Clima ameno e seco provoca aumento na procura por atendimento médico; professora do Centro Paula Souza orienta sobre prevenção
O
outono começou com a expectativa de temperaturas mais amenas, mas também com a
preocupação pelo aumento da incidência de doenças respiratórias. Nesta época do
ano, a procura por atendimento médico, por problemas de natureza alérgica ou
infecciosa, é maior e atinge de crianças a idosos.
A
professora do curso técnico de Enfermagem da Escola Técnica Estadual (Etec)
Parque da Juventude, Eliseth Moreira, explica que as infecções respiratórias
têm esse aumento sazonal porque as temperaturas mais baixas e o clima mais seco
acabam favorecendo a persistência de gotículas no ar por mais tempo. “No
outono, temos maior incidência de resfriados, gripes, crises de asma,
bronquite, sinusite e pneumonia.”
Segundo
Eliseth, as pessoas mais velhas sofrem mais devido ao envelhecimento dos
tecidos do corpo, que vão perdendo elasticidade. Esse processo também atinge os
pulmões, o que favorece as doenças respiratórias.
A
prevenção para pessoas acima de 60 anos é feita a partir da adoção de hábitos
saudáveis. Alguns deles são:
Para
evitar a inalação de ácaros, é importante que os cobertores e casacos de
inverno, que ficam por muito tempo guardados, sejam lavados e expostos ao sol
antes do uso;
Hidratar-se
adequadamente e manter boa alimentação;
Monitorar
e manter sob controle doenças de base como diabetes, hipertensão arterial,
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma e bronquite;
Manter
uma rotina de exercícios, executados com a respiração adequada;
Realizar
exercícios respiratórios leves, como alongamentos e fortalecimento muscular. Ao
envelhecer, os tecidos perdem colágeno, os músculos e cartilagens da caixa
torácica têm sua mobilidade diminuída, reduzindo a capacidade inspiratória e
expiratória;
Manter
os ambientes ventilados, pois quando fechados e com pouca circulação de ar, são
mais propícios à proliferação de doenças e alergias respiratórias.
Prevenção
Uma
das principais formas de contágio das doenças respiratórias é pelas mãos, já
que, muitas vezes, tocamos em algo contaminado e levamos as mãos à boca, nariz
ou olhos. “Por isso, é imprescindível higienizar as mãos constantemente,
principalmente quando frequentar espaços públicos, como escolas, parques e
transportes”, indica a professora.
Para
as crianças, estimular a ingestão de água constantemente evita a queda da
imunidade e dificulta o surgimento de infecções e doenças respiratórias. A
hidratação é indispensável para prevenir doenças e garantir maior resistência.
Ao
desenvolver algum sintoma gripal, os pacientes sem fatores de risco devem fazer
hidratação oral e repouso domiciliar, sempre com orientação médica. “É
importante também que a população saiba a importância de não se expor para não
prejudicar outras pessoas que tenham doenças crônicas ou que estejam fazendo
tratamento oncológico”, orienta Eliseth.
Centro Paula Souza
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