https://www.istockphoto.com/en/diversity
Para os homens,
essa estatística é um pouco superior à metade, correspondendo a 49%.
Na véspera
do Dia Internacional da Mulher, a iStock, principal plataforma de comércio eletrônico que
oferece imagens e vídeos a preços acessíveis, revelou por meio de seu programa
de pesquisa de tendências de consumo e mercado, VisualGPS, que 8 em cada 10
mulheres (80%) sentiram discriminação por serem vistos como "muito
velhas". Para os homens, essa estatística é um pouco superior à metade
(49%).
Conforme
relatado por especialistas que lideram a pesquisa do VisualGPS, o viés nas
imagens e vídeos mais populares usados na publicidade e na mídia continua
afetando mulheres de todas as origens. No entanto, os dados refletem que, na
América Latina, a discriminação aumenta com a idade, e as mulheres tendem a ser
mais afetadas do que os homens.
Na região,
todas as faixas etárias e gêneros acreditam ter sofrido discriminação com base
em sua idade, mas os baby boomers, a geração que atualmente contém grande parte
da população com mais de 60 anos, é a faixa etária com maior probabilidade de
se sentir discriminada por causa de sua idade (77%). Ao comparar esse
percentual, as mulheres boomers (89%) são mais discriminadas por causa da idade
do que os homens (57%).
Segundo a
ferramenta interativa VisualGPS, que capta mais de 2,7 bilhões de dados de tendências
de busca em seu site, ao analisar as imagens e vídeos mais utilizados por
marcas e empresas no Brasil para o termo “mulher”, os resultados foram
contundentes. A grande maioria dos conteúdos visuais mais populares apresenta
mulheres adultas jovens. Poucas imagens mostram mulheres com mais de 60 anos.
“O conteúdo
visual tem o poder de criar ou quebrar estereótipos. O conteúdo visual
autêntico faz com que as pessoas se sintam vistas, inclusas e aceitas, por isso
nunca foi tão importante produzir e promover imagens e vídeos que representem
genuinamente mulheres na meia-idade, quebrando estereótipos e redefinindo como
é o envelhecimento”, comentou Tristen Norman, diretora de Creative Insights
para as Américas. “Sabemos que mulheres maduras levam vidas multidimensionais,
mas nem sempre isso se reflete no conteúdo visual que vemos diariamente. É hora
de desafiar os estereótipos visuais limitantes e prejudiciais das mulheres de
meia-idade e expandir a representação visual para mostrar suas vidas reais e ativas,
a fim de inspirar mais mulheres à ação”.
Outro
padrão visual observável para pessoas com mais de 60 anos é que elas são o
grupo menos representado em imagens e vídeos que retratam ocupações
profissionais ou empresariais, e são retratadas com mais frequência em
conteúdos voltados para a vida doméstica e funções de “cuidador”, como, por
exemplo, assistência médica, cuidando de seus filhos, seus companheiros ou em
ocupações dedicadas ao serviço. Isso é extremamente limitante, uma vez que
mulheres de todas as faixas etárias podem ser classificadas em estereótipos de
gênero, onde é mais provável que sejam mostradas realizando tarefas domésticas,
como limpeza ou compras, antes dos homens.
Para conduzir uma
representação mais autêntica das mulheres, especialmente mulheres com mais de
60 anos, os especialistas da iStock recomendam que você se pergunte:
- Você retrata mulheres de
todas as idades como capazes e competentes em situações cotidianas de
todos os tipos?
- Você representa uma
experiência multidimensional de envelhecimento para todos os indivíduos,
incluindo mulheres? Você se concentra no que os idosos não podem fazer, em
vez do que eles podem fazer?
- Você prefere determinados
cenários para determinados grupos etários (por exemplo, jovens fazendo
atividades de lazer versus idosos recebendo cuidados ou atenção médica,
etc)?
- Você retrata as mulheres com
mais de 60 anos como felizes, ativas e realizadas?
- Você já considerou que, em
vez de receber cuidados, os idosos, incluindo mulheres, poderiam estar
cuidando de seus filhos e/ou pais?
- Você tem uma visão ampla dos
tipos de relacionamentos que pessoas de todas as idades podem ter (por
exemplo, cônjuges/parceiros LGBTQ+, grupos de amigos, parceiros
platônicos, relacionamentos intergeracionais, etc.)?
- Você representa pessoas mais
velhas com outras interseções de sua identidade (por exemplo, raça/etnia,
identidade ou expressão de gênero, tipo de corpo, religião, etc.)?
iStock
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