Pesquisa inédita revela o cenário de empreendedorismo feminino no Brasil
Ter independência
financeira é o principal fator de encorajamento para 40% das brasileiras que
querem empreender. É o que aponta uma pesquisa inédita da Serasa Experian e o
segundo motivo para elas (29%) é a flexibilidade de tempo. Quando perguntadas
se elas já conquistaram a tão sonhada independência financeira, 55% delas
responderam que sim. O estudo revelou ainda que 57% das empreendedoras
brasileiras têm a renda totalmente proveniente do próprio negócio. O porte
desses empreendimentos são: 57,3% MEIs ou microempresas e 53,8% pequeno e
médio.
Desafios
O
levantamento também identificou os desafios encontrados pelas mulheres na sua
trajetória empreendedora. Para a maior parte delas, 41%, o preconceito de
fornecedores, parceiros e clientes, bem como a dupla jornada de trabalho
ganharam destaque como os principais problemas enfrentados. Outra constatação
relevante foi que 37% alegaram a sensação de ter menos oportunidades que os
homens no mercado de trabalho.
Empoderamento
e sororidade
Apesar
desse cenário desafiador, quando perguntadas sobre o que mais as motivam a
continuarem empreendendo, 63% delas revelam que querem ter autonomia sobre a
vida pessoal e profissional e 21% das entrevistadas afirmaram a importância de
apoiar e incentivar outras mulheres a abrirem seus próprios negócios.
Para
Cleber Genero, vice-presidente de PME da Serasa Experian, o aumento da presença
feminina em diversos setores vem colaborando para a construção de um cenário de
equidade no mundo dos negócios. “As mulheres encontram no empreendedorismo uma
forma de empoderamento, e estar à frente de cargos de liderança é um passo
importante para a diminuição da desigualdade. No entanto, sabemos que se manter
em um mercado competitivo e desafiador exige planejamento, tempo e recursos
financeiros. Por isso, é fundamental que cada vez mais mulheres tenham a
oportunidade de se preparar para ocuparem esses lugares”.
Digitalização
A
digitalização, impulsionada pela pandemia, abriu novos caminhos para o
empreendedorismo feminino no país, ajudando 78% das entrevistadas na decisão de
abrir o próprio negócio. Para 61%, a facilidade encontrada para divulgar sua
empresa nos canais digitais também foi decisiva. O impacto positivo da
digitalização também foi identificado nas novas formas de entrega dos produtos
(51%), novos meios de pagamento (43%) e inclusões de e-commerce ou marketplace
(31%).
“O
mundo digital otimizou a jornada do empreendedorismo e criou uma tendência de
venda e consumo online que deve se fortalecer nos próximos anos. Diversas
etapas foram potencializadas, desde o planejamento, desenvolvimento e
crescimento de empresas. A influência digital é tão importante para o
empreendedorismo que é capaz de atender ao principal desejo de 49% das
entrevistadas: aumentar o alcance e a prospecção de públicos diversos”, explica
Cleber.
Capacitação
Além
do ambiente virtual, outro fator significativo para as empreendedoras é o
planejamento, uma vez que a grande maioria (69%) das respondentes afirmam ter
se preparado para abrir seu negócio.
A
capacitação também é uma importante aliada para alavancar e garantir o sucesso
dos negócios. A pesquisa aponta que 39% das mulheres almejam realizar cursos
focados no desenvolvimento profissional para potencializar as perspectivas de
futuro das suas empresas.
“Conhecimento
sobre o negócio é essencial. Por isso, consumir conteúdos confiáveis e buscar
cursos de qualificação é indispensável para manter o bom funcionamento de uma
empresa. Existem hoje importantes plataformas gratuitas que dão suporte às
empreendedoras em temas como: acesso à crédito, marketing e vendas, gestão
financeira e prevenção à fraude. O projeto Aprenda desenvolvido pela Serasa Experian com o Sebrae, por
exemplo, pode ajudar a impulsionar a retomada econômica, principalmente, de
micro e pequenas empresas”, explica Genero.
Metodologia
A Pesquisa
PME-Empreendedoras foi realizada pela Serasa Experian entre os meses de janeiro
e fevereiro de 2022. Foram entrevistadas 446 empreendedoras brasileiras
incluindo sócias ou donas de micro, pequenas e médias empresas (classificação
do SEBRAE), empreendedoras individuais ou autônomas, trabalhadoras informais e
profissionais liberais que trabalham por conta própria. Não há um perfil único
entre as entrevistadas, que possuem diferentes idades, classes sociais,
localizações e segmentos empresariais.
Serasa
Experian
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