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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Pesquisa da H2R Insights & Trends mostra preocupação dos brasileiros com sua saúde mental

 Redes sociais são vistas como ameaça à saúde mental

 

Para saber como incertezas econômicas, instabilidade política, uso das redes sociais e carreira, entre outras preocupações, afetam o bem-estar e a saúde mental de brasileiros de diferentes idades, gêneros e regiões do país, a H2R Insights & Trends realizou a pesquisa Flash H2R do Comportamento com o tema: Bem-estar e Saúde Mental. De acordo com os dados apurados, nove em cada dez respondentes se dizem preocupados com sua saúde mental.

“Estamos vivendo momentos conturbados e de muitas mudanças. Nosso estudo mostrou que problemas financeiros, estresse no trabalho e, ao mesmo tempo, o medo de perder esse trabalho, ou de perder pessoas próximas são grandes fontes de estresse. Tudo isso, potencializado pelo uso das redes sociais”, explica Rubens Hannun, CEO da H2R Insights & Trends.


Idade, renda e região – O estudo traz diversos recortes para analisar esses sentimentos no Brasil. No tocante à idade, os resultados são parecidos entre as gerações, sem diferenciação. As quatro gerações (Z, Y, X e Baby Boomer) estão preocupadas/muito preocupadas com a saúde mental em geral.

Quando o recorte é por renda, não há diferenciação entre as faixas. Em todas as regiões do Brasil o índice de pessoas que afirmam estar muito preocupadas com a saúde mental é alto. O menor índice é na região Sul, 44%, enquanto na região Norte chega a 64%. 


Fatores que influenciam a saúde mental - Crescente uso de tecnologia e redes sociais é apontado como o principal fator que afeta a saúde mental das pessoas, seguido de questões financeiras e políticas. Mais de 80% dos entrevistados concordam que essas questões têm grande impacto sobre a saúde mental, assim como consideram que preconceitos em relação à abordagem do problema o torna mais grave. Ser portador de um problema de saúde mental ainda é visto como um estigma social e falar sobre isso é um tabu. E justamente pela questão não ser abordada com mais naturalidade, as pessoas demoram a procurar ajuda ou tratamento.


A pesquisa quis entender como cada um percebe esse problema, ou se já vivenciou isso com alguém próximo. Mais da metade (59%) já conviveu com pessoas que foram diagnosticadas com algum problema de saúde mental, situação que se mostrou mais frequente entre as mulheres e entre as gerações Z (18 a 24 anos) e Y (25 a 40 anos)

Apesar da preocupação com o assunto, de maneira geral, a percepção que as pessoas têm sobre seu nível de bem-estar é mediana, com 51% dos homens e 44% das mulheres se declarando como estando em um alto nível de bem-estar emocional. “Por serem simultaneamente mães, avós, trabalhadoras, donas de casa, chefes de família provedoras, esposas e amigas, entre outros papéis, estão mais expostas aos problemas cotidianos, o que talvez explique a diferença entre os gêneros”, pontua Hannun.


Engajamento de empresas na questão é fundamental - Os motivos para que as empresas se engajem na questão da saúde mental, criando uma cultura de apoio e escuta, e combatendo os preconceitos que ainda afetam a percepção geral sobre o problema, vão muito além de não perderem colaboradores valiosos.

A partir do momento em que elas oferecem apoio aos indivíduos que estão com dificuldades, elas ajudam também as equipes em que esses profissionais atuam e as pessoas com quem eles convivem, no contexto social e familiar. É uma atitude positiva que tem um efeito que se espalha.


Conclusão - A saúde mental é uma questão do nosso tempo, que já faz parte das preocupações de um número cada vez maior de pessoas, e que pode atingir qualquer indivíduo, sem distinção. Por isso, ela deve ser encarada sem tabus ou preconceitos, para que todos que precisem de tratamento, possam procurá-lo sem receio de julgamentos. Próprios, ou de outras pessoas.


Metodologia – Para essa pesquisa foram realizadas 1.023 entrevistas com brasileiros, entre 11 e 19 de setembro. Foram ouvidas pessoas com 18 anos ou mais. Foram entrevistados consumidores brasileiros das classes A, B e C, sendo o perfil e região dos entrevistados um espelhamento do perfil brasileiro real. A metodologia utilizada foi quantitativa com aplicação de entrevistas via painel on-line. 



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