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sexta-feira, 2 de junho de 2023

Não é obesidade, não é inchaço, não é líquido: é acúmulo de gordura, é LIPEDEMA

Junho Roxo – Mês de Conscientização do Lipedema

 

O lipedema atinge mais de 10% das mulheres e tem como principais características o acúmulo de gordura nos braços, coxas e pernas. Além da gordura, é comum surgir equimose (roxinhos) nas áreas afetadas, sensibilidade e dor ao toque, sensação de peso e cansaço nas pernas, fadiga e pode até comprometer a mobilidade.

 

É uma doença crônica do tecido adiposo e pode estar associada ao comprometimento vascular. Mutações genéticas podem estar relacionadas em mais de 60% dos casos. 

 

O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato conta que o lipedema não tem cura, mas que é possível tratar e ter qualidade de vida. “É uma doença, frequentemente, confundida com obesidade, que pode ocorrer simultaneamente, e até agravar o quadro, porém nem sempre estão associadas”, explica o especialista.

 

Quando não diagnosticada e tratada, o lipedema pode afetar a saúde mental e até levar à depressão. “Como muitas vezes essas mulheres recebem inicialmente apenas o diagnóstico de obesidade, embora cheguem a perder peso, continuam com a desproporção no corpo e sofrem física e emocionalmente. Por isso, essas pacientes precisam de acolhimento”, comenta Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e que atua com uma equipe multidisciplinar no tratamento do lipedema.

 

Diagnóstico - O diagnóstico de lipedema é clínico, e depende de uma boa anamnese (conversa com o paciente) e exame físico. Exames complementares como ultrassom e ressonância magnética podem complementar o exame físico, auxiliando o diagnóstico e tratamento.

Cirurgia é a última opção – Segundo Dr. Amato, o tratamento cirúrgico deve ser a última opção, mas, muitas vezes, acaba sendo o primeiro recurso procurado. “Somente depois de tentar o tratamento clínico e, de preferência apresentando alguma melhora, mesmo que parcial, deve ser indicada a lipoaspiração para o tratamento do lipedema”, comenta Dr. Fernando Amato que alerta ainda para a questão da segurança: “É preciso respeitar os limites de gordura a serem retirados durante a cirurgia, que devem ser entre 5% a 7% do peso corporal do paciente”, detalha o especialista. 


Para os casos de lipedema, Dr. Fernando trabalha com uma equipe multidisciplinar formada por cirurgião vascular, endocrinologista, nutricionista e fisioterapeuta. O tratamento endócrino envolve investigação com exames hormonais, mudança e melhora do estilo de vida, principalmente com o equilíbrio da alimentação e prática de atividade física, sendo nesses casos mais indicados exercícios aquáticos, como natação e hidroginástica.

  


Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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