Condição é um dos temas da Campanha Junho Laranja, que conscientiza sobre algumas doenças que afetam as células sanguíneas
Como está a saúde do seu sangue? Pode parecer um
questionamento sem importância, mas ele é essencial para motivar o
acompanhamento médico regular para a descoberta precoce de doenças que afetam
as células sanguíneas e prejudicam a qualidade de vida do paciente, como a
leucemia e a anemia – esta última muito incidente em crianças e mulheres.
A condição e a doença são foco da Campanha Junho
Laranja, que conscientiza a população sobre os dois problemas, mostrando que a
identificação ágil contribui para o tratamento e ajuda a minimizar os sintomas,
que são variados e incluem palidez, cansaço, fraqueza e dores musculares.
A leucemia se caracteriza pela produção
descontrolada dos glóbulos brancos, fazendo com que percam a função de defender
o organismo contra infecções ou substâncias que podem prejudicar o sistema
imunológico. Neste caso, as células sanguíneas sofrem mutações e se transformam
em células cancerígenas.
A anemia, por sua vez, merece atenção não só pela
campanha, mas pelo número de pessoas no mundo que são afetadas com a condição.
Para se ter ideia, em 2019, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
um quarto da população global (cerca de 1,8 bilhão na época) era afetada por
esse problema e os grupos mais atingidos eram crianças de seis a 59 meses
(40%), mulheres grávidas (37%) e mulheres no geral, de 15 a 49 anos (30%).
Diferentemente da leucemia, a anemia está
relacionada à baixa quantidade de glóbulos vermelhos e das hemoglobinas
contidas neles, as quais são responsáveis por transportar oxigênio aos tecidos
e aos órgãos do corpo para que possam desempenhar suas funções, assim como
explica o médico hematologista e chefe da especialidade na Prevent Senior,
Pedro Novis. O especialista também ressalta que a anemia é muito comum no
público Adulto+.
A relação da anemia com
nutrientes e vitaminas
As anemias podem ser causadas por diversos fatores,
sendo a falta de nutrientes e vitaminas as mais prevalentes.
“A anemia mais comum é a ferropriva, decorrente da
carência de ferro no organismo”, destaca o hematologista. Esta condição,
segundo o Ministério da Saúde, é responsável por aproximadamente 90% das
anemias. A baixa quantidade de vitamina B12, por sua vez, causa a anemia
megaloblástica.
Os dois cenários têm relação com alimentação
inadequada ou problemas na absorção de nutrientes. A ferropriva pode ainda
estar relacionada com uma perda acentuada de sangue, enquanto a megaloblástica
ao uso de medicamentos, como os utilizados em tratamentos de câncer.
Outra anemia de causa alimentar é a decorrente de
deficiência de Ácido Fólico.
Fontes alimentares ricas em
nutrientes e vitaminas citados:
-
Carnes bovina (ferro e vitamina B12)
-
Carnes de porco (ferro e vitamina B12)
-
Carne de frango (ferro)
-
Peixes (ferro e vitamina B12)
-
Crustáceos (ferro e vitamina B12)
-
Gema de ovo (ferro)
-
Ovos (ferro e vitamina B12)
-
Feijão (ferro e ácido fólico)
-
Leguminosas (ferro e ácido fólico)
-
Laticínios (vitamina B12)
-
Nozes (ferro e ácido fólico)
-
Espinafre, brócolis e couve (ferro e ácido fólico)
-
Sementes de abóbora (ferro)
-
Sementes de girassol (ferro e ácido fólico)
-
Soja (ferro e ácido fólico)
Anemias hereditárias
Apesar de se apresentarem em pouca quantidade, há
também as anemias de causa hereditária, ou seja, que são passadas dos pais para
os filhos. “As anemias genéticas mais conhecidas são a falciforme e as
talassemias”, frisa o hematologista Pedro Novis.
A anemia falciforme é caracterizada por glóbulos
vermelhos em formato de foice, que se rompem facilmente, resultando na
condição. A talassemia, no entanto, é uma alteração nestes mesmo glóbulos, que
são menores do que o normal e, como consequência, possuem menor quantidade de
hemoglobina.
