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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Seconci-SP alerta que doenças erradicadas podem voltar devido à queda das taxas de vacinação

 Baixa adesão às vacinas preocupa as autoridades sanitárias

 

Nos últimos dez anos, a cobertura vacinal do Brasil vem despencando. O índice de vacinação ideal preconizado pelas autoridades sanitárias deve ficar acima de 90%, porém as taxas gerais de imunização têm ficado abaixo desse patamar. Segundo o Ministério da Saúde, 2016 foi o ano mais crítico, chegando a 50,4%. Em 2021, o índice ficou em 60,7%, ainda assim muito abaixo do preconizado. “Muitas doenças foram erradicadas devido a vacinação em massa, porém diante desse cenário, há o risco de elas voltarem”, afirma a coordenadora do setor de Enfermagem do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), a enfermeira Camila Prearo dos Santos. 

Por determinação do Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunizações foi instituído em 1975. Hoje ele dispõe de vacinas para mais de 30 doenças e oferece mais de 14 imunizantes dentro do esquema vacinal proposto pelo Sistema Único de Saúde. O Programa disponibiliza 300 milhões de doses anualmente, conta com cerca de 38 mil salas de vacinação distribuídas por todo o território nacional e mais de 114 mil profissionais de saúde atuando nessas salas. 

“O Brasil, reconhecidamente, tem um dos melhores e mais completos calendários vacinais do mundo, porém isso de nada adianta se a população não se conscientizar e tomar as doses necessárias estabelecidas para cada faixa etária. O caso do sarampo é emblemático. A doença foi erradicada no Brasil, em 2016, quando foram completados 12 meses sem registrar casos do vírus. No entanto, diante do retorno da doença, o país perdeu o certificado de erradicação, em 2019”, destaca Camila. 

Ela explica que as vacinas são seguras e eficazes. De maneira geral, conferem alta taxa de proteção. “Não o tão almejado 100% de garantia de não adquirir a doença, porém o de proteger das formas graves”. 

Eventuais reações, como febre, dor, vermelhidão e calor local podem ocorrer após a aplicação. Mas os benefícios da imunização são muito maiores do que os riscos dessas reações temporárias. “Importante ressaltar que cada vacina apresenta particularidades para sua administração, portanto a pessoa deve relatar qualquer alergia pré-existente, reações às doses anteriores e/ou uso de medicamentos. Diante de qualquer dúvida, os profissionais de saúde das salas de vacinação estão preparados para saná-las e aplicar a dose ou não, dependendo do caso”, orienta a enfermeira.

 

Covid e Influenza 

“Nos últimos dois anos, em meio ao enfrentamento da pandemia da Covid-19, ficou evidente quão importantes e essenciais são as vacinas. E também como é vital combater as fake news, levando orientação e informação com embasamento científico à população”. 

Camila recomenda que as pessoas devem tomar não apenas as doses da vacina contra a Covid-19 disponíveis para a sua faixa etária, mas também a destinada para o combate da Influenza. A época do frio, com ambientes fechados e aglomeração, possibilita a maior transmissão dos agentes infecciosos. Os sintomas da gripe e da Covid são parecidos, por isso estar com a vacinação em dia se torna um diferencial no diagnóstico. 

“Vacinar-se é um ato responsável e mais que isso, um ato de amor pela própria vida, pela vida de seus amigos e familiares. Além de ser um bem para a saúde coletiva. Não fique de fora, vacine-se!”, finaliza Camila.

 

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