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terça-feira, 7 de março de 2023

4 dicas para acabar com o efeito "fundo de garrafa" nos óculos

A sensação de que os olhos parecem distorcidos por trás dos óculos pode ocasionar um grande desconforto ao usuário, que pode se tornar alvo de bullying em seu grupo social 

 

Presentes no cotidiano de uma grande parcela da população, os óculos de grau são instrumentos criados para corrigir erros refrativos – como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia –, e melhorar a qualidade de vida do usuário, permitindo que ele viva de forma integrada ao ambiente e à sociedade. Porém, em alguns casos, o uso de óculos pode gerar um grande desconforto, sobretudo quando é preciso conviver com efeitos desagradáveis, como o famoso efeito “fundo de garrafa”, em que os olhos parecem distorcidos por trás das lentes.

Os óculos “fundo de garrafa” são assim chamados por conta da grossura de suas lentes, que conferem um aspecto semelhante ao fundo de garrafas de vidro e olhos de tamanho desproporcional a quem os usa. Tal efeito ocorre, pois quanto maior o grau refrativo a ser corrigido pelas lentes, maior a curvatura necessária e, consequentemente, mais grossas elas serão. Desta forma, pessoas com grau moderado a alto (acima de 4), principalmente de miopia, correm o risco de ter os óculos com esse aspecto. 

Além do desconforto no uso, com lentes grossas, a pessoa pode acabar se tornando motivo de chacota em seu grupo social, desenvolvendo sérios problemas de autoestima ou transtornos mentais, como ansiedade e depressão. O bullying contra pessoas consideradas “fora do padrão” é bastante presente na sociedade e um agravante ao desenvolvimento de quem se enquadra nesse contexto. 


Dicas para acabar com os óculos “fundo de garrafa”

Além da tecnologia cada vez mais avançada no desenvolvimento de lentes, orientações simples na hora de escolher a armação e as lentes também podem minimizar a sensação de enxergar pelo fundo de uma garrafa. Confira abaixo algumas dicas: 


  • Escolha uma armação adequada para alta miopia: Quanto menor o aro da armação, mas finas as lentes podem ficar, já que as lentes para miopia são mais finas no centro e mais grossas nas bordas. Então, na montagem dos óculos, quanto maior é o tamanho do aro, mais próximo da borda é feito o recorte da lente. Além do tamanho da armação, o aro fechado e as bordas mais grossas também ajudam a disfarçar a espessura da borda da lente.
  • Prefira lentes de resina: As lentes de resina são mais leves e resistentes do que as lentes de cristal, que por conta do material são mais frágeis e quebram facilmente. Além disso, as lentes de cristal são mais pesadas e desconfortáveis no uso. 
  • Utilize lentes de alto índice de refração: O índice de refração quantifica o poder da matéria-prima da lente de mudar a direção dos raios de luz, e assim, acertar o seu foco. Desta forma, quanto maior o índice de refração, menor a espessura necessária para corrigir o erro refrativo. Os índices de refração mais comumente recomendados para quem tem alto grau são: 1.67, 174 e 1.76.
  • Evite fazer rebaixamento de borda: O rebaixamento de borda é uma prática de lixamento para que lentes de alto grau fiquem artificialmente mais finas. Porém essa ação acaba deixando o efeito “fundo de garrafa” ainda mais nítido e o usuário pode perder completamente a visão periférica, tornando as atividades do dia a dia, como subir e descer escadas ou dirigir, muito perigosas. 

Atualmente, existem no mercado opções de lentes capazes de proporcionar um maior conforto e eliminar o efeito de “fundo de garrafa”, como as lentes Tokai 1.76, produzidas no Japão. A tecnologia de lentes de resina com índice de refração de 1.76 permite que elas sejam pelo menos 30% mais finas que as lentes para alto grau mais comuns existentes no mercado brasileiro. “Existe uma importante questão relacionada à autoestima na utilização dos óculos. Reduzir ou eliminar esse efeito é, para muitos, tão importante quanto uma boa correção da visão, já que inúmeras pessoas deixam de ver e serem vistas por conta da vergonha no uso de lentes mais grossas”, explica Makoto Ikegame, CEO e cofundador da healthtech Lenscope, única a disponibilizar no mercado brasileiro as lentes japonesas mais finas. 


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