Doenças autoimunes, crônicas e
na medula espinhal
Existem ainda outras causas de anemia. Uma delas é
em decorrência de doenças autoimunes, que é quando o sistema de defesa do
organismo ataca células saudáveis do corpo, neste caso, os glóbulos vermelhos.
Doenças crônicas também podem ser um gatilho para
essa condição, pois, ao perceber uma inflamação, o organismo demora a produzir
glóbulos vermelhos, impactando na sobrevivência das células. Além disso, um
quadro de doença crônica pode afetar a metabolização do ferro e, por
consequência, causar anemia.
Doenças na medula óssea também podem causar anemia.
Nessas situações, há uma redução na produção dos glóbulos vermelhos e outros
componentes do sangue, prejudicando o transporte do oxigênio para todo o corpo.
Sintomas e diagnóstico
O hematologista Pedro Novis, chefe da especialidade
na Prevent Senior, explica que a anemia pode se apresentar em diversos graus
(leve, moderada e grave), mas que isso depende do paciente e de suas
comorbidades, além da causa da anemia.
Os sintomas são variados e podem se agravar em
situações de maior necessidade de oxigênio pelos tecidos do corpo. “Isso
ocorre, por exemplo, durante atividades físicas, gestação, períodos
pós-operatório, entre outros”, complementa Novis.
Alguns dos sintomas mais comuns da anemia:
- Palidez
na pele e mucosas
- Cansaço
- Indisposição
- Tontura
- Fraqueza
- Dores
musculares em membros
- Palpitações
- Taquicardia
Além da análise dos sintomas, para detectar a
condição, segundo o especialista, é realizado um exame de sangue, chamado de
hemograma.
Para descobrir a(s) causas(s) da condição, por sua
vez, são necessários exames complementares, laboratoriais e/ou radiológicos.
O impacto da anemia
A anemia é uma condição que impacta negativamente a
qualidade de vida do paciente. Além de agravar doenças já existentes, inclusive
as neoplásicas (multiplicação anormal de células de um tecido), ela torna a
pessoa mais frágil, prejudica sua performance física e força muscular, aumenta
os riscos de queda e pode causar declínio cognitivo, aumentando a incidência de
demências.
Esta condição também aumenta as chances de
infecções e desenvolvimento de enfermidades, bem como eleva a necessidade de
transfusões, internações, especialmente em UTIs, e reoperações.
Além disso, a anemia causa maior mortalidade em
crianças, gestantes e idosos.
Prevenção e tratamento
Para prevenir anemias, o médico orienta a adoção de
uma alimentação saudável, sem excessos e sem carências, a realização de exames
e acompanhamento médico de forma regular, além do cuidado com os fatores de
risco.
A grande maioria das anemias possui tratamento para
o controle de sintomas e, na maioria dos casos, existe uma reversão total do
quadro e até a cura.
Na Prevent Senior, casos de anemia podem ser
diagnosticados em prontos atendimentos, enfermarias, Unidades de Terapia
Intensiva (UTI), centros cirúrgicos e ambulatórios. Nesses locais, há o apoio
de um hematologista durante 24 horas por dia para guiar a investigação e o
início do tratamento, bem como avaliar a necessidade de transfusão sanguínea.
Com este modelo, a operadora consegue identificar
de forma rápida e precisa os casos de anemia e encaminhar os pacientes graves
para sua unidade especializada – o Núcleo de Oncologia e Hematologia Prevent
Senior Vila Mariana.
Essa captação pode ocorrer até mesmo no laboratório
próprio, que identifica e encaminha ao setor de Hematologia exames com
alterações mais relevantes.
Somado a isso, a Prevent Senior conta com o Hub da
Oncologia – um grupo que também é dedicado ao acompanhamento de pacientes com
anemias severas que fazem terapias, como quimioterapia e radioterapia, além de
cirurgias.
Prevent
Senior
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