O
carcinoma adrenal é um tumor
que se origina no córtex da própria adrenal, camada mais superficial da
glândula localizada acima dos rins, na qual se produzem alguns hormônios essenciais
como cortisol, sulfato de DHEA, aldosterona,
adrenalina e noradrenalina.
Não é raro
acometer crianças e, geralmente, o prognóstico não é bom, porque depende muito
do tipo de câncer, que, na maioria das vezes, são tumores agressivos. Existem
causas genéticas, mas muitos dos casos são idiopáticos, ou seja, não há uma
doença genética familiar associada.
A endocrinologista
Dra. Lorena Lima Amato explica como perceber os sinais e quais os especialistas
que precisam se envolver no tratamento.
Quais
os sinais de câncer adrenal em criança?
Em meninas, os
principais sintomas são o surgimento e o
aumento de pelos, acne, engrossamento da voz, ganho
de massa muscular, hipertrofia de clitóris e o corpo vai ganhando uma forma
mais masculina. Isso porque a adrenal produz
também os hormônios chamados androgênios, além do sulfato de DHEA, que são
andrógenos adrenais e a criança pode ter esse sinal de virilização, que é o
aumento do hormônio masculino.
Já em meninos,
acontece o aumento do tamanho peniano, pelos, acnes e oleosidade na
pele. Importante prestar atenção a um outro sinal, comum em ambos os
sexos, que é a massa abdominal palpável.
Esses
sinais podem ser confundidos com os sinais da puberdade precoce?
Com certeza e
esses sinais podem surgir também na pré-adolescência e não apenas na infância.
Por isso, ao notar algum desses sinais, é muito importante buscar um
endocrinologista para que seja feito o diagnóstico correto.
Confirmando-se
o diagnóstico de carcinoma adrenal, qual o especialista que que seguirá o
tratamento?
São dois
especialistas – endocrinologista, porque provavelmente a criança vai precisar
de um manejo hormonal, e o oncologista que ficará responsável pelo tratamento
quimioterápico, inclusive o cirúrgico para a retirada do tumor.
O câncer
adrenal tem cura?
Vai
depender muito do tipo do tumor, porém, no geral, a expectativa não é positiva,
porque costuma ser tumores mais agressivos.
Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/ e www.amato.com.br
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