Em uma sociedade protagonista de seu consumo e com acesso às informações globais, a escolha da alimentação também vem se transformando. Hoje, as decisões do consumidor são pautadas em saúde, bem-estar, cuidados com o meio ambiente e segurança alimentar.
Essas diretrizes devem motivar a inovação em
produtos e serviços do nicho este ano. Além disso, influenciarão as escolhas,
as demandas e as expectativas dos consumidores em relação às marcas.
Uma pesquisa da Archer Daniels Midland (ADM), líder
global em nutrição humana e animal, trouxe as tendências globais de consumo que
devem orientar o mercado alimentício nos próximos anos. Entre elas, se
destacam: bem-estar equilibrado, que inclui saúde física, aspectos mentais,
emocionais e até espirituais; personalização, já que o que dá certo para uma pessoa
pode não funcionar para outra; e produção ecologicamente correta – segundo o
Relatório Rota para a Sustentabilidade de 2022, 49% das pessoas afirmam ter
feito mudanças em sua dieta por causa de preocupações com o meio ambiente.
Com consumidores mais conscientes, aumenta a busca
por produtos nutritivos que provocam impacto positivo na saúde tanto das
pessoas quanto do planeta. Isso inclui desde as boas práticas de produção, que
preservam a natureza e os animais, até a escolha por ingredientes e rótulos limpos.
Neste sentido, cresce também a valorização de opções que se aproximam do 100%
natural, com processos mais simples.
Esse grupo ainda foca bastante em atividades
físicas, realizando exercícios diversos três vezes por semana em média. Eles
são menos receptivos a alimentos processados e menos propensos a ter sobrepeso.
Também estão dispostos a pagar mais por produtos com tais conceitos.
Nessa busca por uma saúde mais holística, a demanda
por produtos funcionais que ajudam na saúde física e mental, gerando um
bem-estar mais completo, não deve mais sair dos radares. Segundo uma pesquisa
da Arla Food Ingredients, a hidratação é o principal fator e a adição de
proteínas é o segundo na escolha de alimentos e bebidas para exercícios entre
os consumidores mais conscientes. E as empresas que focarem nessa missão vão
atender cada vez um número maior de pessoas e se colocarão na frente da
concorrência.
No mesmo sentido, esse cliente consciente também
quer jornadas mais diferenciadas. A busca por experiências extrassensoriais por
meio de novos sabores, combinações inesperadas, misturas e texturas vem ao
encontro do empoderamento do novo perfil de consumo.
Assim como a sociedade, a indústria de alimentos
está em constante evolução e modernização para suprir essas necessidades.
Contudo, é importante que as empresas de alimentos modernizem seus produtos
para se manterem relevantes no mercado e para oferecer produtos mais saudáveis
e nutritivos aos consumidores. Certamente, isso significa a utilização de
ingredientes mais naturais e saudáveis, assim como a adoção de novas
tecnologias de processamento de alimentos para garantir que os alimentos
estejam frescos e seguros.
O mais importante é que os empreendedores estejam
atentos às macrotendências, mas absorvam o que for mais aderente ao seu tipo de
negócio. Trata-se de uma via de mão dupla: enquanto o consumo consciente
evolui, quem abraça a ideologia sustentável e busca diferenciais e seus
produtos faz seus negócios evoluírem junto. Tem melhor coisa que atender seu
consumidor com expertise e ainda contribuir para a preservação da natureza e
para um planeta mais justo?
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