a família e viajar. Além das peças de roupa
adequadas para o destino que será visitado, quem faz uso de medicamentos para
tratar determinadas condições de saúde, como a insulina, no caso de pacientes
com diabetes, precisam incluir o item na bagagem. No entanto, a substância tem
uma especificidade: ela é termolábil, ou seja, sensível a variações de
temperatura, devendo ser armazenada em temperaturas entre 2°C e 8°C, exigindo o
uso de bolsas térmicas ou caixas específicas que mantenham as condições ideais
durante o deslocamento.
A
prevalência de diabetes é um alerta crescente no Brasil. Segundo dados oficiais
do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas
por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, 10,2% da população
brasileira já recebeu o diagnóstico da doença, o que representa cerca de 20,7
milhões de pessoas, de acordo com a estimativa populacional do IBGE para 2024.
Pacientes
com diabetes tipo 1 necessitam de insulina diariamente para sobreviverem. De
acordo com o relatório "Type 1 diabetes estimates in children and
adults", de diabetes tipo 1 em crianças e adultos, da IDF (Federação
Internacional de Diabetes, na sigla em inglês), o Brasil é o 3º país no mundo
em casos absolutos de diabetes tipo 1, atrás apenas dos Estados Unidos (1º
colocado) e da Índia.
Ao
viajar, o paciente diabético não pode levar a insulina na mala de qualquer
jeito. “A insulina não deve ser congelada e nem sofrer com as temperaturas
extremas. Transportar esse medicamento de forma errada pode impactar
negativamente em seu funcionamento e até oferecer riscos ao paciente”, explica
a farmacêutica e diretora técnica do Grupo Polar, Liana Montemor. “É importante
lembrar que o frasco ou refil de insulina não podem estar em contato direto com
o gelo, pois evita que o hormônio seja congelado”, acrescenta.
Nas
viagens, o frasco deve ser colocado em bolsa térmica ou caixa de isopor, sem
gelo comum nem gelo seco, a fim de evitar contato direto com temperatura
negativa.
“O
gelo que pode ser utilizado é o gelo artificial espuma, com propriedades
exclusivas que garantem a estabilidade na manutenção térmica de produtos de
cadeia fria e indicado para o transporte de produtos que requerem tempo e
temperaturas controlados, principalmente para a faixa de 2 a 8°C, como o caso
da insulina. Estas embalagens devem ser qualificadas por profissional
competente antes do uso”, diz Liana.
O
tipo e a quantidade de gelos, assim como o recipiente ideal, fazem toda a
diferença na manutenção da temperatura. Se colocados de modo aleatório, sem o
devido estudo, corre-se o risco de congelar ou aquecer as insulinas,
inativando-as.
Em viagens de avião, o frasco de insulina não deve ser despachado com a bagagem, pois a baixa temperatura no compartimento de cargas pode congelar a insulina.
Funcionalidade
e praticidade, mas com estilo
O
mercado vem criando alternativas para facilitar e modernizar o transporte, sem
que seja necessário levar todo um aparato para conservar a insulina quando se
estiver fora de casa. Bolsas com design discreto, versáteis e de fácil
manuseio, como shoulder bags (bolsas de ombro), têm sido criadas para atender
aos pacientes. “Elas contêm sub compartimento para a alocação de até duas
unidades de gelo espuma, além de outro para a inclusão de outros itens
necessários para o cuidado com a diabetes, como seringas e fitas de medição
glicêmica, ou ainda, para levar a carteira, celular e chaves. O design é de uma
bolsa comum para o dia a dia, mas que mantém a temperatura ideal da insulina
por até 10 horas”, ressalta.
As
shoulder bags passam por testes de qualificação em câmaras térmicas, simulando
as condições climáticas características do Brasil. O verão brasileiro, que
inicia-se em 21 de dezembro, tem previsão de registrar temperaturas elevadas e
pode tornar-se um dos mais intensos da história no Brasil.
“A tecnologia atual possibilita a criação de materiais que mantêm a insulina na temperatura ideal, assegurando sua eficácia por períodos prolongados”, afirma Liana. “Além disso, o desenvolvimento de designs mais ergonômicos e funcionais facilita o transporte e o armazenamento de itens essenciais para o cuidado diário com o diabetes. Essas soluções proporcionam mais conforto aos pacientes durante viagens e deslocamentos, ao mesmo tempo em que preservam a segurança e a integridade do medicamento, essencial para o controle adequado da saúde”, conclui.
Grupo Polar
canal de e-commerce Polar Store.
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