Psicóloga Ana
Gabriela Andriani aborda os motivos por trás das grandes expectativas do
Carnaval e a tristeza que surge com o fim desse período
Bloquinhos e bailes de Carnaval promovem a retomada
de uma comemoração que ficou paralisada por cerca de dois anos, devido à
Pandemia da Covid-19, e que promete movimentar cerca de 46 milhões de pessoas
nos tradicionais destinos carnavalescos do país, segundo o Ministério do
Turismo. O retorno do Carnaval é de grande importância para a economia e para
os próprios foliões, que utilizam dessas datas para aplacar suas tristezas e
viver uma outra realidade, onde a base é a felicidade.
Uma rotina atribulada, estressante, e com uma
agenda tomada por trabalho, estudos, tarefas do lar e com poucos momentos de
descontração já fazem parte da rotina do brasileiro. Então, para muitos, o
Carnaval é a hora extravasar e ser diferente do que se é nos outros dias, e
buscar uma certa felicidade e alegria que não existe em sua rotina. “A
felicidade para existir precisa da falta. O Carnaval é o momento de êxtase,
onde as pessoas tentam aplacar a existência das frustrações da vida”, aponta a
psicóloga Ana Gabriela Andriani.
Quando esses dias de festanças acabam, o que vem em
seguida é uma tristeza e melancolia, pois existe a necessidade de volta à
realidade, encarando a falta desses momentos na rotina. As pessoas costumam ter
o sentimento de tristeza e desânimo, como se fosse uma espécie de “depressão
pós-carnaval”, mas, isso é completamente diferente de um diagnóstico de
depressão, por exemplo, destaca a psicóloga Ana Gabriela Andriani. “É comum se
sentir triste após dias festejando, pois, o carnaval é aproveitado como válvula
de escape para encarar uma difícil realidade, principalmente quando ela não
contém muitos momentos de felicidades”, comenta.
“O mais indicado é que as pessoas comecem a aproveitar todos os momentos da vida, e não apenas os dias de festas. Curtir a si próprio, ler um livro, conversar com os amigos em um bar durante a semana, são alguns exemplos de que todos os dias podem ser satisfatórios, e não apenas o Carnaval”, conclui a psicóloga.
Ana
Gabriela Andriani - CRP 06/58907 - É psicóloga
formada pela PUC- SP, Mestre e Doutora pela Unicamp, especialista em terapia de
casal e família pela Northwestern University - EUA, especialista em
Psicoterapia Breve pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da
USP, e membro Filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise.
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