O exame de microbiota vaginal é capaz de identificar causas precisas, proporcionando tratamento assertivo
Um dos principais motivos que levam as mulheres a buscarem atendimento ginecológico é o corrimento vaginal de repetição. A recorrência acontece porque o tratamento comum se baseia em exames limitados, como a bacterioscopia e a cultura de secreção vaginal. O caso se difere do exame de microbioma vaginal, recém-lançado pela Dasa Genômica, braço genômico da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil. O novo teste faz o sequenciamento genético da microbiota vaginal, utilizando a medicina de precisão para entender com mais propriedade como está a comunidade microbiana da paciente, podendo, então, fornecer informações personalizadas que auxiliarão o médico na escolha das melhores intervenções.
O
Dr. Alessandro Silveira, consultor de genômica de microrganismos da Dasa
Genômica, explica que a tecnologia do novo teste é a mesma usada para o
sequenciamento genético da genética humana. O principal foco é uma avaliação
mais criteriosa da comunidade microbiana como um todo, entendendo seu impacto
nas manifestações clínicas.
Os
microrganismos constituem um importante componente de defesa da mucosa vaginal,
pois mantêm a acidez vaginal, atuando contra agentes agressivos e patogênicos,
como Candida spp., por exemplo. “A candidíase de repetição é um problema
muito comum, com prejuízo na qualidade de vida da mulher. Há também outra
situação clínica frequente: as vaginoses. Originadas por um desequilíbrio da
microbiota vaginal saudável, ocorrem devido a uma proliferação de
microrganismos, como Gardnerella vaginalis”, comenta.
“Sabemos que existem vários tipos de microbiotas. Podemos enumerar de uma até cinco e, dependendo do tipo, é possível verificar se a paciente está mais pré-disposta a ter essas infecções. Ter esse conhecimento mais detalhado é essencial para auxiliar o médico nas tomadas de decisão, uma vez que terá pleno entendimento do que está acontecendo com as pacientes, diminuindo as chances de recorrência”, enfatiza.
O
exame é feito por meio de uma raspagem vaginal e pode ser colhido no
consultório médico. “O ginecologista pode colher a amostra junto à do
Papanicolau, por exemplo, realizando a coleta em dois frascos separados. O
microbioma vaginal vai ajudar na personalização do tratamento das pacientes e,
consequentemente, na solução de corrimentos de repetição”, explica a Dra. Adriana
Campaner, ginecologista do Alta Diagnósticos.
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