Veterinária da Fórmula Animal alerta que
atenção com os filhotes e visitas ao médico veterinário são parte essencial do
processo de imunização, que contribui não só com a manutenção da saúde do pet,
como de toda a famíliaDivulgação
A
pandemia de covid-19 alertou as pessoas sobre a importância da vacina e do
processo de imunização como um todo. E não há motivos para acreditar que seja
diferente com os pets: vacinar o animalzinho é, na verdade, tão importante
quanto vacinar uma pessoa e pode ser determinante para o curso de sua vida.
Isso porque a longevidade do animal está diretamente ligada com a sua qualidade
de vida, que inclui uma alimentação balanceada, a prática de exercícios e uma
rotina livre de doenças que são evitáveis e podem levar a sérias complicações
de saúde.
“É
primordial levar os pets, ainda enquanto filhotes, ao médico veterinário, para
que o profissional possa estabelecer o calendário vacinal e definir o protocolo
de vacinação mais adequado para o animal. A imunização do pet reflete, também,
em seus tutores, já que algumas doenças comuns nos animais podem ser
transmitidas aos humanos”, afirma Gisele Starosky, médica veterinária da
Fórmula Animal ― rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que
produz medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada.
E
para esclarecer as dúvidas dos tutores com relação ao processo de vacinação dos
bichinhos, Gisele preparou um guia sobre o assunto. Confira!
1. Qual a importância em
vacinar os pets?
A
vacinação é uma importante forma de proteção para cães e gatos contra diversas
doenças, incluindo as graves e potencialmente fatais, como cinomose,
parvovirose e leptospirose, no caso dos cachorros; e panleucopenia,
rinotraqueíte e clamidiose, no caso dos felinos. A vacinação previne a
propagação de doenças entre pets de forma eficaz e prepara o sistema
imunológico do animal para responder rapidamente se ele entrar em contato com a
doença no futuro.
2. Como funciona o
calendário vacinal de um animal? Há diferenças entre as espécies e raças?
Sim,
há diferenças entre cães e gatos, mas não entre raças. O calendário de
vacinação pode variar de acordo com o fabricante da vacina ou de acordo com o
protocolo escolhido pelo médico veterinário através da avaliação do animal. De
forma geral, a recomendação da primeira dose em filhotes é a partir de 6 a 8
semanas de idade, com reforços em intervalos definidos pelo
veterinário.
3. Por que vacinar o animal
ainda enquanto filhote?
Como
os filhotes ainda estão em desenvolvimento, eles não possuem imunidade natural
contra muitas doenças. Por isso, é importante que eles adquiram essa imunidade
por meio da vacinação, antes que possam contrair as doenças. A vacinação ajuda
a proteger os filhotes contra patologias importantes nessa idade, como a
cinomose e a parvovirose, por exemplo.
4. A quem o tutor deve
confiar o calendário de vacinação do pet?
Sempre
a um médico veterinário, já que somente ele é capaz de avaliar o animal e
definir o melhor protocolo de vacinação para o pet.
5. Qual a diferença entre
vacinas essenciais e não essenciais?
As
vacinas essenciais são aquelas consideradas necessárias para todos os cães e
gatos, com administração em intervalos recomendados e que são capazes de
fornecer proteção contra doenças infecciosas que podem ser contraídas em qualquer
lugar. Já as vacinas não essenciais são aquelas que somente serão recomendadas
por meio de uma avaliação prévia da necessidade de administrá-las, sendo
aplicadas somente em casos específicos.
6. Há cuidados além das
vacinas que podem ajudar na manutenção da saúde dos pets?
Além
das visitas periódicas ao médico veterinário, é importante que o tutor sempre
esteja atento a administração de vermífugos e antipulgas/carrapaticidas, que
também deve ser orientada pelo médico veterinário do animal.
7. Como lidar com o medo que
os pets têm de ir ao veterinário/se vacinar?
É
importante acostumar o animal desde filhote à caixinha de transporte, com
passeios no carro e com as visitas ao veterinário, sempre recompensando o pet
com petiscos e brincadeiras. Porém, em muitos casos podemos recorrer aos
florais formulados para medo e/ou ansiedade; aromaterapia, por meio do uso de
óleos essenciais compropriedades calmantes e relaxantes; e, em casos mais
graves, podem ser prescritos medicamentos calmantes. Lembrando que todas essas
alternativas devem sempre ser orientadas pelo médico veterinário.
8. É verdade que imunizar os
pets significa proteger também a si próprio? Por quê?
Sim,
a vacinação também é importante para a saúde pública, já que algumas doenças
dos animais podem ser transmitidas aos humanos, como a raiva por
exemplo.
9. Quais são as principais
vacinas para cães e gatos?
São
aquelas com proteção múltipla, chamadas de polivalentes, como a V8 e V10 para
cães e a tríplice ou quádrupla para gatos. Além disso, a vacina antirrábica,
que protege contra a raiva, também é recomendada para cães e gatos. A decisão
sobre quais vacinas são apropriadas para o animal deve ser feita pelo médico
veterinário, que levará em consideração alguns fatores como o estilo de vida do
animal e seu risco de exposição às doenças.
10. As vacinas costumam ser
em dose única ou necessitam de reforço periódico?
Sim,
é recomendado reforço periódico. Em alguns casos o veterinário pode sugerir
titulação sorológica para avaliação da imunidade do animal, decidindo, assim, a
necessidade de reforço da vacina em questão.
11. Existem efeitos
colaterais à vacina?
Nenhuma
vacina é totalmente livre dos riscos relacionados a efeitos adversos. Esses
efeitos podem variar entre locais ou sistêmicos, dependendo da resposta de cada
animal. Por isso, é necessário enfatizar a importância da avaliação pré-vacinal
pelo médico veterinário.
12. Existe alguma mudança no
comportamento dos animais quando são vacinados?
Alterações
no comportamento podem variar de animal para animal, mas, comumente, os animais
podem ficar mais quietos ou com sensibilidade no local da aplicação. Em casos
de febre, vômito, diarreia ou reações mais graves é importante procurar o
veterinário para que ele avalie o animal e, caso seja necessário, entre com o
tratamento adequado.
13. Depois da vacina, é
possível dar banho no pet?
É
importante evitar qualquer tipo de situação de estresse após a vacinação, já
que o estresse é um fator que pode atrapalhar a imunidade do pet.
14. Quais os cuidados
necessários depois da vacinação do pet? Há alguma recomendação no âmbito da
alimentação ou da higiene?
Deve-se
seguir a rotina normal do pet, apenas observando-o caso haja alguma alteração
em seu comportamento. Porém, é importante lembrar no caso dos filhotes,
passeios na rua e o contato com outros animais, somente são recomendados após o
pet receber todas as doses vacinais necessárias para adquirir imunidade. Assim,
é possível evitar o contato com doenças infecciosas antes de o sistema
imunológico estar preparado.
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