Pesquisa mostra
ainda que os entrevistados irão gastar menos nos dias de folia e que boa parte
dos gastos são com bebidas e comidasReprodução - Internet
O impacto do Carnaval é sentido em diversas
esferas: no turismo, no setor de eventos e de entretenimento, no de
alimentação, entre outros. No meio disso, existem oportunidades para marcas que
querem lançar produtos relacionados à festa. Segundo dados do levantamento
realizado pelo Opinion Box em janeiro deste ano, referente ao carnaval 2023,
44% dos entrevistados gostam quando marcas e empresas criam produtos temáticos
para o Carnaval. Da mesma forma, 53% concordam com um velho ditado: o ano no
Brasil só começa depois do Carnaval.
Os brasileiros pretendem gastar menos neste
carnaval, segundo levantamento 21% dos entrevistados querem desembolsar entre
R$ 300 e R$ 500 nos dias de folia, 19% entre R$ 501 e R$ 1000 e apenas 8% irão
gastar entre R$ 2000 e R$ 5000.
O relatório apresenta também como e onde pretendem
gastar suas economias. 66% dos entrevistados vão gastar com bebidas e 61% com
comidas em geral. 33% vão destinar o dinheiro para pagamento de transportes via
aplicativos. Apenas 25% dos entrevistados vão gastar com camarotes e festas
fechadas e 20% com blocos e abadás.
“A folia vai mexer no bolso de quem se jogar na
festa, isso porque estamos em um cenário de inflação. Curtir com consciência
financeira, economizando, reduz o risco de dores de cabeça depois da
Quarta-feira de Cinzas”, afirma Bruna Allemann, educadora financeira da Acordo
Certo, fintech especializada em renegociação de dívidas.
O carnaval é uma das maiores festas que movimentam
a economia no Brasil e 64% dos entrevistados concordam com isso. A festa pode
ter a cara do Brasil e nos representar enquanto cultura pelo mundo. Ainda
assim, a festa divide opiniões. Há quem não dispense a folia e quem faz de tudo
para não participar dela. De forma geral, mais gente gosta da festa, ainda que 3 em cada
10 dizem não gostar de Carnaval.
A resposta mais comum é bastante simples: muitos
não gostam da festa em si. Em seguida, 1 em cada 5 dizem fugir do Carnaval por
motivos religiosos e a mesma parcela está sem dinheiro ou quer economizar. Para
17%, ainda em 2023, não é hora de Carnaval em razão da pandemia da Covid-19.
“Antes de curtir as festas, tenha em mente se está
com as finanças em dia. É fundamental ter um orçamento de quanto você está
disposto a gastar com base no que o seu bolso permite. Lembre-se que depois que
a folia acabar, as dívidas podem acompanhá-lo por muito mais tempo. Por isso
é”, diz Allemann.
A principal dica da especialista para economizar é
pesquisar e planejar tudo com antecedência. “Se pretende viajar, pesquisar em
sites com descontos e promoções podem ajudar a poupar uma grana. Já a bebida e
a comida costumam estar mais caros na rua, por isso vale a pena levar lanches e
bebidas na mochila. Outra dica é reutilizar ou emprestar fantasias.”
Para 43% dos entrevistados o carnaval de rua não é
seguro para ir com a família e preferem curtir os dias de folia em locais
fechados. Seja na rua, nos blocos ou nos camarotes, o Brasil volta a celebrar a
festa mais popular do país, depois de anos sem comemorações. Planejamento é a
palavra certa para quem quer curtir, viajar e ter uns dias para
celebrar.
Foram entrevistadas 2143 pessoas, a pesquisa pode
conter margem de erros de até 2,1p.p, 48% dos entrevistados são do sexo
masculino e 52% sexo feminino, 45% dos entrevistados são da regiaão Sudeste, 26%
Nordeste, 14% Sul, 8% Centro Oeste e 7% Norte. Em relação à faixa etária, 44%
possuem idade entre 30 a 49 anos, 31% entre 16 a 29 anos e 25% 50 anos ou
mais.
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