Já se foi o tempo em que bastava concluir o ensino
médio para se ter uma chance de um bom emprego. Antigamente, a classificação
escolar era dividida entre primário, ginásio e científico. Hoje, temos o
denominado ensino fundamental, com 9 anos de duração, e o ensino médio, com
mais 3 anos de duração.
Ao
concluir os 12 anos de estudo, o aluno está, no mínimo, em plena adolescência e
ainda não sabe qual é a profissão que deseja seguir. Caso não tenha feito um
curso técnico, simultaneamente ao ensino médio, o estudante não tem nenhuma
profissão definida. Em consequência disso, sua inserção no mercado de trabalho
não será fácil, principalmente se desejar uma boa remuneração. Nesse momento,
surge o questionamento do que fazer: uma faculdade ou um curso técnico?
No
Brasil, há 38 Institutos Federais que, além de atuar na educação básica,
possuem também os cursos técnicos, visando uma qualificação profissional aos
seus alunos. Há também 22 escolas técnicas vinculadas às universidades
federais. A vantagem, nesses casos, é o ensino gratuito e de qualidade.
Temos
dois importantes fatores a considerar: com apenas 60 escolas técnicas federais,
como atender os cerca de 5.570 municípios brasileiros? E nessas 60 escolas,
como atender à demanda existente que precisa trabalhar nos horários em que as
aulas são ministradas, geralmente, presencialmente? A partir desse panorama, as
instituições privadas que oferecem cursos técnicos na modalidade a distância
podem ser uma solução. Porque além dessa modalidade permitir o acesso de qualquer
cidadão residente em qualquer município brasileiro - tendo em vista que as
aulas poderão ser assistidas via internet - ainda é possível assistir às aulas
no horário de maior conveniência do aluno. É a democratização do ensino que, a
partir de cursos técnicos ofertados com qualidade, permite diminuir o abismo
existente entre as escolas do ensino médio tradicionais e as empresas que
oferecem vagas a quem tem determinada qualificação.
Os
cursos ofertados pertencem a inúmeras áreas da economia e as suas durações são
curtas, se comparada ao ensino médio ou a um curso superior. A demanda por
técnicos do ensino médio é crescente, em face da inexistência de cursos que
atendam às crescentes necessidades das empresas. Mesmo em instituições de
educação privadas, o acesso é fácil devido aos baixos valores praticados nas
mensalidades, bem como, caso o aluno opte pela modalidade a distância, poderá
estudar nos horários que tiver disponível. Fator que também parece ser uma
possível solução para a educação continuada, uma vez que, atuando em atividade
remunerada, o estudante pode progredir com mais segurança ao ensino superior,
posteriormente. A partir dessas opções, fica mais fácil a decisão que
influenciará no planejamento da carreira e no ingresso ao mercado de trabalho.
Neliva Terezinha Tessaro - mestre em Desenvolvimento de
Tecnologia e coordenadora de Cursos Técnicos no Centro Universitário
Internacional Uninter.
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