Doença é grave e
afeta mais as mulheres
1 de junho é o Dia
da Conscientização sobre o Hipoparatireoidismo
“Nem todo nódulo de tireoide precisa ser removido. E um dos desfechos graves de uma cirurgia de tireoide pode ser o hipoparatireoidismo, que acontece quando ocorre a lesão cirúrgica das paratireoides, que são quatro glândulas que ficam no pescoço, atrás da tireoide, que, quando lesionadas, podem trazer consequências muito graves para a saúde”, declara Dr. Sergio Setsuo Maeda, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).
Para alertar a população sobre a importância desta doença, o endocrinologista especializado em doenças do metabolismo ósseo, lista 10 coisas para você saber sobre o hipoparatireoidismo.
1. O hipoparatireoidismo
acomete de 20 a 30 pessoas em cada 100 mil;
2. A doença é mais comum
em mulheres porque as doenças tiroideanas e cirurgias da tireoide são mais
comuns nelas;
3. Os sintomas
estão relacionados à hipocalcemia (cálcio baixo no sangue) e mais comumente
são: formigamentos na região da boca, mãos ou pés, cãibras, que
podem chegar a convulsões, e contrações musculares involuntárias e frequentes;
4. Em geral, os
sintomas aparecem logo após a cirurgia, mas em alguns casos podem levar meses
ou anos para aparecer;
5. Em outros casos
mais raros, o hipoparatireoidismo pode acontecer por destruição da glândula por
doença autoimune ou por má-formação genética. “A
presença de catarata ou calcificações cerebrais deve
levantar esta suspeita, especialmente quando aparecem em pacientes jovens com
quadro clínico compatível. As dosagens sanguíneas de cálcio e PTH baixos
definem o diagnóstico”, explica Dr. Maeda;
6. A redução na
produção de hormônios pelas glândulas paratireoides, que são responsáveis pela
regulação do metabolismo do cálcio e fósforo no organismo, gera desequilíbrio
que causa problemas nos músculos, coração e no sistema nervoso;
7. O tratamento
padrão é feito com sais de cálcio e vitamina D. “Em alguns casos, podemos
lançar mão de tiazídicos (fármacos diuréticos) para diminuir a perda urinária
de cálcio e necessitar de quelantes de fósforo nos quadros mais graves”, pontua
o endocrinologista;
8. É importante
ter acompanhamento especializado para monitorar o tratamento e as complicações
crônicas da doença;
9. As complicações
crônicas do hipoparatireoidismo estão relacionadas à progressão
da doença e ao seu tratamento e incluem manifestações renais, oculares,
cardiovasculares, ósseas e neuropsiquiátricas;
10. Endocrinologistas e cirurgiões
de cabeça e pescoço elaboraram o Consenso Brasileiro para o Diagnóstico e Tratamento do
Hipoparatireoidismo publicado em 2018, que visa educar e instruir os médicos que acompanham esta
condição. Ele versa sobre diagnóstico, investigação, tratamento e monitorização
das complicações, com uma parte dedicada à esfera cirúrgica.
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